Scorpius Malfoy e a Pedra da Ressurreição escrita por Mariana


Capítulo 9
Delação premiada


Notas iniciais do capítulo

Rose se uniu a Scorpius e Alvo contra Órion
Agora é uma questão de tempo pra casa do Black cair...



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Alvo chegou e ficou surpreso ao descobrir que Rose teve uma ideia parecida com a dele. Ele contou tudo à prima, que ficou chocada ao descobrir as reais intenções de Órion Black.

— É pior do que eu pensei! Até agora, suspeitava apenas que fosse só uma gangue de reacionários dispostos a perpetuar preconceitos, mas isso é muito grave! Temos que contar à McGonagall!

— Como? Nossos depoimentos serão suficientes? – perguntava Scorpius.

— E ele nunca falou ao grupo que missão seria essa, não acham que seria melhor esperarmos mais um pouco?

— Al, você disse que Black detalhou o plano num diário, teria como pelo menos dizer nossas suspeitas à McGonagall para que ela mandasse vasculhar o quarto dele, achar o diário e provar o que dissemos?

— Eu não sei...

— Pode funcionar! – exclamou Scorpius – Temos que contar aos outros.

— Quem mais tá sabendo disso?

— Quase todos os nossos parentes e amigos. Seu irmão, os meus, nossos primos, Mateus Nogueira... Criamos nossa gangue também, a Patrono Invencível.

— Caramba, a gangue de vocês é maior que a do Black!

— E têm mais seguidores fieis, pode ter certeza – disse Scorpius.

Os membros da Patrono Invencível se reuniram novamente na Sala Precisa. Todos ficaram contentes com a presença de Rose e com sua iniciativa de espionar o grupo rival.

— Essa é minha garota! – gritou Fred.

— Eu disse, gente, Rose é esperta, nunca ia cair na conversa do Black – concluiu Lílian.

— Agora que nós temos mais uma aliada, temos que coordenar nossos passos para pegar o Black de jeito!

— Também acho, Mateus, por isso sugeri aos meninos contarmos tudo à McGonagall. Eu e Scorpius Malfoy, como integrantes do grupo, podemos dizer sobre as reais intenções do Black e fazer com que ele pegue uma longa detenção ou mesmo seja mandado de volta à Durmstrang! O que acham?

Um burburinho tomou conta do ambiente. Fred e James preferiam resolver tudo no braço, mas a maioria concordou com a ideia de Rose.

— Ok, então mais tarde, depois da nossa aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, diremos tudo à diretora – resolveu Alvo.

— Mas vocês não contaram uma coisa: não há nenhuma azaração para quem trair o grupo da Realeza de Hogwarts?

— Bem lembrado, maninho. Não, Órion Black nem pensou nessa hipótese. Ele acha que todos os que estavam lá iriam se convencer dos ideais de nobreza bruxa, e que nunca trairiam seus antepassados. Nisso ele está certo, eu nunca trairia meus pais e avós por causa dele!

...

A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas foi feita num salão, em vez da sala de aula. Os alunos ficaram em fila e Rony enfeitiçou um boneco com um pano preto por cima, simbolizando um dementador, para ficar flutuando no espaço.

— Muito bem, meus alunos! Segundo a lenda, o feitiço do Patrono só pode ser executado pelos puros de coração, e se for bem forte é invencível contra os dementadores e os Lethifolds . Farei uma pequena demonstração.

Rony se concentrou, empunhou sua varinha e disse as palavras mágicas. Um brilho no formato de um cão Jack Russell Terrier ficou cada vez mais intenso e derrubou o boneco. Depois, o Patrono andou em direção dos alunos e disse:

— Viram? Agora é com vocês!

Impressionados, os alunos tentaram, de um a um, realizar o feitiço. A maioria soltava apenas fagulhas, Alvo até chegou perto, um brilho fraco saiu de sua varinha. Órion sequer conseguiu fazer uma mísera fumaça.

— Desculpe, professor Weasley, é que estou um pouco cansado, tive treino hoje...

— Entendo, mas você ainda terá tempo pra praticar.

Scorpius sorriu consigo mesmo, mas seu desempenho não era muito melhor que o de Black. Ele ficou frustrado: “Ué, minha lembrança feliz não é feliz o suficiente?” Ele tentou outras lembranças. O dia em que ele viu Rose pela primeira vez, o que sua mãe parecia estar melhorando, o que Draco lhe deu de presente uma vassoura nova...

— Não fiquem tristes se não conseguirem num primeiro momento, pra chegar ao nível em que eu cheguei foram anos de trabalho. Continuem treinando e na próxima aula tentaremos de novo!

Mas antes de encerrar definitivamente a aula, Rose conseguiu fazer um brilho mais forte sair de sua varinha. Rose franzia o rosto numa concentração intensa, todos olhavam aquela cena e tentavam distinguir que forma era aquela que estava saindo dali. Até que o brilho se desfez.

— Bravo! Bravo! – Rony aplaudia eufórico – Minha filhinha, meus parabéns, você é realmente muito especial, sua mãe vai ficar muito orgulhosa quando eu contar! – Rony abraçava e enchia Rose de beijos. Os colegas riram vendo a cena. E Rose morria de vergonha, enquanto Rony continuava a enchendo de elogios – Minha vida, meu tesouro, meu anjo, meu tudo...

Na saída, Órion foi interpelado por Gutemberg Nott, que insistia para que o colega devolvesse o livro dele sobre os Sagrados Vinte e Oito. Os dois não viram Rose sair com Alvo e Scorpius em direção à diretoria.

Enquanto subiam as escadas, Rose parou e deteve os outros dois.

— O que foi? Vai desistir?

— Não, Al. Tive outra ideia. É melhor só você e eu irmos falar com McGonagall.

— Mas e eu?

— Scorpius – Rose pôs as mãos no ombro dele e o fitou com firmeza – vai ser melhor você ficar de fora por enquanto, não sabemos se McGonagall vai acreditar na gente, e se ela acreditar e investigar tudo, Black pode acabar descobrindo que você também o dedurou e se voltar contra você. Pode ser que ele não seja expulso e não dê em nada, e se ele continuar com essa ideia, precisaremos saber exatamente o que ele anda fazendo, e para isso, você será fundamental.

— Mas...

— Confie em mim, vai dar tudo certo! – os olhos de Rose se encheram de lágrimas e ela lhe deu um beijo no rosto.

— Rose tem razão, é melhor você ir. Se der ruim pro nosso lado, ainda teremos você como nosso agente secreto, Scorpius Bond!

Scorpius sorriu. Rose tinha dado um beijo nele! Ele estava começando a sentir que ela também o amava. Passou a mão na bochecha esquerda, local do beijo, e pensou: “Agora tenho uma lembrança boa o suficiente para fazer um Patrono Invencível!”.

...

Minerva McGonagall ficou impactada com as revelações de Rose. Apesar de saber que não era um grupo organizado e dos meninos não terem dito nada a respeito do plano de conseguir a Pedra da Ressurreição para trazer Voldemort de volta, a diretora achou melhor chamar Black à sua sala para prestar esclarecimentos.

Órion tentou dizer que era apenas um grupo de estudos sobre História da Magia e Genealogia Bruxa, mas Rose o desmentiu. McGonagall chamou os professores Horácio Slughorn e Neville Longbottom, chefes das casas Sonserina e Grifinória, e Ronald Weasley, para comunicar sobre as detenções.

— Estou muito desapontado com você, filha, como pôde pensar em aderir a essas ideias antigas e ultrapassadas?

Rose ouvia tudo calada, de cabeça baixa. Rony estava triste e bravo ao mesmo tempo. Neville tentou interceder por ela.

— McGonagall, se foi Rose que entregou as informações ao grupo, então talvez ela não precise ser punida.

— Não – disse Rony, muito entristecido – Prefiro que minha filha pague pelo que fez de errado, para que aprenda a lição...

— Compreendo, Ronald Weasley, mas creio que sua filha já tenha aprendido, afinal foi ela mesma, na companhia de seu primo Alvo Potter, que decidiu contar tudo. Por isso, retirarei apenas dez pontos da Grifinória e mandarei uma advertência aos seus pais.

— Está bem, senhora McGonagall, faça como achar justo...

— E quanto a você, rapazinho – Minerva se voltou para Órion – retirarei cinquenta pontos da Sonserina por ter propagado conceitos equivocados e por ter tentado me ludibriar! Tem alguma detenção em mente, senhor Slughorn?

— Não consegui pensar em nada, o jovem Black, embora talentoso, demonstrou não ser digno de confiança... Sugiro que ele limpe meus caldeirões sem fazer uso de magia por três meses.

— Assim está feito! Mandarei também uma advertência à sua responsável comunicando do incidente.

— Sra. McGonagall... – interrompeu Slughorn – o jovem Potter aqui demonstrou muita valentia e honestidade ao ajudar a senhorita Weasley a contar tudo sobre essa organização secreta. Poderia eu conceder um prêmio ao meu monitor?

— Perfeitamente, Slughorn!

— Então, darei sessenta pontos à Sonserina por sua coragem e determinação, sr. Alvo Severo Potter!

Alvo sorriu, orgulhoso. Ter conseguido amenizar a situação da sua casa na disputa pela Taça tinha sido seu melhor feito da noite.

...

Mais alguns dias se passaram, e as reuniões da Realeza de Hogwarts e da Patrono Invencível foram suspensas. Scorpius lamentou, pois não poderia mais ser visto com Alvo por causa de Órion e também não teria mais pretextos para ver Rose. Os dois amigos só se falavam quando estavam sozinhos no dormitório ou através dos espelhos.

— E aí, Scorpius, nada?

— Nada, Black não marcou mais nenhuma reunião e até devolveu o livro ao Nott. Acho que ele desistiu.

— Ou recuou, né? Mudando de assunto, está treinando seu patrono?

— Sim, acho que estou tendo progressos. Perguntei ao papai se era muito difícil fazer um Patrono e ele me respondeu dizendo que não sabe por que nunca conseguiu fazer um.

— Puxa! Eu tô indo mais ou menos, meu pai e Jay têm me dado umas dicas. Os patronos deles e do meu avô eram o mesmo, acredita?

— Sério?

— Sim, um veado. Às vezes penso que o meu vai ser um veado também, todo mundo fala que eu e meu pai somos parecidos em tudo...

— Mas tem a sua mãe!

— É. Mamãe disse que o Patrono dela é um cavalo e que ele pode mudar de forma às vezes. Ela diz que isso geralmente ocorre quando você se apaixona por alguém...

Os garotos riram.

— Deve ser por isso que Kate Richards vive me perguntando qual é o meu Patrono, pra ver se é igual ao dela.

— Será que o meu vai ser igual ao de Rose?

— Sei lá, mas vai treinando aí.

Scorpius se despediu de Alvo e deitou-se na cama, pensando em Rose. Mais especificamente, no beijo que ela lhe deu na bochecha antes dela contar tudo sobre a Realeza de Hogwarts à Minerva. Ela também o amava e agora ele tinha certeza disso. Achou que na próxima vez que tivessem um momento à sós, poderia chamá-la para sair. Seu coração batia mais forte só de pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

♪ Love is in the air...
Gostaria de agradecer à Corvinete, pela chuva de comentários.



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