Weasleys Shots escrita por Tyke


Capítulo 10
Verão incolor - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Continuando o momento em que Al, Rose e Scorp finalmente passaram as férias juntos.
A inspiração dessa história veio de um conto do titio Stephen King que li alguns anos atrás. Espero que gostem.



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Os ponteiros do relógio marcavam dez horas e meia da manhã. Albus estava sentado no sofá ao lado da irmã assistindo televisão. O garoto olhou para os desenhos coloridos e estranhos na tela de plasma e observou a personagem toda cor de rosa interagindo com um cachorro amarelo, não sabia mais o que estava acontecendo no desenho, a muito tempo havia dispersado pensando que talvez o pai de Scorp mudou de ideia.

Alguém bateu na porta e Ginny correu para atender e Albus foi atrás da mãe esperançoso. Quando a porta foi aberta o menino abriu um sorriso de orelha a orelha, Scorp estava bem ali acompanhado por sua mãe. Albus correu para dizer "oi" ao amigo e o convidar para entrar.

— Vem, entra - Al foi puxando Scorp para dentro da casa.

— Tchau, mãe. - O garoto teve tempo apenas de dizer isso e ouvir as duas mulheres conversarem: "Você gostaria de entrar?" "Ah! não obrigada, eu preciso...". Quando se deu conta estava no que parecia ser a sala da casa, Scorp observava tudo admirado. Sua mãe lhe ensinou que não deveria reparar descaradamente a casa das pessoas, mas era inevitável naquele momento. A casa dos Potters parecia ser o completo oposto da sua.

— Oi!- Lily sorriu para Scorp, ela estava sentada no sofá. O garoto notou o quadro retangular próximo à parede do cômodo, nele exibia-se algo similar a desenhos feitos por uma criança que se movimentavam, mas não como um desenho enfeitiçado que se repetia em eternos loop. Aquilo era a televisão ele deduziu.

— Esse é o nosso desenho favorito. É muito legal!- A menina disse a Scorp percebendo que ele encarava a tv.

— Vem, vamos deixar suas coisas no meu quarto. Depois nós podemos assistir alguma coisa na televisão. - Albus ansioso puxou o amigo em direção as escadas.

O quarto de Albus não era nada perto do que Scorpius esperava. O cômodo era pequeno em comparação com o seu quarto, havia uma cama encostada na parede, um armário de madeira no canto e uma mesa no outro. Sobre a mesa haviam livros, uma coisa retangular preta, uma pena, alguns rolos de pergaminhos e varias coisas que Scorp não fazia a menor ideia do que eram.

— Meus tios vão trazer a Rose à noite. - Albus disse sentando-se na cama. - Pode colocar suas coisas ali. - Apontou para um canto próximo ao guarda-roupa. Albus enrugou a testa - Você esta muito quieto, tudo bem?

— Sim. - Scorp olhou para ele com uma cara esquisita e então começou a rir, deixando o outro confuso. - Isso tudo é tão diferente... É incrível! - Então o outro riu junto com o amigo.

— Olha! - Al se levantou em um pulo e foi em direção a mesa no canto do quarto, puxou a cadeira e se sentou. Ele abriu o objeto retangular preto como se fosse uma concha e pressionou o dedo em algum lugar específico dele. A parte na vertical se acendeu e Scorp percebeu que parecia com a televisão no andar de baixo. - Isso é meu notebook, dá para usar internet nele...

Scorp se aproximou ficando ao lado do amigo que tentava explicar o máximo possível sobre como o objeto funcionava e o que podiam fazer com ele. Albus parecia um verdadeiro professor dando uma palestra, ele mostrou tudo que pôde lembrar que o objeto fazia e no fim deixou Scorp se sentar na cadeira e mexer no notebook, mas o garoto estava perdido com tanta informação e não sabia direito o quê fazer.

—  A gente pode ver uns vídeos engraçados. - Albus sugeriu. - Tenta trazer a seta aqui. - Apontou para a imagem de um circulo na tela. Scorpius tentou. - Agora você...

— Hey! - James estava parado na porta do quarto. - Mamãe mandou avisar que o almoço está pronto. O que vocês estão fazendo?

— Estou mostrando pro Scorpius como funciona a internet. - Al apontou o notebook ligado sobre a mesa. James sorriu maliciosamente para eles.

— Mostrando a internet? Realmente tem coisas maravilhosas nela que Scorpius vai adorar. - Ele mantinha o sorriso maldoso no rosto. "Juízo em" sussurrou para o irmão antes de se retirar.

— O que ele quis dizer? - Scorp perguntou confuso.

— Esquece, James é um otário. Vamos descer depois continuamos.  - Al apertou alguns botões no teclado e a tela ficou escura.

Scorp sentou-se à mesa com a família Potter. O pai de Al não estava presente, apenas a mãe e os dois irmãos do amigo. A comida era um pouco diferente do que o menino estava acostumado comer em casa, mas era muito boa. Após o almoço ao invés de subirem para o quarto, o amigo mudou de ideia e decidiu mostrar alguma coisa na televisão a Scorp.

Filmes! Aquilo eram os famosos filmes que Lucy tanto admirava e vivia comentando. Scorpius achou interessante ver como pareciam reais como uma lembrança, mas não eram! Albus dava sua palestra novamente, explicando como um filme era feito.  No fim Scorp gostou daquilo, mas não achou algo tão divertido assim como Lucy dizia ser. Então os amigos decidiram fazer algo mais normal e foram jogar quadribol no quintal, brincavam apenas de rebater balaço e não voavam tão alto.

— Tem uma clareira no meio da floresta, as crianças daqui usam de campo de quadribol. Amanhã podemos ir lá - Disse Al e o balaço quase o atingiu

 - Pode ser. - Concordou Scorp. Mesmo com a falta de espaço no quintal da casa eles se divertiam e mal viram as horas passarem.

— Meninos! Chá da tarde. - Ginny gritou na porta da varanda. Eles pousaram as vassouras e com muito custo conseguiram segurar o balaço para guarda-lo.

Conforme as horas passavam Scorp ficava cada vez mais ansioso para a chegada de Rose. Estava no quarto de Al e eles conversavam sobre qual a espécie de dragão era mais perigosa, quando finalmente anoiteceu e bateram na porta da casa. O menino sentiu o coração pular. Ouvir a voz da menina no andar de baixo o fazia muito feliz.

Os amigos desceram as escadas juntos e para o alivio de Scorp o adulto quem acompanhava a amiga não era o pai assustador. A mãe de Rose parecia ser muito simpática, o menino não havia reparado muito na mulher aquele dia na estação. Como não havia sinal da presença do pai da menina, Scorp teve coragem de abraça-la daquela vez.

~~~

O dia seguinte amanheceu púrpura. Os primeiros raios de sol iluminaram a pequena vila  Godric's Hollow acordando as famílias. Como combinado logo após o almoço Albus, Scorpius e Rose começaram juntar os equipamentos de quadribol para irem jogar na clareira no meio da floresta.

— Levem a Lily. - Disse a Sra.Potter ao filho, percebendo que a menina iria ficar sozinha. James tinha saído bem cedo e avisado que só voltaria à noite, Harry trabalhava e a mulher estava ocupada com seus artigos de quadribol.  Um pouco hesitante Albus concordou.

Os quatro atravessaram a vila carregando as vassouras e as bolas. "Provavelmente já terá pessoas jogando na clareira." Albus avisou aos outros, em seguida acrescentou que os outros sempre deixaram eles jogar também portanto não haveria problemas. Eles entraram na floresta, Al e Lily guiavam o caminho, Scorp reparou que as árvores eram tão altas que mal permitia os feixes de luz adentrarem o local. Passaram por uma ponte de madeira sobre um pequeno córrego e finalmente chegaram à clareira.

Como Albus avisou já aviam alguns garotos no local. Três garotos e um deles, Sean Boterfild, Scorp reconheceu da escola. Assim como o garoto Potter tinha previsto eles não fizeram objeções em deixa-los usar o local, na verdade ficaram muito felizes de ter mais pessoas para realizarem um jogo mais emocionante. Haviam seis arcos feitos de madeira divididos entre as duas extremidades da clareira, Sean e Scorp seriam os goleiros. Os dois primos e os outros dois garotos seriam artilheiros. Jogariam três contra três, combinaram em não utilizar balaços e nem o pomo de ouro por falta de jogadores. O time vencedor seria o primeiro a fazer vinte gols.

Lilian ficou de fora do jogo, mais por estar sobrando do que por opção própria. A menina sentou encostada em uma árvore emburrada, ela não era muito boa no quadribol, mas também gostava de jogar. Ela arrancou algumas folhas de gramas e começou pica-las, cantarolando suas musicas preferidas e aos poucos a magoa dos outros por simplesmente a terem ignorado foi passando. Algo branco reluziu em seu campo de visão direito, Lily olhou atentamente na direção do brilho tentando identificar o que era. Quatro patas com certeza! Aquilo era uma crista? Um fussinho... Parecia um pônei branco. Ela se levantou e começou a aproximar da criatura que estava comento um passarinho. Pôneis não comem passarinhos! A menina olhou mais atentamente e notou uma pequena protuberância na cabeça do animal. Um unicórnio! Os olhos dela brilharam.

Pelo tamanho da criatura mágica, Lily julgou ser um filhote, provavelmente perdido. Pobrezinho! A menina correu para o centro da clareira gritando o nome do irmão. O jogo foi interrompido, todos pousaram as vassouras e a garotinha ruiva começou dizer que tinha visto um filhote de unicórnio.

— Não tem nada ali, Lily. - Rose suspirou olhando para o local onde a menina apontava.

— Mas... - Ela correu em direção ao local e foi seguida pelos demais, um dos garotos estava muito irritado por a garota ter interrompido o jogo bem no momento que ele acreditava que faria um gol.

— Não tem nada aqui. - Albus olhou ao redor.

— Olha o passarinho. - Lily apontou a pequena ave estraçalhada no chão. - O unicórnio estava comendo, ele deve ter se assustado quando eu gritei e fugiu. Deve estar perdido, pobrezinho!

— Você é doida? Não tem unicórnios vagando por Godric's Hollow, o Ministério nunca permitiria. - Sean falou com desdém olhando a garota por cima.

— Mas ele era filhote, pode estar perdido. - Lily estava começando a se irritar.

— Você esta vendo coisas, menina. - O garoto lançou um sorriso de chacota para ela.

— O passarinho... - Ela gritou.

— Existem vários animais nessa floresta que comem pássaros. - Sean a interrompeu, em seguida deu as costa para ela e começou a caminhar em direção ao centro da clareira. - Vamos continuar o jogo, paramos em dez a sete.

Os outro dois garotos seguiram Sean então Lily olhou para Rose, Albus e até mesmo Scorpius esperando que eles acreditassem nela. O irmão estava pensativo, a prima parecia curiosa e ao mesmo tempo incrédula que fosse verdade e Scorpius observava atentamente o pássaro.

— Acho que isso são pegadas. - Disse Albus se aproximando de uma poça de lama marcada por buracos.

— Acha que pode ser de um unicórnio? - Perguntou Rose descrente, se aproximou do primo passando longe da ave destroçada.

— Podemos descobrir. - Albus sorriu para os outros, principalmente para a irmã que sorriu feliz de volta. Aquilo poderia ser uma grande aventura então o garoto indagou os outros com o olhar e aguardou as resposta.

— Por mim tudo bem. - Scorpius disse prontamente. - Nunca vi um unicórnio.

— Eba! Vamos investigar e descobrir as pistas como o Shelock Holmes e então vamos ajudar o filhotinho perdido. - Lily deu um pulo de alegria e correu animada para o lado do irmão e da prima, olhou em volta procurando mais pistas.

— Shelock o quê? - Scorpius perguntou curioso para a menina.

— Holmes. Olha tem mais pegadas ali. - Ela correu mais adentro da floresta e foi seguida pelos outros.

— Eu não sei se isso é uma boa ideia. - Rose falou para os dois garotos. - Pode ser perigoso, tem outros animais por aqui e podemos acabar nos perdendo.

— Não se preocupe Rose. - Albus disse colocando uma mão no ombro da prima. - Eu e Lily conhecemos grande parte da floresta, não vamos nos perder. E quanto aos animais, eles não costumam ficar aqui por perto. Eles evitam os humanos, certo?

— Sim, mas...

— Está tudo bem. Não vamos passar do limite que conhecemos da floresta, eu prometo. - Albus falou aquilo para ambos os amigos.

— Confio em você, agora é melhor seguirmos a sua irmã antes que ela desapareça. - Scorpius disse apontando para a garota que estava a quase duzentos metros de distância deles.

Todos os quatro andaram em silêncio seguindo o que pareciam ser pegadas deixadas pelo animal. De repente Scorp tropeçou em algo de ferro e caiu, Rose o ajudou a levantar. No meio da floresta haviam trilhos de trem, o mato crescia sobre eles, Albus explicou que era a antiga linha desativada que um dia passou pela vila. Como Scorp não se machucou eles voltaram a caminhar normalmente enquanto conversavam sobre varias coisas.

Quase uma hora havia se passado, eles ainda seguiam os rastro que não pareciam mais pertencerem a um unicórnio ou a qualquer animal de quatro patas. Lily estava começando a desanimar e pensando em pedir para voltarem quando algo entre as árvores chamou sua atenção. Ela se aproximou correndo. Tinha duas pernas, dois braços, um buraco no peito e uma poça de sangue embaixo. Rose gritou quando identificou o cadáver. A poça vermelha ainda estava liquida, não poderia fazer mais do que algumas horas que aquela pessoa estava morta.

— Será que um unicórnio fez isso? - Scorp perguntou ao reparar o buraco no peito do corpo.

— Não. - Albus disse sombriamente. Seem nojo agachou ao lado do corpo olhando atentamente o ferimento. O corpo era de uma senhora e pelas vestes longas, a capa e o chapéu, Albus deduziu que era uma bruxa. Não morava na vila, mas ele considerou a possibilidade dela habitar alguma casinha escondida na floresta. - Parece um buraco de bala. - Ele afastou o tecido rasgado com um graveto para ver melhor o ferimento.

— Bala? - Scorp também se aproximou do corpo evitando pisar na mancha cinza no chão que cheirava ferro, ele julgou ser sangue.

— Bala, projétil de armas de fogo, sabe o quê é? - Albus se ergueu e jogou o graveto no chão.

— Armas de fogo? Sei, é o que os trouxas usam para matar ou ferir alguém, certo? - Scorp juntou as sobrancelhas, olhando atentamente para o corpo ele notou a varinha nas mão da mulher. - Acha que um trouxa fez isso?

— Eu não sei, devemos sair daqui. - Albus olhou para as duas garotas. Rose estava bem longe dali e tampava os olhos com as mão. Lily  estava mais próxima e encarava o corpo desfalecido estática, parecia guardar cada detalhe da imagem. Ela estava em choque? Al não sabia dizer.

— Lily? - O menino se aproximou dela e tentou fazê-la olha-lo, mas ela não tirou os olhos da mulher. - Vamos sair daqui. - Ele tentou empurra-la suavemente para fazê-la andar. Então para surpresa dele ela reagiu e começou a chorar.

— Por que um trouxa faria isso? - Ela perguntou entre os soluços tentando suavemente desvencilhar das mãos do irmão.

— Eu não sei. - Ele a abraçou.- Talvez foi um acidente.

— Ela esta com a varinha na mão e aquela árvore esta queimada com feitiço... - Scorp notou o buraco em uma árvore que nitidamente tinha sido feito por magia. Os soluços de Lily cessaram, ela olhou em volta apavorada.

— Vamos sair daqui! Temos que ir para casa e avisar a mamãe.- A menina se soltou dos braços do irmão e começou a caminhar na direção em que vieram.

— Ela esta certa. - Rose estava mais calma e sem encarar o corpo ela mirava Albus e Scorpius atentamente. - Temos que sair, lembram o que faziam com as bruxas antigamente? Quem fez isso. - Ela apontou para o corpo sem olha-lo. - Pode ter feito sem querer, mas eu não acho que foi. E se não foi, ele vai voltar para queimar o corpo a qualquer momento, temos que ir embora rápido e avisar alguém.

Albus sentiu o desespero começar a crescer dentro de si. Eles estavam vestidos como crianças trouxas então o assassino não iria atirar neles por serem bruxos, mas pessoas malucas que têm coragem de matar apenas precisam de uma arma e, as vezes, um motivo para fazê-lo. Estarem no local do crime poderia ser um bom motivo.

As quatro crianças correram do local o mais rápido que coseguiam, Albus e Lily iam na frente guiando-os por um caminho diferente do que vieram e que chegaria mais rápido à casa dos Potters. Depois de um tempo eles cansaram e passaram a caminhar até que chegaram ao córrego. Como naquela parte da floresta não tinha nada para atravessar as águas eles tiveram que molhar as barras das causas. Quando finalmente chagaram na casa Lily correu para a mãe e em meio a falta de ar tentou explicar o que havia acontecido. Como a mulher não estava entendendo nada Al se adiantou e começou a explicar o mais claro possível a situação. Ginny por fim mandou um patrono ao Ministério da Magia.

~~

— Eu vou ter pesadelos para sempre. - Rose choramingou baixinho para o garoto louro ao seu lado no sofá. Faziam três dias que os meninos tinham encontrado o cadáver, passaram todos aqueles instantes tentando evitando ao máximo falarem sobre o ocorrido e tentando se divertirem com outras coisas. No momento Scorp e Rose assistiam televisão junto com os dois Potters mais velhos.

— Não vai, não para sempre. - Scorp olhou para ela e segurou sua mão procurando conforta-la. A garota sentiu as bochechas queimarem e agradeceu a Merlin por amigo não poder ver e os primos estarem atentos no programa de tv.

Algumas horas depois, a mãe de Scorp bateu na porta para buscar o menino. Assim que o amigo foi embora Rose se dirigiu à cozinha para ficar com a prima e a tia que faziam o jantar. Lily aparentemente estava bem e seu único lamento do dia na floresta foi não terem encontrado o pobre unicórnio. Na sala, após algum tempo, Albus deixou o irmão sozinho e subiu as escadas em direção ao cômodo da casa que seus pais utilizavam de escritório.

Quando os aurores encontraram o corpo da senhora no meio da floresta ele já estava completamente queimado como previu Rose, porém eles conseguiram identificar a mulher através do que restou da varinha. Outros casos como aqueles começaram a surgir pelo país, as vítimas eram sempre bruxos que viviam isolados e sempre encontrados com um projétil dentro do corpo queimado. A situação começou gerar grandes reboliços entre o Ministério da Magia e o dos trouxas. Harry Potter estava atolado de trabalho e com a cabeça cheia de tantos problemas que os incidentes estavam causando.

— Pai. - Albus chamou o homem sentado olhando anotações e fotos dentro do escritório.

— Sim, filho. - Harry levantou os olhos para o menino, ele se aproximou e puxou uma cadeira do canto da sala para se sentar ao lado do pai. Olhando para as fotos das pessoas assassinadas ele indagou. - Por que estão fazendo isso?

— Não sabemos ainda. - Harry olhou atentamente o filho.

— Acha que podem querer matar todos nós? - O menino perguntou com medo no olhar. - Digo... Se tiver uma guerra ou algo assim, somos minoria e os trouxas tem armas horríveis... - Ele suspirou olhando a foto de um adolescente que foi encontrado em Devos, o meninos sorria para a foto e fazia caretas.

— Não vai acontecer nenhuma guerra, os trouxas também estão investigando o caso para prender as pessoas que estão fazendo isso. O primeiro-ministro está ao nosso lado. - Harry pousou uma mão no braço do menino tentando tirar aquelas ideias da jovem cabeça. - Eu sinto muito pelo que vocês presenciaram na floresta. Fizeram o correto em sair de lá e não esconder o ocorrido. Estou muito orgulhoso.

— Acho que também quero ser auror um dia. - O menino sorriu sem graça para o pai.

— Tudo bem, você pode ser o que quiser. - Harry sorriu orgulhoso para o menino e voltou a olhar uma ficha sobre a mesa. - O seu amigo esta bem?

— Sim, Scorp não ficou assustado, só as meninas. Ele não vai contar aos pais o que aconteceu, pra não correr o risco deles o proibirem de vir aqui.- Al ajeitou o corpo desleixadamente na cadeira e se pôs a pensar no amigo. - Ele quer ser curandeiro, eu já falei?

— Não, é uma nobre profissão. - Harry disse ajeitando o óculos e voltou a ler o mapa. - Acha que sua irmã viu mesmo um unicórnio por aqui?

— Eu não sei. - O menino se levantou da cadeira. - Por quê?

— Porque seria mais um problema se houver unicórnios por aqui sem o conhecimento do ministério. - O pai suspirou e largou o mapa sobre a mesa. No andar de baixo escutaram o alto som da lareira crepitar e em seguida a voz marcante de Ron.

O tio de Albus estava ali para buscar a prima, mas sabia que ele e seu pai iriam passar bastante tempo no escritório discutido sobre os casos antes de irem embora. Então o garoto desceu para abraçar o tio e passar o resto do tempo com Rose antes dela ir embora, eles discutiram a possibilidade de realmente haver unicórnios não registrados na floresta.

Aquele verão seria sem dúvida inesquecível na vida das quatro crianças.


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Notas finais do capítulo

"O Corpo" é nome do conto do titio King. A partir desse conto foi feito um filme chamado "Conte comigo"
Para quem nunca leu e nunca assistiu super recomento :)

Obrigado por lerem. :)



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