Sonhos de Uma Noite de Inverno escrita por Diundica


Capítulo 9
Ele já havia prometido se vingar.


Notas iniciais do capítulo

Bom esse tem surprezinhas.

'MUHAUAHUAHAUAHAUAHUAHAS

vocês poderão entender um poquinho mais de Marina.



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Sentada ao lado de Helenna – em um silencio profundo – muitas coisas vieram em minha cabeça. Lógico, a primeira foi Lucas. Sentia-me errada por omitir isso a Helenna. Mais era necessário, ela tem a plena certeza de que Lucas é o autor dos crimes. Não consigo acreditar que ele possa ter algo a ver com isso tudo. Mas quando se gosta de alguém ficamos cegos. Então tudo é possível.

 

-Helenna,eu sei que pra todos é difícil encarar a morte de uma pessoa querida principalmente quando já passou muitos momentos significativos com ela. Mas, acima de qualquer coisa, eu to aqui, vou te ajudar e me ajudar a superar isso tudo – Helenna ouviu isso tudo encarando o canteiro de flores.

O jardim da igreja – onde nós estávamos – não tinha mais tanta vida porque era inverno. Mas, o canteiro de flores - mais especificadamente rosas – estava florido, exalava um perfume agradável em todo o jardim. Ela dirigiu seu olhar até mim e esboçou – ou ao menos tentou – um sorriso.

- Estou bem, confie em mim – disse para mim com seu sorriso forçado.

-Foi horrível – continuou Helenna – o Padre me contou os detalhes... Foi encontrada boiando, mutilada sem unhas, ossos fraturados...

-Pare, pare, pare – eu a interrompi – não fique se obrigando a tocar neste assunto de novo. Só tente esvaziar a cabeça. Venha, vamos lá a minha casa – disse me levantando e a puxando.

Ela me olhou com um olhar de agradecimento. Desde crianças eu e Helenna por muitas vezes nos comunicamos só por olhares. Os olhos de Helenna eram como a janela para sua alma, tudo que ela estava sentindo podia-se saber só olhando no fundo de seus olhos. E hoje eu podia saber que ela estava se sentindo angustiada, desprotegida, mas principalmente confusa. Saímos da igreja flocos de neve caiam sobre nós. Já era umas 4 da tarde quando entramos em casa, fui para meu quarto busca mais algumas coisas. Ela ficou na sala me esperando, desci com minha bolsa e avisei que iria tomar uma ducha. Estava precisando. Quando voltei, ela estava na cozinha preparando algo para comermos.

-Catherine vai querer um sanduíche?

-Claro – precisava contar para ela sobre o Lucas. Precisava esperar um momento certo.

Sentamos-nos à mesa saboreamos nossos sanduíches. Essa era a hora.

-Sabe Helenna, o Lucas não tem envolvimento nos crimes.

-Por quê? Ele é o principal suspeito, você só pode estar brincando – ela estava incrédula.

Não respondi.

 

 

P.D.V Marina.

 

Tudo que mais me preocupava era Catherine vim atrás de mim. Ele já havia prometido se vingar, por sorte quem ele conseguiu pegar foi eu. Catherine ao menos esta salva, mas só de pensar que não estou lá para protegê-la de tudo e de todos já é ruim o bastante para me sentir culpada. Estava frio, escuro, úmido e repugnante o local onde eu estava escondida. Ele voltaria a qualquer momento, e tentaria por suas mãos grotescas em meu corpo novamente. Não iria deixar ele se aproveitar da minha vulnerabilidade para satisfazer seus desejos. Desta vez tentaria fugir.

Ouvi passos vindos da floreta. Já era noite, e onde eu estava não havia nem um pouco de luz a não ser a que vinha da lua que estava cheia. Podia sentir que a cada segundo que se passava estava mais próximo da aquela criatura estar a minha frente me fuzilando com aqueles olhos – que me faziam lembrar cada vez mais de Catherine, era simplesmente torturante a sensação de impotência – senti a presença dele, senti os olhos dele me fuzilando – como havia previsto – Eu estava encolhida em um canto. Cabeça entre as pernas e pulsos amarrados. e por fim senti sua mão em minha cabeça, logo puxou meus cabelos forçando-me a olhá-lo nos olhos – parecia que ele sabia que aquilo me torturava mais que suas pancadas e xingamentos.

 

-Olá querida, sentiu minha falta? – disse com as mãos ainda em meus cabelos.

 

Eu nunca respondia as suas perguntas irônicas. Era mais fácil guardar minhas forças para o momento certo, para o momento em que eu pudesse me rebelar e fugir. Com toda certeza eu não espera que suas mãos ficassem só em minha cabeça já havia me preparado para o pior.

Suas mãos passaram da cabeça para os ombros, dos ombros para meus seios dos seios para os meus quadris, já estava a ponto de fazer suplicas a ele para pedir que não avançasse. Fui salva graças a vozes e latidos que escutamos vindos da floresta. Pude ver o desespero em seus olhos. Era obvio que os policias tinham pistas de onde estávamos ele não tão era inteligente o suficiente para encobrir pistas.

 

 -VAMOS! – gritou desesperado.

 

Ele me ergueu pelos cabelos com toda a ira do mundo. Sai da gruta subterrânea onde estávamos arrastada pelos meus pulsos amarrados. Meu vestido estava um verdadeiro farrapo, e meus sapatos eu já não fazia idéia de onde os tinha perdido, estar descalça só piorava o estado dos meus pés que sangravam.

 Podia ouvir nitidamente a conversa dos policiais.

 

-Paul por aqui. Olhe os rastros – dizia uma voz feminina.

-Claro Cherry. Vai Rex por aqui – Rex, provavelmente o dono dos latidos que escutei.

 Era possível escutar o barulho de rádios comunicadores. Mas não o que eram falados por eles. Ele foi me driblado contra as arvores até que vimos o lago, era bonito cristalino. Já tínhamos passado por ele antes. Ele não ficava longe da gruta. A lua refletida na água era perfeita. O que estragava toda essa linda paisagem era minha terrível situação.

Quando chegamos à beira do rio pensei que era meu fim. Pensei que ele iria me afogar ou algo do tipo para se livrar dos policiais. Esta desesperada, apesar de tudo nunca havia perdido as esperanças. Ate agora.

 

-Por favor, não me afogue, por favor – me humilhei diante a ele. Ele havia me jogado ao chão de qualquer maneira.

-SOCORRO – gritei com esperanças dos guardas me ouvirem.

-Cala a boca vagabunda – me deu um chute aproveitando minha situação de desvantagem já que eu estava de qualquer maneira ao chão. Senti dores em minhas costelas.

Cai feito uma pedra dentro do lago. Com meus pulsos amarrados não tinha como me movimentar para voltar a superfície.

Senti algo tocando meu pé mais não era o chão.

Era uma mão humana de um cadáver, de uma mulher. Fiquei aterrorizada e com toda força que ainda me restava me movimentei para o lado. Quando escutei um palavrão vindo dele. E em seguida ele pulando dentro d’água, em segundos ele chegou. Puxou-me pelos pulsos e me levou a superfície. Deixou-me na margem do rio. E pulou de volta n’água Minha faixa na cintura me apertava. Dificultando ainda mais minha respiração. Tirei-a de mim e a joguei em qualquer lugar.

Ele voltou com o cadáver. Quando ia sair da água com ela, escutamos latidos e aparentemente os policiais estavam mais próximos do que podíamos imaginar. Sem pensar ele apenas deixou o corpo boiando no lago e saiu me arrastando mata adentro.

 De dentro da mata eu consegui ouvir quando encontraram a minha faixa. Mas já era tarde quando resolveram ir atrás de nós. Não acreditei que fiquei tão próxima de sair desse horrendo pesadelo, e por puro deslize não sei por mais quanto tempo ainda ficarei presa nele. Ou até mesmo se não morrerei antes.  

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido o maximo amanha tem mais um.


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