Será? escrita por Brubs Romualdo


Capítulo 14
Viva a amizade


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais chegou...

Boa leitura!!



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Eu estava saindo do banho por volta dás 16:00 horas quando Clarice chegou. Eduardo já tinha ido embora a uns 30 minutos atrás e eu fique apenas com meus pensamentos até aquele momento.

— Você não deveria estar no trabalho? – Perguntou Clari encostada na porta do quarto.

— Deveria... mas Kelvin me deu o dia de folga para fazer algumas coisas. Aliás, tenho novidades! – Falei sorrindo.

— Adoro novidade, conta logo! – Falou ela.

— Não, vamos esperar a Raí chegar. – Falei.

— Aff, que vadia. Então vou tomar um banho. – Falou ela indo para o seu quarto.

Raissa chegaria às 16:30 então peguei meu notebook e fui para a cama.

Abri minha conta de e–mail e vi que Kelvin havia mandado as informações, abri os arquivos e comecei a ler os relatórios.

“ Sequestrador seduz meninas menores de idade e vulneráveis para armadilha no centro histórico na cidade de Santos. De início mostram ser pessoas normais apenas querendo um relacionamento, dar atenção e carinho, mas depois leva as meninas para um galpão (já descoberto, porém quando a polícia entrou estava vazio), escolhe as que irão ser “promovidas” e as levam para São Paulo.

Quando alguma menina não quer fazer o que é submetida, apanha e recebe ameaças contra seus familiares...”

Rolei mais um pouco o mouse e vi imagens de algumas meninas antes de serem sequestradas.

Entre todas existia uma que chamava atenção, aparentava ter no máximo 17 anos, era morena, alta, magra, cabelo liso e na foto feliz. Abaixo da foto tinha a seguinte legenda:

“Está é Jasmine Fernandes, 17 anos, desaparecida dia 02/01/2016.

Os pais afirmam que a menina estava tendo um caso com um homem de outra cidade e que no dia do desaparecimento disse que sairia com algumas amigas. As amigas  deporam,  mas as mesmas afirmam que Jasmine não saiu com elas e sim com o tal namorado...”

Fiquei um pouco chocada lendo essas coisas. Fechei o notebook e liguei para Kelvin que atendeu no segundo toque.

— Recebi seu e-mail. – Falei sendo direta.

— Alguma dúvida? – Perguntou ele.

— Sim! Kelvin, essa investigação não é perigosa né?! – Perguntei.

— Tudo tem seu risco Betina, mas sei que você fará um ótimo trabalho e também terá todo o apoio da polícia. Se for preciso coloco um segurança na porta do teu quarto. – Respondeu ele.

— Não precisa de muito. – Falei. – Por que essa Jasmine é a única que tem informações? – Perguntei.

— Ela é a única que tem todas as informações corretas, tudo que falaram sobre ela está batendo. A família está desesperada atrás dela e as amigas se sentindo culpada, acho que são os que têm mais interesse de achar uma desaparecida. As outras famílias acreditam que as filhas já estão mortas ou fora do país. – Respondeu ele.

Ah, entendi. – Falei pensativa.

Me negava a acreditar que uma família poderia desistir de colaborar na investigação por achar que a filha já estava morta.

— Vou te esperar amanhã às 10:00 horas. Pede para alguém te trazer porque você não vai poder usar seu carro lá, um motorista particular te levará até o hotel. – Falou Kelvin.

— Ok. Até amanhã! – Falei.

— Até! – Ele respondeu.

Desliguei o telefone e fui atrás de alguma coisa para comer na cozinha.

Faltavam alguns minutos para Rai chegar, então arrumei a mesa e coloquei água para fazer o café e aguardei Clarice aparecer na cozinha.

— Ela chegou! – Disse Clarice pulando de alegria. – Rai, vem aqui antes de ir tomar banho! – Gritou ela.

— O que foi menina? – Perguntou Raissa entrando na cozinha.

— Betina tem algo para nos contar, quero saber logo! – Falou Clarice.

— Deixa ela tomar banho que conto quando estivermos tomando café. – Falei.

— Melhor, preciso de um banho. 5 minutos e já volto. – Falou Raissa indo para seu quarto.

— Que caralho, tu fica enrolando! – Disse Clari nervosa.

Terminei de fazer o café e Raissa voltou.

— Pronto, pode contar que estou curiosa! – Falou ela se sentando na cadeira ao meu lado.

— É, fala logo que vocês já me fizeram esperar demais! – Disse Clari.

— Se acalmem! Nem sei se a notícia é boa, mas eu aceitei. – Falei sorrindo.

— Vá direto ao ponto. – Falou Clarice.

— Eu entrei para a equipe de investigação e terei que passar um tempo em São Paulo. – Falei.

— Caralho! Que demais Betina, parabéns! – Exclamou Raissa. – Quando você vai? – Perguntou.

— Parabéns!! – Falou Clari.

— Amanhã... – Falei um pouco triste.

— AMANHÃ? – Gritou Clari.

— Sim, amanhã! – Falei.

— Muito rápido. E a facul Bee? – Perguntou Raissa.

— Vou tentar voltar o mais rápido possível e o Eduardo vai me ajudar. – Falei.

— Ainda não entendi muito bem, mas é algo para se comemorar né?! – Falou Clari.

— Acho que sim! – Disse Rai.

— Vou sentir saudades disso. – Falei olhando para elas. – Vamos no nosso restaurante de quinta comemorar? É possível que quinta eu ainda não tenha voltado. – Completei.

— Siiiim, ótimo! Depois da aula vamos em nosso restaurante. – Falou Raí.

Tomamos café e enquanto isso contei como tudo aconteceu, contei que fui parar na casa de Eduardo e que ele me convenceu a ir, pois eu ainda estava em cima do muro.

— Você é louca menina, se tivesse dito não eu daria um tapa na tua cara! – Falou Raí depois que contei sobre Edu.

Fomos para a sala assistir um filme, tínhamos 01:30 antes da aula.

Clarice escolheu o filme '10 coisas que odeio em você' e eu pulei de alegria por dentro. Amo esse filme!

— Obrigada pela escolha! – Falei.

— Só porque você vai viajar e como sei que tu gosta... – Falou ela mostrando a língua.

— Sou apaixonada por esse filme adolescente. – Falei rindo. – Vou casar com o cara que cantar “I love you baby, and if it's quite all right, I need you, baby, to warm the lonely night.”! – Completei tentando arriscar a letra da música.

— Eu sei, tu sempre fala isso. Sou até capaz de acreditar que você fará isso! – Falou Clari.

Joguei a almofada nela e mostrei a língua.

— Meninas, eu ando tendo uns sonhos muito esquisito. – Falei quando o filme entrou no comercial.

— Esquisito como? – Perguntou Raissa.

— Teve aquela vez que eu sonhei com o casamento, meu primo e a traição da Olivia, agora eu só escuto a voz daquele tal Daniel que apareceu no sonho do casamento. Ele fala coisas nada a ver. Hoje cedo eu dormi enquanto esperava o Edu e a voz apareceu em meu sonho. – Falei.

— Nossa. – Falou Clari.

— Foi assustador. – Admiti.

— Deve ser coisa da sua cabeça, Bee. – Falou Raí.

— Eu espero! – Falei. – De qualquer forma eu não estou gostando disso. – Completei.

— Não deve ser nada demais mesmo. – Disse Clari.

***

Estava perto do meu carro no estacionamento da faculdade esperando Raissa e Clarice. Meus pensamentos estavam me levando a outro lugar.

— PUTA QUE PARIU! – Gritei assustada.

Eduardo passou o braço por minha cintura me fazendo pular.

— Que palavreado é esse moça? – Perguntou Eduardo rindo.

— Cara, não se faz isso com alguém que está sozinha no escuro. – Falei me virando para ele.

— Para né?! Nem foi pra tanto. – Falou ele ainda rindo.

Recuperando os batimentos cardíacos dei um abraço nele.

— Eu sei que você me ama! – Falou ele convencido.

— Você se acha, né garoto?! – Falei.

— Não me perdi para me achar. – Falou ele.

— Aff, sai daqui. – Falei empurrando Edu.

— Oi meninas! – Falou ele acenando para Rai e Clari que estavam atrás de mim.

— Oi Edu! Vai com a gente? – Perguntou Raissa.

— Ele não vai não. – Falei antes dele responder.

— Vocês vão para casa? – Perguntou ele.

— Não, vamos jantar no nosso restaurante preferido. – Respondeu Clari bloqueando a tela do celular e se virando para nós.

— Ah, então eu vou. – Falou ele.

— Nem te chamei! – Falei.

— Mas elas me chamaram. – Falou ele se referindo a Clari e Raí.

— Vou chamar o Paulo. – Falou Raí.

— E eu o Roberto. – Falou Clari.

— Ok! – Falei mostrando a língua para elas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanhar!

Até quinta, beijinhos!!



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