Sonhos de Uma Noite de Inverno escrita por Diundica


Capítulo 8
Estado de êxtase.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo traz SURPRESAS.

nós falamos lá em baixo.



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Por volta de uns 30 minutos Padre Gustavo estava de volta, e é claro que eu ansiava por noticias de alguma das buscas.

-Catherine, cherry quer falar com você lá fora.

Apenas sai porta a fora, e dei de cara com os olhos castanhos de Cherry.

-Catherine. Tenho pistas sobre sua mãe. Isto lhe parece familiar? – perguntou enquanto tirava do tal envelope uma faixa preta, de um tecido brilhoso.

-Sim é a faixa do vestido de minha mãe – meu coração gelou, a faixa estava aos trapos, suja e puída.

-Foi encontrada na fronteira com o vilarejo vizinho, em uma pequena floresta de pinheiros, nas bordas de uma espécie de lago.

-Algo mais? – minha voz saiu falhada, meu coração parecia que iria explodir a qualquer momento, minhas mãos tremiam e as lagrimas começariam a cair em breve, mas não na frente de Cherry, não queria me mostra fraca.

-Sim, um senhor já de certa idade que mora nessa região do lago contou-nos que na noite em que sua mãe sumiu, ele ouviu gritos e pedidos de ajudas vindos de uma mulher e uma voz de homem.

A cena de minha mãe sendo arrastava por uma floresta veio em minha mente – meu olhar encarava o nada e não dava mais tanta importância para o que Cherry dizia.

-Então daremos mais atenção a essa área, buscas serão feitas em todo o estado...

Só balancei a cabeça e entrei rápido, deixei Cherry falando com o nada. Helenna viu meu estado de choque e levantou-se e veio me abraçar. Finalmente as lagrimas começaram a cair. Ela olhou em meus olhos e não disse nada. Muitas vezes um olhar diz mais que muitas palavras. E Helenna aparentemente sabia disso.

Sentamos-nos no sofá. E o padre sentou-se na poltrona a nossa frente.

-Lucas reapareceu. E Cristiana também – parecia que não era só essa a noticia.

-Isto é maravilhoso – festejou Helenna.

-Que bom, já interrogaram eles?

-Sim, eles têm bons álibis.

O padre se levantou com lagrimas nos olhos e segurou minhas mãos e me puxou para que eu levantasse também.

-Sinto muito – sussurrou em meu ouvido enquanto me abraçava. Estava confusa.

-O corpo de Cristiana foi encontrado boiando no lago, aqui na fronteira.

Não conseguia esboça reação alguma tudo isso era muito surreal. Soluçava mais sem lagrimas, retribui com força o braço do padre. Sentia-me indefesa como um animal fora de seu habitat.

-COMO ASSIM? – Helenna se indignou – tem algo de muito errado nisso tudo – disse enquanto levantava de supetão do sofá – Lucas tem a obrigação de saber de algo.

Saiu batendo a porta com vontade. Fui atrás dela.

-Helenna me espere – gritei, ela já estava dentro da igreja.

Tive que corre para alcançá-la. Helena já estava socando a porta da Floricultura quando a avistei. Marcos saiu assustado de lá.

-Helenna o que houve? – perguntou mais pálido impossível.

-Quero falar com Lucas – disse autoritariamente.

-Ele não esta aqui.

Helenna assustou-se com essa resposta.

-Helena calma. Vamos pensar um pouco e só depois agir – implorei olhando em seus olhos.

Ela deu as costas para Marcos, e seguiu em direção a viatura que estava Estácio nada na Praça, eu a segui.

-Cadê a Cherry? – questionava praticamente obrigando ao policial a falar.

-Não esta aqui como você mesmo pode observar, está atrás do Lucas – o policial respondeu ironicamente.

-Oh! Que coincidência. Também estou atrás dele – respondeu irritada, e foi em direção da igreja. Padre Gustavo nos aguardava na porta.

Corri para alcançá-la. Nunca vi a Helenna tão estressada em minha vida, parecia mais uma reação de negação a morte de Cristiana. Ela não reagiu de uma forma emotiva frágil, aparentemente queria se mostra mais forte do que nunca. Eu a acompanhava a cada passo com medo dela cometer alguma loucura.

-Respira, acalme-se, pensa um pouco – falou o padre.

 

Escutei um assobio. Vinha da entrada do bosque, era Lucas, mais lindo impossível, com um sobretudo marrom e cabelos bagunçados. A essa altura Padre e Helenna haviam entrado na igreja, pelo visto ele conseguiu acalmá-la. Lucas fez sinal com suas mãos – o sinal dizia vem.

Caminhei rápido até o bosque.

 -Catherine – sussurrou – foi horrível.

Estava mais que confusa, estava desconfiada.

-Fale.

-Estava na cabana com Cristiana, um homem entrou me arrancou de lá a ponta pés- ele encarava o chão - e a levou, para ele era simples era alto, forte, usava um toca, mais o que mais me chamou a atenção nele, foi como os olhos dele... Eram expressivos, agressivos de mais, e de um verde... – olhou para meus olhos confusos – como os seus.

-Então porque está fugindo de todos, principalmente de Cherry? – queria muito saber essas respostas.

-Você não acha que sou o principal suspeito? Não acha que antes de qualquer coisa vão me prender? É simples. Eles podem dizer que tenho envolvimento no sumiço, e principalmente na morte.

-Por que estava na cabana com Cristiana?

-Fomos atrás de sua mãe, você não acha que me magoou ao dizer que eu não me importava. Catherine! A coisa por que eu mais ansiava era você. Tenho que agradecer por sua mãe ter dado a luz a você.

-Não compreendo...

-Olha. Sonhava contigo todas as noites, éramos um casal perfeito, lógico, nunca esperei que o sonho se tornasse real. Até aquele dia que fui entregar flores, e quando você abriu aquela porta, senti calafrios, pernas bambas, minha nuca se arrepiou. Você era o meu sonho. Você é o meu sonho – fala com uma expressão de dor no rosto.

-Nunca te vi por aqui. Não sei da onde você veio. Você não me conhece direito, eu não te conheço. Essa situação é toda muito louca. Mas, também sonhei com você, mas não acho que só por esse sonho significa que devemos ficar juntos – na verdade, sempre quis isso, só um toque dele acho que seria o suficiente para me levar ao estado de êxtase.

Ele me ignorou. Abraçou-me. Foi mágico, foi extraordinário, excepcional. Segurou em minha cintura, olhou em meus olhos e disse.

-Sei que te amo e que nunca farei nada pra te machucar, nem aos quem você ama. Serei seu, só seu.

Não conseguia falar nada, era impossível que aquela imensidão azul estivesse mentindo. Era como um olhar de uma criança. Sincero e puro. Feliz.

Quando pensei que não poderia ser mais mágico.

Seus lábios vieram de encontro com os meus, fechei meus olhos. Senti seu hálito quente bater em meu rosto. Meus lábios se entregaram. Avancei. O toque de nossos lábios parecia de um encaixe perfeito. Suas mãos estavam em minhas cinturas, me puxavam para mais perto. Minhas mãos estavam entrelaçadas em seus cabelos. Não sentia o chão, nem nada que estava a nossa volta. Foi onde me lembrei de toda a situação, porque até então minha consciência estava vagado por algum lugar.

-Não é certo. Tenho que ir – não queria mais devia.

 Sai correndo do bosque – sem fôlego – bati de frente com Cherry. Tudo que eu menos queria.

-Catherine viu um fantasma? – perguntava, segurando em meus ombros e encarando meus olhos.

Soltei-me de suas mãos e a deixei sem resposta. Entrei na igreja correndo. Recuperei meu fôlego, somente assim fui à procura de Helenna.

Caminhei pelos corredores, e a avistei pela janela sentada no banco do jardim da igreja. Fui ao seu encontro. Sentei-me ao seu lado.

-Olá? – perguntei, pois seu olhar era vago.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, quero muito que me digam o que acharam deste cap.

Beijoos.



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