Eram por volta das 19h30min h da noite, Dani estava caminhando às pressas para casa, havia ido ao supermercado a pedido de sua tia, mas demorou muito para voltar, pois o caixa estava lotado, em plena sexta-feira. Em certo momento, um carro preto se aproximou dela, a garota estava na calçada e nem se importou. Quando estava chegando à rua de sua casa percebeu que o carro a seguia. Como que automaticamente, Dani jogou os pacotes de compras no chão e disparou a correr, e o carro acelerou indo atrás da menina.

A irmã do gênio dos Karas olhava pra trás para ver se o carro estava ainda a perseguindo, e infelizmente estava. Dani tentou acelerar mais o que podia, corria em desespero, pedindo socorro, mas a esquina em que entrou estava deserta, não tinha ninguém, quando olhou para trás, seus olhos se ofuscaram pela luz do farol e sentiu seu corpo voar como uma pluma e cair no asfalto duro.

Antes de perder os sentidos, viu uma sombra que a olhava com sorriso satisfeito, e entrou de volta no carro. Depois disso, só escutou o barulho da ambulância...

Crânio arrumava suas malas o mais rápido que podia, pegaria o vôo para Londres as onze junto com seus pais, até que percebeu que alguém subia as escadas correndo e entrou no seu quarto sem bater. Era Magrí.

-Querida, o que foi?

- Eu vou com você!

- Então você já sabe?

- Sim, eu vim te ver, e vi sua mãe chorando lá em baixo e ela me contou o que aconteceu...

Crânio aproximou-se com ternura e acariciou os cabelos da menina.

- Não quero que aconteça nada com você, já basta a tragédia da minha irmã, se alguma coisa lhe acontecer, eu morreria, talvez seja mais seguro você ficar...

- Não mesmo, não insista de qualquer jeito eu vou!

O gênio dos Karas resolveu desistir de pedir que Magrí ficasse em casa, era impossível vencer a teimosia da menina, então acabou cedendo. Até por que, Magrí seria um apoio para ele naquele momento desesperador, e não ficaria longe dela.

- Obrigado por me ajudar...

- Não precisa me agradecer, lembre-se que eu sempre estarei ao seu lado, porque eu te amo muito...

- Eu também...

E se beijaram com todo o amor do mundo...

Andrade estava a caminho de casa para arrumar suas coisas e embarcar para a Inglaterra, pois a família de Crânio o contratou pra investigar o culpado do acidente de Dani, pois a Scolt Yeard, a polícia de Londres não poderia dar um passo sem o apoio de um policial brasileiro, pois afinal, Danielle não era inglesa.

Chumbinho vinha caminhando tranquilamente pela calçada e avistou o detetive caminhando eufórico e quase esbarrou no menino.

- Nossa, Andrade, o que aconteceu?

- Você nem sabe da última, Chumbinho...

- O que houve?

- Danielle foi atropelada e o responsável fugiu sem prestar socorro!

- Não acredito... Quem faria isso?

- Não sei, entretanto a família dela me contratou para ajudar a polícia inglesa a encontrar o culpado, por isso estou com pressa, vou embarcar de tarde para investigar o caso...

O garoto sentiu que aquilo era um trabalho para Os Karas investigarem também, mas sabia que Andrade não iria concordar naquele momento de que eles fossem junto com ele, então, o menino desejou boa sorte para o detetive e continuou andando, quando chegou em casa ligou para Miguel:

- Entermenterrgêntercinisais Máisxinismais, Kaisrais! Venternhais àis minisnhais caissais, aisvinissenter Caislúfter!

- Centerrtomber Kaisrais!

Não demorou nem quinze minutos e Calú e Miguel já estavam na casa de Chumbinho, o caçula dos Karas, contou o que soubera de Andrade.

- E isso é tudo...

Miguel não queria acreditar no que acabara de ouvir... Dani, sua Dani estava num hospital em estado de emergência!

- Chumbinho, cadê a Magrí? Você não ligou pra ela?

- Magrí foi junto com a família de Crânio pra Europa, Calú, ela me ligou agora pouco me avisando, e eu disse que eu já sabia o que aconteceu, e ela pediu para que eu avisasse vocês dois e que é para irmos também!

- Mas é claro que nós iremos – começou o líder dos Karas – O atropelamento de Dani é um trabalho para Os Karas!

- Concordo com você, Miguel, mas como iremos para lá? Somos ainda de menores, não podemos viajar para o exterior sozinhos, mesmo com uma autorização dos nossos pais por escrito, só com a autorização do juiz...

- Quem disse que nós iremos sozinhos, Calú? – respondeu Miguel – De acordo com o Chumbinho, Andrade só irá pegar o vôo à tarde...

Os três Karas se entreolharam como que um lesse o pensamento do outro, e que iriam aprontar uma das boas com Andrade...

Tradução dos Códigos

- Emergência Máxima, Kara. Venha à minha casa, avise Calú.

- Certo Kara!