Love Story escrita por Fofura


Capítulo 117
À Procura de um Sonho


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Tudo bem com vocês? Que tal um capítulo triste hoje? kkkk rindo de nervoso
Sara vai enfrentar uma barra
Dedico esse capítulo a Vicky77 que fez aniversário na quarta-feira. Parabéns novamente, amorzinho. Tudo de bom pra ti e muitos aninhos de vida ♥



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Um mês depois...

Grissom e Sara tinham marcado de jantar fora em seu dia de folga, porém um chamado foi feito para a casa de seis dançarinas e tiveram que cancelar.

Grissom já tinha ido pra cena junto com Warrick, Sara chegou um pouco depois e Nick já estava à caminho.

Sara deu uma boa olhada na casa até chegar no segundo andar onde já viu Warrick em um dos quartos.

— Que maneira de passar sua folga.- comentou ele. Sara não se importava, gostava de trabalhar, e mesmo trabalhando ela podia ficar perto do namorado.

— Quantos corpos tem aqui?

— Três. Grissom está no final do corredor, primeira porta à direita. Siga o sangue.

Sara foi até o quarto em questão e sorriu ao ver seu amor. Não se conteve em fazer um comentário sem se anunciar.

— Meu encontro foi cancelado.

Grissom sorriu.

— Com certeza ele teve um bom motivo.

Sara sorriu também e entrou no quarto tomando cuidado para não pisar no sangue.

Pelas contas deles só haviam cinco meninas na casa sendo que lá moravam seis. Acharam que uma delas não tinha voltado pra casa e era uma sortuda por isso.

Sara foi pro último quarto periciar, mas percebeu uma poça de sangue incomum que levava pra debaixo da cama. Abaixou-se para olhar e levou um susto ao ser arranhada no rosto. Aconteceu tudo muito rápido, Sara pegou a arma gritando que o suspeito estava no local. Ao ouvir o grito dela, Grissom se desesperou e correu até o quarto pronunciando seu nome. Mas não era o suspeito, era a menina que faltava. Ela estava com sangue na garganta por conta do corte e pedia ajuda com dificuldade.

— Vítima ferida! Chama uma ambulância!

Grissom imediatamente fez o que Sara pediu enquanto ela tirava a garota de debaixo do móvel e tentava acalmá-la dizendo que ela estava segura e que ia ficar tudo bem.

Sara pousou a cabeça dela em seu colo e pressionou o ferimento dela com uma mão, e a outra ela apoiou na cabeça da menina que chorava tentando permanecer viva.

— Pode me dizer o seu nome?

Ela teve um pouco de dificuldade pra falar.

— Ca… Cam… Cammie.

— Cammie, eu sou a Sara.- Sara acariciou a cabeça dela. — Quem fez isso com vocês, Cammie?

— Hom… Homem…

— Um homem. E como ele era?

— Por… por vinho… peito…- Sara não conseguia entender o que ela dizia. — Peito… faca…

— Ele esfaqueou você no peito?

— Nã-não!- Cammie não conseguia falar direito e sentia que não mais conseguiria.

— Eu preciso de ajuda!- Sara gritou temendo pela vida da garota e os paramédicos nada de chegar. — Fica comigo, Cammie.- Sara tirou a mão do cabelo dela e segurou sua mão.

— Adeus… Fin…- Cammie deu seu último suspiro e morreu com os olhos abertos.

— Não, não, não…- Sara sentiu uma súbita vontade de chorar.

Foi então que os paramédicos chegaram. Sara queria gritar o porquê deles demorarem, mas não conseguiu. Cammie foi levada para o necrotério e Sara permaneceu ajoelhada. Suas mãos estavam cobertas de sangue, suas roupas também, seu rosto estava machucado e seu coração estava doendo.

Grissom viu Cammie sendo levada e entrou no quarto para ver Sara. Agachou ao lado dela e tocou seu ombro.

Sara desviou o olhar das mãos pro rosto dele. Estava fazendo um esforço sobre-humano pra não chorar, mas sua cara de choro é nítida.

— Ela morreu nos meus braços.

Grissom a abraçou apoiando seu queixo na cabeça dela. Depois de alguns segundos, Gil a olhou de relance.

— Você tem que dar seu depoimento pro Brass.

Sara assentiu e Grissom a ajudou a levantar segurando seu braço. Foram pra fora do quarto onde Warrick estava no corredor.

— Hey Sara…- Warrick a chamou para seu abraço e deu apoio a ela. — Eu sei que é bem difícil, mas não fica mal não tá?

Sara assentiu e o olhou.

— Obrigada…

Warrick, com o carinho que sentia por ela, tocou sua cabeça e sorriu de lado.

Grissom achou super fofo. Sara de fato tinha conquistado o carinho de todos eles.

— Quer que eu vá com você?- Grissom perguntou quando ela se dirigiu à escada.

— Não precisa, eu estou bem.- ela tentou sorrir sem mostrar a Warrick o carinho que tinha com Gil.

— Tabom.- sua resposta foi suave e sentida. Sabia que seria um caso difícil pra ela. Foi o que Warrick comentou com ele vendo Sara sumir escada abaixo.

— Até essa investigação acabar… vai ser uma barra pra ela.

Grissom suspirou assentindo.

— Vai…

Já lá fora, Sara foi até Brass que estava com um casaco azul do laboratório nas mãos. Ele já sabia da situação por Gil e também sabia o quanto ia ser difícil para Sara, não só prosseguir nessa investigação como também falar o que houve enquanto estava com Cammie nos braços.

Ao chegar perto dele, Brass lhe lançou um olhar de que sentia muito pelo que houve e Sara assentiu. Em seguida Brass passou o casaco pelos ombros dela a cobrindo. Sara lhe lançou um sorriso triste agradecendo pelo gesto.

— Tenho que dar meu depoimento…- ela conseguiu não embargar a voz.

— Isso… Vamos encostar aqui no carro.

Fizeram isso e Sara suspirou abaixando a cabeça. Nesse momento ela viu Greg se aproximar com sua maleta. Ele também já sabia de tudo, todo mundo sabia, mas como Sara estava dando o depoimento, Greg não pode ampará-la, tinham que ser profissionais e deixar tudo isso pra depois. Só olhou pra ela reparando seu corte no rosto sangrando e entrou na casa.

— Olha, eu sei que é difícil, mas… ela te disse alguma coisa?

Sara respirou fundo e tentou não embargar a voz novamente.

— Ela me disse o nome dela. Quando eu entrei no quarto… ela achou que eu fosse ele.

— Mais alguma coisa?

— Não que fizesse sentido... Ela usou palavras soltas, eu não entendi nada… Eu sou uma inútil!

— Sara, não faça isso, está bem? Não se martirize. Não havia nada que pudesse fazer... e essas palavras soltas podem fazer sentido depois, você não sabe.

Sara assentiu.

— Eu já posso ir? Eu preciso ajudar.

— Pode, claro.- ele sorriu triste e tocou o ombro dela.

Sara foi se trocar, pois suas roupas se comprometeram e, por conta disso, vestiu um macacão e um casaco azul também do laboratório por cima. Em seguida foi verificar o perímetro. Na lateral da casa, na porta que dava pra cozinha, Sara viu uma cadeira que impedia a porta de ser aberta. Periciou ali e depois ensacou a cadeira, abriu a porta e viu Nick fotografando o quadro de fotos das meninas que havia na cozinha. Fingiu que nada tinha acontecido, mas não adiantou muito..

— Ele usou uma cadeira pra prender a porta.

— Eu soube o que aconteceu. Você está bem?

— Estou bem.- forçou um sorriso. Não estava não.

Nick assentiu.

— Tem uma garrafa de vinho com rótulo exclusivo logo ali.

Sara foi olhar e era uma garrafa de vinho do porto. Estava escrito “Com amor, Lewis”.

— Cammie disse algo. “Por vinho”. Talvez tenha a ver com essa garrafa. “Por vinho”.- ela repetiu tentando achar sentido.

— Talvez ele tenha forçado o vinho por sua garganta… O exame vai nos dizer.- Sara nada disse. — Foi bom você ter estado ali pra ela, Sara. Ela não morreu sozinha.

— Nós geralmente chegamos muito tarde pra conhecer as vítimas.

Nick se sentiu tocado e assentiu voltando a fazer seu trabalho.

Depois de ir até o necrotério e descobrir tudo o que aconteceu fisicamente com as meninas, em especial Cammie que deu a luz a uma criança, Sara recebeu uma mensagem de Hodges informando que a ponta da faca que ficou em uma das meninas era de cerâmica. Depois disso ela estava no interrogatório com Nick e o tal de Lewis. Sara o tratou como suspeito sim e até disse que o artigo dele era babaca. Nick riu disso. Mas logo o descartaram como suspeito.

Descobriram que o responsável havia forçado as meninas a amarrarem umas as outras pra não ter epitélios dele em nada, e também, que a garrafa de vinho havia dois tipos de digitais, porém não eram de nenhuma das vítimas. Uma delas eram só borrões, não dava pra dizer de quem era, talvez a pessoa tivesse calos ou cortes nas mãos. As outras eram de um cara que ficou com duas das meninas, mas ele também foi descartado como suspeito. Enquanto procuravam por esse cara, outra vítima foi encontrada com um corte na garganta, um homem. Foi usada a mesma faca nos assassinatos das meninas.

Assim que Sara soube, juntou-se a ele na ambulância, novamente deixou-se levar pelas emoções. Segurou a mão dele do mesmo modo como segurou a de Cammie e foi super atenciosa dizendo que ele ia ficar bem.

Nick informou aos amigos na sala de análises que Sara estava no hospital com a vítima e Grissom logo fez uma cara de que deu merda, que ela havia se envolvido mais no caso e que se o cara morresse seria mais uma frustração.

No hospital…

— Sr. Frost, eu vou sair daqui logo.- ele assentiu enquanto Sra tirava fotos. — Tenho certeza de que quer dormir um pouco. Só preciso tirar as sua digitais. É rotina, prometo que não vai doer.

Sara é uma fofa né? Pena que foi com a pessoa errada. Ela pegou a mão direita dele enquanto ele a observava. Mas ela notou algo incomum. Sempre que tirava uma digital dele, essas digitais formavam borrões. Foi então que ela virou sua mão para olhar as pontas dos dedos dele. Frost logo entendeu que Sara estava chegando perto da verdade, e quando ela se tocou disso e o olhou, Frost agarrou os braços dela com força. Sara pediu para ele soltá-la duas vezes enquanto tentava se soltar sozinha. Como ele não estava com tanta força assim por causa do ferimento, quando ela conseguiu se soltar viu uma mancha no ombro dele. Foi então que tudo fez sentido.

Falou para os médicos não liberarem Frost e correu pro laboratório. Encontrou Grissom e metralhou as informações pra ele.

— Foi ele, Griss, eu tenho certeza. Agora tudo faz sentido. Ele tem uma mancha de nascença vascular, uma mancha de vinho do porto no peito, era o que a Cammie estava tentando me dizer. Podemos conseguir DNA de suas roupas ensanguentadas, mas não temos sangue ou sêmen na cena pra comparar. As digitais dele são inúteis, são só calos, só deixam borrões como as que achamos na faca quebrada. Acho que o cretino tentou se matar!

— Sara, calma. Frost não vai a lugar algum.

— Eu vou pegar esse filho da mãe, eu não quero ele pense por um segundo que ele vai se livrar dessa.

— Ok, um passo de cada vez.- ela estava revoltada, com razão, mas ela podia falar e fazer tudo com calma, aquele nervosismo só ia fazer mal a ela. Mas ela continuou.

— Frost cheirava a álcool quando levaram pra emergência, então fizeram exame toxicológico. O nível de álcool estava em 0.34. Só um alcoólico crônico consegue funcionar nesses níveis. Sabe o que eu acho? Acho que ele virou o vinho todo da cena direto da garrafa.

— Então o DNA dele deve estar lá.

— Eu vou checar.

— Vai com calma, Sara.

Passaram tudo para Brass que deu uma entrevista pra imprensa.

Aliás, não só aquilo tudo fez sentido, como também o nome “Fin” que ela havia pronunciado. Fin era a filha dela, Sara achou várias fotos da menina na carteira de Cammie. A menina tinha sido dada para adoção porque Cammie não podia criar, mas todo ano os pais adotivos mandavam fotos pra ela. Sara também conversou com o pai biológico dela, foi um momento triste para ambos.

...

“Vamos, pare de chorar, vai ficar tudo bem

Apenas pegue minha mão, segure forte

Eu te protegerei de tudo ao seu redor

Eu estarei aqui, não chore.” ― Phil Collins

 

Ao final do turno, na sala de descanso, Gil e Sara assistiam o noticiário. A foto de Marlon Frost/David Marlon, estava estampada na tela juntamente com a das seis jovens que ele matou. O casal assistia em silêncio até Sara se pronunciar com a voz meio embargada.

— Eu segurei a mão dele.- deu uma rápida olhada para Grissom que imediatamente notou seu rosto molhado pelas lágrimas. Ele nem tinha notado que ela chorava, pois ela não deu nenhum sinal disso até o momento. — Como eu segurei a dela.- ela continuou já olhando pra TV e outra lágrima caiu. Focou no rosto de Cammie sorrindo ao lado das amigas e aquilo fez seu coração doer mais do que já doía. — Eu perdi a perspectiva.- mais uma lágrima escorreu e ela manteve os olhos na tela. Pensar que segurou na mão daquele monstro do mesmo modo como havia segurado mão daquela menina, com todo o carinho e cuidado, lhe batia um arrependimento por ser tão sensível nas horas erradas.

Gil não gostava de vê-la daquele jeito. Desde que ela encontrou Cammie debaixo da cama, ele sabia que ela se envolveria mais do que deveria e que não acabaria bem. Aí o resultado: sua doce Sara, a pessoa que ele mais ama, chorando e sofrendo.

Ele levou a mão esquerda pra cima, dobrou o indicador e secou sua lágrima, o que a fez olhar pra ele depois disso. Com um olhar, Gil sugeriu que fossem embora. Sara assentiu. Grissom apoiou a mão nas costas dela, Sara manteve os braços cruzados e ambos saíram da sala. No corredor encontraram o resto da equipe, eles estavam indo pra sala de descanso.

— Oi.- disse Greg.

— Achei que já tinham ido.- falou o supervisor.

— Estávamos esperando você pra nos dispensar.- Warrick explicou.

— Bom, podem ir. Vou levar Sara pra casa, ela não está em condições de dirigir.

Todos notaram o rosto molhado de Sara, mas nada disseram a respeito. Sabiam que tinha sido difícil pra ela. Sara manteve a cabeça baixa ao lado de Gil que ainda mantinha o contato com suas costas.

— Tudo bem. A gente se vê no próximo turno.- a ruiva se despediu e tocou o ombro da amiga que retribuiu com o mesmo sorriso triste dela.

— Fica bem, Sara.- Warrick a acompanhou não só da saída como no gesto. Sara também sorriu pra ele.

— Você vai ficar bem, Sara? Quer que eu fique com você?

— Não precisa, Greg. Eu estou bem.- fungou.

— Ok.- ele não se convenceu muito. — A gente se vê.- beijou sua bochecha e foi embora.

— Melhoras maninha.- fez o mesmo que Greg.

— Obrigada…

Os meninos se foram e Sara foi com Gil até a sala dele pegar as chaves de casa. Em seguida foram para o estacionamento.

Já dentro do veículo, Sara encolheu as pernas e apoiou a cabeça nos joelhos. Suas lágrimas caíram livremente enquanto ela mantinha o olhar fixo pro lado de fora. O caminho foi todo no mais profundo silêncio. Sempre que o farol fechava, Gil olhava pra ela e acariciava seus cabelos.

Chegaram em frente à casa e caminharam de mãos dadas em silêncio.

Ao entrar não foram recepcionados por Hank, pois ele estava dormindo. Sara foi direto pro quarto enquanto Gil trancava a porta e colocava comida para Hank. Ele a seguiu depois.

Ao entrar no quarto, a viu na janela olhando o movimento lá fora. Foi até ela e a abraçou apoiando o queixo em seu ombro. Sara fechou os olhos, respirou fundo e os abriu sentindo o conforto do abraço.

— Hey…- a fez ficar de frente pra ele.

Os olhos dela estavam um pouco vermelhos. Ele secou seu rosto que ainda estava marcado pelo percurso das lágrimas. Sara nada disse, apenas manteve o olhar triste.

— Detesto vê-la assim, isso acaba comigo.- ele confessou.

Sara desviou o olhar pra baixo por um instante e depois voltou a olhá-lo.

— Por que eu sou assim, Griss?

O supervisor colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e acariciou seu arranhão que ainda estava avermelhado.

— Você é sensível, honey, só isso. É uma pessoa muito emocional, mas não tem nada de errado com você.- ele a puxou para um abraço protetor. — E com tudo o que passou nos últimos dias, é compreensível como esteja se sentindo, afinal, Cammie morreu nos seus braços.- Sara o abraçou mais forte querendo chorar mais ao lembrar da jovem partindo. — Isso vai passar.- beijou sua testa e ela voltou a chorar. Chorou tudo o que segurou no caso todo. — Shiii…

Ficaram assim abraçados por alguns minutos até Sara se acalmar. Quando se separaram ela ainda soluçava um pouco.

— Quer uma xícara de chocolate quente?

Sara assentiu secando as lágrimas e ele beijou sua testa. Depois disso, Gil fez com que ela deitasse na cama e esperasse por ele, enquanto isso ela se acalmava um pouco.

Grissom foi pra cozinha e Sara tentava a todo custo tirar a imagem de Cammie da cabeça, mas sem êxito. As lágrimas nos olhos dela, a dificuldade de falar, o nome da filha sendo pronunciado antes de dar seu último suspiro… Sara sentia uma dor tão grande… Era a primeira vez que aquilo acontecia e mexeu muito com ela. Não conseguiu ficar na cama, pois sabia que quanto mais tentasse afastar as lembranças, mais elas viriam. Levantou-se e foi pra cozinha.

— Hey.- disse ao vê-la se aproximar e abraçá-lo pela cintura. — O que foi?- a abraçou de volta com o braço esquerdo enquanto mexia a panela com a outra mão.

— Não quero ficar sozinha.- ela murmurou.

Ele sorriu de lado e beijou a lateral de sua testa.

— Está quase pronto.

Sara ficou ali com ele por alguns minutos até o chocolate ficar na consistência certa. Gil colocou em duas xícaras e ficou com ela na cozinha até degustarem tudo. Foram pro quarto em seguida.

Ao chegar no pé da cama, Sara parou enquanto Grissom se deitava. Ele percebeu que ela não foi deitar com ele e perguntou:

— O que houve?

— Não vou conseguir dormir.

Grissom sabia que ela ia ter dificuldade e tentou tranquilizá-la.

— Vai sim.- foi até ela, pegou sua mão fazendo-a deitar com ele e com isso ficaram um de frente pro outro. — É só não pensar no que aconteceu. Não pense na Cammie, não pense no Frost, nem no que você sentiu e passou nesse caso.- Sara suspirou. — Acha que consegue, honey?

Ela negou com uma carinha de choro.

— Mas eu sei que consegue.- acariciou sua bochecha rosada. — Pensa em outra coisa.

Ele teve uma ideia no momento que lhe disse isso. Gil imaginou os dois no futuro, longe de tudo aquilo. Estava receoso em pedir que ela imaginasse também, mas lembrou que ela havia lhe dito que às vezes imaginava os dois depois de dez anos juntos.

— Lembra que você disse que ficava imaginando o futuro?- ela assentiu. — Imagine nós dois… no futuro... qualquer momento. Feche os olhos e me diga a primeira coisa que vier em sua cabeça.

Sara fechou os olhos e ele a observou. Demorou alguns segundos, mas ele a viu sorrir discretamente e mais segundos depois abrir os olhos.

— O que imaginou?

Tímida, ela desviou o olhar. Amou o que imaginou. (Não, ela não imaginou nada indecente, seus maliciosos)

Ele resolveu perguntar de outra forma.

— Onde estávamos?

— Num parque.- o olhou ao responder.

— Estávamos sozinhos?

Ela balançou a cabeça devagar, negando.

— Quem mais estava?

— Uma criança.

Desde que Gil começou a namorar Sara, ele não podia evitar de imaginar os dois construindo uma família. E depois que ficou longe dela, imaginava mais ainda, pois a saudade apertava seu coração e imaginar ficar longe dela doía. Querer passar o resto da vida com ela fazia Gil imaginar essas coisas.

— Menino ou menina?- ele quis saber.

— Um menino.

Grissom então imaginou um menino clarinho como os dois são, olhos azuis e cabelos castanhos. Ou cabelos louros escuros e olhos castanhos claros.

— O que estávamos fazendo?

— Um piquenique.

Sorriram de lado.

— Havia um pano xadrez em branco e vermelho no gramado… e um lago.

Ficaram em silêncio por alguns segundos. Sara queria que aquilo se tornasse realidade um dia.

— Acha que isso vai acontecer?

Ele olhou no fundo daqueles olhos castanhos brilhantes e respondeu:

— Espero que sim.

Sorriram.

Aquele assunto só iria surgir novamente anos depois, mas era bom imaginar aquilo um dia acontecendo. Quem sabe…

Gil beijou a testa dela, e ela se aconchegou em seu peito.

Sara não encontrou problema em dormir depois disso.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse capítulo super tenso? Tadinha da Sara né, a Cammie morreu nos braços dela :’( pesado
E esse final? Ain jisuis *-*
Deixem suas opiniões, eu não mordo, só dou abraço de urso ♥



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