Double Trouble escrita por Mandy


Capítulo 8
Find Me


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE, NÃO É MESMO???? Gente, mais uma vez: ME DESCULPA!!!! Eu tinha ficado de recuperação e não tava entrando direito nas redes sociais, não pude escrever. Espero que entendam isso e o meu bloqueio que tenho tido ultimamente também. Capítulo razoavelmente bom, acredito eu. Espero que gostem! ❤

Música: Sigma ft. Birdy - Find Me (mais pela letra do que pela melodia da música)



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França, Casa dos Weasley, 13h da tarde.

          POV – Eliza Malfoy

        — O que você tá fazendo aqui, Brian? – Questionei mais uma vez, quando vi o garoto em minha frente. – Como você chegou aqui?

      — Eu quero vê-la, Eliza. Preciso vê-la. – Ele pediu mais uma vez e eu vi o desespero em seu olhar.

      — Tudo bem. Só espere um minuto, sim? Você já poderá entrar. – Eu disse, indo até o quarto novamente e me deparando com mamãe segurando as mãos de Luiza, como se estivesse velando seu sono. – Mamãe? Não quer descansar? Eu posso ficar com ela.

    Mamãe apenas assentiu, saindo do quarto o mais rápido que podia. Acredito que para ela, por ser mãe, estava sendo difícil ter que ver a filha em um estado tão crítico. Apenas fiz sinal com a cabeça, indicando que Brian podia entrar. O moreno, por outro lado, foi até Luiza com cuidado, deixando uma lágrima escorrer por suas bochechas, mas limpando-as rapidamente para que eu não notasse. Em vão, claro.

   — Não tem ideia do que pode ter acontecido a ela? – Ele questionou novamente. Eu, apesar de saber, apenas o olhei, incrédula.

— Claro que não! Acha que eu não contaria se soubesse? – Me esforcei o máximo para mentir, apesar de me sentir mal eu havia feito uma promessa à Luiza. Uma promessa que eu não poderia descumprir. Brian apenas voltou a olhar Luiza, e eu pude ver o quanto este estava abatido. Ele amava a minha irmã. Eu sentia isso. – Você a ama, não é?

— Amo… ela é como uma irmã pra mim, Liza. – Ele disse. Eu o olhei duvidosamente, e acho que ele entendeu. – É tão óbvio assim?

— Eu vi você apaixonado pela Luiza desde que você tinha idade pra saber o que é amor. – Disse. Brian apenas abaixou a cabeça em resposta, voltando a admirar minha irmã, ainda desacordada.

— Você vai me garantir que não sabe o que está acontecendo com ela, Liza. – Brian me pressionou, e eu, por um momento, pensei em revelar, mas lembrei da promessa que havia feito. Então desisti.

— Não, Brian, eu não sei o que está acontecendo com ela. E você pode ter certeza, se eu soubesse, você e meus pais seriam os primeiros a saber.

**************

Londres, Empresa Malfoy's, 12h da tarde.

POV - Albus Potter

— Sr. Potter? – A mulher morena, e de olhos azuis penetrantes entrou na sala. – Você sabe quando o Sr. Malfoy voltará? A empresa têm precisado dele nos últimos meses.

Scorpius, eu e Luke tínhamos uma parceria em sua empresa. O nome da empresa, nas palavras dele, é que ele tinha esperanças em deixar para suas filhas assim que elas atingissem a maioridade. A empresa fabricava vassouras, de todos os tipos, principalmente para jogadores ou times poderosos de quadribol. Com os problemas familiares, Scorpius passou a frequentar menos o lugar, deixando tudo por conta do vice-presidente, que no caso, seria eu.

— Bem, Scott, creio que no momento, se tiver algum problema, terá que falar comigo ou Luke. – Respondi. A mulher, então conformada, saiu da sala e eu pude voltar a verificar alguns papéis sobre a mesa.

Isabella Scott era secretária da empresa, e digamos que tinha uma séria queda por Scorpius. O Malfoy, por outro lado, até havia dado umas “olhadas” nela, isso não podemos negar. Mas no momento, com que estava acontecendo à Luiza, creio que este não teria tempo para pensar nisso agora.

— E aí, cara? – Luke entrou na sala, me assustando um pouco, afinal estava distraído. – Teve notícias de Scorpius? Como está Luiza?

— Ele não deu nenhum sinal até agora. – Eu disse. O silêncio reinou ali por alguns segundos. – Luke… você acha que a Scott pode sentir algo por Scorpius?

— Isabella Scott? – Ele questionou, eu acenei positivamente com a cabeça. – Tá na cara que sim, Albus. Já a vi flertando com ele diversas vezes, acredite.

**************

França, Casa dos Weasley, 13h30 da tarde.

POV - Eliza Malfoy

— Oi, Lu. – Eu disse. Luiza continuava estática, sem dar nenhum sinal. – Brian esteve aqui hoje… ele está preocupado, assim como todos nós estamos.

Por outro lado, ela novamente não falou nada. Seu silêncio me desesperava. Em resposta ao desespero, eu me sentei ao seu lado, segurando sua mão.

— Lu? Por favor, fala comigo. Volta pra gente. Fala comigo, Lu. – Pedi, segurando sua mão com força. Vendo que ela não ia fazer o mesmo, quase larguei sua mão, quando senti-a sendo pressionada por algo. Ou melhor, alguém.

— Lu?

***************

POV - Rose Weasley

— Rose? – Ouvi a voz aveludada de Scorpius atrás de mim na varanda. Me assustei, estava distraída ao sentir sua presença. – Desculpa. Não queria assustá-la.

— Tudo bem. – Eu virei-me para vê-lo melhor, colocando os dois braços sobre mim, numa intenção de me cobrir. O tempo naquele dia era frio e qualquer um que olhasse pro céu jamais desconfiaria que só eram quase 14hrs da tarde. – Está bem? Parece tenso. Aconteceu algo com Luiza?

— Não é isso, Eliza está lá cuidando dela. Na verdade… – Ele respirou fundo para falar, como se o assunto a seguir fosse algo do qual não falávamos a muito tempo. – Eu vim aqui falar de nós.

— Nós…? – Eu tentei desviar, ou me fazer de desentendida. Scorpius me avaliou mais uma vez. – Não existe nós desde que você decidiu que iria embora e separar nossas filhas, Scorpius. Que iria nos separar.

— Eu não quis aquilo, Rose. Nem você. Sei que não. – Ele se aproximou de novo, e, como da primeira vez, eu não me afastei. Ele, entendendo isso como um concedimento, continuou.

— Scorpius, isso não é hora…

— Diga, Rose. Diga que quis se separar de mim. Se disser, farei questão de não procurá-la mais quando isto acabar. Se não disser… – Ele chegou mais perto. Seu rosto estava tão perto do meu que quase pude ser hipnotizada pelos seus olhos cinza.

— Se eu não disser…? – Eu incentivei-o a continuar.

— Então deduzirei que você queira isso. – Foi a última coisa que ele disse antes que seus lábios gelados entrassem em contato com os meus quentes. Continuava sendo um choque térmico. Involuntariamente, pus minhas mãos em sua nuca, fazendo carinho em suas madeixas loiras. Isso o fez sorrir. Senti suas mãos e dedos gelados tocarem minha cintura e perdi toda a noção do que estava acontecendo ao meu redor. Até ouvir a voz de Eliza.

— MÃE, PAI? A LU CONSEGUE NOS OUVIR!

Me soltei bruscamente de Scorpius, sabendo que iria me arrepender mais tarde do ocorrido. Porém, me preocupei em pensar no que estava acontecendo com Luiza.

— Como assim, filha? O que aconteceu? – Eu perguntei, aflita, enquanto ela voltava a se ajoelhar em frente a irmã. Scorpius estava atrás de mim, preocupado.

— Eu pedi pra ela falar comigo, me dar um sinal. E então ela apertou minha mão e por alguns segundos vi seus olhos se mexer, como uma tentativa falha de abri-los e tentar me ver. – Ela disse, eu arregalei os olhos.

— Scorpius, ligue para a doutora Moore, por favor. – Pedi, ao que imediatamente ele pegou o aparelho celular, discando o número de Caitlin Moore, a médica que cuidou de Luiza enquanto ela esteve no hospital por alguns dias antes de voltar.

*************

— E então, Dra. Moore? O que isso quer dizer?

— Bem, já é alguma coisa. – A mulher loira disse, tirando o estetoscópio do ouvido para enrolá-lo no pescoço e colocando as mãos no bolso do jaleco branco que usava. – Srta. Weasley, Luiza está em coma induzido. Ou seja, nós achamos mais seguro que ele estivesse desacordada, dessa forma teríamos mais controle da situação caso algo lhe aconteça. Mas isso não significa que ela não possa ouvi-los. Ao apertar a mão de sua irmã, ela quis dar um sinal de que ainda está aqui. Por estar a um tempo sem se mover, os músculos vão se mal acostumando e fica difícil para que ela se mova com facilidade. Porém, se continuarmos com esse progresso, creio que poderemos acordá-la logo.

— Progresso? – Scorpius questionou.

— Sim, Sr. Malfoy. Luiza apesar de estar em coma, de acordo com meus exames, manteve tudo no lugar. Nenhum osso quebrado ou fratura na cabeça, sua pressão está normal e seu coração também… dessa forma ficará mais fácil acordá-la. Mas devo avisar vocês de algo, primeiramente.

— O quê, doutora? – Eliza foi a primeira a se pronunciar ali.

— Não sou psicóloga, mas… como já foi constatado, Luiza fora abusada sexualmente. De uma forma bem cruel, se me permite dizer. – Ela disse, olhando o corpo estático da menina. – Para uma garota, isso pode causar sérios problemas psicológicos. Luiza pode se isolar ou passar um bom tempo sem se abrir ou falar com ninguém. Fisicamente, ela está bem, pelo que vimos. Porém, emocionalmente, creio que será um pouco mais difícil.

**************

POV - Eliza Malfoy

Aproveitei o silêncio da casa e que nem papai, nem mamãe estariam com Luiza para tentar conversar com ela novamente. Fui até o quarto e segurei sua mão de novo. Dessa vez, ela não apertou. Mas ao fechar meus olhos e entrar em sua mente, foi fácil localizá-la, da mesma forma que a primeira vez. Porém, diferente da primeira, Luiza correu até mim, me abraçando.

— Lu! – Correspondi seu abraço na mesma intensidade. – Como você está?

— Dormindo, acredito eu. – Ela disse, e pela primeira vez, eu sorri. – Eu estou bem. E você? Como estão mamãe e papai?

— Preocupados, é óbvio. Porém hoje eu vi algo… Fui chamá-los porque você havia dado um sinal de vida. E então eu os vi, na varanda… se beijando.

— Sério? – Lu pareceu estar tão feliz quanto eu. – Vou continuar desacordada por mais tempo, então.

— Não diz isso nem de brincadeira, Weasley. – Eu disse, brincalhona. E então fiquei séria novamente. – E então, você vai me dizer o que aconteceu com você?

— Mas eu já…

— Tem mais coisa, não tem? Você sabe quem fez isso com você, não sabe, Lu?

— Antes de eu desmaiar… eu vi o garoto… bem, eu vi seu rosto se modificar para o de alguém que eu nem conheço. – Ela mordeu o lábio antes de continuar.  

— Quem era, Lu? Por Merlin, fale de uma vez.

— Kyle Harper.

*************

Hogwarts, 12h30 da tarde.

POV - Charlie Walters

— Você quer parar com isso? – Pedi mais uma vez, quando Charlotte tentou me beijar. – Isso não é hora, Clark.

— Vai me dizer que está preocupadinho com a Malfoy? Por favor, Charlie. Podemos curtir enquanto ela não está. Aquela garota me irrita.

— Você pode ser um pouco menos insensível, por favor? – Eu disse, finalmente tirando suas mãos de mim e saindo dali. Charlotte não gostava de ser rejeitada. E eu não gostava de garotas oferecidas.

******************

França, Casa dos Weasley, 14hrs da tarde.

POV - Eliza Malfoy

— Quem? Kyle Harper? O namoradinho do terceiro ano? – Questionei. Luiza acenou positivamente com a cabeça. – Porque ele faria isso? Porque você terminou com ele?

— Ele era obsessivo, Liza. Assim que notei isso, terminei, mas ele nunca lidou bem. Ele deve ter tomado alguma poção polissuco no dia, sabia que eu não me aproximaria dele na sua real forma.

— Sabe que eu vou contar isso pros nossos pais, não sabe? Eu tenho que contar, maninha, eles estão preocupados.

— Tudo bem. Não esperava outra reação de você, Liza. Mas… – Ela tocou minhas mãos e eu pude ver seu olhar de súplica. – Muito cuidado com o Harper, Liza. Ele pode ter 14 anos, mas é mais perigoso do que você pensa.

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Acho que é isso. E ah, eu sei que vocês gostaram da ceninha Scorose, eu também sorri enquanto escrevia. Até o capítulo 9, pessoal! :)



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