Cheguei à praça, estava praticamente vazia, as pessoas ainda estavam começando a chegar, fui à igreja avisar para minha mãe que já tinha chegado, e iria procurar as minhas amigas.

-Mãe?- não tinha ninguém na igreja.

Andei por entre os bancos olhando nos corredores, e não vi minha mãe em lugar algum. Sai da igreja e dei de cara com Crispim.

-Ah! Crispim! Viu minha mãe?- perguntei muito preocupada.

-Não Catherine, até agora ela não apareceu aqui na praça – Isso me deixou mais preocupada ainda.

Pensei logo no Lucas, pensei que sele saberia de alguma coisa, ou quem sabe o tio dele o Marcos.

-Crispim, sabe onde está o Lucas ou o Marcos?- perguntei com esperanças.

-Sim, estavam na floricultura.

Senti-me aliviada, agora a praça já estava começando a encher, daqui a meia hora a festa seria aberta – isso me lembrava o bilhete – Mais estou mais preocupada com a minha mãe, sinto que algo de muito terrível aconteceu com ela, não gosto dessa sensação. Meu coração estava acelerado, podia sentir o sangue pulsando em minha s veias. Cheguei até a floricultura e vi que Lucas estava na porta, em pé olhando para o horizonte com cara de quem pensava em algo muito importante, ao ponto de não notar minha presença.

-Lucas? – ele não me respondeu.

-Lucas? – insisti com o tom de voz mais alto.

-Catherine! – Abriu um sorriso encantador a me ver.

-Olá Lucas, você viu minha mãe? - Perguntei seria, não queria tocar no assunto do bilhete, mesmo não tendo a certeza que pertencia a ele.

-Na verdade sim, lá no bosque, perto de uma casa.

Achei estranho, nuca tinha visto casa alguma no bosque, e também não tinha motivo para ela ir até lá.

-Serio? Nunca vi uma casa no bosque, e você? Esta fazendo o que lá? – Perguntei olhando profunda mente em seus olhos.

-Sim, tem uma casa lá abandonada , mas é na parte mais elevada do bosque, poucos sabem. Bom, eu... –ele fez uma pausa – Eu estava lá preparando um lugar para mim e uma garota muito especial – colocou a mão em meu ombro.

-Gostou da rosa?- perguntou ele.

Meu coração disparou. Senti meu corpo se arrepiar. Então agora tinha a plena certeza era o Lucas, o que ele estaria preparando para mim? Isso me assustou, nós mal nos conhecemos, não sei qual é a índole dele, não sei o que se passa na cabeça dele. Resolvi não responder apenas me virei e comecei a andar em direção ao bosque, não importa eu iria achara essa casa de qualquer maneira, o jeito como ele falou passou a convicção que minha mãe estaria dentro da casa. Mas fazendo o que? Não tinha o que ser feito lá dentro,no caminho esbarrei na Helenna.

-Catherine! Aconteceu algo?! – perguntou ela assustada.

-Não sei bem, não estou encontrando minha mãe, e o Lucas me disse que viu ela perto de uma casa abandonada, em uma parte mais elevada do bosque, tenho medo que ela tenha se perdido, ou algo pior. Ajude-me Helenna! – implorei, com lagrimas nos olhos.

-Calma. Começa a me explicando coisas simples como por exemplo quem é Lucas?

-Sobrinho do Marcos da floricultura.

-Sua mãe saiu de casa junto com você?

-Não, deixou um bilhete dizendo que veio na frente pra ver se a decoração da igreja estava direita.

-Então ela pode ter falado com o Padre Gustavo. Vem. Vamos à igreja procurar o padre.

Fomos caminhando até a igreja, não ficava muito longe, fui rezando para São Bento proteger ela de tudo que fosse ruim. Chegamos à igreja e fomos procurar o padre. Encontramos ele na secretaria se preparando para dar inicio a festa, ainda faltavam uns dez minutos.

-Padre? – perguntou Helenna.

-Sim, o que desejam?

-Queria saber se minha mãe veio falar com o senhor agora a pouco sobre a  decoração de flores, ela veio? – eu disse, tinha muitas esperanças.

-Não, sinto muito, mas por que essa curiosidade?

-Não estou conseguindo encontrá-la, ela veio na minha frente dizendo que iria vim aqui na paróquia verificar a decoração – eu justifiquei.

-Mas não a encontramos em parte alguma – completou Helenna.

-Se tiver alguma informação darei a vocês - disse ele cautelosamente.

Agradecemos, saímos da igreja e fomos em direção ao bosque, estávamos dispostas a só sair dele com minha mãe.