Cara, olha só essa lista de metas: estamos em Março e só conquistei três dessas coisas!

Começar a academia, confere.

Virar representante de turma, confere.

Tomar uma atitude para aumentar as minhas notas, confere.

Pensando melhor, um desses itens nem deveria estar como concretizado, até porque já faz umas três semanas que não vou à academia. Foi um verdadeiro tiro a minha mãe estar com a agenda lotada, porque agora eu perdi a minha companhia fitness. Sei que eu não deveria usar isso como desculpa, mas o que posso dizer em minha defesa é que esse tempo que não tenho usado fazendo exercícios físicos, tenho usado para exercitar a minha mente e acho que tem trazido resultados. Ou não, como achar mais justo, porque em Redação eu sempre fui excelente e, mais uma vez, tive a minha composição lida na frente da turma, porque a professora achou “simplesmente genial” - palavras dela, ok? E nem me surpreendo, na real. O tema era fácil… Quer dizer, não exatamente fácil, mas eu tinha os argumentos bem na ponta da minha língua, porque era basicamente o tipo de coisa que eu vivo conversando com a minha mãe na mesa de jantar. “Como a concepção do que é ser mulher mudou no decorrer dos anos”. Tirei de letra como eu já esperava.

Só que a vida não é feita só de redações da escola e eu preciso dar uma agilizada no resto dessas coisas. Eu sei que falei pra minha mãe que esse não é o momento pra eu propor outro projeto pra Luíza, mas tempo é dinheiro e se eu demorar muito pra fazer essa proposta, vou perder a chance de fazer acontecer essa ideia épica.

Pronto, decidi: vou passar na sala da Luíza amanhã! E vou até levar a minha redação, porque aposto que o “excelente” em caneta vermelha da professora Mariana vai ser um ótimo argumento pra demonstrar que eu não brinco em serviço. E se ela não topar mesmo assim, eu vou… Não! Não vou pedir ajuda da minha mãe. Tenho certeza que consigo tudo isso sozinha. E estou tão segura disso, que vou até me permitir comer esse chocolate como recompensa.