Look me in the eye escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 7
Capítulo 7: I love you




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You're so beautiful

But that's not why I love you

I'm not sure you know

That the reason I love you

Is you, being you, just you

Yeah, the reason I love you

Is all that we've been through

And that's why I love you

Você é tão bonito

Mas não é por isso que eu te amo

Eu não tenho certeza que você sabe

Que a razão que eu te amo

É você, sendo você, só você

Sim, a razão de eu te amar

É por tudo que nós passamos

E é por isso que eu te amo

 

O homem fitava o chão, assim como os outros dois na sala.

Até que Natasha começou a tossir, o que os assustou. Um alivio instantâneo percorreu o corpo de Steve, que sentiu o coração dela voltar a bater dali.

— Nat? – Steve a chamou. Ela olhou em volta, com uma expressão confusa.

— Quem diabos é Nat? – Ela se sentou na mesa. – Ah. Ela. Não sou a Natasha querido, EU estou de volta! – ela sorriu de orelha a orelha. Steve substituiu o alivio por desespero.

— Tália. – o moreno sorriu, e foi até ela. Ele a agarrou pelo pescoço e a beijou ferozmente, com ela o correspondendo com a mesma intensidade e desespero. Steve sentiu seu coração quebrar, mesmo seu cérebro dizendo que ela não era a sua Nat. Era só uma assassina vazia e ruiva de olhos vermelhos.

— Tenho que ir. – ele disse, num sussurro, só oara ela ouvir.

— Temos, não?

— Eu tenho um plano, mas preciso que deixe ela assumir uma última vez. Você ainda está fraca, preciso fazer o processo de novo.

— Certo.

— Vou voltar pra te buscar.

— Vou me divertir um pouco agora.

— Não traumatiza ele muito.

— Vou tentar. – Ela sorriu, o dando ouro beijo rápido nele. O moreno piscou pra Steve, que não deu a mínima e ficou invisível, saindo pela janela.

Steve foi liberado do controle, e caiu de joelhos.

— Eu não vou lutar com você. – Steve disse, ainda no chão.

— Você é o cãozinho mais fiel que já vi. Talvez não seja uma perdição total, você é muito fofo. – ela sorriu.

— Eu não vou lutar com você.  O que quer que vá fazer, faça logo. Pode fazer. Eu não vou te impedir.

— É mesmo? – Ela se levantou, e foi andando até ele calmamente. – Por que?

— A mulher que eu mais amo no mundo está aí dentro. – ela segurou um riso, que acabou saindo.

— Desculpa. Não é engraçado. – ela riu. – Certo. – A viúva negra se abaixou na altura dele. – É engraçado.

A ruiva pegou ele pelo pescoço, e ergueu ele o espremendo contra a parede.

— Natasha! Essa não é você Lady Nat! – Thor disse, fazendo força pra se soltar.

— Meu nome é Viúva Negra gato. – ela sorriu pro outro loiro, e em seguida lançou Steve contra a parede. Ele gemeu, mas nem se mexeu. Ela sorriu, vitoriosa, quando um tiro elétrico a atingiu pelas costas. Ela caiu, se contorcendo, e seus olhos passaram de vermelhso para verdes novamente.

A dro do choque era grande, mas doeu mais ver Steve na parede desacordado. Doeu mais ver Clint ajoelhado do lado dela, olhando-a como se ela fosse uma criancinha sem pais chorando, doeu mais ver Thor olhar pra ela como se dissesse: O que é você?

Aquilo tudo doía.

Espera, ele tinha mesmo beijado ela? Eca.

Espera, ela estava mesmo morta a alguns minutos? Cruzes.

Tudo foi ficando embaçado, e a dor foi passando, deixando uma visão preta sobre seus olhos.

(...)

Depois de abrir os olhos, ela passeou sobre o quarto.

Nada de algemas, só a cama normal de um hospital. Eles eram loucos? A Viúva Negra estava de volta, ela tinha que ser presa! Tinha que ser isolada de todos, para o bem das pessoas que ela ama.

Ela tinha machucado Steve, beijado outro, quase morreu, assustou a todos que importavam pra ela...

Lágrimas começaram a correr de seu rosto com força. Não ligava se as pessoas iriam ouvir seus soluços altos nem se morreria com falta de ar, só queria fazer tudo isso parar. Acabar com isso tudo de uma vez.

Ele havia soltado o monstro.

Ele é ruivo e se chama Natasha.

Era uma pena que não daria tempo de se despedir de Steve.

Steve, eu te amo, quero que saiba disso.

Eu te amo, de verdade, como nunca amei ninguém, mas tenho que pensar no bem maior.

Espero que supere que sua namorada se suicidou e que tentou te matar.

Ah, a felicidade, quero que seja feliz. Não pense em mim, só pense que talvez tenha sido melhor assim.

Eu te amo, eu acho... E... Eu não sou louca,  vou me matar por que tenho uma outra personalidade perturbada mesmo, não sou a maluca da história.

Nossa, parabéns Natasha, esse texto ganhará um Oscar de falta de sensibilidade.

Ainda bem que só vou compartilhar com ela.

 

Suas roupas estavam  numa poltrona, então ela as colocou e saiu correndo pelo corredor. Sem abandonar as lágrimas nem um segundo se quer. As pessoas que passavam, olhavam pra ela rindo e apontando:

— Menos uma perturbada no mundo.

Talvez tenha sido a imaginação, é foi isso. Mas era real pra ela. Então... Tanto faz.

Quando não aguentava mais dar nem um passo, entrou na primeira sala que viu pela frente. Era o salão de festas, e estava vazio. A dor a consumia, e acreditava que nada que fizesse agora doeria mais que isso.

Avançou pelo salão, e foi logo para o balcão, onde deixava uma arma escondida. Encostou contra o mesmo, e colocou a arma na cabeça, fechando os olhos.

Espera. Vamos nos prós e contras.

Ela magoaria Steve.

Salvaria muitas pessoas.

Magoaria Steve.

Menos uma perturbada no mundo.

Magoaria Steve.

A dor acabaria.

Magoaria Steve.

Morreria.

Deixaria Steve.

Ela bateu a cabeça no balcão, sentindo os soluços aumentarem, e o desespero e dúvida atingia sua cabeça.

Merda.

(...)

As mãos dele tremiam.

Os olhos transbordavam.

O coração doía.

O ar quase não entrava em seu peito.

Ele havia saído do quarto dela a 15 minutos, e não conseguiu se estabilizar para voltar pro lado dela.

— Senhor Rogers, desculpe interromper.

— Tudo bem Jarvis.

— Não tenho emoções, mas acho que a senhorita Romanoff está triste ao ponte acabar com a própria vida, acho que deveria falar com ela...

— O que? Você bebeu Jarvis? Natasha está em coma a três dias.

— Ela acabou de acordar e fugir senhor Rogers. Acho que está prestes a atirar na própria cabeça.

Agora o desespero era tanto, que a única coisa que conseguiu fazer foi gritar o nome dela pela torra a fora.

— No salão de festas senhor Rogers. – Jarvis notificou.

Faltava pouco. Ele não iria perde-la, não iria chorar, iria ser o herói que ela precisava agora. Iria ser a única coisa que existe no mundo. A única coisa que importava.

Um tiro foi ouvido, assim que ele tocou na maçaneta.

Ele não era forte ao ponto de ver o corpo dela sem vida no chão. Uma lágrima caiu. Não, eles era imortais. O amor deles dava força e coragem para pularem de um penhasco para salvar o outro, ela não faria isso. A coragem o invadiu, e ele abriu as portas.

A ruiva estava deitada no chão, mas assim que viu Steve levantou num impulso. Ela olhou pra arma em sua mão, e em seguida para Steve, paralisado na porta. Ela largou a pistola, e caiu de joelhos no chão, com as mãos nos olhos, soluçando.

Ele correu até ela e a abraçou com toda força.

— Não faça isso comigo Nat. Nunca mais.

—Não! Eu não quero te machucar! – ela gritou, se afastando dele. – Não se aproxime! – ela gritou.

— Me machucar? Natasha, aquela não era você.

— Ela está aqui! Não posso deixar ela sair de novo! – Ela ameaçou pegar a arma, mas Steve foi mais rápido, e a jogou longe.

— Não fale isso Nat! – ele se aproximou dela, que se afastou mais. – Por favor, me deixe te abraçar.

— Não quero te machucar. – ela abaixou a cabeça. Ele respirou fundo e limpou as próprias lágrimas. Ele se aproximou mais dela, mas ela foi andando pra trás até que quase caiu nas escadas. Steve a segurou pelo pulso, e ela o olhou.

— Nat.

 - Me larga! – ela se debatia, tentando se soltar dele. Seus pulsos já doíam, mas ele se recusava a solta-la.

— Nat!

— Me larga seu... Maluco!

— Eu não vou te largar! É, eu sou maluco. Mas sou maluco por você! Ouça, se você for, eu juro pela minha vida, eu vou atrás de você até o inferno, você me entendeu? Eu nunca vou te largar. Não mais. Não importa se ela está aí, eu amo você merda!

— Como você me ama? – Ela perguntou.

— Porque eu te amo.

— Por que?

— Porque você é você, sendo você e eu amo você.

— Seu filho da mãe. – ela o abraçou com força, e ele retribuiu com a mesma intensidade e desespero. – Me perdoa?

— É claro que sim.

— Dói tanto. – Ela voltou a chorar, e ele se sentou na escada com ela em seu colo.

— Não importa, estou aqui e vou ajudar você.

— Ruiva! – Tony gritou.

— Jarvis disse... – Clint ia dizer, mas Wanda tapou a boca dele.

— Calem a boca, Steve impediu.


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Notas finais do capítulo

Nada a dizer só... Sentir :)
SABE O CHÃO? EU TÔ NELE