Love Story escrita por Fofura


Capítulo 122
O Bom, o Mau e a Dominatrix


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Chegou o grande dia! Haha! Lady Heather voltou e vocês vão saber a resposta da pergunta 20 do formulário.
Passou um pouquinho de 4k, perdão.
Espero que gostem do capítulo ^^



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“Me pergunto como podemos sobreviver à este romance

Mas se, no final, estiver com você

Eu aceitarei a chance.” ― Richard Marx

Mais um caso surgiu para a equipe do turno da noite resolver e dessa vez quem era a vítima? Lady Heather. Não, ela não morreu. Digo infelizmente ou graças a Deus?

Era madrugada, bem no dia 10 de Maio e que dia era esse? Exato, bem no aniversário de um certo casal. Mas como o jantar era só a noite, talvez resolvessem o caso antes.

Catherine chegou primeiro ao local do crime, Heather estava sendo levada para a ambulância.

— Heather, não sei se lembra de mim, sou Catherine Willows da criminalística… Vai ficar tudo bem.- Cath era uma fofa quando queria né?

Levaram a dominatrix e a ruiva foi até o capitão Brass.

— Você já avisou o Grissom?

— Não.

Depois de alguns minutos, Sara chegou à cena do crime e ajudou Catherine. Tirava fotos enquanto ela coletava e anotava algumas coisas.

— Esse é um parque temático familiar, imagino que eles não sirvam bebidas alcoólicas. Devem ter trazido.- disse isso pois encontrou uma garrafa quebrada de Puro Malte.

— Sadomasoquismo é um esporte de homens ricos. Semelhante ao hockey, com muitos equipamentos.

— Quanto acha que custaria uma noite como essa?

— Há uns cinco anos… Heather me disse que ganhava vinte mil por semana.- Sara arqueou as sobrancelhas chocada. — E aquilo foi antes de LadyHeather.com.

Quer dizer que Catherine já conhecia a dominatrix há tanto tempo? Jim e Gil também conheciam, pelo que ouviu. Por que ela não?

— Como ela é?- perguntou curiosa. Péssima ideia!

— Bonita, inteligente, intensa… charmosa.- listou Catherine, mas o que disse depois deixou Sara sem reação. — A única mulher que eu vi mexer com o Grissom.

A expressão de Sara mudou na hora, passou a fazer as coisas meio desligada, porém prestando muita atenção no que a ruiva dizia. Catherine nunca teve a oportunidade de fofocar com Sara, agora era a chance dela, principalmente de Grissom que era íntimo das duas e tão fechado emocionalmente. Qualquer um gostaria de saber um pouquinho dele.

— Ele meio que gostava daquela antropóloga forense, Teri Miller, lembra dela?

— Ah, lembro.- disse meio desconcertada, quase gaguejou. Mas como assim Grissom gostava da Teri? Como ela não sabia disso? A antropóloga já trabalhou com ele algumas vezes e Sara nunca reparou. Que bapho! Pena que era de seu namorado né, aquilo estava deixando Sara um pouco mal, era a primeira vez que ouvia de outras mulheres na vida de Grissom.

— Mas…- continuou Catherine. — Ela não era um grande desafio pra ele. Heather, por outro lado, é desinibida e consegue vencê-lo no xadrez mental.

Sara estava fotografando e parou na hora que ouviu aquilo. Quê?

— Eles tinham uma química, e ele é um cientista.- Sara ergueu as sobrancelhas chocada com as informações que sua amiga estava lhe dando. Agachou-se para tirar mais fotos e fingir que não estava sendo abalada por tudo aquilo. Mas Catherine continuou indo pra mais perto da morena. — Não tenho provas e sei que ele nunca me contaria, mas tenho certeza que eles passaram a noite juntos.- Sara olhou para os lados quase que pedindo socorro, aquilo já estava de bom tamanho. — Adivinha qual deles usou a calça de couro.- brincou.

Sara imediatamente quis mudar de assunto.

— Muitas…- pigarreou. —… moedas e palitos dente, eles não varrem aqui embaixo, né?!

Não adiantou.

— Quer dizer, é bom ele encontrar alguém fora do trabalho porque…- suspirou. — Ah, procurar alguém no local de trabalho, é procurar encrenca.

Catherine sabia bem disso já que seu coração pertencia a Warrick, e Warrick era da onde? Pimba! Do local de trabalho! Olha só que sorte!

— Achei um copo de bebida.- tentou novamente mudar de assunto. Imaginar Grissom tendo relações com outra mulher não era algo muito bom não. — Tem marcas de batom na borda.

E mais uma vez, Catherine cagou pro que ela disse.

— Minha fantasia não precisa de roupas…- Sara quase quis revirar os olhos e olhou pra ela com aquela cara de estranhamento. —… ou dor, e muito menos serragem. E a sua?

Sara virou o rosto na hora. Sério que ela quer entrar nesse assunto?

— O que foi?- Catherine estranhou aquela reação dela e já achou que Sara gostava de usar aquelas coisas.

— Nada, eu só… acho muito esquisito essa coisa de masoquismo. Nunca passou pela minha cabeça usar nada do tipo.

Catherine então não ficou com aquela desconfiança depois que Sara conseguiu contornar a situação.

— Pela minha já, porém eu nunca usei.- deu de ombros. — Mas seria legal imaginar o Grissom usando esses troços.- brincou.

— Catherine…- Sara atuou muito bem fingindo entrar na brincadeira e fez uma careta. — Não seria não.

Catherine deu risada.

— Tem razão. Mas sabe que eu acho que pode dar certo? Eles formam um casal bonito.

Foi a deixa para Sara, não dava mais pra ficar ali ouvindo a amiga falar de Gil e Heather sendo um lindo casal. O ruim era que precisava olhar na cara da dita cuja depois que já sabia disso tudo, esperava que conseguisse esconder.

Ficou poucos minutos dentro do carro com os pensamentos longe, não havia gostado do papo que teve com Catherine e nem sabia como olhar na cara de Grissom depois disso. Ele era realmente muito discreto, jamais imaginaria que ele tivesse alguma relação com uma dominatrix. E pelo jeito, todos que sabem do que a ruiva sabe, devem achar que a mulher com quem Gil tem algo, é Heather e não ela. Aquilo doeu em Sara. Por enquanto, só o que sentia era tristeza, mas isso logo mudaria pra algo mais.

Ao chegar no hospital, Sara informou-se na recepção e foi até o quarto de Heather onde ela estava com Brass. Se apresentou ao entrar.

— Oi, sou da criminalística. Sara Sidle. Eu estou aqui para apanhar suas roupas e verificar se há provas no seu corpo.

— Posso dizer que não?- perguntou ela.

— E por que faria isso?- Heather não respondeu. Sara então olhou para Brass e questionou: — A enfermeira esqueceu do kit de exame de agressão sexual?

Heather mesma respondeu.

— Não é necessário.

Brass perdeu a paciência enquanto Sara pegava a câmera.

— Olha, se não quer ajuda, por mim tudo bem, só não me faça perder tempo. Tenho muitos casos na minha mesa que precisam da minha atenção.- ambas ouviram caladas. — Quando não estiver mais confusa, ligue pra mim.- virou as costas e foi embora.

Sara então olhou para Heather que comentou:

— Não me dou muito bem com homens que me julgam apenas baseados na minha profissão.

Ao que parece, Gil não era um desses.

— Acontece muito comigo… porque sou da polícia.

Ambas trocaram um sorriso fraco, simpático e sincero. Só pra constar que era a primeira e única vez que isso ia acontecer.

— Posso afastar seu cabelo?- Heather permitiu mesmo querendo que ninguém visse seus hematomas. Sara fotografou. — Parecem marcas de corda no seu pescoço…

Foram interrompidas por alguém que abriu a porta, Sara nem notou até ouvir de Heather quem era.

— Grissom…

A perita logo olhou para a porta e encontrou um Grissom completamente sem jeito.

— Eu termino em um minuto.- disse ela meio sem jeito também. Por dentro ela estava gritando, mas por fora tinha que manter a classe. Ele foi correndo ver como Heather estava, né? Hm.

Grissom estava em sua sala trabalhando em sua miniatura quando recebeu o telefonema de Catherine avisando sobre sua amiga dominatrix e “o que havia acontecido”. O supervisor largou de mão o que estava fazendo e foi correndo para o hospital, ele nem imaginava que Sara estaria lá com Heather. Quis se enfiar em um buraco ao vê-las olhando pra ele. Saiu fechando a porta e esperou que Sara acabasse. Sabia que ela ia querer respostas depois.

Heather não deixou de notar a tensão entre os dois e logo soube do que se tratava.

— Ele ficou desconcertado.- comentou a dominatrix. Não imaginava que Gil estaria em um relacionamento, muito menos com Sara que era colega de trabalho.

— Pois é…- foi a o que morena limitou-se a dizer.

Heather não quis se intrometer, então não disse mais nada, havia conhecido Sara agora, saber de Grissom seria mais prudente.

Assim que a morena acabou, guardou tudo e disse que já estava indo.

— Prazer em conhecê-la.- disse Heather com a voz meio fraca, afinal não era todo dia que conhecia a namorada de seu melhor amigo.

— O prazer foi meu.- sorriu gentilmente. — Espero que melhore logo.

Essa gentileza toda é só no primeiro momento, adoro!

— Obrigada…

Sara saiu do quarto e deu de cara com Grissom sentado esperando.

— Pode ir agora, a gente conversa depois.

Grissom assentiu e se levantou. Estava muito desconcertado.

— Oi…- cumprimentou a amiga indo até ela depois de fechar a porta. — Como você está?

— Estou bem. Não imaginava que gostasse de alguém do trabalho.

— Ah, você notou, é?- sorriu sem graça e se sentou perto da cama. — Depois eu falo com ela.

— Essa é uma visita profissional?

— Isso faz diferença?

— Talvez não pra você. Me sinto exposta… Da última vez que me viu…- Grissom a interrompeu terminando a frase.

— Tinha acabado de perder sua filha.- fazia bastante tempo.

— Não foi só o que perdi naquela noite.- referiu-se a chance que perdeu de matar o homem que machucou sua filha já que Grissom a impediu, e o mesmo entendeu o que ela quis dizer.

— Seu cliente fez isso e a deixou pra morrer, por que está o protegendo?

— Eu não estou.- Heather desconversou. Ela mentia mal, igual a alguém que ele conhecia.

— Me diga a verdade.

A dominatrix não pôde responder, pois começou a passar mal e o monitor começou a apitar.

— Verificaram seu nível de glicose quando chegou? Heather?- ela estava a ponto de desmaiar então Grissom apertou o botão para chamar a enfermeira. A mesma veio correndo. — Ela é diabética, acho que está entrando em choque.

— A paciente não disse nada.- comentou a enfermeira enquanto socorria a mulher.

Oxente, e a paciente é que tem que avisar que tem diabete? Exame serve pra quê?

Grissom ficou super preocupado e não quis sair de lá até saber que Heather estava bem, sua equipe que cuidasse do caso, ele iria ficar com sua amiga.

~ ♥ ~

Sara estava analisando as evidências sozinha numa sala do laboratório quando Grissom entrou.

— Alguma coisa sobre Heather Kessler?

Sara passou as informações normalmente, como qualquer outro caso.

— Até agora todas as digitais são dela. No piano, na garrafa de wisky, no copo… Havia batom na borda do copo, eu ainda não consegui analisar. Acha que é a cor dela?- provocou, fazendo um biquinho assim que o viu com a sobrancelha arqueada por conta da pergunta.

— Heather não deveria beber, ela é diabética, o que pode explicar a hipoglicemia e o choque.- ele mais falou consigo mesmo do que com Sara.

Ele realmente a conhecia bem pra saber dessas coisas e, ao que parece, ela havia passado mal no hospital, ele estava muito preocupado com ela mesmo.

— A Catherine achou uma cueca no toalete, qualquer evidência que houvesse nela se perdeu, mas ela também encontrou fluido seminal em um tecido, no chão ali perto.

— Foi atacada sexualmente?- perguntou com um certo medo da resposta ser sim.

— Ela se recusou a fazer o teste de estupro, por isso não sabemos. Não havia marcas de defesa, nada de fibra ou pele sob as unhas, à primeira vista eu achei que ele pudesse tê-la encurralado, mas percebi três tentativas de estrangulamento no pescoço dela.- mostrou as fotos a ele. — Ela teve tempo de se defender.

— Isso não faz sentido.- comentou olhando as fotos. — Ela é muito forte, durona…- Sara o olhava séria. —… por que não lutou?- indagou e ao olhar pra ela ficou sem jeito com seu olhar, mas um sem jeito bem culpado.

— Não tem nenhuma ideia? Você a conhece tão bem.- Sara não resistiu em dar uma alfinetada, não havia gostado do jeito que ele falou dela.

Grissom negou sentindo o impacto.

Enquanto isso, de volta ao parque temático, Catherine e Jim conversavam.

— Olha só, portão destrancado de novo.

— Já passa das 22h, deve estar destrancado por causa das rondas.

— É, pode ser.- disse ela.

— Uh, o velho oeste, parceira!- o capitão admirou o local.

— Tá Jim, desista.- ela sabia que ele estava fugindo do assunto. — Eu sei que sabe de alguma coisa sobre Grissom e Lady Heather.

Jim quase deixa escapar o que não devia.

— Eu sei de algo muito mais interessante do que Grissom e Lady Hea…- foi interrompido, pois ambos viram um corpo.

— Meu Deus…- Catherine checou o pulso e ele estava morto. Foi o homem que achou Heather e pediu ajuda.

~ ♥ ~

Depois de analisar o batom e confirmar que era de Heather, Sara foi pra casa, pois tinha marcado com Grissom de comemorarem o aniversário, ainda estavam no prazo já que não havia passado da meia noite e como a investigação estava meio caminho andando, só precisavam que Heather falasse, então ninguém ia notar a falta do dois. Ao menos era o que esperava.

Preparou tudo, não podia deixar passar em branco, fez algo pra eles beliscarem, bem simples e gostoso já que não sabia cozinhar, deu o seu melhor. Se produziu toda e esperou ele chegar. Como ele atrasou um pouquinho, Sara resolveu ligar pra saber onde ele estava. Caixa postal. Fez inúmeras tentativas e nada, começou a ficar preocupada. Resolveu ligar para Jim e perguntar se ele sabia onde Grissom estava. O capitão disse que não sabia, mas que se tivesse acontecido alguma coisa, Gil arrumaria um jeito de avisar.

Sara esperou até quase três da manhã e nada de Grissom chegar, então comeu sozinha e foi dormir. Custava a acreditar que ele tivesse esquecido do aniversário deles. Que mancada!

Mal conseguiu dormir, por volta das cinco e meia acordou sozinha com seu lindo vestido vermelho amassado, com a maquiagem ainda em seus olhos úmidos e borrados por ter dormido sem tirá-la.

Levantou-se e foi tomar um banho pra esfriar a cabeça. Saiu minutos depois e foi para o quarto se vestir. Jogou o vestido sobre a cama e assim que estava vestida secou os cabelos. Seu telefone tocou, era Catherine pedindo para ela ir ajudar na cena do segurança que havia achado Heather.

Deu um beijo em Hank e foi pra lá rapidamente. Como o cara havia sido baleado, elas procuraram por armas. Havia um local onde continham vários revólveres, então Catherine ficou de levar todos para a balística enquanto Sara processava a caixa de munição. Foram juntas pro laboratório e em seguida Catherine foi com Brass até a casa de Heather já que ela não estava mais no hospital.

— Essa não é uma boa hora.- disse a dominatrix ao ver ambos junto com os policiais em sua porta.

— Nós temos um mandado pra sua casa.- respondeu o detetive. — E é melhor você colocar filtro solar porque vamos pra delegacia.

— Minha memória não está melhor do que ontem… Estou indisposta.

— Bem, estivemos no hospital. Você pode explicar por que saiu de lá por sua conta, contra a vontade dos médicos.

— Nós estamos investigando um homicídio.- a ruiva tomou palavra.

— Eu não entendo.- o caso dela não tinha sido homicídio, de que homicídio falavam?

— Onde você esteve noite passada?

Heather os deixou entrar e disse que estava justamente ali, em casa.

— Alguém pode confirmar isso?- perguntou ele. — De preferência, alguém que não seja cliente.

Heather olhou pra sala e falou pra quem estava lá:

— O capitão Brass quer saber onde eu estava ontem à noite.

Os dois amigos imediatamente viraram pra onde Heather estava olhando e deram de cara com quem? Grissom segurando uma xícara de café.

— Ela estava aqui. Comigo.- disse e tomou um gole do café na maior cara de pau.

Jim e Cath olharam pra ele e para Heather, sem reação. A ruiva não imaginava o problema que aquilo daria pro lado de Grissom, mas Jim sabia muito bem.

~ ♥ ~

Sara estava na sala de análises e resolveu ligar para Catherine com a desculpa de saber como estava o caso, mas queria mesmo era ter conhecimento da localização de Grissom. E ficou furiosa quando ouviu o que a ruiva disse.

— Acredita que ele passou a noite na casa da Heather? Jim e eu acabamos de encontrá-lo lá.

— Jura?- fingiu estar positivamente surpresa.

— Por tudo o que é mais sagrado. Não acredita na cara de pau dele.

— Ah eu acredito sim.- fingiu rir.

— Estamos voltando agora, Gil está no carro dele e Heather está com o Jim, ele vai levá-la pra delegacia.

— Bom… eu encontro vocês aqui então.

— Tudo bem.

Sara desligou o telefone bufando e seus olhos marejaram de raiva. Então por isso que ele não foi pra casa, estava com outra! Que maravilha!

Sem pensar duas vezes, Sara foi pra casa arrumar sua mala. Ela não queria sair de casa, mas precisava. Estava muito brava e não queria olhar na cara de Grissom pelo que fez. Podia pelo menos ter ligado, mas não, a deixou plantada no aniversário de namoro pra passar a noite com a amiguinha.

Enquanto isso...

— Você esteve lá a noite toda?!- a ruiva indagou ao fechar a porta da sala dele. Claro que ela não deixaria de lhe dar um sermão, o que ele pensou que estava fazendo? — Quer explicar por que?- Grissom não falou nada. — Escuta, eu sei que não vai pra casa acariciar seus insetos todas as noites…- Grissom sabia o quanto ia escutar dela e suspirou. —... mas por que ir até lá sabendo que estamos no meio de uma investigação?- perguntou indignada. — Agora ela é a principal suspeita e tem você como álibi!!

— Foi uma visita social, apenas isso!- sentou-se.

Espera… só isso que ele vai dizer?

— Então... Quando a sua vida pessoal se entrelaça a um caso, não se fala disso?- que absurdo!

— Exato!- disse ele.

— Não é um pouquinho hipócrita?

— Aparentemente sim.

— Eu queria te dar um tapa, mas eu acho que você ia gostar disso!!

Grissom quis rir, mas se conteve. Não precisava daquela bronca toda.

— Olha ... Fui até lá porque tive um palpite.- Catherine cruzou os braços. — Tem alguma coisa errada com ela.

— Hm... Você calculou mal…- seus olhos foram direcionados a outro lugar. — O que é isso?- viu a maquete que ele estava fazendo sobre a mesa. — Então agora está fazendo a sua?

— É... Mantém minhas mãos ocupadas…

— Essas miniaturas mexeram mesmo com você.

— Estamos com algumas pistas sobre os filhos de Ernie, em uma dessas buscas descobrimos quem é o culpado, é só questão de tempo.

~ ♥ ~

Em casa, quando já estava pronta, Sara ouviu o barulho da porta. Depois de falar com Catherine, Gil foi pra casa com a desculpa de ir colocar comida para Hank que já devia estar sem. Sara seguiu em frente, o encontrou quando estava saindo do quarto e ele ficou bem confuso quando viu a mala em sua mão.

— Onde está indo?

— Pro meu apartamento.- respondeu séria.

— Mas por que? O que houve?

— Aposto que viu a mesa arrumada na cozinha.

— Vi, mas o que...- ele parou de falar quando se deu conta de que tinha esquecido o aniversário deles. Ela deve ter preparado aquela mesa para eles jantarem juntos. — Meu Deus… Honey, me desculpe, eu…

— Não!- ela o interrompeu nervosa. — Passou a noite com ela, não foi?- ele abriu a boca pra responder, mas ela não deixou. — Nem precisa responder, eu sei que estava lá!- passou por ele e foi em direção à sala pra sair do apartamento.

— Sara, não é o que está pensando…- ele a seguiu.

— Grissom, você só reforçou o que todo mundo naquele laboratório acreditava!- parou e virou novamente pra ele. — Tem noção do que eu tive passar? As piadinhas que eu tive que escutar? Grissom e Lady Heather isso, Grissom e Lady Heather aquilo. E agora você apronta uma dessas comigo!

Apesar da raiva, a tristeza no olhar de Sara era nítida e aquilo partiu o coração dele.

— Você nem ao menos me ligou, esqueceu completamente de mim!

— Honey, eu entendo que esteja chateada comigo e muito magoada, mas não foi de propósito e ela é só uma amiga. Não precisa ir embora, amor.

— Não me chama assim, eu estou nervosa!- sua voz embargou, mas Sara engoliu o choro. Mal conhecia Lady Heather e já não gostava dela. — Não vai me impedir, Gilbert!- pegou a mala e foi andando pra saída.

Eita, chamou de Gilbert, tá lascado!

— Ah não, não me chama assim, Sara.- pediu arrependido por tê-la magoado.

— Achei que esse fosse o seu nome!- ela rebateu curta e grossa.

— Sara, não!

Ela não parou, nem olhou para trás quando ouviu seu nome ser pronunciado por ele. Bateu a porta e foi embora. Deixou suas coisas em casa e voltou ao laboratório.

Grissom teve que fazer o mesmo.

~ ♥ ~

Sara estava com Catherine na sala de análises quando Wendy chegou informando sobre os resultados de DNA. Ainda não faziam ideia de quem havia atacado Heather. Mataram o cara que a encontrou, mas não mataram ela. Por que? Porque ela não falaria com ninguém.

Mandy mandou uma mensagem para Catherine dizendo de quem eram as digitais do revólver e da caixa de munição. Benjamin Oakley, o filho do dono.

— A família dele é dona do lugar.- comentou Sara. — Ele tem acesso.

— É, eu vou ligar pro Brass.

Catherine ia saindo e Gil chegando ...

— Sara vai te colocar a par.- falou a Grissom e Jim atendeu o telefone. — Oi Jim.- nada mais foi ouvido dela já que ela saiu da sala.

— Acho que temos um suspeito.– foi o que ela se limitou a dizer e voltou a olhar para os papéis. Super o colocou a par de tudo hahah nem deu bola pra ele.

Gil percebeu que ela não queria papo com ele e tentou se explicar novamente.

— Eu sou o único em que a Heather confia.

— Já entendi!- a cara dela foi muito um “cala a boca que eu já sei”.

— Sara…- ele não queria que ela ficasse zangada com ele e tentou mais uma vez ficar de bem com ela.

Meio sem paciência, Sara o olhou parecendo tranquila e respondeu.

— Fala.- sabia que ele não ia conseguir. Estava certa, nada saiu da boca dele. — Tudo bem.- ela forçou um sorriso, meio dane-se. — Faça o que tiver que fazer.- saiu da sala em seguida.

Bom, de qualquer maneira teria que se entender com a morena depois, então fez mesmo o que tinha que fazer. Precisava saber o que havia acontecido/o que estava acontecendo com Heather.

Lembrou-se da conversa que teve com Heather nessa noite que deveria estar com Sara.

“— Fazia um bom tempo que não nos víamos, eu nem sabia que estava com a Sara.

— Da última vez que nos vimos, eu já estava com ela.- Gil levantou da poltrona onde estava e foi olhar os porta retratos dela. — A regra do laboratório não permite, mas não dava mais pra ficar longe dela. Então cá estamos.

Heather sorriu.

— Quando a conheceu?

— Em 98 numa conferência em São Francisco.

— Parece que ama mesmo ela.

— E amo.- sorriu de lado e pegou um dos quadros onde havia um homem segurando uma garotinha.

— Ela é tudo o que me restou de Zoe.

— Essa é sua neta?! Você que tirou essa foto?

— Contratei alguém para achá-la.- Grissom franziu o cenho. — Não posso dar amor a ela, mas posso dar a liberdade pra ser quem quiser.”

Havia pedido um arquivo de custódia de Allison, a neta de Heather, só pra ficar por dentro do que aconteceu já que sua amiga não quis contar o porquê não podia ficar perto da menina.

Então foi encontrar com Jerome, o ex de Heather, ele que tinha a custódia da criança. A corte negou os direitos de visita e a custódia dela por conta da profissão.

Enquanto Grissom descobria tudo isso, o pessoal no laboratório descobria de não foi Benjamin que atacou Heather, e sim o pai dele. O jovem entregou o pai dizendo que era um abusador. Pegaram ele em flagrante tentando matar Heather. O prenderam e deixaram Heather sozinha em casa. Não demorou muito para Grissom aparecer lá.

Heather atendeu a porta e suspirou ao vê-lo, sabia o que ele havia feito.

— Me deixa em paz, eu não pedi que me salvasse.

— Eu sei… mas o que eu posso fazer? Eu sou seu amigo.

Heather sorriu por dentro.

— Aliás, eu quero que conheça uma pessoa.- apontou com a cabeça pra entrada da casa e estendeu a mão para ela.

Heather segurou e saiu da casa.

Eram Jerome e Allison, ali, pertinho dela. Grissom conseguiu convencer o homem de que Heather seria uma ótima avó, mesmo que não ficasse com a guarda da menina, amava a neta e só queria fazer parte da vida dela. Jerome concordou.

Heather o olhou surpresa e Grissom sorriu como se dissesse “vai lá”. Grissom a viu se aproximar da menina e foi uma cena linda. Havia ajudado sua amiga e estava feliz com isso. Agora só precisava fazer as pazes com sua namorada pra ficar feliz por completo.


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Notas finais do capítulo

TRETAAAAAAA! HSUAHSA Quem acertou que a Sara iria sair de casa? E vocês, o que fariam?
O que acharam do capítulo? Os ciúmes e raiva da Sara são compreensíveis e maravilhosos de ver shaushua Eu achei fofo o que o Gil fez pela Heather e deu pra perceber mesmo que ele não tem dificuldade de falar dos sentimentos perto dela, é só perto da Sara hsuahsa rindo de nervoso.
Deixem suas opiniões, tabom? A conversa deles vai ser no próximo, vejo vocês lá ♥
Abraço de urso :3



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