Marcado pelo Destino escrita por Melllll


Capítulo 2
Capítulo 2




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Chegamos a Bohemia, danceteria mais badalada de New Jersey e como sempre estava lotada e animadíssima. Acompanhei os garotos ao bar, o Matt e o Gee ficaram por lá, eu peguei uma cerveja e fui para a pista de dança, deixando os dois beber e conversar sobre o assunto preferido: mulheres. Eu dançava animada uma música que nunca tinha ouvido na vida antes, alguns caras já havia vindo dar em cima de mim, mas hoje eu estava disposta a me divertir e não ficar atrás de homem, pelo menos era isso que eu achava até que o vi. Bebia uma vodca sentado em um dos muitos sofás que ficavam em volta da pista, observava o salão inteiro balançando a cabeça no ritmo da música. Mesmo com a falta de luz pude ver que seus olhos eram claros, tinha um moicano sem cabeça raspada e um piercing no lábio. Ele era totalmente sexy, tipo um Deus Grego. Nossos olhares se encontraram por um momento e corando virei meu rosto, sorte que estava meio escuro e ele não pode notar, pelo menos eu acho. Continuei a dançar de costas para o garoto, é ele não devia ser muito mais velho que eu. Já estava de saco cheio de tantos casaizinhos se amassando no meio da pista que resolvi ir para o bar onde nem Gee e nem Matt estavam mais, sentei e fiquei esperando o garçom aparecer.
-um dragão de fogo.
-um dragão de gelo, por favor. –eu e mais alguém não pude ver quem pedimos juntos os postos.
-aqui está. –o garçom colocou na minha frente depois de um tempo um copo com um líquido verde e gelo seco no fundo o que fazia sair fumaça.
-o do senhor. –o garçom colocou ao meu lado um mesmo líquido verde só que com fogo na superfície.
-isso não queima não? –eu perguntei meio indiscreta olhando do fogo ao dono do drink.
-se você tomar rápido e com canudo não. –o garoto que a poucos estava sentado no sofá colocou o canudo no copo e bebeu o líquido de uma só vez.
-e é bom? –perguntei apontando para o copo vazio.
-é bem quente. –ele respondeu comum sorrisinho safado nos lábios.
-eu quero um. –pedi ao garçom apontando ao copo do garoto ao meu lado e virei o meu próprio drink, só que havia esquecido que o gelo seco não se deve ser engolido e engasguei.
-tudo bem? –ele perguntou dando tapinhas nas minhas costas.
-ta... tudo sim. –eu disse dando uma última tossida.
-dá próxima vez não engula gelo seco. –ele falou rindo da minha cara e eu não tive escolha a não ser rir junto. Começou a tocar uma música lenta, o garoto se levantou e estendeu a mão para mim.
-quer dançar?
-claro! –segurei sua mão e fomos para o meio da pista, deixando o garçom com cara de tacho segurando a bebida.
Ele juntou nossos corpos me segurando firme pela cintura, encostei minha cabeça em seu ombro, afinal era menor que ele, mesmo este não sendo tão alto. Minha respiração já arfava só de sentir aquele deus assim coladinho em mim. Meu coração já batia mais forte quando ele separou um pouco nossos corpos fitando-me nos olhos. Verdes, eram verdes e lindos os olhos dele, ele mordia de leve o lábio inferior com um sorrisinho bobo, minhas pernas começaram a bambear, sorte que ele ainda me segurava pela cintura se não provavelmente já teria caído. Não sabia o motivo de estar me sentindo extremamente tansa naquele momento, nenhum outro garoto me havia feito sentir daquele jeito, estranho mais realmente muito bom. A música lenta foi parando aos poucos e sendo substituída por outra mais agitada e contagiante. Eu e ele continuamos dançando, claro que agora não de rostinho colado, mas com uma pegada bem compassada. Nossos corpos interagiam com a música, requebrando e rebolando. Formávamos um belo casal, mesmo NÃO sendo um. Mais uma música acabou e outra mais agitada ainda começou, nós dois como já estávamos cansados e suados resolvemos dar uma parada para um pit stop no bar. Eu pedi um outro dragão de fogo para experimentar e ele por sua vez um de gelo. O líquido desceu quente por minha garganta inteira pedindo alguma dosagem de algo gelado, muito gelado por cima, eu juro que iria pedir uma água, bem gelada, mas o garoto que me fazia companhia e eu nem sabia o nome me puxou para perto de si e selou nossos lábios abrindo passagem em minha boca com a sua língua. Bah, eu já havia beijado tantos garotos e sempre ficava como “o homem”, o que comandava as línguas e os movimentos, mas com aquele garoto era diferente, eu travei, acho que até esqueci como se beijava, se é que era possível eu estava toda perdida parecendo uma menininha de dez anos que acabou de perder o BV. Lembra quando eu disse que o Rock era a única coisa que me deixava abestalhada? Bah, eu menti. Beijar esse garoto me deixava mais abestalhada ainda.
-vejo que aprovou o nosso novo guitarrista! –disse Gee meio bêbado vindo em nossa direção.
-o que? –eu e o garoto perguntamos juntos.
-Frank Iero, nosso guitarrista. –Matt apontou para o garoto. –Daiane Paz, nossa baixista. –e apontou para mim.

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