Love Story escrita por Fofura


Capítulo 121
Shakespeare, Soneto 47


Notas iniciais do capítulo

HEY PANDINHAS!
Sara finalmente vai ler aquela carta que o Grissom não mandou quando estava fora. Qual será a reação dela?



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Uma semana se passou, Gil e Sara estavam em casa sem absolutamente nada pra fazer, estavam na pausa do trabalho com um caso de sequestro que estava em andamento.

Resolveram fazer um bolo enquanto o almoço não ficava pronto.

— Nosso aniversário já é semana que vem.- Sara comentou enquanto preparavam a massa.

— Dá pra acreditar?!- ele sorriu. — Dois anos… O tempo está passando rápido, não acha?

— Acho.- ela envolveu os braços no pescoço dele e lhe deu um beijo curto. — Mas estando com você, ele pode passar na velocidade que quiser.

— Linda!- devolveu o beijo adorando o que ela havia dito.

— Mas dessa vez, vai ficar por minha conta.

— Você quer preparar tudo dessa vez?- ela assentiu sorrindo. — Está bem.

Não demorou muito para Gil estar colocando o bolo no forno enquanto Sara colocava a mesa do almoço.

Comeram conversando sobre como será que seus amigos iriam reagir quando soubessem do romance deles.

— Acho que o Nick é quem ficará mais chocado.

— E por que acha isso?- Gil indagou.

— Ele nunca imaginaria nós dois juntos.

— Eu acho que o mais chocado será o Greg, ele é caidinho por você. Vai ficar triste quando descobrir que eu consegui e ele não.

Sara gargalhou.

— Não acredito que disse isso.

— E eu estou mentindo?- riu.

— Você só conseguiu porque eu me apaixonei por você primeiro.

— Ata, porque se não fosse por isso eu não teria chance nenhuma.

— Eu sou uma mulher difícil, tá? Rum!- ela brincou e ele riu.

— Boba!

— Não tem como não se apaixonar por você, Griss, falando sério. Que homem!

Grissom riu tímido, não era acostumado a receber elogios assim, de sua forma física, de seu interior, ainda mais de Sara que o deixava sem jeito só de olhar pra ele sem dizer nada.

— É uma graça quando fica vermelho assim.- Sara sorriu admirada.

Lavaram a louça do almoço e Sara foi fazer a cobertura de chocolate. Despejou no bolo, colocou um pedaço em seu prato e outro no de Grissom, e foram assistir TV. Degustaram do bolo e um tempinho depois Sara cochilou no colo de Gil.

Ele sorriu e a ajeitou mais confortavelmente.

— Meu anjo. - sussurrou acariciando seu rosto.

Depois de vinte minutos ele a levou para a cama, ficou abraçado com ela e fez cafuné em seus cabelos enquanto ela dormia. Tinham mais ou menos duas horas pra voltarem ao trabalho fazer as horas extras. Oh casinho difícil.

~ ♥ ~

Bom, já voltando a ele, durante um tiroteio com a polícia, o suspeito do sequestro e possível assassinato do caso que investigavam, tirou a própria vida. Buscando em seu rancho, Grissom e Warrick encontraram a cabeça da vítima de sequestro montado em uma placa, como um troféu de caça, mas nenhum sinal do marido dela. Nick e Sara também foram chamados pro rancho. Nick ficou de dar uma olhada se os porcos haviam recebido corpos para o jantar e Sara chegou no celeiro nessa mesma hora. Nick informou o que ele estava fazendo e Sara fez cara de nojo.

— Que bom que sou vegetariana.

Coitadas das pessoas e dos porcos.

Assim que falou com seu irmão de outra mãe sem perder a chance de dar uma zoada, Sara entrou na casa e procurou por Grissom.

— Oi.- disse quando o encontrou. — Quer que eu comece pela sala? O fim do mundo chegou numa quinta feira.

— Você acredita que existe vida inteligente em outros planetas?- indagou ignorando a primeira pergunta dela.

— Eu não tenho nem certeza se existe nesse, eu acabei de vir do celeiro.

Grissom sorriu e não disse nada, Sara então foi fazer seu trabalho.

À medida que a investigação foi avançando, foi descoberto que o suspeito morto e vários outros ligados a ele pertenciam a um estranho culto no qual acreditava-se que certas pessoas são inteligentes criaturas reptilianas secretamente decididas em conquistar a humanidade. Papo de doido, meu Deus, mas quem sou eu né.

Nada de relevante na investigação, Greg foi mordido por pensarem que ele era um réptil? Pois é, mas vida que segue. Pouco antes de encerrarem o caso, Gil e Sara foram pra casa para mais uma pausa pra não abusar das horas extras, Sara quase sempre estourava então não era novidade, já Grissom alegou enxaqueca. Dois danados. Enquanto isso, o pessoal finalizava o caso que não mais havia ficado difícil.

Em casa, estavam ambos na cama assistindo a um filme antigo, Godzilla creio eu, Sara encostada na cabeceira comendo um danone e Grissom na beirada com Hank deitado perto de suas pernas quietinho.

O monstro estava destruindo a cidade toda e as pessoas corriam com medo gritando, e Sara comentou enquanto via:

— Eu sempre sinto pena do monstro.

Grissom sorriu.

— Então desliga antes que usem o destruidor de oxigênio contra ele.- aconselhou.

Sara o olhou achando uma boa ideia desligar.

Grissom levantou e foi trabalhar em sua miniatura no escritório. Sim! Toda aquela coisa do serial killer, mesmo sendo doentia, deixava o supervisor admirado com o talento e os detalhes de cada uma delas. Isso fez com que Grissom quisesse ter uma de sua sala, só pra guardar de recordação e quem sabe livrar sua mente das preocupações que esses casos lhe davam e lhe tiravam o sono. Agora estava fazendo sua própria miniatura, estava louco pra saber como ia ficar. Sara aprovou a ideia, achou que seria uma boa distração.

A morena colocou o potinho do danone de lado pra pegar o controle e desligar a TV, mas uma coisa lhe chamou a atenção dentro do livro de Shakespeare de Grissom. Era uma carta e tinha seu nome nela. Era a letra de Grissom. Mas espera, ele lhe escreveu uma carta? Bom, por que não abrir e ler, não é? Era pra ela mesmo. Abriu o envelope e pegou a fina folha coberta por uma bela caligrafia. Começou a ler.

“Sara, nossa despedida foi estranha. Não sei por que acho tão difícil expressar meus sentimentos pra você…”

Sara sorriu só com essa primeira linha. Ele era mesmo um amor admitindo isso.

Prossigamos…

“... Embora estejamos longe…” Sara franziu o cenho. Espera, essa carta é de quando? “... Posso ver você tão vividamente como se estivesse aqui comigo. Eu disse ‘vou sentir sua falta’ e sinto.”

Sara não aguentou sorrir mais uma vez. Por que diabos ele não lhe mandou isso? Ela ia ficar tão feliz! Sabia exatamente de quando era. Foi quando Gil passou um mês fora. Ele podia ter mandado a carta junto com o casulo, o que custava? Oh céus!

“Como Shakespeare escreveu meu sentimento mais habilmente no soneto 47:

Há uma união entre o que vejo e sinto,

E o bem que cada coisa verte de uma em outra:

Quando meus olhos anseiam por um olhar,

Ou o coração apaixonado, brando, a suspirar,

Meus olhos celebram a imagem do meu amor,

E, diante do banquete, se rende a minha emoção;

Em outro tempo, meus olhos se aninham ao sentimento,

E se unem aos seus pensamentos amorosos:

Então, seja por tua imagem ou pelo meu amor,

Estás, mesmo distante, sempre comigo;

Pois não corres mais do que meus pensamentos,

E estou sempre com eles, e eles, contigo;

Ou, se adormecem, a tua imagem à minha frente

Desperta meu amor para a alegria dos olhos e do coração.”

Sara terminou de ler e virou o rosto pra porta do escritório. Por que ele não havia enviado a carta? Era tão linda. E não seria Gil se não citasse Shakespeare. Lembrava nitidamente de um dia que não conseguiu dormir e ele leu alguns sonetos pra ela, sonetos que diziam tantas coisas semelhantes ao que sentiam.

Enquanto isso, no laboratório…

— Eu não sei, cara, talvez a coisa desse mais certo se a Tina fizesse o que nós fazemos... Pelo menos ela entenderia o nosso horário.

— Ah, eu não sei não.- respondeu Nick. — Eu acho que não é uma boa ideia namorar alguém com quem você trabalha. Você nunca consegue se afastar do trabalho ou da pessoa quando precisar.

Warrick se aproximou dele com a bala para verificarem, estavam na balística.

— Quer dizer como você e eu, benzinho?- brincou.

— É, exatamente, querido!

Será que Nick estava certo?

Voltando… Sara ficou alguns minutos na cama pensando enquanto terminava de tomar o danone. Foi até a cozinha jogar a embalagem no lixo e voltou para o quarto.

Resolveu ir até o escritório tirar aquela história a limpo e quem sabe ajudá-lo na miniatura também.

Parou na entrada e deu duas batidas na porta que estava aberta.

Gil a olhou e viu que ela estava lhe mostrando uma folha que estava em sua mão. Logo reconheceu e parou o que estava fazendo.

— Você leu a carta?- sabe aquela careta que você faz pensando “ops!”? Foi exatamente a que ele fez ao perguntar.

— Li.- se aproximou da cadeira e sentou em seu colo. — Por que não me mandou?

— Ah… eu não sei…- desviou o olhar.

— Confesso que estava esperando por uma. Eu teria amado receber.

— Sério?- voltou a olhá-la.

— Claro que sim. É tão linda.- sorriu.

Grissom também sorriu.

— Você gostou mesmo? Não achou meio brega?

— Não, eu adorei!

— Bom… como faltava só uma semana pra te ver de novo, resolvi não mandar. Fiquei meio inseguro como de costume.

Sara balançou a cabeça com um meio sorriso.

— Você não tem jeito, senhor Grissom.- acariciou seus cabelos grisalhos.

— Te decepcionei de novo, não foi?- ele estava decepcionado consigo mesmo.

— Não amor, nem todas as pessoas tem facilidade em demonstrar sentimentos e eu sei que ainda é difícil pra você.

— Desculpe não ter mandado.

— Está tudo bem, é o seu jeito, eu não te amo menos por isso. O importante é que eu li.- deu um beijo na testa dele e Grissom sorriu. — Parece que Shakespeare deu uma boa vasculhada na sua cabeça.- sorriu.

Grissom concordou.

— As vezes eu fico pasmo com as coincidências. Parece que ele escreveu pensando na gente.

Sara riu.

— Esse 47 é lindo. Não achei que tinha sentido tanta falta de mim assim.

— Todos os dias.

Sara sorriu e tascou-lhe um beijo em resposta.

— Como anda a miniatura?- perguntou depois do beijo e olhou pra mesa.

— Bem, eu estou montando a estrutura, colando as paredes.

— Quer ajuda?

— Adoraria.

Trocaram mais um beijo e Sara pegou uma cadeira pra sentar ao lado dele e ajudar.

“Por que eles não conseguem entender

A maneira como nos sentimos?

Eles simplesmente não confiam

Naquilo que não conseguem explicar

Eu sei que somos diferentes mas,

No fundo, dentro de nós

Não somos tão diferentes assim

[...] Não dê ouvidos a eles

Porque, o que eles sabem?

Nós precisamos um do outro

Ter um ao outro, abraçar

Eles verão com o tempo

Eu sei” ― Phil Collins


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Notas finais do capítulo

Simples e bonitinho ♥ E vocês, o que acharam da conversa deles em relação a carta? E o resto do capítulo? Deixem suas opiniões, tabom? ♥
E no próximo tem tretaaaa hsuahsa um dos capítulos mais esperados dessa fase da fic, vamos aguardar ;)
Link do cronograma e do formulário lá no meu perfil ^^
Abraço de urso :3



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