Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 34
Capitulo 34 - Natal em família - parte I


Notas iniciais do capítulo

Oii oiii pessoas!
Como vocês estão?
Aqui vai mais um capitulo para vocês, espero que gostem!!
Obrigado a todos os comentários e também a todos que favoritaram essa historia! É por conta de todo o apoio de vocês que tenho animo para continuar co a fic, então de verdade, muuuito obrigada!
Sem mais delongas, vamos ao capitulo!



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Alguns segundos se passaram antes que Almofadinhas conseguisse despertar por completo, o que foi tempo suficiente para que o maroto escutasse o som dos passos de Remus descendo as escadas, sem esperar por ele. Quem quer que fosse que os estivesse visitando deveria ser uma pessoa realmente muito importante, já que por causa deste visitante Aluado nem ao menos se preocupara em espera-lo para descer.

Ainda um pouco tonto de sono, Sirius se levantou da cama, espreguiçando-se para acordar seus músculos enrijecidos, movimento do qual se arrependeu no instante seguinte, ao ouvir um forte estalo vindo de sua coluna. – Realmente não estou mais na minha melhor forma. – pensou o maroto, sentindo a dor nas costas que se seguira ao estalo.

Finalmente, a curiosidade sobre o visitante que o aguardava venceu a letargia e a penumbra que se instalara em sua mente por conta do sono, e o maroto trocou-se o mais rápido que conseguiu, saindo do quarto em seguida para saciar sua curiosidade, e também sua fome, que agora que estava totalmente desperto descobrira estar gigante.

Desceu os degraus da escada de dois em dois, e a medida que se aproximava do andar de baixo, começou a distinguir o som de vozes animadas, que vinham da cozinha. Pelo visto não se tratava de uma única visita, ao que parecia, a casa estava cheia.

Não demorou muito para que o maroto chegasse ao local de onde vinham às vozes, estacando na porta para contemplar a bela surpresa de natal que recebera.

A cozinha estava lotada de pessoas, a maioria detentoras de cabelos ruivos intensos. Além das crianças e adultos da família Weasley, estavam presentes também Hermione Granger, uma garota extremamente inteligente que o ajudara a fugir no ano anterior e era a melhor amiga de seu afilhado, e, para a felicidade de seu padrinho, o próprio Harry.

Por um momento, Sirius permaneceu ali, parado na soleira da porta, apenas observando aquela cena bagunçada e colorida, que enchera seu coração de alegria. Durante os anos que passara em Azkaban, o maroto pensou que nunca mais teria um dia como aquele, ainda mais um dia de natal, rodeado de pessoas queridas que se importavam umas com as outras.

De inicio, nenhum dos presentes na animada e barulhenta cozinha notou a chegada do maroto, até que Ron, o melhor amigo de Harry, o viu, e exclamou: - Olhem só, nosso ilustre convidado finalmente deu o ar da graça! – fazendo com que todos parassem de conversar e o encarassem, todos exibindo largos sorrisos em suas faces.

Harry foi o primeiro a se levantar da cadeira na qual estava sentado e caminhar até onde o padrinho se encontrava, abraçando-o com força. – Senti sua falta padrinho! Como você está? – falou o garoto, sua voz exalando contentamento e alivio ao ver que o padrinho estava bem e novamente por perto.

Com o coração pulando de alegria com a recepção calorosa que recebera do afilhado, o maroto respondeu ao garoto: - Também senti sua falta Harry! E não se preocupe comigo, vou indo bem. Quero é saber de você, como está lidando com toda essa história do Torneio Tribruxo? – falou, finalmente soltando o garoto de seu abraço.

— Estou muito preocupado com você Harry. Esse Torneio é extremamente perigoso, quem colocou seu nome naquele cálice definitivamente não tinha boas intenções. Mas quero que você saiba que vou fazer o que puder para ajuda-lo, está bem? Você não está sozinho. – continuou Almofadinhas, olhando no fundo dos olhos verdes esmeralda do filho de seu melhor amigo.

— Eu sei padrinho, e dou graças a Merlim por isso. Quanto a este Torneio, a verdade é que estou meio confuso, não sei muito bem o que pensar sobre isso entende? Não sei por que essas coisas acontecem comigo...parece que tenho um imã para confusões e encrencas, mas eu nunca pedi por nada disso Sirius. Tudo que eu queria era ter um ano normal em Hogwarts, mas parece que isso não vai acontecer ao menos não esse ano. Mas esse é um assunto para conversarmos mais tarde, em particular. Por enquanto, será que podemos apenas curtir um natal normal? Nunca participei de um desses, o natal na casa dos meus tios era mais cinza que um dia nublado.

— Você tem razão, conversamos sobre este assunto mais tarde. Acho que nós dois merecemos um natal decente, não concorda? – a essas palavras, Almofadinhas e Harry se reuniram com o restante do grupo, e o maroto foi apresentado ao restante das pessoas que estavam no local e que lhe eram desconhecidas.

Reencontro Molly e Arthur Weasley, um casal com quem tivera algum contato nos tempos da Ordem da Fênix, mas que não conhecia muito bem. Apesar de não terem tido muito contato no passado, o casal Weasley o cumprimentou de forma calorosa, como se fossem amigos de longa data que haviam se separado por algum tempo, o que fez com que o coração de Sirius se aquecesse. Ele realmente não estava esperando ser recebido tão bem, afinal, até pouco tempo a imagem que as pessoas tinha dele era a de um louco assassino que traira os amigos.

Depois de se cumprimentarem, Sirius foi apresentado ao restante dos filhos do casal, na seguinte ordem: Ginny, Fred, George, e Carlinhos. Cumprimentou então Hermione e Ron, que o abraçaram com carinho, demonstrando estarem genuinamente felizes por vê-lo novamente.

Depois que todas as apresentações foram feitas, voltaram a sentar-se em volta da mesa da cozinha, e o maroto acabou sentado entre Harry e um dos gêmeos, que ele ainda não aprendera a distinguir, todos conversando de animadamente.

— Sirius, o Prof.Lupin estava nos contando que vocês são os criadores do “Mapa do Maroto”, e acredite meu caro, temos muito a agradecer vocês por isso! – falou, um dos gêmeos, virando-se para encarar Almofadinhas, que por sua vez abrira um largo sorriso ao se lembrar de seu velho e querido Mapa, e do quanto fora divertido o seu processo de criação.

— É mesmo garoto? Fiquem certos que fico imensamente feliz em saber que o Mapa teve serventia para as gerações futuras! E que alguém continuou a azucrinar Filch com ele. – acrescentou o herdeiro dos Blacks, arrancando boas gargalhadas dos gêmeos.

— A com certeza que sim, ele tenta nos expulsar desde que colocamos os pé em Hogwarts. – comentou, divertido, o gêmeo que estava sentado mais distante de Sirius, em um tom brincalhão. – e a verdade é que não sei o por que disso, somos verdadeiros anjos, não somos Fred? Apenas trabalhando em prol dos alunos, para deixar aquela escola um pouco mais interessante, que mal há nisso? – continuou, ganhando em resposta um aceno de concordância do irmão, que no momento não podia responder por estar com a boca cheia de ovos com baicon, e uma gostosa risada de Almofadinhas, que começava a vislumbrar um pouco de si próprio e de seus amigos em Fred e George. Era exatamente este o pensamento dos marotos em sua época mais gloriosa, os sete anos que passaram no castelo de Hogwarts.

Almofadinhas abriu a boca para responder, mas antes que conseguisse formular sequer uma palavra, foram interrompidos pela voz de Ginny, que ele descobrira ser a mais nova dos irmãos Weasley. – Esses dois não tem jeito, vivem dando dor de cabeça pra mamãe, não teve um ano em que ela não receba ao menos dez cartas reclamando do comportamento deles, e toda vez que uma carta dessas pra casa, um berrador chega na mesa da grifinória do dia seguinte. – falou a garota, balançando a cabeça m um claro sina de negação.

— Ah, o que é isso Ginny, você reclama agora, mas me lembro muito bem de você rindo até a barriga doer quando contamos a você que demos Caramelos Incha-Lingua para aquele primo do Harry, que mais parece um ciclope em formação. – disse o gêmeo que estava sentado ao lado de Sirius, que o maroto conseguiu gravar que se chamava Fred.

— Okay maninho, admito, essa cena deve ter sido realmente hilária! – concordou a garota, gargalhando ao lembrar-se da história.

— Vocês deram o que ao garoto trouxa? – perguntou Almofadinhas, sua curiosidade aguçando com as palavras de Ginny.

— Caramelos Incha- Lingua, criação nossa. A primeira vista um doce comum, mas que quando a pessoa come faz com que a língua dela fique roxa e inchada, aumentando de tamanho conforme o tempo passa. Ainda é um protótipo, mas temos tido resultados excelentes! – respondeu George, uma pontada de orgulho aparecendo em sua voz.

— Incrível!! – exclamou Almofadinhas, seu lado maroto aflorando enquanto ouvia o relato dos gêmeos. Aqueles dois eram com certeza dignos de usar o mapa do maroto, a próxima geração de criadores de confusão de Hogwarts. –Estou muito curioso sobre esse produto de vocês garotos, vocês são realmente geniais sabiam? – continuou o maroto, que rapidamente se afeiçoara aos garotos, que o faziam se lembrar de sua própria época de travessuras, a época mais feliz de sua vida.

— Temos alguns produtos em andamento, que estão em fase de testes. Podemos lhe mostrar da próxima vez que nos encontrarmos! Infelizmente não os trouxemos para cá, mamãe ia ficar uma fera, e depois do ultimo berrador resolvemos ficar um pouco mais quietos, ou ela pode acabar descobrindo nossa pequena fabrica de pregar peças. – falou Fred, um sorriso maroto brotando em seus lábios.

Antes que Sirius pudesse responder, Harry, que até aquele momento estivera entretido em uma conversa com Ron e Hermione, voltou sua atenção para o padrinho: - Sirius, sei que combinamos de deixar as preocupações para depois, mas acho que seria melhor que conversássemos antes do almoço de natal, o que acha?

Sentido a ansiedade que a voz de seu afilhado emanava, Almofadinhas pediu licença aos gêmeos, prometendo que logo estaria de volta para conversarem sobre os produtos que estavam fabricando, e levantou-se da mesa, seguido por Harry.

Buscando um lugar no qual pudessem conversar com tranquilidade, o maroto conduziu o garoto pela escada a cima, e eles pararam em uma ampla sala de estar. Sem esperar por convite ou indicação, Harry desabou em um dos sofás que havia no aposento, aparentando estar extremamente cansado.

— Ande Harry, conte, o que está lhe preocupando? O que está acontecendo? – perguntou o maroto, embora já soubesse da resposta. Queeria que o afilhado se abrisse, que sentisse que podia confiar nele.

— Não sei exatamente....estou me sentindo perdido, solitário. Todas aquelas pessoas lá em baixo são incríveis Sirius, são os melhores amigos que alguém poderia pedir, e ainda assim, há momentos em que me sinto sozinho. Toda essa historia de Torneio Tribruxo está mexendo comigo, eu nunca quis nada disso entende? Não pedi por fama ou glória, não pedi para ser “o menino que sobreviveu”. Estou com medo, apavorado. Não sei o que fazer, e isso me assusta mais do que eu imaginava.

Ouvindo o relato do afilhado, o maroto não pode deixar de sentir uma pontada de culpa. Harry se sentia sozinho, estava com medo, e ele, seu padrinho imprestável, tinha estado longe tempo demais, e justo quando o garoto mais precisava.

— Calma Harry, acredite em mim, eu posso imaginar como você está se sentido, sei que não é fácil, mas prometo que vou estar aqui para ajuda-lo está bem? Tudo vai dar certo. Daremos um jeito nesse torneio idiota, eu prometo. – falou, tentando minimizar ao máximo possível o sofrimento de seu querido afilhado com suas palavras.

— Será mesmo? Não Sirius, eu não sei. Não me acho pronto para este Torneio, além do mais, meus oponentes são mais velhos e mais fortes, conhecem feitiços que eu nunca nem ouvi falar. Sei que devo estar soando como uma criança birrenta, mas a verdade é que só queria ser um bruxo comum, não uma lenda carente de atenção como está na capa do Profeta. – continuou o garoto, em tom desanimado.

— Olha Harry, não se preocupe tanto. Você não pode carregar o peso do mundo nas costas desse jeito. Quanto a oponentes fortes e feitiços desconhecidos, duvido muito que você não consiga lidar com isso. Vi você aprender o feitiço do patrono em muito pouco tempo, e duvido que tenha algum feitiço que você não consiga aprender rapidamente, e além do mais, você te o vasto conhecimento de Hermione para te ajudar. E o meu é claro, prometo que vou fazer o que puder para ajuda-lo.

— Eu sei padrinho, obrigado, de verdade. É muito bom saber que tenho com quem contar, uma família de verdade. É muito bom saber que não dependo mais dos Dursleys....mas além do Torneio, tem outra coisa que anda me preocupando. Ando tendo pesadelos Sirius, sempre o mesmo sonho....

— E com o que exatamente você tem sonhado Harry? – perguntou o maroto, não conseguindo disfarçar a nota de preocupação em sua voz. Ele mais do que ninguém sabia como era ruim ser atormentado por pesadelos.

— É um corredor escuro, todo preto, sem portas ou janelas. No sonho, estou sempre tentando encontrar a saída, estou desesperado, correndo sem rumo pelo corredor, que parece apenas se alongar, quanto mais eu ando, como se eu estivesse andando em círculos. Sinto como se as paredes estivessem se fechando sobre mim, como se eu fosse ser esmagado por elas, é sufocante. E ai vem à voz, uma risada fria e sem alegria, que me acompanha até que eu acorde.

Ao ouvir o relato do garoto, o coração de Sirius se apertou, encolhendo-se sobre o peso daquelas palavras. Harry estava tendo praticamente o mesmo pesadelo que ele, o que aquilo significava?

Embora tenha ficado extremamente assustado e preocupado com o que o afilhado lhe contara, Almofadinha tentou não transparecer. A ultima coisa que Harry precisava naquele momento era de mais uma coisa com a qual se preocupar, por isso, o padrinho tentou ao máximo fazer com que o garoto esquecesse aquela história e se concentrasse no perigo real e imediato, o Torneio Tribruxo.

— Ouça Harry, sei que esses sonhos são perturbadores, mas por enquanto são apenas isso, sonhos. Então tente esquece-los está bem? Procure focar nos problemas mais urgentes que temos a resolver, que tal? De qualquer forma, me avise se voltar a ter esse sonho, ok?

— Tudo bem. – respondeu o garoto, a quem não passara despercebida a reação do padrinho a noticia de seus sonhos com o corredor negro. – E você Sirius? O que tem para me contar? – perguntou Harry, que sentia que havia alguma coisa que o padrinho queria lhe falar.


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Notas finais do capítulo

E entãao?? O que acharam?
Deixem um oi pra mim nos comentários, isso me fará imensamente feliz!
Beijokas e até o proximo capitulo!