Será? escrita por Brubs Romualdo
Notas iniciais do capítulo
Demorou mais chegou...
Boa leitura!!
Eu estava saindo do banho por volta dás 16:00 horas quando Clarice chegou. Eduardo já tinha ido embora a uns 30 minutos atrás e eu fique apenas com meus pensamentos até aquele momento.
— Você não deveria estar no trabalho? – Perguntou Clari encostada na porta do quarto.
— Deveria... mas Kelvin me deu o dia de folga para fazer algumas coisas. Aliás, tenho novidades! – Falei sorrindo.
— Adoro novidade, conta logo! – Falou ela.
— Não, vamos esperar a Raí chegar. – Falei.
— Aff, que vadia. Então vou tomar um banho. – Falou ela indo para o seu quarto.
Raissa chegaria às 16:30 então peguei meu notebook e fui para a cama.
Abri minha conta de e–mail e vi que Kelvin havia mandado as informações, abri os arquivos e comecei a ler os relatórios.
“ Sequestrador seduz meninas menores de idade e vulneráveis para armadilha no centro histórico na cidade de Santos. De início mostram ser pessoas normais apenas querendo um relacionamento, dar atenção e carinho, mas depois leva as meninas para um galpão (já descoberto, porém quando a polícia entrou estava vazio), escolhe as que irão ser “promovidas” e as levam para São Paulo.
Quando alguma menina não quer fazer o que é submetida, apanha e recebe ameaças contra seus familiares...”
Rolei mais um pouco o mouse e vi imagens de algumas meninas antes de serem sequestradas.
Entre todas existia uma que chamava atenção, aparentava ter no máximo 17 anos, era morena, alta, magra, cabelo liso e na foto feliz. Abaixo da foto tinha a seguinte legenda:
“Está é Jasmine Fernandes, 17 anos, desaparecida dia 02/01/2016.
Os pais afirmam que a menina estava tendo um caso com um homem de outra cidade e que no dia do desaparecimento disse que sairia com algumas amigas. As amigas deporam, mas as mesmas afirmam que Jasmine não saiu com elas e sim com o tal namorado...”
Fiquei um pouco chocada lendo essas coisas. Fechei o notebook e liguei para Kelvin que atendeu no segundo toque.
— Recebi seu e-mail. – Falei sendo direta.
— Alguma dúvida? – Perguntou ele.
— Sim! Kelvin, essa investigação não é perigosa né?! – Perguntei.
— Tudo tem seu risco Betina, mas sei que você fará um ótimo trabalho e também terá todo o apoio da polícia. Se for preciso coloco um segurança na porta do teu quarto. – Respondeu ele.
— Não precisa de muito. – Falei. – Por que essa Jasmine é a única que tem informações? – Perguntei.
— Ela é a única que tem todas as informações corretas, tudo que falaram sobre ela está batendo. A família está desesperada atrás dela e as amigas se sentindo culpada, acho que são os que têm mais interesse de achar uma desaparecida. As outras famílias acreditam que as filhas já estão mortas ou fora do país. – Respondeu ele.
Ah, entendi. – Falei pensativa.
Me negava a acreditar que uma família poderia desistir de colaborar na investigação por achar que a filha já estava morta.
— Vou te esperar amanhã às 10:00 horas. Pede para alguém te trazer porque você não vai poder usar seu carro lá, um motorista particular te levará até o hotel. – Falou Kelvin.
— Ok. Até amanhã! – Falei.
— Até! – Ele respondeu.
Desliguei o telefone e fui atrás de alguma coisa para comer na cozinha.
Faltavam alguns minutos para Rai chegar, então arrumei a mesa e coloquei água para fazer o café e aguardei Clarice aparecer na cozinha.
— Ela chegou! – Disse Clarice pulando de alegria. – Rai, vem aqui antes de ir tomar banho! – Gritou ela.
— O que foi menina? – Perguntou Raissa entrando na cozinha.
— Betina tem algo para nos contar, quero saber logo! – Falou Clarice.
— Deixa ela tomar banho que conto quando estivermos tomando café. – Falei.
— Melhor, preciso de um banho. 5 minutos e já volto. – Falou Raissa indo para seu quarto.
— Que caralho, tu fica enrolando! – Disse Clari nervosa.
Terminei de fazer o café e Raissa voltou.
— Pronto, pode contar que estou curiosa! – Falou ela se sentando na cadeira ao meu lado.
— É, fala logo que vocês já me fizeram esperar demais! – Disse Clari.
— Se acalmem! Nem sei se a notícia é boa, mas eu aceitei. – Falei sorrindo.
— Vá direto ao ponto. – Falou Clarice.
— Eu entrei para a equipe de investigação e terei que passar um tempo em São Paulo. – Falei.
— Caralho! Que demais Betina, parabéns! – Exclamou Raissa. – Quando você vai? – Perguntou.
— Parabéns!! – Falou Clari.
— Amanhã... – Falei um pouco triste.
— AMANHÃ? – Gritou Clari.
— Sim, amanhã! – Falei.
— Muito rápido. E a facul Bee? – Perguntou Raissa.
— Vou tentar voltar o mais rápido possível e o Eduardo vai me ajudar. – Falei.
— Ainda não entendi muito bem, mas é algo para se comemorar né?! – Falou Clari.
— Acho que sim! – Disse Rai.
— Vou sentir saudades disso. – Falei olhando para elas. – Vamos no nosso restaurante de quinta comemorar? É possível que quinta eu ainda não tenha voltado. – Completei.
— Siiiim, ótimo! Depois da aula vamos em nosso restaurante. – Falou Raí.
Tomamos café e enquanto isso contei como tudo aconteceu, contei que fui parar na casa de Eduardo e que ele me convenceu a ir, pois eu ainda estava em cima do muro.
— Você é louca menina, se tivesse dito não eu daria um tapa na tua cara! – Falou Raí depois que contei sobre Edu.
Fomos para a sala assistir um filme, tínhamos 01:30 antes da aula.
Clarice escolheu o filme '10 coisas que odeio em você' e eu pulei de alegria por dentro. Amo esse filme!
— Obrigada pela escolha! – Falei.
— Só porque você vai viajar e como sei que tu gosta... – Falou ela mostrando a língua.
— Sou apaixonada por esse filme adolescente. – Falei rindo. – Vou casar com o cara que cantar “I love you baby, and if it's quite all right, I need you, baby, to warm the lonely night.”! – Completei tentando arriscar a letra da música.
— Eu sei, tu sempre fala isso. Sou até capaz de acreditar que você fará isso! – Falou Clari.
Joguei a almofada nela e mostrei a língua.
— Meninas, eu ando tendo uns sonhos muito esquisito. – Falei quando o filme entrou no comercial.
— Esquisito como? – Perguntou Raissa.
— Teve aquela vez que eu sonhei com o casamento, meu primo e a traição da Olivia, agora eu só escuto a voz daquele tal Daniel que apareceu no sonho do casamento. Ele fala coisas nada a ver. Hoje cedo eu dormi enquanto esperava o Edu e a voz apareceu em meu sonho. – Falei.
— Nossa. – Falou Clari.
— Foi assustador. – Admiti.
— Deve ser coisa da sua cabeça, Bee. – Falou Raí.
— Eu espero! – Falei. – De qualquer forma eu não estou gostando disso. – Completei.
— Não deve ser nada demais mesmo. – Disse Clari.
***
Estava perto do meu carro no estacionamento da faculdade esperando Raissa e Clarice. Meus pensamentos estavam me levando a outro lugar.
— PUTA QUE PARIU! – Gritei assustada.
Eduardo passou o braço por minha cintura me fazendo pular.
— Que palavreado é esse moça? – Perguntou Eduardo rindo.
— Cara, não se faz isso com alguém que está sozinha no escuro. – Falei me virando para ele.
— Para né?! Nem foi pra tanto. – Falou ele ainda rindo.
Recuperando os batimentos cardíacos dei um abraço nele.
— Eu sei que você me ama! – Falou ele convencido.
— Você se acha, né garoto?! – Falei.
— Não me perdi para me achar. – Falou ele.
— Aff, sai daqui. – Falei empurrando Edu.
— Oi meninas! – Falou ele acenando para Rai e Clari que estavam atrás de mim.
— Oi Edu! Vai com a gente? – Perguntou Raissa.
— Ele não vai não. – Falei antes dele responder.
— Vocês vão para casa? – Perguntou ele.
— Não, vamos jantar no nosso restaurante preferido. – Respondeu Clari bloqueando a tela do celular e se virando para nós.
— Ah, então eu vou. – Falou ele.
— Nem te chamei! – Falei.
— Mas elas me chamaram. – Falou ele se referindo a Clari e Raí.
— Vou chamar o Paulo. – Falou Raí.
— E eu o Roberto. – Falou Clari.
— Ok! – Falei mostrando a língua para elas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por acompanhar!
Até quinta, beijinhos!!