Eu estava deitada em uma cama completamente confortável. Mas por incrível que pareça, eu estava sem sono. Rolei de um lado para o outro na cama e cai ao chão. O barulho foi inevitável. Temi que alguém tenha ouvido. Levantei-me rapidamente do chão e em seguida me joguei na cama com pressa. Enrolei-me e levei um susto quando ouvi passos de alguém correndo pelo corredor da grande casa. Não escutei sequer as batidas a minha porta. Só pude ver a maçaneta girando com pressa, e o rosto perfeito dele completamente assustado.

 -O que houve? –seus cabelos estavam muito bagunçados, mas apesar disso ele continuava lindo.

-Nada. – menti nacara dura. Passei a mão em meus cabelos tentando arrumá-los para não parecer que havia caído há pouco.

- Como nada? Ouvi um barulho vindo daqui. Pensei que você derrubou algo ou até mesmo caído. – como ele adivinhou?

- E-eu cai da ca-cama? Imagina!

- Eu não disse que foi da cama. – pensei melhor confessar.

- Tá legal, eu confesso. Cai da cama. – pensei que ele fosse rir, mas felizmente ele permaneceu sério.

- Se machucou? Sua cabeça está melhor? – ele veio para mais perto de mim e se sentou na ponta da cama.

- Não me machuquei, minha cabeça está bem melhor.

- Mas como foi mesmo que você caiu da cama? – perguntou rindo.

- Estou sem sono. Rolei de um lado para o outro na cama tentando dormir, e então cai.

- Se quiser posso ficar aqui com você até ficar com sono. – ele não poderia ter tido idéia melhor.

- E então não vou dormir nunca. É você que me tira o sono. – envergonhei-me um pouco.

- Por essa eu não esperava. – ele desviou o olhar do meu e fitou o nada.

- Posso te contar uma coisa? – ele me encarou e chegou mais perto de mim.

- Claro que pode. – ele falava muito baixo.

- Foi importante você me chamar de “namorada” hoje. Eu sei que disse isso só porque estava com ciúmes, mas...

- Não! – fiquei sem entender o motivo da interrupção. – Eu não falei aquilo simplesmente por estar com ciúmes. Tudo bem eu confesso eu estava com ciúmes do Jared, mas disse aquilo porque é o que eu acho que você é para mim. – ele chegou mais perto e segurou meu rosto com as duas mãos. – Catherine, eu te amo. – neste momento me faltou ar.

- Te amo como jamais amei ninguém, você é mais importante do que posso imaginar. Nem milhões de te amos conseguiriam expressar o tamanho do amor que sinto por você.

- Nós nos amamos. Nada impede você de ser minha namorada. A não ser que você não queira...

- Nunca mais repita isso.

De supetão, Lucas levantou-se da cama segurando minha mão levantando-me também, deu um passo para trás, ajoelhou-se, pegou minha mão direita e disse.

- Catherine, quer ser minha namorada?

- Você ainda tem dúvidas? – perguntei com um sorriso acanhado.

- Sim. – como ele poderia pensar nisso? – Eu tentei te beijar hoje no jantar e você rejeitou completamente o meu beijo.

- Lucas, foi completamente diferente. Você não ia me beijar porque estávamos em um momento de paixão e sim porque queria me usar como uma conquista que Jared não teve e não terá. Pelo o que eu pude perceber vocês dois sempre disputaram, e pelo visto eu sou objeto da vez. Não que eu não acredite que você não me ame, pois eu sei que você me ama, mas naquele momento você só queria me usar. – ele levantou-se do chão e estragou completamente o nosso clima de amor. Fechou a cara e foi em direção a porta.

- Bom, eu acho melhor ir embora já que vamos começar a falar em Jared. – eu não queria que ele fosse embora, e também não queria brigar com ele.

- Espera! – levantei-me da cama e fui em direção a ele. Parei em sua frente e olhei-o fixamente. – Não vá embora, eu quero que fique comigo. – ele sorriu levemente e passou a mão em meus cabelos e depois as deslizou em meu pescoço, isso me causou arrepios. – Vamos esquecer tudo o que aconteceu nos últimos dez minutos.

- E se eu tentasse te beijar agora o que você faria?

- E se eu deixasse você me usar agora, o que você faria? – maliciosamente abracei-o e pus minha boca de leve em seu pescoço. Ele cruzou os braços em volta de mim e encostou a boca em meu ouvido.

- Faria de você minha namorada. – eu esperava outra resposta...

Ele fechou a porta que estava semi-aberta e foi me conduzindo a cama. Senti a mão que antes estava em meu pescoço descer pelas minhas costas e parar em minha cintura. Ele arfava em me pescoço. Meu coração nunca esteve mais disparado. Todos os pelos do meu corpo se eriçaram. Paramos em frente a cama.

-Tem certeza? – perguntou ele me olhando de cima a baixo.

Apenas assenti com a cabeça. Não conseguia falar nada. Havia adrenalina demais em meu sangue. Seus lábios finalmente alcançaram minha boca. Jogou-nos na cama. Ele por cima de mim sorria maliciosamente. Seus olhos brilhavam, ele chegou mais perto de meus ouvidos e sussurrou.

-Para sempre minha.

Quando suas mãos iriam se deslocar de minha cintura para percorrer por todo o meu corpo um – infeliz – alguém bateu a porta. Lucas assustado Saltou para fora da cama. Me deixando a deriva.