Será? escrita por Brubs Romualdo
Notas iniciais do capítulo
Atrasada, eu sei!
Prometo recompensar...
Boa leitura!
Na verdade era para ser uma comemoração/despedida apenas de amigas, mas quando me dei conta já parecia um encontro de casais.
— Boa noite Larissa, mesa para 6! – Falei para a atendente quando chegamos ao restaurante.
Larissa é nova no restaurante, mas já sabe que eu e as meninas somos clientes fiéis dele.
— Podem me seguir. – Falou ela.
— Let's go people!— Falei sorrindo e pegando a mão de Edu.
Fomos até um canto reservado do restaurante, a mesa era grande e tinha 8 cadeiras, um par em cada lado da mesa quadrada. Raissa e Paulo sentaram de um lado, Clarice e Roberto em outro e eu e Edu no meio.
Não tinha muitas pessoas no estabelecimento, talvez por ser começo de semana. Como o salão é grande as pessoas que estavam lá foram distribuídas umas longe das outras, isso deu um ar de mais privacidade.
— Marcos já vem anotar o pedido de vocês, bom apetite! – Falou Larissa antes de voltar para a recepção.
Alguns minutos depois Marcos apareceu todo sorridente para atender nossa mesa.
— Meninas, acho que vocês erraram o dia! – Disse ele.
— Não Marcos, é que hoje viemos comemorar. – Respondeu Rai sorrindo.
— Talvez a Bee não esteja quinta, aí adiantamos os dias. – Disse Clari.
— Pois é, vou sentir falta da comida daqui. – Falei.
— A senhorita vai viajar? – Perguntou Marcos.
— Vou passar um tempinho na capital. – Respondi.
— Entendi. Bom, vamos lá então... Boa noite meninos! – Falou Marcos sorrindo. – Eu não esqueci de vocês, mas primeiro as damas. Aqui o cardápio, já volto para anotar os pedidos. – Completou Marcos rindo.
Marcos deixou os cardápios na mesa e saiu para a cozinha.
— Tá conhecendo demais esse garçom. – Falou Edu baixinho perto do meu ouvido.
Me afastei e joguei um olhar “cala a boca”, ele riu e começou a prestar atenção na conversa que estava acontecendo na mesa.
Na verdade não era bem uma conversa e sim uma discussão sobre o cardápio e as escolhas nos pratos.
— Eu vou querer um Risoto de Funghi. – Disse Paulo.
— Muito bom ele. – Disse Raí. – Eu acho que vou comer o de sempre, Tortellini de Bolonha. – Completou ela.
— Eu estou em dívida entre a lasanha tradicional ou a 4 queijos. – Disse Roberto.
— Tradicional é a melhor. – Falou Clarice.
— Eu quero macarrão à bolonhesa. – Disse Edu.
Ver aquela mesa cheia me deixou feliz. Mesmo não conhecendo o Roberto direito, mas eu sabia que ele estava fazendo bem para minha amiga, mesmo Paulo não sendo tão engraçado e escondendo seus sentimentos por Raí, assim como ela esconde por ele e mesmo que eu e Edu não fôssemos um casal igual os outros eu estava feliz por ter cada um com suas particularidades comigo naquela noite.
— Eu vou querer Gnocchi. – Falei me intrometendo na escolha do que cada um comeria.
— Acho que vou ficar na lasanha também. – Disse Clari olhando para Roberto.
Até que os dois faziam um lindo casal.
Fizemos os pedidos e aguardamos o preparo conversando para nós conhecermos melhor.
— Não acredito que vocês são só amigos! – Disse Roberto apontando para mim e Edu.
— Sim, somos só amigos! – Falei.
— Eu já tinha visto vocês passeando pela faculdade juntos e naquele dia na casa do Edu, sempre achei que eram namorados. – Falou Roberto ainda abismado.
— Só amizade mesmo. Eu amo esse chato, mas como irmão. – Falei abraçando Eduardo.
— Com licença, sei que vocês meninas preferem suco de uva, mas como é uma comemoração o restaurante está presenteando vocês com uma garrafa do nosso melhor vinho. – Disse Marcos, que segurava uma garrafa de vinho na mão.
— Bom, acho que hoje podemos beber né?! – Perguntei olhando para as meninas.
— É, hoje podemos beber... – Falou Raí.
— Sim, podemos! – Afirmou Clari.
Marcos serviu nossas taças e foi buscar nossos pratos. Não demorou muito e já estávamos na sobremesa.
— Muito bom esse restaurante! – Disse Paulo se dirigindo a mesa.
Todos concordamos.
— Gente, prestem atenção lá. – Falou Eduardo apontando para um mini palco instalado num canto do outro lado do salão.
Eduardo se levantou da cadeira e foi atrás de Marcos, os dois conversaram algo que não deu para entender de longe e foi em direção ao palco.
— O que será que e esse doido vai fazer? – Pensei alto.
— Deve ter ido recitar poesia. – Zombou Clari.
— Louco do jeito que é, não duvido. – Falei.
— Vocês compartilham da mesma loucura. – Falou Raí.
Todos nós observávamos Edu parado ao lado do palco sem entender muito bem, até Marcos aparecer com um violão e lhe entregar.
Ele subiu no palco, ajustou o microfone, afinou o violão e começou a tocar alguns acordes.
— Beh, essa é para você! – Falou ele no microfone.
Todos que estavam no restaurante aplaudiram e olharam para nossa mesa.
Edu começou a cantar:
"Quero ver o sol nascer de novo aqui
Pra despertar tudo aquilo que senti
Guardei por nós nesse lugar
Você é um pedaço de mim
Eu quero viver em teus braços pra sempre
Pra sempre"
Cantei junto com ele e senti vontade de chorar. Essa música é linda e é umas das minhas preferidas.
Eduardo terminou a música em meio a aplausos e assobios.
Quando ele estava quase perto da mesa levantei e fui abraçá–lo.
— Obrigada! – Falei chorando e agarrada em seu pescoço.
— Não chore, você sabe que essa é nossa música né?! – Falou ele me abraçando ainda mais forte.
— É... sei! Por sua culpa minha maquiagem já era. – Falei parando de chorar e sorrindo.
— Menos né, você chorou porque quis! – Protestou ele.
Nos largamos e voltamos para nossos lugares.
— Parabéns! Não sabia que você cantava tão bem assim. – Disse Raissa.
— Pois é, parabéns cara! – Falou Paulo.
— Parabéns Edu! – Falou Clarice.
— Mandou bem hein! – Falou Roberto.
— Obrigado galera.
— Já está tarde né, acho que está na hora de ir embora. – Falei.
— Nem me lembre, teremos todos que acordar cedo! – Falou Paulo.
— Sim, ainda tenho um relatório para fazer amanhã cedo. – Disse Raí.
— A conta! – Pediu Edu para Marcos que estava ao longe.
No restaurante até que tem outros garçons, mas como Marcos já sabe nossos gostos preferimos que só ele atenda nossa mesa.
— Aqui senhor. – Falou Marcos entregando a conta na mão de Edu.
— Senhor não, tu é amigo das meninas é meu amigo também. Pode me chamar de Edu! – Falou Edu esticando a mão para Marcos tocar.
— Tudo bem Edu! – Disse Marcos cumprimentando Edu.
— Deixa eu ver essa conta. – Falou Paulo.
— Isso, vamos dividir. – Disse Roberto.
— De jeito nenhum. Pode deixar que eu pago o jantar de hoje. – Falou Edu.
— Edu, não precisa. Vamos dividir! – Falei.
— Não Beh, eu vou pagar. – Falou ele decidido.
— Ok! – Falei.
Saímos do restaurante já ia dar 00:30.
Roberto iria levar Clarice para casa e Paulo levaria Raissa. Como Eduardo veio no meu carro eu tive que levar ele para casa.
Estacionei em frente a casa dele 15 minutos após sair do restaurante.
— Edu, pode dormir lá em casa? – Perguntei.
— Está com medo de dormir sozinha? –Respondeu ele com outra pergunta.
— Não idiota! As meninas vão estar lá, mas preciso que alguém me leve na editora e depois leve meu carro de volta para casa, vou de motorista particular para a Capital e as meninas não vão poder. – Falei.
— Ah sim, sendo assim... vou ir pegar uma roupa. – Falou ele.
— Ok, te espero aqui. – Falei.
***
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Quem sabe role um capítulo amanhã...talvez, uma suposição...
Até mais, beijos!