Look me in the eye escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 2
Capítulo 2: Gasoline




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Pointing fingers cause you'll never take the blame like me?

I think there's a flaw in my code

These voices won't leave me alone

 Apontando dedos pois nunca vai assumir a culpa como eu?

Acho que há uma falha em meu código

Estas vozes não me deixam sozinha

 

2016

— Não tem cabimento tudo o que você fez. – Um velho carrancudo, com cara de poucos amigos começou a falar. – Você fez coisas horríveis, nunca era para ter tido a chance de ingressar nesse país como uma cidadã. Você não tem lugar no mundo. É uma assassina, psicopata, doida. Devia estar trancada em um hospício!

— Eu não sou doida... – Natasha estava com os joelhos encolhidos pelos dois braços, em quanto seus olhos estavam completamente fechados, evitando toda a escuridão que a envolvia naquele momento.  – Eu não sou doida...

— É sim. Você é doida de achar que eles não vão descobrir. O pentágono está quase lá. Eles vão te descobrir. E vão te trancar num hospício.

— Eu não sou doida...

— Você tomou seu remédio antes de dormir? Pelo visto não. Já contou pra Steve que é uma viciada em calmantes? Talvez não precise mentir quando ele pergunta: “Você nunca mais teve pesadelo Nat. O que aconteceu?” Acho que devia substituir calmantes por uma ida a um psiquiatra. Steve também concorda comigo querida.

— Eu não sou doida... Ele sabe que  eu não sou louca...

— Veja o que te torna doida. – o homem estalou os dedos, e desapareceu, dando lugar a uma porta. Ela levantou a cabeça, e encarou a mesma por alguns segundos.  - Eu não sou doida. – ela disse, se levantando, e indo direto a porta. Uma luz a envolveu, e em seguida, ela foi puxada para outra sala vazia e escura.

— Por favor... Pare... – ela pediu.

— Não. Veja o que te torna doida.

— Por favor... – Dessa vez quem pediu foi uma pequena menininha ruiva, segurando um ursinho de pelúcia. Seu vestido estava rasgado, e assim como seu rosto, sujo de fuligem. – Me ajude.

Me ajude.

Me ajude.

Me ajude.

A menina repetia a mesma coisa.

— Qual o seu nome? – Um homem de bigode, e uniforme soviético surgiu.

— Natália.

— Onde estão seus pais?

—Em Estalingrado.

Estalingrado. A cidade que havia sido totalmente reduzida a cinzas.

— vou cuidar de você pequena. Vou mudar sua vida pequena.

— Natasha! Natasha! Acorda! – A ruiva abriu os olhos vermelhos.

— Me ajuda – ela começou a chorar no ombro de Steve, que a envolveu com os braços.

— Eu estou aqui. Tudo bem. – ele disse fazendo carinho nela. – Nada vai te alcançar aqui. Vou te proteger, para sempre. – Ele dizia isso todas as vezes a ela.

 E sempre, ela conseguia dormir. Ele sentia os músculos dela pararem de se contrair, e dormir em paz. Isso era o que ele pensava. Depois que o via dormir, levantava e ia até o banheiro.

Ela tirou um tijolo solto atrás da pia, e tirou um potinho com vários comprimidos. Ela abriu a tampa, e engoliu um.

(...)

— Você está bem? – Steve perguntou, tirando as chaves da ignição.

— Não. – ela abriu a porta do carro, e saiu. – Agora estou. – ela forçou um sorriso enorme.

— Engana a todos, mas a mim não. – ele pegou a mão dela.

— Você é o único que me conhece.

— De 2012 pra cá. Antes não.

— Você sabe que... Eu não consigo não é?

— Sei, eu respeito isso. Me desculpe. Agora vamos, Tony parecia nervoso. – ele a puxou elevador abaixo.  Abrindo a sala, Tony estava encarando o computador, com uma garrafa de cerveja na mão.

— Aaaah! Vocês chegaram. Nossa salvadora da pátria que estava ocupada com o Cap.

— Ele está bêbado. – Clint disse. – Oi!

— Oi. – os dois disseram juntos.

— Um cara começou a gritar e desarrumar as coisas. Era um tipo de mutante. Ele começou a gritar “HIDRA!”

— Trouxemos ele para cá. – Sam concluiu. – Mas parece que ele gosta mais de ruivas.

— Ele fica repetindo “Vou cooperar se a ruiva me interrogar” - Wanda disse.

— Parece que alguém é apaixonado pela Viúva Negra. – Tony provocou.

— Você não vai pirar? – Ela perguntou.

— Não.

— Três, dois...

— Eu vou lá interrogar ele. – Steve disse, saindo fogo pelo nariz dele.

— Tem que ser ela, acredite. Eu tentei. Usei choque, água, socos, cortes. Tudo que possa imaginar. Eu nunca pediria pra ela atender o pedido de um maníaco se não tivesse jeito. – Clint disse.

— Okay. Vamos ficar assistindo.

(...)

Ele estava contido numa cela absorvente de poderes. Natasha digitou a senha, e abriu a porta.

— Nossa, você é mais bonita do que me disseram. – disse o homem. Ele era moreno, com olhos super claros. Tinham cortes, marcas e outras coisas que Clint provavelmente fez.

— Qual o seu nome? – ela se sentou de frente pra ele.

— 47.

— Tipo... Hitman?

— Não. Só 47. Foi o nome que minha mãe me deu.

— E você é mutante senhor 47?

— Quarenta e sete é para conhecidos. Pode me chamar de Petrov. – Natasha o encarou. Ela conhecia quele nome, mas não ligava a pessoa a sua frente.

— Por que Petrov?

— É o nome que me dera na base.

— Base de quem?

— Eu não sei. Eu sou russo. Alguma coisa, uma organização, invadiu minha ilha quando tinha sete anos. Mataram meus pais e me levaram. Tive um sonho. O homem dizia “Eu vou cuidar de você garotinho. Vou mudar sua vida garotinho“ E em seguida algo com Hidra. Eu estava no metro quando sonhei de olhos abertos. E tinha uma ruiva no meu sonho.

“Eu vou cuidar de você garotinha. Vou mudar sua vida garotinha“

Ivan Petrovic

Sua visão ia ficando curva. A sala virava para todos os lados. Ela se levantou e se apoiou na parede branca.

— О, ты помнишь . Вы изменили. Просто скажите, что делает вас с ума, что ты все... Я не знаю . Являются ли ночные кошмары ? Я думал, что это будет intopir успокаивающим до смерти? (Ah você lembra. Você mudou. É só falar no que te torna doida, que você fica toda... Sei lá. São os pesadelos? Achou que ia se intopir de calmantes até morrer?)

Ela virou para encara-lo.

Ele sorriu maliciosamente e se levantou da cadeira. Arrebentou as algemas só olhando pra elas. Nesse ponto, todos tentavam arrebentar a porta. Mas ele controlava tudo a seu redor.

Inclusive Natasha. Ele a prendia com um tipo de campo usando a mente.

Ele foi se aproximando de Natasha, que o encarava imóvel. O medo era visível em seus olhos. Ele colocou a mão na cabeça dela, pouco acima da orelha.

Seus olhos foram ficando vazios, como se sua Iris se expandisse até deixar os olhos totalmente pretos.

— Я встречусь с вами в ближайшее время (Nos vemos em breve)


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