Projeto CALIPSO escrita por Neve de Verão


Capítulo 2
My spirit's sleeping somewhere cold


Notas iniciais do capítulo

E finalmente temos o primeiro capítulo! Ele é mais pra introdução dos personagens mesmo, então nem é muito grande. Cinco personagens serão mostradas em cada capítulo. Fazendo as contas, dá três capítulos no total.
Aliás, temos agora apenas duas vagas, uma masculina e uma feminina. Sintam-se livres para a criação, mas já aviso que serei bem picky com elas duas. Mas isso não é motivo para não mandarem fichas, quero mais é que ENTUPAM AQUELE FORMULÁRIO.
É. Acho que é só. Espero que gostem do capítulo =)



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A primeira sensação que Ryuu teve ao acordar foi a dor em suas costas. Não se lembrava de onde dormira — sequer se dormira, na verdade —, mas suas costas doíam muito. Forçou-se a sentar e tentou se localizar. Estava jogado em um gramado que parecia bem cuidado, mas não pode ver nada na frente por causa da bruma. Atrás do barista, contudo, tinha uma pedra particularmente grande. Apoiando-se nela, conseguiu se levantar. Depois de firmar as pernas, conseguiu cambalear para frente, rumo ao desconhecido.

Em algum ponto, uma enorme sombra fez-se presente. Tratava-se de um castelo, com enormes torres, um portão de madeira escura e uma gigantesca muralha de pedras gris a seu redor. Era uma construção tão ou mais imponente que a Hope’s Peak — que era, a propósito, onde ele deveria estar. Não era como se estivesse querendo estudar, mas tampouco era agradável a ideia de subitamente acordar num local que nunca vira antes.

O portão se abriu num rangido incômodo assim que Ryuu chegou. O interior parecia-lhe igual aos das fotos dos castelos renascentistas nas quais se baseara para a reforma de seu bar. Por uns instantes, o barista se sentiu em casa, mas logo voltou ao estado de alerta. Ainda era um local desconhecido.

— Tem alguém aí? — Depois de caminhar até a metade de um corredor, Ryuu ousou perguntar ao vazio. Nada. — Olá — tentou outra vez, sem sucesso.

Acabou desembocando numa sala aparentemente comum. Na verdade, ela sequer poderia ser sido considerada um cômodo se não fosse o enorme cadeirão acolchoado em carmim. Sentada ali como rainha, jazia uma menina com um caderno de notas em mãos e um sorriso arrogante na cara. Sua aparência seria bem normal se não fossem as mechas roxas nas pontas do cabelo escuro.

— Ei, você — ela chamou, saindo do trono e caminhando em sua direção. — Por que está vestindo esses trapos feios?

Definitivamente não era a recepção que ele esperava. Quem aquela garota pensava que era para sair criticando suas roupas assim? Ryuu tinha bastante orgulho de sua roupa de trabalho.

— Quem é você? — O barista até poderia dar uma resposta cruel, mas optou por apenas ignorar a grosseria.

— Ora...! Não me conhece? — Ela pareceu ofendida com a pergunta. — Eu sou Lyo Megume, futura melhor estilista do mundo!

LYO MEGUME — SUPER HIGH SCHOOL LEVEL FASHION DESIGNER

Ryuu se lembrava de Chiasa falando detalhadamente sobre cada um dos seus colegas. Megume era uma que ela particularmente descreveu com muito afinco, visto que era fã de seu trabalho. Aparentemente, a garota ficou conhecida no ramo da moda depois de ter algumas peças suas no desfile de uma estilista de renome e foi bem recebida pela crítica. Ainda que sua carreira ainda estivesse no começo, ela foi considerada talentosa o suficiente para conseguir uma vaga em Hope’s Peak.

— E...? Não te dei liberdade para criticar minhas roupas — comentou o barista, cruzando os braços.

— Eu sei do que estou falando — rebateu ignorantemente. Mas de fato ela devia entender bastante de moda. Mesmo as roupas aparentemente simples e escuras pareciam brilhar em seu visual. — Você tem um rosto bonito, mas desperdiça usando esses trapos. — A estilista pegou no braço de Ryuu, medindo-o rapidamente com os olhos. — Você ficaria legal em algodão, hm... Uns desenhos, quem sabe...

— Do que você está falando? — O barista quis saber, recolhendo o braço.

—... Um dragão. Ryuu significa dragão — murmurou ela.

— Eu não te disse meu nome.

— E nem precisa — replicou Megume, finalmente olhando para sua cara. — Só olhar para essas olheiras de workaholic e para essa roupa brega. Nem pra trocar de roupa, tsc.

Aquela garota estava começando a irritá-lo. Para evitar uma possível discussão, Ryuu mudou de assunto.

— Tem ideia de onde estamos?

— Na minha casa, é claro — ironizou ela, revirando os olhos. Estava ficando difícil não discutir. — Estamos nas ilhas Curilas. Não viu seu cartão de estudante?

— Meu o que?

— Cartão de estudante — repetiu com lentidão, encarando-o como se ele fosse demente. Ela puxou um pequeno aparelho do bolso, que era bastante semelhante a um smartphone. — Uh, estava na mesinha do quarto. Não viu?

—... Que quarto?

—... O que você acordou?

— Eu acordei fora daqui.

Era suposto que ele acordasse num quarto? Se sim, o que ele fazia lá fora? E que lugar era aquele? Não era suposto estarem na porra de Hope’s Peak? Eram muitas dúvidas e certamente viriam mais se parasse para pensar, mas o súbito baque que levou Megume ao chão o distraiu.

Quando se deu conta do que acontecia, Ryuu se deparou com a estilista praticamente jogada no chão com um garoto caído por cima dela. Ou que ao menos pensara que era um garoto. A criatura em questão tinha cauda e orelhas felpudas e se vestia como um personagem de Van Helsing.  “Talvez seja cosplay de alguma coisa”, pensou o barista, depois de analisar um bocado.

— Ei, sai de cima. — Megume empurrou o rapaz para o lado, antes de se levantar e catar todos os cacos de seu orgulho ferido. — Não olha por onde anda?

— Por que veio correndo assim? — Ryuu perguntou, ajudando-o a se levantar.

— Eu ‘tava sentindo um garoto lá, mas ele ficou louco e me bateu com uma vela grande — contou o rapaz, de uma maneira quase agressiva e estufando o peito. “Sentindo”? O que caralhos ele estava fazendo? — Ele tentou me matar — murmurou, com as orelhas baixas. Parecia triste.

— Oh, que lindo — ironizou a estilista. — Ainda assim, olhe por onde anda. E... O que você fazendo com essa gola alta? Não combina com você. — Lyo encarou-o de cima a baixo, desacreditada. Contudo, quando se aproximou para ter mais detalhes de suas roupas, subitamente começou a espirrar.

— Você está bem? — Aproximou-se da garota de mechas roxas.

— Muito bem, não está vendo? — Ela espirrou outra vez. — É esse cachorro. Eu sou alérgica. — E, cambaleando entre os espirros, Megume foi embora, deixando Ryuu sozinho com o garoto.

— Então — começou o barista, tentando quebrar o gelo. — Qual é o seu nome?

— Yuuki — respondeu, encarando-o.

YUUKI MURAKAMI — SUPER HIGH SCHOOL LEVEL HUNTER

Chiasa lhe dissera sobre ele apenas o pouco que Hope’s Peak divulgara, uma vez que nenhum outro meio de comunicação falara sobre ele antes. Aparentemente, Yuuki era tão habilidoso na caça que sequer precisava de armas para fazê-lo. Parecia absurdo, mas se ele era capaz de matar cervos com suas mãos nuas, certamente ele merecia uma vaga.

Ryuu certamente tentaria puxar assunto, se de repente ele não tivesse começado a cheirá-lo.

— O que você está fazendo? — Mesmo que tivesse vontade de apenas dar um safanão em seu nariz, Ryuu apenas se afastou um passo. Não tinha necessidade de violência.

— Estava te sentindo — disse Yuuki, contudo. A voz dele soava agressiva e ele estufava o peito para falar, mas Ryuu não achava que fosse intencional. Aquele garoto sequer tinha ideia do que estava falando? — Você tem cheiro bom.

— Obrigado, eu acho — agradeceu o barista, reticente. De qualquer maneira, optou apenas por mudar de assunto. — Meu nome é Ryuu Fujiwara.

— Ryuu — murmurou o garoto pra si mesmo. Estava um tanto desconfortável com ele usando seu primeiro nome, mas Yuuki não pareceu ligar.

— Hm, então. Qual é a das orelhas?

— São minhas orelhas, eu nasci com elas! — Movimento errado. Yuuki parecia bastante ofendido com a menção. Era estranho alguém nascer com orelhas de lobo? Com certeza, mas Ryuu vira muitos tipos estranhos em seu bar. Ele podia lidar com isso.

— Oh. Desculpe — consertou rapidamente. — É que usam bastante isso em cosplay, sabe?

— Cosplay, cosplay — repetiu ele, irritado. — Toda hora dizem isso e eu nem sei o que é!

— Cosplay é quando uns caras botam umas roupas para imitar outros caras da televisão — resumiu o barista. — E de vez em quando eles botam umas orelhas parecidas com essas aí.

— É? Achei que estavam me xingando. — As palavras eram confessórias, mas o tom ainda era agressivo.

— Sim. Bem, eu vou indo. Ainda tenho que saber onde estamos.

E com um aceno, Ryuu se despediu do caçador, seguindo pelos corredores muito parecidos, esperando não se perder. Depois de dobrar o terceiro, sentiu uma presença atrás de si. Quando se virou, encontrou Yuuki atrás dele.

— Ei. Está me seguindo?

— Ahn? Que nada — disfarçou, fazendo-se de ofendido. — ‘Tava só andando aqui.

—... Claro. — O barista achou melhor não insistir.

Em algum ponto — ele não sabia qual, já que todos aqueles corredores pareciam iguais —, eles chegaram a uma espécie de área de serviço. Lá estavam várias máquinas de lavar, secadoras e passadeiras a vapor. Além dos inúmeros aparelhos, uma menina franzina de cabelos muito longos e muito louros estava debruçada numa máquina de lavar, aparentemente muito interessada no que acontecia dentro — que ele descobrira instantes mais tarde se tratar de nada.

— Olá. Hm. Qual é o seu nome? — Ryuu arriscou, pondo-se ao lado da garota.

— Elas estão calmas agora. — A voz dela era leve como pluma e parecia que quebraria a qualquer instante. — Mas ao primeiro comando estão prontas para nos servir, como um Sancho Pança. Não concorda que elas explicitam nossa vã obsessão por poder?

Ryuu nada conseguiu responder, visto que os olhos cinzentos direcionados a si no fim do monólogo desconcentraram-no por completo.

— Perdão — ela disse, quando o barista não respondeu. — Estava dizendo alguma coisa antes. O que era?

— Hã... O seu nome. Qual é o seu nome? — Ryuu sentiu um arrepio na espinha. Os olhos dela pareciam que acabariam com todos os seus argumentos ao menor erro. A situação era extremamente desconfortável.

— Nana Ichimaki — respondeu ela, antes de se voltar mais uma vez para a máquina de lavar.

NANA ICHIMAKI — SUPER HIGH SCHOOL LEVEL PHILOSOPHER

Pelo que lhe contaram, Ichimaki era uma importantíssima pensadora contemporânea japonesa. Em seus livros, debatia principalmente as relações dos seres humanos com o poder e entre si próprios. Além de suas ideias ficarem bem conhecidas no meio acadêmico, muitos de seus ditos se popularizaram entre os adolescentes nas redes sociais. Por vezes Ryuu via em seu feed citações de algum livro da filósofa. O barista podia não entender da maneira explicada no livro, mas sua irmã resumira a ideia como “parar de arrumar treta entre nós mesmos e nos amarmos”. Era uma mensagem bonita.

— Oh. Você é filósofa, não? — Ryuu tentou puxar assunto. — Deve escrever livros, não? Sobre o que são eles?

— Sim. Eu escrevo sobre o amor. — Um pequeno sorriso cruzou o seu rosto quando falou “amor”. Devia ser algo que a fazia feliz. — Não acha que o amor deve ser cultivado, se queremos um futuro belo?

— Hm, sim — respondeu Ryuu. Ele reparou pelo canto do olho que Yuuki cheirava o cabelo de Ichimaki, mas ela mesma não pareceu perceber. — Você gosta bastante dessa palavra. Amor.

— Sim. As palavras são importantes, pois expressam o que carregamos dentro de nós — Ela riu baixinho quando sentiu o nariz de Yuuki relar em seu braço e esticou a mão para acariciar sua orelha de lobo. — Eu me sinto feliz de ter o amor em meu vocabulário.

Quando Ryuu percebeu, Ichimaki já estava escorada na máquina de lavar, encarando o teto enquanto acariciava as orelhas de Yuuki, que se jogara em seu colo. O barista optou por deixá-los aproveitar o momento e seguiu seu caminho.

Depois de se embrenhar por mais corredores, Ryuu assumiu que estava perdido. Aquele castelo parecia um labirinto. Suas pernas já doíam de tanto andar e ele quase considerava se sentar no chão e descansar. Só não o fez porque uma garota alta com roupas apertadas surgiu em seu campo de visão. Pode perceber somente que os cabelos dela eram curtos e que tinha uma mecha caindo em sua cara que parecia uma chama.

— Ei, você — o barista chamou, esforçando-se para alcançá-la. — Também acordou aqui como os outros, não? Posso saber seu nome?

A garota parou ao primeiro chamado e se virou para Ryuu. Ela encarou-o da cabeça aos pés, abaixando um pouco os óculos escuros para ver melhor. Ficou com um bocado de medo dela. Parecia que iria dissecá-lo. De repente, abriu um sorriso malicioso.

— Não esperava que já tivesse se esquecido de mim, Ryuu.

— Wakasaka. — Um sorriso torto surgiu no rosto de Ryuu quando a reconheceu. — Que honra.

HAYUMI WAKASAKA — SUPER HIGH SCHOOL LEVEL CRITIC

Wakasaka era capaz de fazer as pessoas mais talentosas de infindos meios chorarem pelo mínimo defeito. Suas críticas eram tão bem fundamentadas que recentemente ela fora contratada para escrever para um jornal famoso. Ryuu sabia que já tinha visto aquele olhar em algum lugar antes. Wakasaka certa vez invadira seu bar, ordenando a melhor mesa e deixando bem claras suas intenções ali: fodê-lo. Contudo, tudo que ela pode publicar em seu blog foram firulas sobre a delicadeza da arte com latte e o sabor único do café.

— Saudosismo à parte — a crítica começou. — Você sabe o que estamos fazendo aqui? Não era suposto estarmos em Hope’s Peak?

— Não faço ideia — respondeu. — Eu acordei do lado de fora. Têm quartos aqui, não? Você acordou em um deles?

— Acordei, sim. — Ela pareceu pensativa com a nova informação. — É por aqui, vamos.

Wakasaka guiou-o até uma escada coberta com carpete carmim. Imediatamente no topo, podiam-se ver inúmeras portas, ainda que muito distantes umas das outras.

— Esses são os quartos. São espaçosos, têm camas confortáveis e a mobília é bonita — pontuou a crítica. — Por outro lado, parece meio vazio. Poderiam colocar alguns outros elementos para melhorar esse aspecto. As mudas de roupa são poucas, mas surpreendentemente combinam com o nosso estilo pessoal. E também tem as plaquinhas com os nomes. São ridículas, se quer saber.

— Mudas de roupa? Por quanto tempo ficaremos aqui? O que está acontecendo? — Ryuu começava a se irritar. Por mais estranho que soasse, ele preferiria estar em Hope’s Peak naquele momento.

— Não ouviu o anúncio? “Colocamos vocês aqui para protegê-los” ou algo do gênero? Tudo bem que soou falso e o design do urso é estranho, mas... Ah, sim. Você estava do lado de fora — lembrou-se Wakasaka. — Deve ter sido por isso. Oh, chegamos. Esse é o seu quarto. — Ela apontou para a plaquinha de ouro com seu nome cravado na porta. — Fique a vontade. Eu vou indo.

Quando abriu a porta, viu que os comentários da crítica eram verdadeiros. O quarto era grande, mas era provido de apenas um armário, uma escrivaninha, uma cama e uma televisão. Também tinha uma janela que ia quase do teto ao chão semicoberta por cortinas cor de vinho que dava vista para uma cordilheira de montanhas cobertas por névoa. Só não era previsto ter uma garota jogada no chão com as pernas abertas e com a bunda empinada para si. Ryuu só se perguntava o que era suposto fazer nessa situação.

— Ei, o que você está olhando? — Ela finalmente levantou a cara para encará-lo. Apesar das palavras, não se mostrava exatamente irritada.

— O está fazendo no meu quarto?

— Ah, isso! — A garota se levantou num pulo, com um sorriso largo. Só então que Ryuu prestou mais atenção nela. Os cabelos loiros eram presos num rabo de cavalo e seus olhos azuis apenas contribuíam para sua aparência estrangeira. — É uma história bem engraçada, na verdade. Diferentemente de todos os outros, eu acordei na sala do trono, e quando vim para cá, não tinha quarto algum com meu nome! Eu fiquei D-E-S-E-S-P-E-R-A-D-A! Desesperada! Aí eu entrei no quarto mais próximo, que era esse aqui e fiquei.

Era curioso que outra pessoa não tenha acordado no quarto, mas insatisfatório que não fosse explicado o motivo.

— E quem é você?

— Ah, sim! Meu nome é M-I-C-H-I-K-O H-A-T-S-U! Michiko Hatsu! Prazer!

MICHIKO HATSU — SUPER HIGH SCHOOL LEVEL CHEERLEADER

Sua irmã lhe dissera que Hatsu tinha ficado conhecida por levar seu grupo de líderes de torcida da escola ao sucesso, com truques inovadores e apresentações criativas, inclusive ganhando competições nacionais e internacionais. Ryuu achara um pouco estranho, contudo, o fato de apenas a garota ter sido chamada para Hope’s Peak, uma vez que elas ganharam como uma equipe. Certo que Hatsu era a capitã, mas o barista pensava que era um tanto injusto com as outras.

— Você se chama Ryuu, não é? — Ela não parava quieta, mesmo quando falava. Estava sempre dando saltinhos e passinhos, como se fosse hiperativa.

— Sim, mas... — Ele não sabia como explicar aquilo de uma maneira que não soasse grosseira. — Er, onde você vai ficar?

— Como assim? Tem problema se eu ficar aqui?

— Você sabe, não é certo um garoto e uma garota ficarem no mesmo quarto.

— Por quê? — Hatsu realmente parecia não compreender o que Ryuu estava falando, mas de repente ela arregalou os olhos azuis, abraçando os próprios seios, corada. — É por causa deles, não é? Eles são muito grandes, não são?

O barista ia rebater que não tinha nada a ver com aquilo, mas uma voz soou por todo o castelo, interrompendo-o antes mesmo de ele começar. Então, a televisão ligou, mostrando a imagem de um urso estranho, com uma metade branca e fofinha e outra preta e malvada.

— Bom dia a todos! — Sua voz era simplesmente inumana, muito aguda e extremamente irritante. — Como nem todos puderam ouvir o último anúncio, eu estou aqui de novo! Quem fala é o diretor de Hope’s Peak, Monokuma! A sua turma foi escolhida para participar de um projeto muitíssimo especial que trará muitíssima esperança para a humanidade! Para isso, iremos trancá-los aqui nesse castelo, para protegê-los da maldade do planeta. Espero que aproveitem essa experiência única!


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Notas finais do capítulo

Não vou mendigar reviews, mas... um feedback seria bem lecal, sabe. Iria adorar saber o que pensam dos personagens. E se encontrarem qualquer errinho, só avisar. Seja de interpretação de personagem, seja de gramática. Beijos e até o próximo~