Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 32
Capitulo 32 - A casa da familia Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!
Como vocês estão??
Ainda não consegui decidir se vou ou não dividir a fic em volumes, entao por enquanto vou continuar postando neste volume mesmo.

Obrigaada as queridas da Elrryn e da Rainha da Noite pelos comentários no capitulo anterior!

Espero que todos gostem deste novo capitulo!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703962/chapter/32

Flashback on

— Com licença Alvo, recebi seu recado, você queria falar comigo? – a voz de Minerva Mcgonagall reverberou pela silenciosa sala do diretor de Hogwarts. Dumbledore, que se encontrava concentrado n leitura de uma carta, levantou os olhos ao ouvir aquelas palavras, pousando-os na figura austera de sua mais antiga amiga e companheira de docência.

— Ah, Minerva. Que bom eu veio, tenho um assunto que preciso resolver, e gostaria de um de seus valiosos conselhos. – respondeu o diretor, não conseguindo esconder de sua voz a preocupação que assolava sua mente.

— Oque mais está acontecendo? Além do nome de Potter ter saído do Cálice, não consigo imaginar outro assunto que possa estar lhe causando tamanha preocupação! Diga logo, o que está havendo? – indagou a professora, alarmada pelo tom de voz de Dumbledore. Ela o conhecia muito bem que não eram apenas os acontecimentos dos dias anteriores que estavam ocupando a mente de seu amigo.

Sem esperar por uma resposta, completou a distancia que a separava da mesa do diretor e sentou-se a sua frente, encarando fixamente os olhos azuis por trás dos oclinhos de meia-lua, tentando decifrar o assunto para o qual fora chamada ali tão tarde da noite.

— Sirius. – falou Dumbledore simplesmente, como se aquele único nome fosse o suficiente para que ela entendesse exatamente o que estava acontecendo e pudesse lhe ajudar a encontrar uma solução para o problema que se apresentava.

— Sirius? O que tem ele? Pensei que tivesse conseguido escapar, que estivesse bem longe daqui, fora das vistas do Ministério, ou estou enganada? – voltou a falar a Prof.Mcgonagall, uma ruga de preocupação se formando quase que instantaneamente.

No fim do ano anterior, quando descobrira que Black era inocente, que não fora o culpado pela morte de James e Lily Potter, a professora havia sentido, de certa forma, um imenso alivio.

Durante os anos em que o herdeiro dos Black frequentara Hogwarts, ele havia se tornado um de seus melhores alunos, juntamente com James, e ela havia criado uma grande afeição por ambos. Por isso, saber que seu adorado aluno era inocente foi realmente bom. Por diversas vezes após a conversa em que Dumbledore lhe revelara toda a verdade, pensara em escrever para ele, mas sempre acabava desistindo.

— Ele está querendo voltar à Inglaterra. Não aguenta mais o exilio. Nem mesmo a presença de Lupin está funcionando como força contraria a esta ideia. E agora que irei lhe enviar uma carta lhe informando sobre os recentes acontecimentos, receio que não terei mais como impedi-lo de se arriscar e voltar. – disse o diretor, em um tom desgostoso.

— O que? Mas isso é um absurdo! Ele não pode voltar Dumbledore, é muito perigoso! Você tem que dissuadi-lo desta ideia maluca! – bradou a professora em um tom extremamente severo, que sua voz sempre assumia quando ela ficava muito nervosa e preocupada.

— Sinto lhe informar que nem todo o meu poder de convencimento será eficiente neste caso. – falou o diretor, mantendo a voz em um tom neutro. – Sirius está preocupado com Harry, é padrinho dele e sente que tem de estar presente, principalmente depois do que houve. Receio que nada do que eu diga ou faça vai fazer com que ele mude de ideia.

— Ainda assim...ele não pode voltar, não agora! Os dementadores ainda o estão procurando, Fudge aumentou em muito a gorda recompensa para alguém que tenha qualquer informação sobre o paradeiro dele, voltar agora será suicídio! – respondeu a Prof. Minerva, sua voz se elevando a medida que seu nervosismo aumentava.

Em geral, ela era uma pessoa calma e controlada, mas aquele assunto a deixava um tanto quando desequilibrada. Sentia um carinho especial por Sirius desde que este fora seu aluno de Transfiguração, apegara-se a ele e a James, até mesmo chegara a encobrir algumas de suas travessuras, eram seus favoritos, e saber que ele corria o risco de voltar para Azkaban a deixava alarmada.  

— Eu tenho consciência de todos esses fatos Minerva, mas creio que a responsabilidade de padrinho falará mais alto neste caso. Ele quer garantir que Harry fique bem, e não acha que isso vá acontecer a menos que esteja por perto. Honestamente, não o culpo por isso, e acredito que você compartilhe de minha opinião, afinal, nós dois sabemos que você também já agiu assim, sempre olhou por Sirius como uma mãe faria enquanto ele esteve na escola, mesmo que com essa pose severa que você ostenta para quem quiser ver. Ou estou enganado? – terminou o diretor, dirigindo um sorriso bondoso a sua interlocutora.

— Não, não está. Eu me afeiçoei a ele a James sim. Eram meus favoritos, todos sabiam disso. Todos nós sabemos o quanto as famílias antigas podem ser duras e cruéis, e eu via que não era fácil para ele crescer naquela família, por isso, sempre fiz o que pude para que ele tivesse Hogwarts e a Grifinória como o seu lar. – respondeu a professora, em seguida ficando em silencio, aguardando que o diretor voltasse a falar.

— E é justamente por esse carinho especial que você tem com Black que preciso de seus conselhos professora, a bem da verdade, preciso de sua ajuda. No momento e que eu enviar esta carta, e antes que a senhora possa me perguntar, não penso em não envia-la, Sirius tem o direito de saber o que está acontecendo; ele decidirá voltar, e precisamos achar um jeito de mantê-lo em segurança, longe dos olhos de nosso querido Ministro...

— E o que você precisa exatamente? – respondeu Minerva, que no momento em que formulara a pergunta já tinha decidido que estava disposta a ajudar.

— Estou pensando em manda-lo para a casa de minha família, em Godric-s Hollow, ao menos por algum tempo, até que consigamos encontrar um local definitivo. Mas preciso que alguém prepare a casa com feitiços de anti-detecção e de proteção, e também alguém que vá recebe-los, a ele e a Lupin quando eles regressarem. Não é prudente deixa-los vagando por ai sozinhos, podem acabar tomando uma decisão impensada. Eu faria isso se pudesse, mas com todos os preparativos para o Torneio o Ministério está por aqui quase que constantemente, e uma saída minha poderia levantar perguntas que tenho certeza que adoraríamos evitar.

 - Não se preocupe, deixe isso comigo. Apenas me avise quando eles irão chegar. Estarei lá para recebe-los. – respondeu em um tom de voz firme, que arrancou um sorriso de seu colega.

Flashback off

Sem esperar uma reação a sua súbita e surpreendente aparição, o gato listrado virou as costas para os dois e começou a descer a rua, confiante de que o cão e o homem iriam acompanha-lo.

Almofadinhas e Aluado trocaram um olhar de total incompreensão e se apressaram em acompanhar sua nova companhia, imaginando onde ela os levaria.

Os três continuaram a caminhar em um silencio repleto de expectativas. Desceram a rua principal até o final e viraram a esquerda, acabando por entrar em uma rua sem saída, não muito longe de onde estavam localizados os destroços da casa que um dia abrigara a família Potter. O pensamento de que estava próximo ao local onde perdera seus amigos por conta das ações de um traidor imundo, fez com que Sirius sentisse seu coração apertar pela dor.

O gato continuou a caminhar, dirigindo-se a uma casa pequena, quase no fim da rua. Tratava-se de uma casa de paredes originalmente brancas, mas que com os anos de descuido fora tomada pela hera, que deixara de alcançar apenas os grandes janelões que havia na parta da frente do imóvel.

O gato parou em frente a porta de entrada, e esperou pacientemente que seus companheiros o alcançassem. Seus olhos se demoraram na figura do enorme cão negro. Mesmo depois de Dumbledore ter lhe contado toda a verdade, de ela saber que Sirius e os amigos haviam se tornado animagos de forma clandestina, ela custara a acreditar. E agora ali estava a prova, diante de seus olhos, de forma incontestável.

O homem e o cão finalmente chegaram a porta da casa, o primeiro ligeiramente ofegante por conta do ritmo acelerado que o gato impusera, a lua cheia estava se aproximando, e por conta disto, seu estado de saúde piorava gradativamente.

Lupin testou a maçaneta redonda da porta, e esta se abriu com um leve ranger, revelando um vestíbulo pequeno, mas extremamente arrumado. Parecia que a casa havia sido preparada para a chegada deles, e pelo que conhecia da Prof. Mcgonagall e do Prof. Dumbledore, fora exatamente isso que ocorrera. Naquele momento, tanto ele quanto Almofadinhas agradeceram mentalmente por estarem de volta.

Quando todos já estavam na pequena sala de estar da casa, cão e gato retornaram a suas respectivas formas humanas, mestra e aluno se reencontrando depois de muitas luas.

Por um momento, os dois apenas se encararam, custando a acreditar que o outro estava realmente ali. Com certa apreensão, Minerva notou o quanto seu antigo aluno havia mudado, o quanto os anos em Azkaban haviam endurecido aquela fisionomia brincalhona que ele antigamente ostentava. Os anos passados na prisão dos bruxos haviam surtido um efeito de endurecimento das feições do herdeiro mais velho da família Black...algo que sua antiga professora notou logo de cara, não sem ficar triste com esta constatação.

Para Sirius não era muito diferente. Reencontrar sua professora favorita quando de seus tempos de estudante era algo realmente incrível, e ele estava muito feliz com isso, mas não pode deixar de notar que o tempo também havia passado para ela.

Almofadinhas abriu a boca para dizer alguma coisa, mas a professora foi mais rápida: - é muito bom ver vocês novamente! – disse, lançando um de seus raros sorrisos a seus antigos alunos.

— É muito om ver a senhora também, Profa. Minerva! – exclamou Lupin, genuinamente feliz com o reencontro. Durante o ano em que lecionara em Hogwarts, tornara-se  próximo a sua antiga professora, que lhe dera vários conselhos valiosos sobre como manter a classe entretida com a aula, além de não deixa-lo esmorecer ou desistir de lecionar por conta de sua condição de lobisomem.

Sirius por sua vez, não conseguiu fazer com que as palavras saíssem. Estava incredulo, surpreso por encontrar a Profa. Minerva a sua espera. A bem da verdade, ela sempre fora sua professora favorita não somente por que ele amava transfiguração, mas também porque ele sentia que ela olhava por ele, cuidava dele e de James com um carinho especial.

Sem conseguir encontrar o caminho para as palavras, ele simplesmente cobriu a distancia que os separava e abraçou sua antiga professora. Sentira muito a falta dela, sentira falta da proteção que ela sempre representara. – Me diga que ainda sou seu aluno favorito! – falou, arrancando gargalhadas tanto de Aluado quando da professora.

— Mas é claro que sim! Posso não ter uma coleção de favoritos como o velho Horácio, mas você vai ser sempre meu favorito, assim como James. – respondeu a mais velha, secando o canto dos olhos de forma discreta com seu lencinho de seda quando se separaram.

Ela tinha plena consciência de que aquele reencontro iria mexer com suas emoções (embora transparecesse ser uma pessoa severa e dura, a professora tinha na realidade um coração tão mole quanto manteiga derretida, ao qual poucas pessoas tinham acesso), mas não esperava que fosse ser tanto assim. Realmente era muito bom saber que aquele garotinho inteligente que chamara sua atenção logo na primeira aula, e que ao longo de todos os sete anos em que passou em Hogwarts lhe inspirara cuidados, estava bem, apesar d tudo que havia passado.

— Como vocês estão? Fizeram uma boa viagem? Se alimentaram direito, estão com fome? – falou, não conseguindo deixar de soar como a professora que se preocupa com o bem-estar dos alunos sob seu cuidado. Para ela, de certa forma, Lupin e Black seriam eternas crianças.

— Estamos bem professora, não se preocupe. E a senhora, como está? – respondeu Lupin, o buraco que aos poucos se formava em seu estomago não conseguindo vencer a polidez que lhe era característica.

— Fale por você Aluado, eu estou morrendo de fome! – disse Sirius, novamente conseguindo arrancar gargalhadas dos presentes. – E, desculpe-me perguntar professora, mas a senhora conhece minha curiosidade: de quem é esta casa? Poderemos ficar aqui por algum tempo?

Antes de responder, a professora puxou a varinha de suas vestes, a apontando para uma mesinha de centro que havia na sala e fazendo surgir ali pratos com bolo de carne, sanduiches e torta, além de uma jarra de suco de abóbora gelado. – Direto das cozinhas de Hogwarts! – respondeu, sem conseguir conter sua empolgação. – E quanto a esta casa, ela pertence ao Prof. Dmbledore. Ele me pediu que os trouxesse aqui. Por enquanto é aqui que você vai ficar Sirius, até que encontremos um lugar mais seguro...

A fala da professora é interrompida por Almofadinhas: - Entendo...mas Profa. Minerva, vocês não precisam se preocupar com isso! Posso me virar. Além do mais, não quero que vocês se metam em encrenca com o Ministério por minha causa...

— E desde quando Dumbledore, ou mesmo eu, nos importamos com o Ministério? Nem pense em discutir Sirius, eu dava as ordens quando era sua professora de transfiguração, e agora quero que aceite minha ajuda como amiga. E isso não está aberto a discussões. Entendido? – ralhou a mais velha, lançando um olhar que ficou no meio do caminho entre o brincalhão e o severo.

— Tudo bem, tudo bem. Me desculpe, professora. – respondeu o maroto, um sorriso divertido brotando em seus lábios. Aquela conversa estava fazendo com que se lembrasse de seus tempos de estudante, tempos em que ele e os amigos conseguiriam mudar o mundo, tempos em que ele pensava que nada era impossível, bastava você realmente acreditar.

— Ah, antes que me esqueça, trouxe correspondência. – falou Minerva, tirando de suas vestes, tirando de dentro de suas vestes verde esmeralda um bolinho de cartas amarrados com um barbante. Ela desfez o nó e entregou as cartas a seus remetentes. – Essas duas são para você Sirius, e essa, é para você Remus.

Depois de entregar as cartas, a professora mostrou a eles o restante da casa, e recomendou a Sirius eu evitasse ficar perambulando pela vizinhança. Voltaram então à sala onde haviam conversado, e ficaram ali por mais algum tempo, durante o qual ela contou aos dois os acontecimentos dos últimos dias na escola, e também toda a confusão que havia gerado o fato de o nome de Harry ter sido escolhido pelo Cálice.

Por fim, a professora lhes disse que precisava regressar a Hogwarts, mas que voltaria para vê-los em breve. Com um estalo surdo, Minerva abandonou o aposento, deixando para trás dois amigos muito felizes com o breve reencontro, mas também extremamente preocupados com o que estaria por vir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como me sai??
Espero que tenham gostado!!
Por favor, deixem um comentariozinho e façam essa autora feliz!
Beijokas!!