Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 8
Dia de festa. Será?


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Recomendo hoje a musica Gangsta - Kehlani por que editei o capitulo ouvindo essa e eu acho que combina bem. Seráaaaa?



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Entrei no vestido que deslizou por mim como uma luva. Amélia tinha um talento incrível.

— Ai! Perfeito, não precisa de ajustes.

— Então eu ti vejo as oito! Ah, e obrigada pelo almoço, estava perfeito o que é uma pena para você por que eu vou vir almoçar mais vezes. – Ela diz. Voltei as minhas roupas normais.

— Vamos embora meninos! Movam suas panças cheias! – Harley me surpreendeu ao me abraçar na porta. O cara era grande e me deu um abraço de urso.

— Obrigado pelo almoço. – sorri para ele.

— Quero uma casca também. – Lorenzo me puxou para um abraço. – Vou vir almoçar mais vezes menina, você tem talento.

— Obrigada. – Dante apenas me olhou de longe.

Quando eles foram minha casa ficou embaraçosamente silenciosa, eu estava acostumada com o silêncio. Isso não ia mudar agora. Forcei minha mente em outras coisas.

Me aproximei do endereço que Amélia me deu. Era algo parecido com um castelo e eu me senti como a gata borralheira.  Sua casa estava iluminada com holofotes. Literalmente.

Dois seguranças estavam em guaritas em um elegante portão de ferro. Suas expressões sérias. Eu quis pegar minha arma presa na coxa, Deus! O que eu tinha virado? Uma pessoa paranoica. Isso sim. Mas sacar a minha arma me deixaria em apuros. Minha arma me trazia segurança de qualquer forma.

— Nome? – um deles perguntou.

— Alexandra Hendrix. – minha voz saiu tremula. Ele assentiu e o portão foi aberto. Guiei o carro por um caminho iluminado, pude ver um jardim enorme com uma iluminação que eu pensei que não existisse na vida real. Na porta outro segurança de terno me cumprimentou e pegou as chaves do meu carro e o dirigiu para longe.

Tinham ao menos 100 pessoas ali. Essa era a ideia de Amélia de uma festa pequena? E apesar da música tudo mundo me olhou quando entrei e um silêncio se instalou, mas durou pouco. Amélia veio em minha direção sorrindo.  Logo atrás Lorenzo e Harley. Não vi Dante.

— Você está maravilhosa! – ela me abraçou. Eu? Ela parecia à própria rainha da Inglaterra com seus cabelos dourados e seu vestido vermelho com caimento perfeito.

— Nossa, não me entenda mal, você é bonita, mas ficou meu quente nesse vestido! – Um Lorenzo de terno me abraçou. Era estranho vê-lo sem seus coturnos e jeans. Ele parecia mais velho. Quase sério. Quase.

— Lorenzo não tem filtro ou bom senso ou noção. Eu peço desculpas por ele. – Harley se aproximou e me abraçou também. Ele parecia um modelo internacional. Harley era de tirar o folego.

— Não preciso de nada disso, eu tenho esse rostinho, meu bem.

— Venha, vamos dançar. – não tinha percebido a baixa iluminação no outro canto do salão, mas eu não percebi todo o resto quando vi Dante. Ele vestia um terno preto, com camisa preta e gravata preta, ele parecia maior e mais forte. Conversava com um grupo de homens ali como se ele pudesse ser civilizado, mas o que eu conhecia dele? Os homens ao redor o olhavam concentrados em tudo que ele dizia. Como se ele fosse algum tipo de Deus, como se ele merecesse respeito. Engraçado, já que Dante era o mais jovem na roda.

A música ficou mais alta, era rápida e as luzes mexiam no mesmo tempo, Lorenzo me estendeu uma taça.

— Champanhe! – ele gritou por cima da música. Eu não bebi , mas aceitei apenas para ter o que segurar. Amélia pegou outra, e estava se movendo alegremente. Não era o tipo de festa que eu acho que Amélia gostaria, mas eu a conhecia há apenas duas semanas.

Ela trocou um olhar com Lorenzo e me perguntei o que estava acontecendo, será que finalmente ele tinha acordado?

Então ela marchou fora da pista e ele saiu pelo lado oposto. Aproveitei a chance de ir ao jardim, Deus eu queria andar naquele jardim. E eu furtivamente saí para a varanda, o cheiro de folhagem me atingiu, me lembrava da cabana e do cheirinho de mato de manhã, meu coração se aperta sempre que eu me lembro disso, pouco antes de tudo dar errado na minha vida. Tinha uma roseira enorme logo à frente, minha mãe tinha uma versão desses em um pequeno jardim atrás da nossa casa, mas assim como minha mãe ela morreu lentamente.

— Cuidado para não espetar o dedo. – Soltei a flor assustada. Dante estava atrás de mim.

— Deus! Você me assustou. – ele não se desculpou. Ele estava sombrio. Me olhando de cima a baixo como se minha presença o deixasse com raiva.

— Por que não estava lá dentro?- sua voz acusadora.

— Bem, não diga isso a Amélia, mas essa festa não se parece com ela, eu estava louca para vir ver o jardim na verdade.

— Você gosta?

— Sim, quando eu era pequena eu ajudava minha mãe no nosso jardim, não era nada como isso, era bem modesto na verdade, pequeno, mais nós cuidávamos juntas... Estou falando demais, devíamos entrar.

— Estamos saindo. – ele disse.

— O quê?

— Você tem razão, essa festa não se parece com Amélia e não foi isso que ela planejou para nós, estamos saindo daqui.

— Uh, ok.

— Venha, eles estão nos esperando. – Ele pegou minha mão. Dante não devia estar muito longe dos vinte anos e suas mãos eram fortes, seu cheiro de homem realmente me fez querer enterrar meu nariz em seu terno caro. O simples toque de sua mão me deixou com as pernas bambas e o corpo ligeiramente quente e as bochechas coradas. Minha garganta seca. Deus! Ele só segurou a minha mão e eu estou realmente derretendo?

 No meu carro Amélia já estava espremida entre Lorenzo e Harley no banco de trás.

— Mas que merda é essa? – pergunto.

— Entre e dirija. – Dante disse, ele amava usar esse tom de ordem na voz, eu não gostava, fazia anos que ninguém me mandava fazer algo.

— Inferno não! – Ele me olhou com ainda mais raiva se é que isso era possível.

— Entra, porra e dirige!

— Não! Não sei que diabo está acontecendo...

— Deus! Por que você tem que questionar tudo?

— Pelo menos uma pessoa na terra não te obedece, irmão. – Lorenzo diz sorrindo. Ele passa a mão sobre seus cabelos. E respirou fundo. Tive a sensação que ele estava tentando controlar seu temperamento. 


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