O Enigma do Faraó Parte Ii escrita por Lieh


Capítulo 2
II - A Manchete




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Era mais um dia comum e normal para todos os londrinos. O Big Ben marcava 10h00min da manhã, era um dia frio como todo inverno inglês, mas, o sol apareceu iluminando, no que indicava que seria um dia muito bonito.

Grandes construções antigas era característica daquela cidade, que foi palco da Revolução Industrial do século XVIII, uma das grandes potências econômicas da Europa. Mesmo assim, grandes costumes ainda eram conservados, como o sistema de governo, ainda era uma Monarquia Parlamentarista, onde a rainha Elizabeth II estava no poder desde 1952, e o primeiro-ministro Tony Blair reeleito em 2001 e 2005.

No meio dessas ruas, cheias de becos estreitos, pequenos armazéns, lojinhas, mercadinhos, no meio de grandes construções, andava uma garota de cabelos ruivos, com as mãos no bolso do sobretudo, seu olhar estava despreocupado, apenas observando a paisagem. Sentou-se num banco de uma pequena praça, onde havia um parquinho, em que as crianças inglesas brincavam os pais empurrando-as no balanço. A garota ficou olhando aqueles pequenos se divertindo. Sentiu saudade, saudade de sua infância, em que as coisas eram mais simples, em que ela não conhecia a maldade do mundo. Mas, ela muito jovem conheceu cedo as barbaridades que acontecem. Viveu dias terríveis, ficou cara a cara diante de um assassino, o pior de todos. O assassino de seu tio Rafael.

“Tio Rafa, como sinto sua falta...” Uma lágrima doída desceu de seu rosto, misturada com a saudade e a tristeza que sentia.

- Danielle, o que faz aqui, menina?

Virou-se e deu de cara com sua tia Mary. Era uma mulher alta, magra, vestia roupas de grifes famosas, tinha os cabelos castanhos lisos. Era muito bonita. Danielle havia viajado para a Inglaterra para estudar, mas o principal motivo fora que não queria morar com os seus pais, e também não queria voltar para a casa de seus padrinhos, queria se afastar ao máximo de tudo o que aconteceu, tentar esquecer os acontecimentos. Hospedou-se na casa de sua tia e de Crânio, a tia Mary, muito legal e simpática, fazia anos que não à via. Seu irmão tentou convencê-la a ficar, mas de nada adiantou. Queria ordenar seus pensamentos, colocá-los em ordem, isso levava tempo. De repente, involuntariamente, lembrou-se de Miguel. Dani partira sem ao menos despedir-se de seus novos amigos, principalmente de Miguel.

“Eu fui embora e nem ao menos disse tchau pra ele... Por que só penso nele?”

- Daniele, estou falando com você!!

- Ah, desculpe tia, ultimamente estou muito distraída...

- Não a culpo por isso, querida. Mas, precisa superar tudo isso. Olha, que tal nós duas darmos uma volta por aí nas lojas? Quem sabe você não se distrai e se diverte um pouco? Amanhã começa as suas aulas, e você não vai ter muito tempo para uma farrinha...

Danielle sorriu, adorava o jeito alegre e divertido de sua jovem tia. Aceitou e as duas foram fazer compras. Divertiram-se a manhã toda. Parecia que sua tia era mais adolescente do que Dani...

 

Eram 07h00min h da manhã no Brasil. Miguel estava tomando café às pressas porque estava atrasado para o primeiro dia de aula no Colégio Elite. Logo ele, presidente do Grêmio, chegando atrasado no colégio? Não ia cair bem na imagem dele, mas o líder dos Karas estava nem se importando com o que iam pensar dele. Já ia se levantando e pegar suas coisas quando viu o jornal em cima da mesa que seu pai havia deixado ali. A manchete do dia chamou-lhe a atenção. Miguel pegou o jornal e começou a ler, seu rosto ficou vermelho, sentiu um frio na barriga. Guardou o jornal na mochila e pegou o seu celular, escreveu uma mensagem e desligou. Olhou no relógio. Estava atrasadíssimo, mas, saiu andando tranqüilo...

 

Magrí estava na sala de aula conversando com umas amigas. O professor de Química ainda não havia chegado, sendo assim os alunos aproveitavam para fazer uma “bagunçinha”, conversavam alto, ouviam-se risadas, estava com a mesma turma do ano passado, ou seja, estavam matando as saudades. De repente, Magrí sentiu o seu celular tremer. Era uma mensagem de texto muito importante.

 

Calú estava no teatro do colégio, foi lá apenas para ver se estava tudo em ordem, porque depois das aulas, ele e o grupo teatral começariam um ensaio de uma nova peça, e o professor naquele ano estava mais exigente do que nunca, elogiou a atuação dos alunos no ano anterior, mas também criticou alguns erros de atuação que não podem acontecer, já que aquele grupo estava em um ótimo nível. Claro que a bronca não era para o ator dos Karas, já que ele era o mais experiente de todos, Calú era ator desde criança e fazia muito bem todos os papéis que eram designados. Enquanto o professor falava, o celular do garoto tremeu, olhou na tela e era uma mensagem. O professor olhou feio para o ele...

 

Chumbinho estava sentado na última carteira, quase dormindo. Era aula de Matemática, a aula que Chumbinho detestava. O caçula dos Karas era bom em todas as matérias, mas a única que ele não ia muito bem era a bendita Matemática. Ele odiava aquelas equações, principalmente agora em que estava na sétima série, iria ter que suportar aquelas contas chatas pro resto do ano.

“Droga, para que eu preciso saber o valor de “x”? O que isso vai me ajudar no futuro? Essa Matemática ensina coisas que a gente nem vai precisar na vida... Se eu sei que 1+1= 2 já é o suficiente, não preciso aprender mais nada...”.

 

Nesse instante, o celular do garoto vibrou. Chumbinho leu a mensagem e ficou muito contente. Era tudo o que ele queria.

Mal levantou o rosto, todos estavam olhando pra ele, inclusive a professora.

- Então rapazinho, me diga quanto vale “y”?

 

Crânio estava de aula vaga. Seria aula de Biologia, mas o professor estava doente. Nesse caso, os alunos poderiam sair da escola, andar no jardim, ou até mesmo irem dar uma volta, pois todos os alunos do Colégio Elite eram disciplinados e voltavam para a sala quando desse a hora da segunda aula, no caso de aula vaga. O gênio dos Karas estava sentado no banco lendo. Cansou-se e fechou o livro. Do seu lado, tinha o jornal do dia, e a primeira manchete era a que deixou o rapazinho furioso. Mal acabou de ler, seu celular vibrou. Era uma mensagem...


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