Dani e tia Mary andavam em praticamente em todas as lojas do shopping londrino, compraram roupas, calçados, jóias e outras coisinhas típicas de jovens mulheres. No meio da euforia, as duas acabaram-se se perdendo uma da outra. Dani andava carregando um monte de sacolas de compras e olhando para todos os lados para ver se encontrava sua tia. De repente, esbarrou sem querer em uma garota, que derrubou todas as suas sacolas e a da menina também.

- Oh, my good! You don’t look at for where you walk girl??(*Oh meu Deus! Você não olha pra onde anda garota?).

- Sorry, I very feel I was distracted; I was not my intention... (*Sinto muito, eu estava distraída, não foi minha intenção...).

As duas começaram a apanhar de voltas suas sacolas, e Dani avistou sua tia olhando uma vitrine de uma loja de cosméticos. A garota que a irmã do gênio dos Karas esbarrou deu mais algumas voltinhas pelo enorme shopping, só que sua diversão foi interrompida, pois os seus seguranças mandaram ela (contra sua vontade) entrar na limusine, pois o local estava lotado e era perigoso para sua segurança, e ela teria que descansar, pois no dia seguinte iria começar suas aulas no novo colégio, um dos melhores do mundo. Havia saído de sua terra natal, em Washigton (E.U. A) exclusivamente para isso.

- Okay, I understand... (*tudo bem, eu entendo...).

Logo depois da reunião do Grêmio Estudantil, Miguel subiu para o forro do vestiário do colégio sem que ninguém o notasse. Fechou a tampa do alçapão e todos Os Karas já esperavam por ele. O rapazinho sentou no meio do círculo e sem rodeios já explicou o porquê da convocação.

- Chamei-os aqui por causa de uma matéria que saiu no jornal esta manhã. Vejam.

O garoto jogou o jornal no centro do pequeno círculo que estava iluminado pelas telhas de vidro. A manchete principal dizia:

Polícia arquiva “O caso do Faraó” esta manhã.

“O inquérito que ficou conhecido na cidade de São Paulo como “O Caso do Faraó” foi arquivado esta manhã pela polícia federal. O delegado responsável, Doutor Pacheco, diz que a polícia não tem provas e nem pistas o suficiente para continuar a investigação.

O caso aconteceu há dois meses, em que nove garotos e garotas apareceram mortos queimados. A morte consistia em uma antiga lenda egípcia em que deveriam ser sacrificadas dez almas jovens e inteligentes para trazer de volta o deus do Sol, Amon Rá.

O grande culpado por esses assassinatos horríveis, Vincent Joseph Maximilliam, ex-arqueólogo fanático, fugiu e não se tem notícias dele até hoje”.

Os Karas ficaram em silêncio por alguns segundos, nenhum deles queria acreditar no que acabaram de ler, até que Crânio quebrou o silêncio.

- Essa polícia de São Paulo são todos uns incompetentes, só porque o caso saiu mídia já desanimam e desistem!

- Crânio, eu sei que está furioso, mas temos que nos acalmar e raciocinar, e o Andrade vai ter que nos dar explicações plausíveis sobre esta história.

- Miguel tem razão – disse Calú – Mas todos nós corremos grande perigo com esse homem a solta por aí, ele é um louco e tem que ser preso!

- Escuta, a sua irmã está sabendo disso, Crânio?

- Bom, na verdade não Magrí... Dani está na Inglaterra estudando...

- Nossa, e ela foi embora sem se despedir de nós?

- Olha Chumbinho, tenta compreendê-la, isso tudo que aconteceu ta sendo muito duro pra ela, ela precisa de um tempo...

- Pobrezinha, deve ser muito difícil... -lamentou Magrí.

Miguel permaneceu em silêncio, sentiu um aperto no coração ao lembrar-se da garota, queria estar com ela, mas... Sentiu que aquele ainda não era o momento certo para os dois ficarem juntos. De repente, lembrou-se do lindo beijo que deu na mocinha e como havia se sentindo feliz naquele dia, e bateu uma saudade no coração do rapazinho. Até que despertou daquele sonho.

- Bom, por enquanto ela tem o direito de saber... Entretanto temos que procurar o Andrade...