Look me in the eye escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 3
Cpítulo 3: Nightmare




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704033/chapter/3

And nothing stops the madness turning

Haunting, yearning, pull the trigger!

You should have known, the price of evil

And it hurts to know that you belong here, yeah

Oh it's your fucking nightmare!

 

Nada impede a volta da loucura

Assombrando, esperando ansiosamente, puxe o gatilho!

Você deveria saber o preço do mal

E dói saber que você fez parte daqui, yeah

É o seu maldito pesadelo!

 

 

—  Natasha! – Steve disse segurando seu rosto com as mãos. – Por favor Nat! Vamos!

— Steve calma. – Bruce pediu, checando as pulsações dela. – Wanda isso é um feitiço?

—Parece. Não consigo especificar. Os olhos parecem um feitiço de pocessão... Ou... Ativação. – Ela disse.

— Steve... – Natasha resmungou com a voz fraca. – Eu... Eu...

— Você está me ouvindo? – ele perguntou.

— S-Sim... Mas... Ste-ve... Eu... Não... – Lágrimas começaram a escorrer pelas laterais do fosto dela, o que foz o coração dos amigos apertarem de vê-la sofrendo. – Não sinto... Não estou... Vendo... Só... Ouvindo... Ste o que ele fez comigo? – o desespero era perceptível em sua voz, que ainda era fraca.

— Clama Nat, estamos todos aqui. Só precisamos que fique calma. – Clint acariciou os cabelos dela.

— Vamos reverter isso ruivinh... – Tony não pode terminar de falar. Os olhos de Natasha, aos poucos iam voltando ao normal, como água dissolvendo açúcar. Ela conseguiu mexer um dedo mindinho, antes de apagar.

(...)

Ela abriu os olhos devagar, se acostumando com a claridade do quarto. Sentiu um aparelho monitorando seus batimentos cardíacos, em quanto um soro estava enfiado em sua veia, e um aparelho a ajudava a respirar. Mexendo a cabeça para o lado, devagar, viu o loiro ali.

— Tudo bem agora. – ele acariciou a bochecha dela.

— Quanto tempo eu...

— Oito horas. – ele se sentou do lado dela. – O que você sentiu? – ela pensou por um tempo.

— Desespero é a palavra certa. Era como... Se todos os outros sentidos estivessem desligados. E uma voz... Dizia Oi a cada segundo. Era uma voz... Era minha voz. Mas eu não falava nada, eu tenho certeza. Eu nem lembro quando ele me tocou. Não lembro do que ele disse em russo, só... A sensação de desligar. Mas foi tudo confuso. Eu não entendo mais nada. Só... Estou com uma dor de cabeça horrível. – Ele a olhou, como se tentasse... Apagar o passado, só olhando pra ela, como ele fez.

— Não devíamos ter deixado você entrar.

— Não, eu descobri o nome, a história dele. Podemos rastrea-lo e... Obter respostas de verdade. Tudo bem. Já passei por coisa pior.

— Nem imagino.

— Um dia... Você vai acabar sabendo de tudo. Está nos meus pesadelos. – ele apenas olhou para baixo.

— Tony acha que achou algum traço dele nas ruas.

— Eu estou indo. – ela desconectou o soro na veia, e arrancou o aparelho respiratório. Quando desconectou o monitor cardíaco, ele a deu como morta num incessante “biiiib

(...)

Ela entrou na sala, fazendo os olhares se direcionarem a ela.

— Ruiva! Que bom que está bem. – Tony sorriu.

— Não precisamos falar sobre... As lágrimas. Então, o que acharam?

— Ele foi visto comprando frutas, num mercado no Stalingrado. – Tony se apoiou na mesa. Ela fitou o ar, perdida em seus próprios pensamentos.

— Onde ela nasceu. – Clint disse, recebendo um olhar da ruiva. – Que foi? Essa cara é um maníaco, e tem algum problema com você.

— Talvez nem exista ligação com a Hidra, talvez ele só tenha feito algazarra pra chamar nossa atenção e... É, bem, aconteceu. – Bruce concluiu.

— A Hidra sempre está ligada a tudo. –Thor cruzou os braços. – Joguinhos mentais.

— Um cara louco veio pra terra fazendo esses joguinhos uma vez... – Clint disse, olhando pro teto.

— Essa conversa não chegou na sua árvore passarinho. – Ele disse, com uma voz igual a de Clint.

— Aqui... – Natasha ia se pronunciar, mas parou. Ela teve uma visão.

“- Quero três maçãs. – Ele usava roupas normais, grossas e quentes, mas sem nem um capuz escondendo o rosto, apenas uma touca cobrindo as orelhas.

— Cinco rublos. – Uma moça velha e morena, atrás do balcão de uma feira movimentada disse.

— Cinco rublos três maçãs? Tinha que ser Stalingrado mesmo.”

— Stalingrado. Feira yabloko. – Ela concluiu, fazendo os outros pararem de se olhar.

— Você viu a filmagem não é? – Wanda perguntou. Ela assentiu. A morena voltou a abrir o grande livro de feitiços, no qual não contou onde arrumou. – Mas... Ele tinha poderes fortíssimos. Pode estar expandindo o campo de controle pra dentro da sua mente. Não chega a ter controle total, apenas... Pode ativar outras áreas do cérebro estimulando memórias, adicionando conhecimentos.

— Azarath metrions zinthos! – Tony colocou a mão na cabeça dela. – Ah! Não deu certo!

— Tira a mão da minha cabeça Antony.

— Senhor, o general Ross está aqui e quer subir. Disse que é urgente, e ninguém sai antes dele subir. – Jarvis notificou.

— Lá vem merda. – Clint bateu a cabeça na mesa.

— Diga, que ele só poderá vir se subir os quinhentos andares. – Tony sorriu bobamente.

— Senhor, ele está subindo.

— Mas eu... – O elevador se abriu, revelando o velho carrancudo. – Invasão! Jarvis seu Mané.

— Sintio muito senhor.

— Sente nada.

— Tem razão, não sinto.

— Olá. Bom vê-los aqui. Não tinham escolha mesmo. Tenho algo a dizer que vai magoar vocês. Vai faze-los... Vomitar de repulsa.

— Eita. EU só vomito quando como tacos da rua Weels... – Clint rendeu as mãos.

— Não senhor Barton. Não é comida. – ele conectou um pen drive na mesa de Tony, e na tela, apareceu um vídeo, no qual ele deu play.

Era o pior pesadelo de Natasha: Eles haviam aberto o arquivo. Depois de tanto tempo.

No vídeo, Natasha tinha apenas 15 anos. Era uma missão, na qual ela invadia a base principal do Pentágono. E ela conseguiu. A única câmera que ela deixou pra trás, filmou cinco minutos da primeira aparição da Viuva Negra no mundo. O vídeo parou, e todos os olhares se dirigiram a ela.

— Invasão de 1956, pentágono. 534 mortos. Poderia me explicar isso Agente Romanoff?

— Claro. É o que a KGB fazia.

— Você é ex agente da KGB. Que interessante, isso não consta nos registros. – ela o olhou, mas voltou a ficar quieta, olhando pras unhas. – Se Fury não estivesse morto, seria preso junto com a snehorita.

— Não vão me prender.

— Não. Vamos te internar. Você é uma psicopata, precisa ser contida.

— Senhor Ross. Ninguém aqui é psicopata. – Clint revirou os olhos.

— Ela não teve culpa de nada. A KGB tem posse de equipamentos de lavagem cerebral avançadíssimos.  Assim como a Hidra, que controlou o soldado invernal por 70 anos. – Steve disse, convicto.

— Alguém tem que pagar por essas mortes. – Ross olhava pra ela com um olhar mortal.

— Conheço a Lady Nat a anos, e ela nunca seria capaz de matar um inocente. Pelo menos não mais. Talvez em alguma outra época, onde pessoas maus tinham liberdade pra fazer maldade. – Thor se pronunciou.

— A Nat é esquentadinha, mas é a Nat. Ela recomeçou, e hoje salva centenas de pessoas. – Tony olhou pra ela, com um pequeno sorriso.

— Ela matou milhares de pessoas. Como isso fica? Quando agentes da Hidra, IMA, super vilões matam, eles pagam. Ela vai pagar. Agente, sua presença é solicitada num tribunal que ocorrerá em alguns dias. Lá você vai tentar mudar a opinião de todos. – Ele a encarou sério. – E vocês, vão realmente ficar contra a lei? – eles permaneceram em silêncio, apenas olhando pra ele. – Quem diria, os heróis defendendo uma assassina. Boa noite senhores. – ele saiu andando, elevador a baixo.

— Ele não sabe de nada. Você não é uma psicopata. – Bruce disse.

— Ela é.

— Quem? – Steve perguntou.

— A outra. – Ela suspirou. – É hora de vocês saberem a verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!