Um Novo Aluno escrita por Cat Lumpy


Capítulo 3
Cap. 03 Um Até Logo


Notas iniciais do capítulo

Última aula do primeiro dia de Finn, já que ele só apareceu na hora do almoço.



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Quando os três se recuperaram da reação de Jujuba e finalmente foram para a cantina lanchar, Finn descobriu que estava faminto e de que nunca havia conversado tanto com colegas em toda sua vida. Ele queria ter encontrado Jujuba para se desculpar, estava com medo da garota não falar mais com ele, mas Marshall o tranquilizou, dizendo que Jujuba devia estar na enfermaria e que eles se desculpariam na próxima aula, o que Marceline fingiu não ouvir.

Para distrair o loiro, o moreno apontava alguns alunos de sua sala discretamente e, junto de Marceline, diziam as fofocas que os rodeavam.

Tinha a Lumpy, a garota gordinha e baixinha de cabelos roxos espalhafatosos, que era uma grande vadia que dava encima de qualquer um. A Fionna, uma garota loira de olhos verdes que era uma humana pura como ele; todos suspeitavam que ela tivesse um caso com o professor de matemática para passar na matéria. O Bmo, um androide que parecia um adolescente bonito e que pensava ser gente, e a escola inteira sabia que sofria bullying de muitos alunos.

Cake uma Dama que vivia adulando Princesas e Príncipes, Gunter um cara estranho que nunca falava, Canelinha, um doce meio avoado que não conseguia segurar a língua; um cara que todo mundo chamava de Mister Músculos por causa de seu físico exagerado. E alguns outros que não chamavam a atenção para si.

O sino tocou anunciando a próxima aula, que Finn não fazia ideia do que era.

— Você vai amar essa! — Marshall disse o guiando para um grande prédio no extremo norte da escola, parecia um ginásio.

— O que é? — ele perguntou curioso.

— Sua especialidade, pelo que nos contou. — Marceline respondeu enigmática.

Eles entraram junto de outros alunos, inclusive de outras turmas.

— Existem algumas aulas compartilhadas entre as turmas do segundo ano. — a vampira o explicou e acrescentou apontando para a mochila — E em muitas aulas não precisamos do material escolar.

— Com o horário vai ficar mais fácil. — a voz doce de Jujuba, falou perto do ouvido direito de Finn.

Ele se sobressaltou ao vê-la ao seu lado, com um leve sorriso e lhe entregando uma folha que tudo indicava ser o horário das aulas. O loiro abriu a boca para agradecer e logo depois se desculpar por ter rido de seu primo, mas Jujuba foi mais rápida.

— Não precisa. Eu... Ele realmente mereceu. — disse corando.

— Sabia que ia mudar de ideia depois de falar com o Sr. Pompas na enfermaria. — Marshall disse dando um sorriso divertido para a amiga.

— Penso que Chiclete só tem piorado desde que começou a andar com Lumpy.

Finn notou que Marceline estava muito a frente dos três, junta em um amontoado de vários alunos do segundo ano. Defronte aos alunos, uma máquina de chiclete um pouco enferrujada mostrava-lhes uma espada.

O loiro jogou a mochila em um canto da parede e se apressou para se unir aos outros, colocando-se entre Marceline e o Mister Músculos, que logo depois foi empurrado para trás por um Marshall que o olhava risonho.

— Vejo que todos já estão aqui. — a máquina anunciou com uma voz grossa poderosa.

“Nem todo mundo.” Finn ouviu Marshall murmurar, contendo um riso. O loiro sorriu, não acreditara que os Abadeer torceram o tornozelo de alguém por ele, e nem se conheciam direito, mesmo que Finn já pressentisse que não iriam mais se desgrudar dali em diante.

A aula, como Marshall previra, fora fantástica para o loiro. Ele fez dupla com o vampiro de novo, só que dessa vez, para duelarem.

— Vamos ver se o que você disse era verdade. — o moreno provocou o loiro, se colocando em posição, uma espada falsa segura firmemente na mão.

— Claro. — Finn respondeu, sorrindo ao manejar a espada no ar, testando-a.

Jake o ensinara a lidar com aquele tipo de arma, o seu irmão mais velho era do tipo que gostava de prevenir à remediar, desde muito sedo, sempre preparara Finn para os perigos do mundo.

Chicletão gritou para que todos começassem. Marshall foi rápido, desferindo um golpe na altura do ombro de Finn, que defendeu facilmente e cheio de habilidade, rodou o pulso em um movimento fluído. A espada de Marshall voou, caindo ao lado de Finn, sobre o chão acolchoado do ginásio.

O vampiro parecia não acreditar no que acontecera, a boca aberta. O loiro riu da expressão de Marshall e com a espada retirou a do moreno do chão com outro movimento habilidoso e a entregou ao parceiro.

— Eu te deixei fazer isso. — ele balbuciou sem graça voltando à posição para recomeçar o duelo.

Finn respondeu da melhor forma que pôde, atacando o vampiro com velocidade e destreza. Graças aos seus poderes sobrenaturais, Marshall conseguia defender-se dos golpes, mesmo que desengonçadamente. E Finn ficou surpreso ao ver que o vampiro não era tão bom em alguma coisa. O moreno parecia aquele tipo de pessoa que sabia fazer qualquer coisa com perfeição, por causa daquela confiança que exalava.

Quando cansou de prolongar o inevitável, Finn arrancou a espada da mão de Marshall novamente, com o mesmo movimento, só que dessa vez, segurou a arma falsa dele com a mão livre.

— Bom. — disse uma voz grossa.

Finn virou a cabeça, juntamente de Marshall, para olhar o professor que caminhava ao redor do espaço, observando o desempenho dos alunos.

— Como é seu nome garoto? — perguntou.

— Finn Mertens, sou novo. — respondeu, a voz falhando.

— Muito bom. — disse e voltou a caminhar.

— Caramba! — Marshall exclamou.

— O que foi? — Finn fitou o novo amigo, uma expressão de pura curiosidade.

— Eu nunca vi ele elogiar ninguém. — o vampiro explicou, olhando para Finn, admirado.

Aquilo deixou o loiro encabulado, não era muito de chamar a atenção e a reação de Marshall o deixava estranho, suas tripas se remexeram com o sorriso que o vampiro o deu.

Finn desviou o olhar, para que o moreno não percebesse que suas bochechas tinham ganhado um tom rosa. Sua atenção acabou pousando sobre Marceline e Jujuba, que estavam um pouco distantes, sendo observadas por outras duplas.

— Essa é a única aula em que as duas se juntam. — Marshall comentou seguindo o olhar de Finn.

E o loiro reparou o porquê, as duas lutavam seriamente, como se as lâminas falsas pudessem matar de verdade. Talvez por já ter percebido que Jujuba era mais do que uma simples garota meiga, não se impressionou ao vê-la manejar a espada quase perfeitamente. Ele notara que às vezes ela deixava a guarda baixa.

Já Marceline desviava-se dos golpes de Jujuba, dizendo algo com um sorriso zombeteiro no rosto, e vez ou outra arriscava umas estocadas com a arma, seus movimentos eram fortes, mas faltava precisão. Finn percebeu na hora que o motivo de muitos olharem para elas era a ferocidade com que se atacavam.

— Mesmo de longe eu consigo ver o brilho assassino em seus olhinhos. — Marshall disse e Finn se sobressaltou com a proximidade do vampiro.

Depois de mais dois duelos, nos quais Marshall perdeu, Chicletão mandou todo mundo para os vestiários, tomarem banho antes de irem para casa.

No lado de fora do Colégio, Finn se viu perdido no meio de tantos alunos e ônibus.

— Onde você mora Finn? — Jujuba perguntou, chegando ao seu lado com dificuldade por causa da multidão de pessoas.

— Moro aqui perto, na Rua das Amoras.

Um sorriso iluminou o rosto doce da Princesa e ela disse que ficava perto de seu Reino. Não demorou muito para Marshall chegar, atraindo imediatamente os olhos do loiro.

— Ei, Marshall, ele pode ir no mesmo ônibus que a gente! — Jujuba disse para o vampiro, que abriu um sorriso que sacudiu o estômago de Finn.

— Eu ficaria feliz com a notícia, mas aí eu lembro que você vai no mesmo ônibus que a gente, então eu só consigo suspirar de pesar. —Marceline surgiu atrás da rosada, implicando com ela logo de cara.

Jujuba franziu as sobrancelhas e não a respondeu por algum milagre.

— Vamos depressa, ou vão pegar os melhores assentos. — Marshall apressou, segurando a mão de Finn para guia-lo pela multidão.

O loiro não teve coragem de se soltar, porque quando o vampiro o tocou foi como se um choque percorresse toda a sua espinha.

No ônibus, ele se sentou com o moreno, enquanto Marceline e Jujuba ocuparam o banco ao lado, já discutindo. A viagem foi rápida e animada. Os quatro começaram a falar sobre o “acidente” de Chiclete, que agora parecia divertir Jujuba também. E, um pouco antes da Rua das Amoras, Finn pegou o número dos três e escreveu o dele para os novos amigos.

Ao chegar em seu ponto, Finn se levantou, mas Marshall o puxou de volta ao assento e murmurou em seu ouvido:

“Nos vemos amanhã.”

Um pouco tonto por ter sido pego de surpresa por aquelas palavras, ele se despediu e desceu bem em frente a sua casa, um grande tronco de árvore que parecia ter sido talhado em uma casa, ou o contrário. Ele entrou, ainda atordoado em e deu de cara com Jake, seu irmão mais velho, um cachorro mágico, aos beijos com sua namorada, Lady Iris, uma iriscórnio.

— Pensei que estivessem no campus da faculdade. — comentou Finn depois de cumprimentar os dois com sorrisos e abraços.

— Acontece que entraram em greve, aí resolvemos passar uns dias aqui, pra tu não ficar sozinho, cara.

— Tá de boa Jake, já te disse que sei me cuidar.

— Eu sei disso, fui eu que te ensinei. — a cachorro mágico falou rindo junto da namorada.

Lady disse algo em coreano para Jake e o cachorro concordou com um pequeno “é mesmo! Quase esquecia de perguntar!”.

— Como é que foi o primeiro dia?

Finn encarou o irmão sem realmente vê-lo, estava relembrando as poucas aulas que frequentara ao lado dos seus mais novos amigos e sorriu inconscientemente:

— Foi matemático!


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Notas finais do capítulo

O que acharam??



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