Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 7
Não se sinta assim tão à vontade.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia gente!



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— Au. Essa doeu ein Dante! – Lorenzo riu alto e parecia que ele mantinha esse bom humor constante, eu achei que tudo isso era uma farsa, mas eu gostei dele. Mesmo assim. – Porra mais que cheiro bom! O que você tem ai? Sua mãe está cozinhando? – ele pergunta já entrando em casa e tomando longas respirações.

— Lorenzo! – Amélia disse em tom de repreensão como se ele fosse uma criança, acho que ambos jogavam esse jogo, mas era exaustivo para ela eu podia ver. – Não entre na casa dos outros assim!

— Ah pelo amor de Deus! Me dá um tempo Amélia. Alex não se importar e nem a mãe dela.

— Minha mãe está morta. – eu disse sem emoção na voz. Isso garante que todos me olhem com os olhos arregalados.

— Não mencionou isso outro dia. – Dante disse, seu maxilar cerrado e claramente ele estava com raiva. Ele me olhou mais diretamente que os outros. Engulo seco por que seu olhar me afeta.

— Estava ocupada demais pensando se você ia atirar em mim ou não.  – Digo simplesmente e desvio do seu olhar eu não sou corajosa o bastante para manter. - E isso é uma torta no forno, e se vocês puderem se sentar nessa pequena mesa eu estou pronta pra servir. – digo. E fodam se eles com seus olhares de piedade.

— Eu ti ajudo. – para minha surpresa isso veio de Dante. Não recusei, todo mundo me olhava com os olhos miúdos de pena, eu não queria pena, eu tinha lutado de mais para me dar ao luxo de ver esse tipo de olhar novamente.

— Ótimo, os pratos estão nesse armário de cima, pegue os e distribua. E os talheres na terceira gaveta, e vocês movam suas bundas para a mesa. – eles se moveram lentamente. Amélia estava mandando olhares de advertência a Lorenzo que fingia que não via. Deus! Será que ambos não percebiam que estavam perdendo tempo?

Tirei as duas formas de torta do forno, eu sabia que homens tinham grandes apetites e esses homens eram grandes! Peguei a salada e coloquei na minha mesa de quatro lugares, nunca imaginei que ia usar os quatro, muito menos mais que isso.

— Certo mana, você senta no meu colo! – Harley disse, pela primeira vez ele sorriu e Deus ele era bonito, como se o próprio Eros o tivesse tocado. O sol que entrava pela janela da minha cozinha deixava os cabelos dele e de Amélia como ouro puro, ele tinha um rosto de derreter coração, aliás, os três homens ali poderiam seguir carreira de modelo, no entanto eu resistia em olhar Dante por alguma razão, quando ele me encarava abertamente. Eu podia sentir. Quase como se seu olhar me queimasse.

— Não será preciso Harley, tenho um banquinho no quarto.

— Não me importaria de você sentar no meu colo, Alexandra. – Lorenzo disse sorrindo para mim.

— Porra, Lorenzo cala a porra da boca. – Dante diz.

— O que? É verdade!

— Tenho certeza que não se importaria, mas eu prefiro me sentar no banco. – todos riram. Os servi quando voltei com o banco.

— Isso está maravilhoso. – Elogiaram minha comida. Harley fechou seus olhos, Lorenzo suspirava e Dante simplesmente colocou um pedaço enorme em seu  prato, não sei se eu acreditava, afinal eu tinha visto seus carros, suas roupas, eles não eram pobres e minha comida não era artigo de luxo, provavelmente eles comiam melhor que isso. Tinham gente mais adequada para cozinhar. Ou varias dessas pessoas. No entanto, eu aproveitei o elogio.

— Quando aprendeu a cozinhar? – Harley perguntou.

— Quando minha mãe morreu.

— O que aconteceu com ela? – Dante perguntou incisivo. Dei de ombros.

— Câncer. – O coro de “eu sinto muito” soou logo depois. Motivo pelo qual eu não falava disso.

— E seu pai? – Dante estava me interrogando de novo. Apertei meus olhos para ele.  

— Em algum lugar por ai.

— Foi por causa dele que você veio pra cá e mudou seu nome? – Epa! Assunto delicado.

— Dante! Pare de interroga-la. – Amélia diz em tom de advertência. Olho feio para ele, mas Dante parece inabalável.

— Respeite a comida da moça irmão. – Lorenzo disse com a boca cheia.

— Não me diga o que fazer, irmão.

— Você pode encher a boca de comida ao invés de ficar falando merda quando a moça está nos alimentando. – Harley disse.

— Como se eu me importasse com alguma coisa.

— Certo, chefe. – Harley diz ironicamente. Dante, no entanto encara o prato e interrompe a comida. Reprimi um suspiro de alivio. Eu não queria falar da minha vida abertamente.

— Meninos fiquem aí que eu vou experimentar a roupa nela. E não se atrevam a espiar.

— Você faz uma imagem ruim de nós.  Lorenzo riu.

— Se fosse só uma imagem não é? Não se engane com seus rostos bonitos, Alex... – ela diz piscando para mim.

— Eu sei que sou bonito, Amélia. Mas, é sempre bom ouvir. – Lorenzo provoca.

— Eu vou reservar o elogio ao meu  irmão e a Dante. Você não é claramente o meu tipo.

— Se eu fosse alguém teria que falar sobre isso. – Ele disse carrancudo e uma nova tensão se dissipou no ar. Quase palpável enquanto eles se encaravam.  Amélia foi a primeira a desviar o olhar e seguir comigo.

No quarto Amélia soltou um longo suspiro, enquanto tirava um pacote grande e vários menores, logo tirou o vestido azul marinho com bordados de prata, e sapatos combinando, além de uma combinação de lingerie.

— Jesus! Foi você mesma que...

— Sim. E sua surpresa é um elogio.

— Você é muito talentosa. – ela era. – Deus! Você poderia fazer fama com isso.

— Obrigada! – ela disse animada. – Vá! Experimente, eu trouxe umas agulhas caso precise de ajustes. – Fui até o banheiro só para encontrar Dante encostado na porta.

— Você realmente ia espiar? – perguntei tentando fazer piada, ele não sorriu de volta pra mim. Ele nunca sorria. Seus olhos pretos só me encaravam. Sua boca cheia parecia apertar em desgosto. Dante era muito alto. E sua altura tirava o melhor de mim. Eu sinta que ele podia me submeter a qualquer momento. E por que diabos eu estava pensando nisso? Engulo seco.

— Não preciso espiar moça. As mulheres tiram a roupa para mim voluntariamente. – corei. OH! Grande e poderoso Dante. Foda-se.

— Hum, devo te parabenizar. – Eu digo e ele sorri. Cínico. Ainda assim, Deus! É um daqueles sorrisos de molhar as calcinhas alheias.

— Devia tirar a roupa pra mim. – ele diz.

— Por que eu faria isso? – perguntei com raiva. Quem ele pensava que era?

— Por que não?

— Melhor me dar licença. - digo duramente. Deus! Como um homem tão bonito pode ser tão idiota?!

— Vai apontar sua arma pra mim outra vez? – ele pergunta quase divertido.

— Talvez eu faça. – Por que minha arma está presa em minhas costas. E não é difícil apontar para ele. Na verdade eu quase desejo isso. Para tirar a arrogância de sua expressão.

— E talvez eu mesmo tire sua roupa. – ele diz a sério.

— Não sei quem você acha que eu sou, mas provavelmente não sou o tipo de mulher com o qual você costuma lidar, não fale assim comigo outra vez. – a firmeza na minha voz me alegrou. Mas meu coração batia contra o peito como se quisesse sair.

— Tem razão. Eu literalmente não sei quem você é Alexandra, mas eu vou descobrir. - Ele saiu. Deus! Talvez ele não se aproximasse mais, ele me deixava nervosa.


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