Kisses and Guns escrita por Nina Arik
Notas iniciais do capítulo
Oieeeeee! Como estão? Estão gostando ?
Gente a demora em postar são problemas com a net e a faculdade sugando minhas energias. Desculpem qualquer coisa!
Obrigada por acompanhar!
Bjsss
— Você sabe o que acontece com pessoas que não me obedecem Lorenzo? – o riso de Lorenzo morre e eu estremeço. Uma energia perigosa vem de Dante, algo que realmente devia me dar medo. Mas, eu me recuso a ficar com medo.
— Isso é uma ameaça? – pergunto encarando ele. Estou cansada desse ar presunçoso dele. Dessa arrogância.
— Interprete como quiser, porra.
— Belo jeito de me convencer a fazer algo.
— Alex, por favor? – Amélia diz. Droga! Eu me sinto usada e uma trouxa.
— Os seguranças estão procurando por nós. – Dante diz.
— Como você sabe?
— Por que eu tenho a porra da escuta, e se você não dirigir o maldito carro, eu vou apenas dizer que você tem uma arma. Os seguranças daqui não vão levar isso tão bem quanto eu.
— Deus! Você a entregaria? - Harley pergunta.
— Com prazer.
— Pensariam que ela estava espiando e...
— Eu sei. Você acha que eu me importo?
Merda!
Entrei no carro. Eu podia discutir mais quando eu estivesse a quilômetros daqui. E me lembrem de nunca voltar.
— Deus! Que merda eu me meti? Que merda está acontecendo Amélia?
— Estamos fugindo. – disse Amélia. Ela se abaixou assim como os outros.
— Mas por quê?
— Eu ti explico depois. Desculpe. – sai da garagem. Dante se abaixou assim como os outros. Quando cheguei à segurança um dos homens de “preto” me olhou incisivo.
— Já vai? – ele sorri. Ele é bonito. Jovem, forte, alto. Cabelos castanhos e olhos verdes.
— Sim, não gosto de festas formais. – como se eu tivesse ido a alguma.
— Vejo. – ele sorriu. – Sou Antônio. Você não é daqui não é? – balancei a cabeça e agarrei o volante para ele não ver o tremor de minhas mãos.
— Alexandra. Não mudei a pouco tempo.
— Está gostando?
— Sinceramente? Não. Vim de uma cidade pequena para outra. Lugar diferente, mesmos problemas.
– Eu podia te levar para jantar qualquer dia. – pisco algumas vezes. – Posso mostrar a cidade. Você vai ver que não é tão ruim.
— É...
— Meu número. – ele estendeu um cartão. Ele andava com cartões com o numero dele por ai? Deus! Essa gente era estranha.
— Oh, obrigada.
— Boa noite, Alexandra. – ele piscou tentando ser charmoso. E ele foi. Na verdade. Se eu fosse uma garota comum e não essa com uma bagagem enorme pra carregar, literalmente caia nessa. Eu ficaria lisonjeada. Sorriria afetada e no outro dia eu ligaria para ele. Mas isso não iria acontecer.
Depois que abandonei o portão avancei rápido. A raiva se construindo. Lorenzo gargalhou.
— Porra, você viu isso?? Antônio te convidou para sair!
— Meu Deus! – Amélia disse se mexendo. – Ele estava dando em cima de uma convidada!
Dante estava quieto. Não era novidade. Ele só olhou através da janela.
— Bem, eu não posso culpa-lo. Alexandra é um inferno de uma boa visão. – Lorenzo disse.
— Você devia saber quando calar a boca. – Harley disse.
— Ah, para, foi um elogio!
— Para onde vamos? –pergunto ignorando os comentários. Minhas bochechas estão rubras por causa da provocação e seu só não tenho vontade de entrar na brincadeira.
— Vou te dar as direções. – Dante disse, ele sempre parecia chateado e com raiva entorno de mim o que me deixava confusa. Ele me ameaçou! E todos eles me usaram hoje! Pessoas ricas de merda! Acham que seu dinheiro compra tudo. Novidade! Não compra a mim! Minhas mãos tremiam levemente. Deus! A última vez que senti tanta raiva assim eu atirei em alguém! Não é uma coisa boa que minha arma está presa na minha coxa.
— Eu sinto muito por ter deixado você no escuro. – Amélia disse depois de um longo silencio. – Não iam deixar a gente sair de lá sem seguranças, e é o meu aniversário! Eu quero ser só eu hoje, mesmo tento tendo que carregar esses três malas.
— Ou seja você me usou. – disse. Suspirei. Ao longo dos anos eu tinha sentido um cansaço profundo. Sempre correndo e fugindo exatamente do jeito que fiz hoje, eles não saberiam nunca o que eu tinha passado o quanto eu tive que lutar para chegar onde eu estava, se não fosse por pura força de vontade eu teria morrido em uma das surras do meu pai, ou sucumbido a fome, no entanto eu tinha levantado cada uma das vezes que eu estava no chão e agora me sentia fazendo papel de boba. Não estava desesperada para ter amigos, talvez o motivo fosse esse.
— Eu não usei você.
— Não? – Digo olhando para seus olhos azuis através do espelho. – Como se chama isso então?
— Eu sinto muito ok? A minha amizade foi sincera desde o começo.
— Mas você não se importou em usar essa amizade sincera para cumprir o seu objetivo.
— Eu não pensei dessa forma. Eu, me aproximei de você por que queria uma amiga e queria que você se divertisse comigo hoje.
— Da próxima vez, se houver uma, diga a sua amiga o tipo de diversão em que ela está metida. – ela abaixa os olhos.
— Eu sinto muito mesmo Alexandra. – Respiro fundo. Foda-se.
— Tem outra coisa. – Lorenzo diz. Sorrindo. Deus nem o melhor de seus sorrisos salva meu dia hoje.
— O que é?
— Vamos ficar na sua casa.
— Como é?
— Por favor? – Amélia fez beiço.
— O que eu devo fazer se eu disser que não? Deixar vocês na rua?
— Vamos para um hotel. Mas, vão nos achar fácil lá. – Dante diz.
— Esqueço que vocês podem dar a esse luxo. – eu disse olhando Dante que parecia só falar comigo em um tom arrogante. – Quem vai achar vocês?
— Isso você não precisa saber.
— Não preciso saber? Não preciso saber? – Grito.
— Uh, acho que você deixou ela com raiva.
— Eu supostamente vou abrigar vocês e não preciso saber? Qual é o seu problema idiota? – eu grito antes que posso me segurar. Por um momento todos no carro seguram a respiração. Como se eu tivesse acabado de cometer um crime grave. Dante aperta os olhos para mim. E eu tenho a desculpa de olhar para estrada por que certo como um inferno eu não quero olhar para Dante e pra ninguém mais.
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