Broken escrita por LunnaLay


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Mais um saindo do forninho para vocês. Eita Giovana.



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Mal pude pensar o resto do dia. Ela teria finalmente percebido? Sei que estávamos sem nos ver como de costume esses dias mais próximos, mas, não era algo assim tão incomum, certo? Eu tinha muitos compromissos afinal, sou um modelo. Não que o fato de eu ser um modelo me agrade, porém, é uma desculpa.

Eu não estava fugindo, por assim dizer. Eu só queria ficar sozinho. Eu sei que gosto muito dela, mas ela podia descobrir a qualquer momento. Afinal, ela mesma me avisou sobre a tal da marca. Eu precisava encontrá-la, mas eu não poderia ficar sem camiseta. Quem sabe eu faria uma tatuagem por cima, será que ela iria perceber tão facilmente?

Bem, eu não podia deixar as coisas como estavam, afinal, estávamos juntos. Se caso qualquer coisa viesse a acontecer entre nós, ela definitivamente perceberia.

 

16:00

 

Eu estava realmente tenso.

 

— Realmente não quero me encontrar com ela hoje, Plagg.

— Problema seu moleque. Eu não tenho nada a ver com seus problemas pessoais.

— Você não precisa ser tão mal educado, sabia?

— Preciso sim. Você não me trata bem. Você me machuca, quase todas as vezes que nos unimos. Ele apontou para uma pequena mancha lilás que estava em seu corpo, no mesmo local da minha marca.

— É… desculpe-me por isso. Joguei meu braço sobre meus olhos e tentei expressar todo meu cansaço com um suspiro. – Mas você tem que entender Plagg, nós dois juntos somos invencíveis.

— Invencíveis, Adrien? Desde quando? Cara…

— Ah, okay Plagg. Eu sei o que estou fazendo. Você só tem que me obedecer.

— Infelizmente.

— Está insatisfeito? Que pena, não?

— Estou te ignorando.

 

Ele voou sobre mim e escondeu-se em um lugar qualquer. Bem, não fazia a mínima diferença. Eu tinha que pensar em algo para me esquivar da conversa próxima que eu teria com Marinette.

Fiz minha higiene e logo estava pronto, fisicamente é claro, para nosso “encontro”. Pedi para o meu segurança deixar-me próximo a casa dela, e segui meu caminho a pé. Logicamente, não havia trazido Plagg, para que não me atrapalhasse em qualquer coisa.

Percorri o caminho curto, observando bem o céu, pratica que eu tinha em preferência de fazer. A propósito, eu adorava observar a forma que as nuvens tomavam. E como quando o sol se põe por trás delas e a luz bate em suas  costas. Isso realmente me fascina. Enfim, cheguei a sua porta e como eu havia pensado, já estava ali, esperando-me.

 

— Olá, Agreste. Não sei o porquê, mas ela tinha criado uma mania de me chamar pelo segundo nome. E eu bem que gostava.

— Oi Dupain-Cheng. Forcei um sorriso e segurei sua mão. Eu tinha que fazer de tudo para que ela não percebesse a minha tentativa de distração. Eu realmente tinha que ser um ator, e dos bons. Ela resmungou alguma coisa, mas, estava corada e envergonhada demais para que eu entendesse. – Aonde quer ir, minha linda?

— Hm… podemos ir até o lago?

— Aquele lago… você diz? Alguns segundos antes, eu não poderia achar que alguém ficaria mais corada que ela. Mas me enganei. Ao ouvir minhas palavras ela conseguiu ficar um pouco mais da cor carmesim.

— Sim! O lago em que… você sabe. Meus olhos não se desviaram dela nem por um milésimo de segundo. Eu sei. Eu realmente não conseguia fazê-lo. Não que eu não gostasse dela. Eu só não queria que ela se metesse nos meus assuntos. Era muito irritante. – No qual nos tornamos amantes.

           

Como essa pessoa podia fazer meu coração bater forte dessa maneira? Eu sentia como se tudo em mim estivesse mudado, me sentia um homem, com um fardo nas costas, mas, quando eu via seu sorriso, minha mente ficava em branco. Meu peito estava ardendo em chamas, como se fosse explodir em pedaços.

Nosso caminho percorreu silencioso, somente com o toque suave de sua mão na minha. Eu estava nervoso. Se fosse preciso, eu poderia facilmente romper aquele relacionamento. Livrar-me disso tudo. Senti como se ela fosse meu ponto fraco. Meus pensamentos estavam deferindo-me golpes como facas. Eu realmente estava entre a razão e a emoção.

Mais alguns passos até a beira do lago e ela soltou minha mão, se mantendo em minha frente, respirando pesadamente.

 

— Adrien. Eu… Sentei-me e fiquei observando-a por baixo. Seu rosto era adorável. – Eu, sou o que pra você?

— Como assim Mari? Não entendi sua pergunta? Seus olhos fecharam-se e ela apertou seus dedos em suas palmas.

— O que eu realmente sou para você? Um brinquedo? Realmente sinto que você não me ama. Que esse relacionamento é falso! Você uma vez disse-me que me amava, não importando se eu era realmente a Ladybug. Mas, depois disso… eu não sei… Não sei mais de nada!

 

Eu fiquei surpreso. Ela estava descarregando mesmo tudo aquilo em cima de mim, como eu havia previsto.  Suspirei e fechei meu punho, e, instantaneamente, coloquei a parte de trás da mão sobre meus lábios.  Eu estava envergonhado?

 

— Eu… Eu te amo Adrien! Mas… De uns dias para cá, você tem estado muito diferente! Você…

— Você quer dizer que não estou te dando atenção que merece?

— N- não! Não é isso. Eu tenho te percebido diferente. Preocupado. Você… fala comigo de outra maneira, como se eu fosse alguém que te ameaça de alguma coisa. Eu não sou Adrien! Se tiver alguém nesse mundo que quer sua segurança sou eu! Por favor, me fale o que está acontecendo!

— Marinette… Joguei-me para trás e meu braço subiu aos meus olhos. – Não tem nada de mais acontecendo. Eu... Só estou cansado.

— Cansado… Entendo…

— Olha, Mari, eu não fico te julgando quando você tem que proteger a cidade sabe? Eu às vezes também quero sua atenção, mas você sempre tem de “ir”. Fiz um gesto sugestivo com meus dedos. Eu realmente não me lembro de me sentir chateado quando ela dizia pra mim que tinha de ir, mas, eu precisava realmente levar aquela conversa a sério. Ou tentar. Ela soltou um som de ofensa e se pôs logo a minha frente, visivelmente nervosa. Ok, eu não estava olhando para ela, mas senti sua aura.

— Não acredito que você está falando isso pra mim, Agreste. Soltei um suspiro alto e me ergui, olhando-a. Suas bochechas estavam vermelhas e quase pude ver uma veia saltando em sua testa. Mordi o lábio e puxei seu pulso, fazendo-a cair sobre minhas pernas.

— Desculpe-me. Está tudo bem. Eu juro. Enfiei meu nariz em seus cabelos. Aquele cheiro realmente me acalmava. Eu podia ronronar naquele momento. Como essa pessoa podia fazer meus sentimentos oscilarem dessa forma?

— Você jura mesmo?

— Prometo. Segurei sua mão e ela suspirou, aliviada. – Só estou cansado com meus compromissos.

— Estou aliviada. Ela suspirou novamente e pude jurar que ela havia adormecido.

 

Eu fiquei por vários minutos pensando em como eu me sentia totalmente irritado com Ladybug. Mas ao mesmo tempo pensei em como amava Marinette. Eu sei que se eu revelasse quem eu era, ela iria me repreender da mesma forma. Então, eu só não poderia deixar isso acontecer. Assim estava bom.

 

—-

 

Peguei-me observando o teto do meu quarto. Eu realmente estava ali à alguns minutos. Pensei na minha namorada e em como eu estava a enganando. Sim, eu poderia dizer que estava mentindo a ela. Mas, não seria isso de todo ruim, seria? Eu era mesmo o pior de todos?

Bem, logo afastei aqueles pensamentos. Ouvi alguém entrando pela minha janela. Eu, prontamente identifiquei quem era. Roupa vermelha, cabelos negros. Ladybug se aproximou de minha cama e eu, a essa altura, logicamente fingi estar dormindo. Meu coração estava acelerado. Ela ficou me observando alguns segundos, e senti sua mão em meu rosto. E então, somente o toque frio da solidão. Abri meus olhos e a procurei pelo quarto. Mas não a encontrei.

Passei um tempo pensando no motivo de ela ter ido ali e não ter falado comigo ou me acordado. Bem, logo se tornou-se indiferente para mim. Não me lembro como adormeci.

No outro dia, Marinette faltou à escola. Eu não dei importância ao motivo, admito.

Mas, nos encontramos quando uma Akuma estava esperando para ser meu precioso lanche. Infelizmente, ela já estava lá quando eu cheguei ao local. Era aquela garota novamente, aquela garota zumbi. Mas agora o motivo não era eu, bom, era alguma coisa sobre sua mãe, mas não dei importância à isso. Ladybug tentava dialogar com ela e convencê-la de que aquilo não era o certo. Para mim, só existia um sentimento.

Fome.

Porém, essa garota tinha me causado bastante raiva. Eu pensei se poderia deixar de pegar essa Akuma e gastar meu Cataclism nela. Eu perderia meu lanche, mas, valeria a pena. Sempre me perguntei o efeito do meu Cataclism em pessoas.

 

— Cataclism. Minha voz saiu baixa, e incrivelmente rouca.

 

No momento em que pulei pra cima dela, tudo se passou em câmera lenta em meus olhos. Foi ai que percebi. Ela não era mais a “garota zumbi”. Ela estava diferente, sua akumatização tinha mudado, mas como? Os segundos eram cruciais para mim naquele momento. Imagens rápidas de suas mãos e pulsos com algum aparato metálico e em seu peito uma forma de borboleta. Eu tinha certeza que era a mesma garota de antes. Eu não estaria errado, afinal ela também tinha alguns subordinados hipnotizados.

A voz de Ladybug me gritando, e uma lança azul com uma chama verde escura vindo em minha direção. Só me lembro do impacto em meu corpo e tudo ficando negro. A escuridão em meus olhos e me vi caindo no nada. Bem, parecia com uma água escura, mas tenho certeza que se podia chamar aquilo de "nada".

Era desesperador. Mas eu não tinha forças para mais nada.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu não tenho ideia das proporções que isto está tomando x.x Chat por favor amigo, se recomponha !
Não me assassinem, meus lindos leitores ♥
Preparem seus hearts para o próx !