Sonhos de Uma Noite de Inverno escrita por Diundica


Capítulo 13
Então, vamos?


Notas iniciais do capítulo

Não me matem eu imploro!
tive uma semana muito corrida, e um bloqueio criativo maior que tudo.
mas, finalmete esta ai o cap.



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Aparentemente o Padre havia voltado para seu quarto, caso ele me pegasse lá em baixo eu só estaria indo beber água. Sei que mentir para um Padre deve ser um dos pecados mais consideráveis, mas na altura do campeonato esta valendo tudo. Desci as escadas. Estava muito curiosa, não esperava grande coisa. Peguei as chaves que estavam em cima da mesinha de centro da sala e fui em direção a porta, quando a abri. Estava lá ao chão, no capacho, uma carta e uma rosa – pelo visto sua marca registrada – isso não me fez ter boas memórias. Me fez lembrar o exato momento em que eu me dei conta que minha mãe não estava mais ao meu lado.

Fechei a porta, pus a chave na mesinha novamente – queria deixar tudo em seu devido lugar – subi as escadas, com a plena certeza eu iria ler isso em meu quarto, trancada de preferência.

Estava sentada em minha cama, senti o cheiro agradável da rosa, a maciez de suas pétalas, e ao mesmo tempo a rigidez de seus espinhos. Isso me fez lembrar que as pessoas têm seus aspectos mais doces, delicados, carinhos e que possuem também aspectos ríspidos, agressivos, grosseiros. Todos têm seus extremos.

Pus à rosa na cabeceira – começo a crer que esse rapaz conquista com rosas - e recostei-me em meu travesseiro. Abri o envelope delicadamente.

 

Adorável Catherine,

Fiquei encantado com a maneira que o amor invadiu meu coração sem ao menos pedir licença. Simplesmente entrou e se instalou. Meu corpo foi dominado por sensações desconhecidas, novas para mim. Era como se eu olhasse o mundo com outros olhos, olhos que são e sempre serão melhor que os antigos, porque agora esses olhos só conseguem ver uma coisa a frente deles. Você. Posso dizer com certeza e confiança que minha vida hoje é uma constante alegria só pelo fato de saber que todos esses sentimentos e sensações são retribuídos humildemente por você.

Cada toque seu em minha pele me faz sorri nos momentos mais inapropriados, cada olhar tímido e desesperado me faz ficar com você em minha cabeça pelo resto do dia. Espero que você esteja mais que ciente que é por ti que eu suspiro anseio e desejo.

Agora eu me pergunto, será eu o homem perfeito para você? Se perfeição existe eu não sei. Mas sei que quando estou ao seu lado sinto-me capaz de tudo. Quando estais tristes sofro junto contigo. Quando você der o mais disfarçado dos sorrisos eu sorri junto. Os beijos são cada vez melhores explosões de sentimentos que não dar para compreender. É como se não existe nada alem de você e de mim. O mundo em nossa volta some.

Só quero que saiba de uma coisa.

 

 

Amo-te mais que tudo.

 

Após ler isso meu coração palpitava como jamais palpitou. Eu suava. Estava muito nervosa. Não conseguia imaginar como seria o nosso encontro amanhã. Será que eu conseguiria olhar para seu rosto angelical e não se lembrar de tamanha declaração que ele fez a mim? Sempre em minha vida nunca fui boa em expressar sentimentos meus para outras pessoas. Mas ele é diferente. Abriu seus sentimentos por completo. Terei que tomar coragem para expressar cada sensação que senti. Desde o nosso primeiro encontro sempre fui muito observadora. Mais nunca disse a ninguém o que observei. Já estava na hora de me declarar também.

Deitei-me, precisa dormi o tempo que ainda me restava.

 

P.D.V Lucas.

 

Admito que eu precise dormi, mas por mais que eu tentasse fechar os olhos e cair nos braços de Morfeu. Pensamento, suposições e planos para o dia de amanha inundavam minha cabeça.

Será que Catherine já viu minha declaração em forma de carta? Será que ela gostou? Será que ela ainda vira comigo? Será que o que eu sinto é correspondido na mesma intensidade?

Tantas perguntas que ate este momento continuarão sem respostas.

Meu tio não liga que eu suma por uns dias, por isso estou despreocupado. Já fiz isso antes em minha cidade antiga, passei quase um mês fora. E quando cheguei a casa ele só me perguntou como havia sido minha jornada. Não sei se devo achar isso um ponto positivo, pois pelo visto ele confia muito em mim. Ou um ponto extremamente negativo porque posso interpreta isso como uma maneira dele não dar a mínima para mim.

O sol quase aparecia no horizonte. Tenho certeza que Catherine só vira ao meu encontro quando o Padre e a Helenna estivem fora da cidade, então ainda me sobra bastante tempo de espera.

Como eu queria estar ao lado dela neste momento. Queria que esse sofrimento todo tivesse um fim só para ver o seu sorriso iluminar seu rosto novamente. Lembro-me de quando fui entregar as flores na casa dela. O seu sorriso envergonhado, suas bochechas coradas, e um olhar de inocente me deixaram fascinado assim que os vi. Hoje em dia não os vejo com tanta freqüência assim. E nas raras vezes que seu sorriso aparece não estar mais tão iluminado. E seu olhar de inocente deu lugar a um olhar de constante preocupação e agonia. Um olhar sem tantas esperanças.

Comecei a arrumar minha mochila. Mesmo que ainda demorasse muito para irmos a nossa busca estava muito ansioso, sentia que cada vez estava mais próximo de ficar junto dela.

 

P.D.V Catherine.

Acordei assustada nem sei bem o motivo. Olhei no relógio e já passava das seis da manha. Fui ate meu banheiro tomei uma ducha, fiz minha higiene matinal e desci. O padre estava sentado na mesa da cozinha tomando seu café da manha com uma enorme mala ao seu lado.

 

-Bom dia! – disse com entusiasmo.

-Bom dia Catherine dormiu bem querida?

-Sim, e o senhor? – pela cara dele a resposta seria não.

-Não muito bem. Minha cabeça esta muito cheia.

-Eu imagino o motivo.

 

Ele ficou em silencio, sentei também a mesa. Tomei meu café da manha sem pressa. Não adiantava fazer nada correndo teria que esperar ele ir embora para depois começara a agir.

 

-Catherine, eu estou pronto. Vou ao encontro de minha família. A Cherry já vira para cá – que droga! A Cherry vai me prender aqui de qualquer jeito. Preciso impedi-la.

-Oh! Tudo bem Padre pode ir com Deus –tentei me manter tranqüila – a Cherry já esta a caminho daqui?

-Não, ainda irei falar com ela.

-Pode ir tranqüilo deixa que eu mesmo falo com a Cherry – menti. Claro, não vou falar com ela.

-Sim. Acho melhor você mesmo ir tratar disso com ela.

 

Dei um forte abraço nele. E vi-o sair pela porta sem ao menos olhara para trás. Cinco minutos depois o telefone toca.

 

-Alô? – indagou Helenna.

-Sim, Helenna.

-Catherine,eu só estou ligando para te avisar que estou indo. Já estou atrasada não vai dar para eu passar ai –justificou.

-Sem problemas amiga. Eu sei que se dependesse de você, você nem iria.

-Claro, ficaria com você. Mas você tem meu numero de cabeça, se precisar de qualquer coisa me liga que eu volto correndo.

-Esta bem Helenna. Vai com Deus.

-Fica com Ele.

 

Ela desligou e em seguida subi ate meu quarto e peguei minha bolsa, e o resto de dinheiro que ainda tinha. Não fazia a menor idéia do que eu enfrentaria daqui pra frente. Estava com medo. Mas por alguma razão que eu desconheço o fato de eu esta indo com Lucas me tranqüilizava.

Sentei no sofá achei melhor esperar durante uma meia hora. Assim ficaria mais tranqüila em minha fuga.

Queria sair deste lugar imediatamente! Mas ao mesmo tempo queria que fosse uma coisa bem planejada. Fiquei no sofá só esperando, deixei minha mente viajar entre meus milhões de pensamentos – Toc,Toc,Toc – Levantei do sofá em um pulo. Literalmente corri em direção a porta. E em meus pensamentos disse olá para a imensidão azul.

 

-Oi – disse ele envergonhado.

-Oi – olhei para o chão.

-Já esta pronta? – perguntou.

-Sim – só conseguia dar respostas pequenas.

-Então, vamos?

 


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Notas finais do capítulo

Agradeço pela paciencia master que vocês tiveram.

Aproveite.



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