Look me in the eye escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 6
Capítulo 6: Eres




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Eres un confidente de todas mis emociones

La causa, la razon de mis canciones

Los sueños, la verdad y mucho mas

Y mucho mas

Eso eres

Você é um confidente de todas as minhas emoções

A causa, a razão das minhas músicas

Sonhos, verdade e muito mais

E muito mais

Que você é

 

— Eles são tão fofinhos. – Tony sussurrou. - Estão dormindo de conchinha, que coisa fofa.

— Certo. VAMO ACORDA! – Wanda gritou, fazendo Natasha se levantar rápido, com a arma na mão, e atirar na parede, errando por pouco a cabeça de Clint.

— AÍ SEU VIADO! – Clint gritou, se jogando no chão.

— INVASORES! EU TE SALVO NAT! – Steve se levantou da cama.

— Pera, quem é viado aqui? O Tony? Só se for. – A ruiva cruzou os braços.

— Ei, eu sou hetero!

— Vou fingir que acredito. – Steve disse.

— Vocês são muito engraçadinhos. – O gênio revirou os olhos.

— Por que estão aqui? E como entraram? – A russa perguntou, com raiva.

— Queríamos ver como você estava. Sei lá, eu insisti. - Wanda disse.

—  Mentira. Vocês querem é a minha lasanha. – O loiro cruzou os braços.

— É. Basicamente. – Clint disse, se levantando do chão.

— Vocês vão pagar a parede hein?

— Que pagar a pared... – Tony foi interrompido pelo toque do próprio celular. – Eta pera. É o Bruce.

 

Oi cara!

— Tony, é o 47. Ele está invadindo a torre.

— É O QUE? Tá, estamos indo. Aguenta as pontas! – desligou.

— O que foi? – Steve perguntou.

— O 47 está invadindo a torre. Vamos pra lá, agora.

(...)

Tony dirigiu em alta velocidade, do apartamento dos dois até seu prédio. Chegaram em alguns minutos, e não viram nem um sinal de destruição.

— Ué Bruce? – Tony perguntou.

— Eu não entendi, ele está se teletransportando. Jarvis filma ele em certas partes da torre, e do nada, ele some, é mais ou menos um segundo. Mas agora ele parou. Não está mais fazendo isso. – Bruce digitava freneticamente no computador, no qual todos estavam em volta.

No primeiro vídeo, em câmera lenta,  ele surgia no meio da academia da torre, olhava em volta, e sumia. No próximo, no meio da sala de jantar. Na cozinha, ele até para pra pegar uma maça. No próximo, já se livrou dela e está num dos quartos.

— Fez isso 43 vezes. – Bruce esfregou os olhos.

— Era como se procurasse algo. – Wanda chutou.

— Ou alguém. –Thor disse, olhando pra Natasha.

— Merda, por que ele me persegue? Ele me apaga por algum tempo, e eu acordo normalmente, qual a lógica? – Ela revirou os olhos, se sentando na mesa.

—  Eu mato ele pra você. – Steve a tranquilizou.

— Ele deve estar tentando fazer alguma coisa. – Tony coçou o queixo. – Wanda, você disse que era um feitiço, não é?

— Agora não sei mais de nada. Quantos poderes ele tem? Talvez nem precise de feitiços, e talvez só seja um poder. Eu não sei, nem por que a cela absorvente de poderes não absorveu os poderes dele. Eu estou surtando, esse cara é um texto em grego.

— Eu falo grego. – Natasha deu de ombros.

— Acho que... – Steve foi interrompido por Jarvis, que deu play na filmagem de segurança na garagem.

— Senhores, isso é ao vivo.

O moreno pegou um taco de basebol, e foi na direção de um dos carros caríssimos de Tony.

— Não, a Josefina não! Ah seu filho da mãe, vou te matar!

Ele quebrou os vidros de uma das ferraris, e fez um coraçãozinho com a mão na direção da câmera, em seguida, sumiu levando o taco.

— EI MEU TACO ASSINADO PELO NAP LAJOIER! Volta aqui seu coelho sem dente! Vamos, atrás dele agora! – Tony esbravejou, se levantando.

— Certo. – Steve começou. -  Não tem como ele saber onde estamos. Ou onde você está. – apontou para Natasha - Eu e Thor vamos com Natasha pro laboratório. Clint pra cozinha, Tony pra garagem, Bruce com o andar dos quartos, Wanda pro terraço da piscina, e esperem.

(...)

Eles foram cada um pro seu local, e Natasha andava de um lado ao outro, impaciente.

— Por que não podemos atrair ele pra cá? Eu quero estrangula-lo! – ela bufou.

— Calma Natizinha. – Steve disse. – Eu vou esgana-lo, prometi a ele.

— Eu sei esganar as pessoas, posso fazer isso.

— Todos nos vamos esgana-los amigos. – Thor disse, em quanto arregaçava as mangas da blusa que usava. – Por que está tão quente aqui? – ele perguntou.

— Não sei, devem ter mexido no termostato. – Tony respondeu no rádio. — Bruce, ele foi na sala do termostato?

— Oh Deus. Foi. Ele não se teletransporta, ele fica invisível! Se a temperatura estiver alta, não vamos conseguira achar a assinatura de calor dele.

Olha. Ele é multifuncional. – Wanda disse, se sentando na beira da piscina.

— Sou mesmo. – Algo surgiu atrás dela, e a empurrou na água. Ela veio pra superfície e tossiu.

— Wanda? Você está bem? – Steve perguntou.

— Tô. Ele est... – Um corpo caiu em cima dela, a fazendo a fundar até o fundo da piscina, num mata leão. Ela gritou, mas não adiantava.  Não teve tempo de pegar ar antes de afundar. Ele já era insistente nos pulmões dela. Num ecesso de raiva, ela ergueu as duas mãos pra fora, e levitou todo o conteúdo da grande piscina, levando junto o afogador. O jogou longe, deixou a água cair por todo lado, e em seguida respirou fundo.

— Eu estou bem. – Ela disse, tossindo.

Ele ainda está aí?— Natasha perguntou.

— Não. – ela respondeu.

Natasha bufou.

— Eu estou suando igual a um porco. – Thor reclamou.

— Todos estamos. – Steve respondeu.

— E se ele não aparecer? Vamos ficar sentados aqui por quanto tempo? – Clint perguntou.

1 hora depois

— Eu não aguento mais Steve. Não ligo se ele vai me matar, eu preciso de um banho. – Natasha disse, se levantando do chão.

— Nat, ele acabou de atacar Clint. Ainda está aqui.

— Certo, temos que acabar com isso. Vou até o termostato, e vocês ficam de olho. – Tony disse.

— Okay. – Thor respondeu.

— Eu podia estar acabando a última temporada de Supernatural, mas não, estou aqui suando, com fome e seguida por um perseguidor psicótico.

— Você já está na décima segunda temporada? Sem spoiler, eu to avisando! – Clint disse.

— O pai deles morre.

— AHH NAT!

— Ué. Você ainda está na primeira. – ela deu de ombros.

Um barulho alto vindo do corredor fez os três ficarem de pé. Eles se olharam, e Steve foi se aproximando devagar, e abriu a porta. Não parecia haver nada ali, quando algo invisível o chutou pra longe, que bateu a cabeça,atordoado. Natasha foi até ele, o ajudando a levantar, em quanto Thor ergueu a mão, puxando o Mjolnir.

— Apareça covarde! – o loiro de cabelos longos gritou. Uma risada nojenta, vinda de lugar um ecoou pelo laboratório. 47 pegou uma das mesas de ferro, e lançou na direção do Deus, que foi atingindo nas costas.

— Só não deixa ele te tocar. – Steve disse, segurando sua mão. Eles estavam no canto do local, onde ele só poderia alcança-la pela direita, onde Steve estava.

— Se quiser ela vai ter que passar por mim!

— Não quero, ela quero a outra. Uma cadeira voou na direção dos dois, e Steve colocou o escudo na frente.

 Thor chamou um trovão que quebrou a janela e iluminou o martelo. 47 derrubou um tubo de ensaio no chão, dedando sua localização. Thor, rapidamente lançou o raio no homem, que gritou em resposta. Aos poucos, o campo invisível foi se desfazendo aos poucos, revelando Petrov desmaiado.

Thor se aproximou devagar, e Steve e Natasha fizeram o mesmo.

— Morreu? – O Deus perguntou.

— Tomara que não, que quero mata-lo. – Steve disse.

O “cadáver” abriu os olhos, assustando os três, e pressionou com sua telecinese, os dois loiros na parede, o que derrubou a ruiva.

Ele se pois de pé, assim como ela, que tirou a arma do coldre e mirou nele.

— Eu vou atirar! Mais um passo e você morre! – ela gritou.

— Natasha! Responda!— a voz de Tony berrou no comunicador.

— Fale que eu estou aqui e seu namoradinho morrerá. - O homem ergueu Steve, que se sufocava sem ar. A ruiva o olhou com ódio, sem abaixar a arma.

— Tudo bem aqui Tony. Era uma aranha, Steve se assustou.

— Certeza?

— Aham. – ela sorriu, falsamente. O 47 arrancou o rádio da orelha, e amassou. Soltou o pescoço de Steve, o mantendo ainda preso contra a parede, e começou a andar até ela.

A ruiva atirou três vezes contra a barriga dele. Mas nem um efeito surtiu. Mais quatro tiros, mas nada o impedia de derrubar tudo o que estava em seu caminho, fazendo um barulho ensurdecedor. Ela continuava a atirar, mas dessa vez na cabeça.  Sangue estampava a testa e camisa do moreno, que continuava com a mesma energia, avançando na direção dela.

A ruiva se distanciava cada vez mais dele, sem parar de atirar. Steve e Thor faziam todo o esforço do mundo para se soltar, mas era em vão.

— Nat! Corre! – Steve gritou. Nat foi na direção da porta, mas ele a fechou num estrondo. Ela estava sem saída, encurralada contra a porta. 47 estava a poucos metros dela, e quando chegou tão perto que podia toca-la, ela fechou os olhos, virando a cabeça para o lado.

A poucos centímetros, a russa sentia a respiração dele em seu pescoço, em quanto o homem simplesmente a olhava.

— É uma pena que eu tenha que fazer isso. Você é até legal. Na medida do possível. Estimular suas lembranças por 15 anos... Foi difícil e chato de mais. Mas agora, ela está poderosa o suficiente, e posso ativa-la.

— Não pode confiar nela... – a ruiva tentava controlar o nervosismo, mas falhava. – Não faça isso. – ela pediu, sentindo lágrimas encherem seus olhos.

— Você não é mais a mesma. – ele sorriu, colocando a mão na cabeça dela.

Olhos vazios.

Corpo sem vida.

No chão.

O homem a pegou no colo, e se livrou de tudo que estava em cima de um balcão, e a colocou em cima.

— Eu vou te matar, eu juro. E vai ser devagar.

— Achei que não matasse desse jeito.

— Quem toca nela não sobrevive pra contar a história. – Steve disse, a ponto que quebrar tudo a seu redor.

— Uh, que medo. Pena que ela gosta que eu a toque. – ele sentou numa cadeira de ferro, de frente para os dois loiros.

— Acha mesmo? Você é estranho. – Thor se pronunciou.

— É, ela não. Mas a outra sim.

Só nesse momento Steve se tocou no que ele queria. Pra que serviam as sucessivas tentativas de apaga-la e acorda-la de tempos em tempos.

 

“ - Se ela voltar... Você jura que... Vai mata-la? Mesmo se isso...

— Você só pode estar brincando. Natasha eu nunca vou te machucar, muito menos...

— Você disse que ia prometer.

— Você não pode pedir isso a mim”

 

— Entendeu não é? – ele sorriu. - Talvez eu te conte os detalhes de todas as vezes que...

— Nós amamos pessoas diferentes, mas isso não é motivo pra mim ser seu diário.

— Pessoas diferentes? Você quer ver? – Ele perguntou sorrindo. Steve olhava pra ele, sem expressão, e Thor estava numa situação completamente estranha e bizarra.

Petrov se levantou, e tocou a testa dela, aos poucos, voltando os olhos dela pra cor normal. Ele franziu o senho.  Os olhos verdes dela estavam vidrados no nada. O moreno checou a pulsação dela, e arregalou os olhos.

— O que você fez?! – Steve arregalou os olhos. – Você... Ela... – o moreno olhou pra ele, despreocupado.

— Relaxa Américão. – ele esfregou a mão várias vezes, até sair faíscas, e colocou no peito da ruiva, fazendo uma pressão no corpo dela. Fez isso quatro vezes, até que o prédio inteiro começou a balançar, tudo foi derrubado no chão,  os corpos dos dois pressionados contra a  parede, os fazendo gritar de dor.

Ele se recusava a acreditar que seu plano tinha dado errado e que Natasha, a única pessoa que ele ama, estava morta.

E o coração de Steve estava completamente destruído. Ela morreu e ele não pode fazer nada. A fixa não havia caído, e simplesmente não. Ela não estava morta era impossível. Parecia surreal para ele. Todos os momentos ela estava com ele, tinha que ser imortal, como o amor deles.

Era para ser.


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Notas finais do capítulo

Olha os sentimentos mortos aí



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