Será? escrita por Brubs Romualdo


Capítulo 15
Aquele restaurante italiano


Notas iniciais do capítulo

Atrasada, eu sei!
Prometo recompensar...
Boa leitura!



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Na verdade era para ser uma comemoração/despedida apenas de amigas, mas quando me dei conta já parecia um encontro de casais.

— Boa noite Larissa, mesa para 6! – Falei para a atendente quando chegamos ao restaurante.

Larissa é nova no restaurante, mas já sabe que eu e as meninas somos clientes fiéis dele.

— Podem me seguir. – Falou ela.

Let's go people!— Falei sorrindo e pegando a mão de Edu.

Fomos até um canto reservado do restaurante, a mesa era grande e tinha 8 cadeiras, um par em cada lado da mesa quadrada. Raissa e Paulo sentaram de um lado, Clarice e Roberto em outro e eu e Edu no meio.

Não tinha muitas pessoas no estabelecimento, talvez por ser começo de semana. Como o salão é grande as pessoas que estavam lá foram distribuídas umas longe das outras, isso deu um ar de mais privacidade.

— Marcos já vem anotar o pedido de vocês, bom apetite! – Falou Larissa antes de voltar para a recepção.

Alguns minutos depois Marcos apareceu todo sorridente para atender nossa mesa.

— Meninas, acho que vocês erraram o dia! – Disse ele.

— Não Marcos, é que hoje viemos comemorar. – Respondeu Rai sorrindo.

— Talvez a Bee não esteja quinta, aí adiantamos os dias. – Disse Clari.

— Pois é, vou sentir falta da comida daqui. – Falei.

— A senhorita vai viajar? – Perguntou Marcos.

— Vou passar um tempinho na capital. – Respondi.

— Entendi. Bom, vamos lá então... Boa noite meninos! – Falou Marcos sorrindo. – Eu não esqueci de vocês, mas primeiro as damas. Aqui o cardápio, já volto para anotar os pedidos. – Completou Marcos rindo.

Marcos deixou os cardápios na mesa e saiu para a cozinha.

— Tá conhecendo demais esse garçom. – Falou Edu baixinho perto do meu ouvido.

Me afastei e joguei um olhar “cala a boca”, ele riu e começou a prestar atenção na conversa que estava acontecendo na mesa.

Na verdade não era bem uma conversa e sim uma discussão sobre o cardápio e as escolhas nos pratos.

— Eu vou querer um Risoto de Funghi. – Disse Paulo.

— Muito bom ele. – Disse Raí. – Eu acho que vou comer o de sempre, Tortellini de Bolonha. –  Completou ela.

—  Eu estou em dívida entre a lasanha tradicional ou a 4 queijos. – Disse Roberto.

— Tradicional é a melhor. – Falou Clarice.

— Eu quero macarrão à bolonhesa. – Disse Edu.

Ver aquela mesa cheia me deixou feliz. Mesmo não conhecendo o Roberto direito, mas eu sabia que ele estava fazendo bem para minha amiga, mesmo Paulo não sendo tão engraçado e escondendo seus sentimentos por Raí, assim como ela esconde por ele e mesmo que eu e Edu não fôssemos um casal igual os outros eu estava feliz por ter cada um com suas particularidades comigo naquela noite.

— Eu vou querer Gnocchi. – Falei me intrometendo na escolha do que cada um comeria.

— Acho que vou ficar na lasanha também. – Disse Clari olhando para Roberto.

Até que os dois faziam um lindo casal.

Fizemos os pedidos e aguardamos o preparo conversando para nós conhecermos melhor.

— Não acredito que vocês são só amigos! – Disse Roberto apontando para mim e Edu.

— Sim, somos só amigos! – Falei.

— Eu já tinha visto vocês passeando pela faculdade juntos e naquele dia na casa do Edu, sempre achei que eram namorados. – Falou Roberto ainda abismado.

— Só amizade mesmo. Eu amo esse chato, mas como irmão. – Falei abraçando Eduardo.

— Com licença, sei que vocês meninas preferem suco de uva, mas como é uma comemoração o restaurante está presenteando vocês com uma garrafa do nosso melhor vinho. – Disse Marcos, que segurava uma garrafa de vinho na mão.

— Bom, acho que hoje podemos beber né?! – Perguntei olhando para as meninas.

— É, hoje podemos beber... – Falou Raí.

— Sim, podemos! – Afirmou Clari.

Marcos serviu nossas taças e foi buscar nossos pratos. Não demorou muito e já estávamos na sobremesa.

— Muito bom esse restaurante! – Disse Paulo se dirigindo a mesa.

Todos concordamos.

— Gente, prestem atenção lá. – Falou Eduardo apontando para um mini palco instalado num canto do outro lado do salão.

Eduardo se levantou da cadeira e foi atrás de Marcos, os dois conversaram algo que não deu para entender de longe e foi em direção ao palco.

— O que será que e esse doido vai fazer? – Pensei alto.

— Deve ter ido recitar poesia. – Zombou Clari.

— Louco do jeito que é, não duvido. – Falei.

— Vocês compartilham da mesma loucura. – Falou Raí.

Todos nós observávamos Edu parado ao lado do palco sem entender muito bem, até Marcos aparecer com um violão e lhe entregar.

Ele subiu no palco, ajustou o microfone, afinou o violão e começou a tocar alguns acordes.

— Beh, essa é para você! – Falou ele no microfone.

Todos que estavam no restaurante aplaudiram e olharam para nossa mesa.

Edu começou a cantar:

"Quero ver o sol nascer de novo aqui

Pra despertar tudo aquilo que senti

Guardei por nós nesse lugar

Você é um pedaço de mim

Eu quero viver em teus braços pra sempre

Pra sempre"

Cantei junto com ele e senti vontade de chorar. Essa música é linda e é umas das minhas preferidas.

Eduardo terminou a música em meio a aplausos e assobios.

Quando ele estava quase perto da mesa levantei e fui abraçá–lo.

— Obrigada! – Falei chorando e agarrada em seu pescoço.

— Não chore, você sabe que essa é nossa música né?! – Falou ele me abraçando ainda mais forte.

— É... sei! Por sua culpa minha maquiagem já era. – Falei parando de chorar e sorrindo.

— Menos né, você chorou porque quis! – Protestou ele.

Nos largamos e voltamos para nossos lugares.

— Parabéns! Não sabia que você cantava tão bem assim. – Disse Raissa.

— Pois é, parabéns cara! – Falou Paulo.

— Parabéns Edu! – Falou Clarice.

— Mandou bem hein! – Falou Roberto.

— Obrigado galera.

— Já está tarde né, acho que está na hora de ir embora. – Falei.

— Nem me lembre, teremos todos que acordar cedo! – Falou Paulo.

— Sim, ainda tenho um relatório para fazer amanhã cedo. – Disse Raí.

— A conta! – Pediu Edu para Marcos que estava ao longe.

No restaurante até que tem outros garçons, mas como Marcos já sabe nossos gostos preferimos que só ele atenda nossa mesa.

— Aqui senhor. – Falou Marcos entregando a conta na mão de Edu.

— Senhor não, tu é amigo das meninas é meu amigo também. Pode me chamar de Edu! – Falou Edu esticando a mão para Marcos tocar.

— Tudo bem Edu! – Disse Marcos cumprimentando Edu.

— Deixa eu ver essa conta. – Falou Paulo.

— Isso, vamos dividir. – Disse Roberto.

— De jeito nenhum. Pode deixar que eu pago o jantar de hoje. – Falou Edu.

— Edu, não precisa. Vamos dividir! – Falei.

— Não Beh, eu vou pagar. – Falou ele decidido.

— Ok! – Falei.

Saímos do restaurante já ia dar 00:30.

Roberto iria levar Clarice para casa e Paulo levaria Raissa. Como Eduardo veio no meu carro eu tive que levar ele para casa.

Estacionei em frente a casa dele 15 minutos após sair do restaurante.

— Edu, pode dormir lá em casa? – Perguntei.

— Está com medo de dormir sozinha? –Respondeu ele com outra pergunta.

— Não idiota! As meninas vão estar lá, mas preciso que alguém me leve na editora e depois leve meu carro de volta para casa, vou de motorista particular para a Capital e as meninas não vão poder. – Falei.

— Ah sim, sendo assim... vou ir pegar uma roupa. – Falou ele.

— Ok, te espero aqui. – Falei.

***


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Notas finais do capítulo

Quem sabe role um capítulo amanhã...talvez, uma suposição...
Até mais, beijos!



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