Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 21
Capitulo 21 - Uma final e um princípio de começo


Notas iniciais do capítulo

Oioii pessoas!!
Espero que estejam bem!!
Antes do capitulo de hoje, gostaria de agradecer a Ellryn, a Princesa Mestiça e a Rainha da Noite pelos comentários maravilhosos!! obrigaada por tudo meninas, vocês são demais!
Agora vamos ao capitulo, espero que vocês gostem!!
Boa leitura a todos!!



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Se os jogadores estavam nervosos e ansiosos com a grande final que se anunciava, talvez esta ansiedade não se comparasse a do cão negro que assistia ao inicio da partida com o coração aos pulos, acompanhado de um gato que só fazia encara-lo, como se tentasse decidir qual era o problema daquele cachorro.

— Porque está nervoso desse jeito? É só um jogo idiota, não é como se fosse mudar toda a sua vida sabia? – exasperou-se ichento, que não conseguia entender porque aquela partida parecia ter tanta importância. Pessoalmente, achava os jogos que os humanos gostavam muito entediantes. Não via qual era a graça de ficar atirando uma bola entre aros, ou de percorrer o campo inteiro atrás de uma minúscula bolinha dourada e com asas.

— Você realmente não entende nada sobre quadribol, não sabe quão eletrizante é estar em uma final! Além do mais, essa é uma final especial, meu afilhado vai jogar, e quero muito que ele se saia bem! – respondeu Sirius, revirando os olhos para o gato.

— É claro que eu não entendo. Sou um gato, esqueceu? Não tenho nenhuma obrigação de saber alguma coisa sobre esses jogos idiotas de vocês. – bufou Bichento, pondo fim a pequena discussão.

Sirius não respondeu, voltara a focar no jogo. A outra partida que assistira fora excelente, os times das duas casas eram muito bons, e o que definiu a partida foi o talento do apanhador da casa dos leões, Harry realmente fizera uma excelente partida contra a Corvinal. Hoje, contra a Sonserina, Almofadinhas tinha esperanças de que o afilhado repetisse o feito.

O apitou soou e os jogadores ganharam altura, cada um se encaminhando para a sua respectiva disposição. Com desagrado, o maroto notou que o apanhador da casa verde e prata era ninguém menos que aquele garoto loiro que ele vira na aula de Hagrid certa vez, um sujeitinho que ostentava uma expressão arrogante mal encarada, como se tivesse tomado um copo de leite azedo antes de entrar em campo.

— Tomara que um balaço te derrube da vassoura. – pensou o maroto, que definitivamente não gostava do garoto, mesmo que nunca tivesse trocado nem uma única palavra com ele. Nada tirava da cabeça de Sirius que o apanhador da Sonserina se parecia demais com uma mistura de sua prima Cissa e aquele intragável do Lucius Malfoy, e ele duvidava que algo bom pudesse resultar disso.

O jogo se iniciara bastante equilibrado, mesmo que o time sonserino não estivesse jogando uma partida exatamente limpa. Grifinória marcou 30 pontos nos primeiros quinze minutos, contra 40 da Sonserina. Aquele não era um placar nem perto de bom, já que a casa dos leões tinha uma desvantagem de pontuação. Se Harry capturasse o pomo de ouro naquele momento, o time grifinório iria ficar em segundo no campeonato, mesmo com a vitória. Por isso, o garoto se concentrava em marcar o apanhador do time adversário, buscando evitar que este capturasse a bendita bolinha dourada.

Não que a marcação se fizesse exatamente necessária. O garoto loiro não era um exímio jogador, e se distraia com muita facilidade de seu objetivo principal, tentando derrubar Harry da vassoura. Infelizmente para ele, mal conseguia chegar muito perto do garoto para provocar uma colisão, a Firebolt realmente tinha um desempenho incrível, e era nitidamente mais rápida que as demais. Naquele momento, Sirius sentiu-se imensamente feliz, pelo menos seu presente estava sendo muito bem utilizado pelo afilhado.

Aos poucos, o time grifinório conseguiu aumentar sua pontuação, abrindo a diferença que precisava para ganhar a tão sonhada taça. Aquele era o momento. Se Harry capturasse o pomo agora, o time da Grifinória seria o vencedor. O momento era vital, e apesar disso, a maldita bolinha teimava em continuar desaparecida.

Harry e o garoto loiro estavam agora emparelhados. Parecia que finalmente tinham achado alguma coisa. O momento pareceu acontecer em câmera lenta, segundo após segundo, enquanto Sirius prendia a respiração sem nem mesmo se dar conta disso, apreensivo pelo afilhado. Harry ia conseguir, ele tinha que conseguir.

Parecendo escutar cada batida de seu coração como o barulho de um bongo, Sirius estreitou os olhos ao ver seu afilhado inclinar o corpo ainda mais sobre a vassoura, soltando uma de suas mãos, procurando algo no ar. – Vamos Harry! Vamos! Você consegue! – pensou o maroto, torcendo pelo êxito do garoto.

Como quem se livra de um inseto inconveniente, Harry deu um empurrão no apanhador adversário, ainda esticando sua outra mão para um objeto a frente. Naquele instante, o tempo pareceu parar por completo, também esperando para ver qual seria o desfecho daquela partida eletrizante. Finalmente, Harry fechou sua mão na minúscula bolinha, enquanto todos pareciam soltar a respiração e o tempo voltava a seu rítimo normal.

— PEGOOOU!!! – gritou o narrador ao microfone, não se importando em disfarçar sua alegria. – HARRY POTTER PEGOU O POMO DE OURO!! GRIFINÓRIA VENCEU!!

Grande parte da arquibancada irrompeu em aplausos e vivas, todos extremamente contentes com a vitória da casa dos leões. Enquanto ouvia a barulhenta comemoração, Sirius lutou para se controlar e não pular de alegria. – PARABÉEENS HARRY!!! PARABÉNS MEU GAROTO!!! Você é realmente tão bom quanto seu pai, Pontas ficaria orgulhoso. – pensou, desejando que pudesse estar lá no gramado, participando da festa vermelha e dourada, desejando que pudesse dizer a Harry o quanto estava orgulhoso dele, o quanto estava feliz pela vitória que o garoto ajudara a conquistar.

—--

“Aluado,

Como você está? Espero que este período não esteja sendo muito difícil, gostaria de poder ajuda-lo mais...

Sei que havíamos combinado que você me escreveria quando tivesse novidades, mas hoje sou eu quem tem coisas novas a contar, e infelizmente, não são nada agradáveis.

Hoje mais cedo Bichento veio me ver, e me contou que ao que parece, Pettigrew fugiu da torre da grifinória. Não sei de detalhes, mas pelo que ele me disse, o “dono” do rato estava gritando para quem quiser ouvir que ele (Bichento) tinha matado o rato dele. Parece que havia sangue nas cobertas do garoto e o rato tinha desaparecido...

Conhecendo aquele verme, aposto que ele deu um jeito de se ferir e sumir sem que ninguém percebesse. O que me preocupa agora é: como faremos para encontra-lo?

Espero que você tenha alguma de suas ideias geniais, porque as minhas parecem ter desaparecido, realmente não sei o que fazer. Estou começando a perder as esperanças...

Almofadinhas”.

Sirius terminou de redigir o bilhete para Remus e entregou-a para Bichento levar até o amigo. Estava desanimado. Oque fariam agora? Como encontrariam aquele maldito rato? Aquele verme poderia estar em qualquer lugar, talvez aquela altura já estivesse fora dos terrenos de Hogwarts.

Enquanto aguardava que o gato de rabo de escovinha voltasse com a resposta de Aluado, Sirius passou algumas horas de profundo tédio e desanimo. Tempo este em que nem mesmo um chocolate conseguiu anima-lo. Se Rabicho fugisse, talvez não voltasse a encontra-lo. Aquele verme poderia acabar ficando impune pela morte de seu melhor amigo, e aquela perspectiva só fazia com que o maroto se sentisse ainda pior. Porque hesitara? Porque não cravara a faca no coração de Pettigrew quando tivera chance?

Enquanto permanecia perdido em seus pensamentos, o maroto não percebeu o som de passos que vinham do andar de baixo. Só se deu conta de que não estava mais sozinho quando ouviu a voz de Remus, que o chamava com certa insistência: - Sirius! Ei, Sirius! Sirius!

— Ah, Olá Aluado! Não percebi que estava ai, me desculpe. – falou Almofadinhas, levantando-se e indo cumprimentar o amigo. Notou, com certa apreensão que Remus estava com uma aparência apática, meio doente.

— Como você está se sentindo? – perguntou, preocupado, acrescentando em seguida: - E que diabos você está fazendo aqui em plena luz do dia, e ainda nesse estado? E se alguém te visse?? – exasperou-se o maroto.

— Se acalme Sirius. Você não consegue raciocinar direito quando está nervoso, nós dois sabemos disso. E eu fiquei preocupado com o que você me escreveu, com essa história de Pedro ter fugido. E pode ficar tranquilo, ninguém me viu sair, eu verifiquei. – aquelas palavras, Lupin tirou do bolso interno de suas vestes um velho pergaminho, dobrado ao meio.

Almofadinhas o reconheceu na hora. Era o “Mapa do Maroto”, criação dele e de seus amigos quando estavam em Hogwarts. – Onde você conseguiu isso?? Pensei que aquele desgraçado do Filch o tivesse confiscado! – exclamou Sirius, extasiado de alegria. Pensara que nunca mais poria as mãos naquela relíquia, fruto do trabalho e das aventuras vividas por ele e seus amigos.

— Você não vai acreditar! – falou Aluado, parecendo tão feliz quanto o amigo. – Estava com Harry! E Snape quase o pegou ontem a noite...

— Com Harry? – exclamou o outro, mal disfarçando a alegria. Seu afilhado herdara o gosto por confusões de Pontas, com certeza. Saber que o garoto estava na posse do mapa encheu o coração de Sirius de contentamento. Harry se tornara verdadeiramente um legitimo maroto, mesmo sem saber disso. – Espera ai, porque Ranhoso está metido nessa história?

— acontece que Harry estava andando com o mapa pelo castelo ontem a noite, e por azar Snape o encontrou. Se eu não estivesse por perto, tenho certeza que Ranhoso teria dado um jeito de incriminar o garoto de algum jeito. Ai, para evitar suspeitas, eu acabei ficando com o pergaminho, dizendo que iria “investigar suas características ocultas”.

— Características que por acaso você conhece todas, não é mesmo Aluado?! – falou Sirius, em um tom divertido.

— Este é só um detalhe. – falou Lupin, entrando na brincadeira. – Além do mais, você está se esquecendo da melhor parte. Podemos usar o mapa para achar Pettigew! Ele não pode ter ido muito longe, já que não se pode aparatar nos terrenos de Hogwarts.

— Excelente ideia!!! Como sempre você colocando esse seu cérebro brilhante para funcionar a nosso favor! – respondeu Sirius, animando-se com a nova possibilidade que se apresentava.

Sentaram-se então a pequena mesa que havia no quarto principal da casa dos gritos, abrindo o mapa do maroto a sua frente, procurando havidamente pelo pontinho com o nome de Pedro Pettigrew.

Levaram alguns angustiantes minutos, mas finalmente o encontraram. Qual não foi a surpresa de ambos ao perceberem que o traidor imundo se encontrava na cabana de Hagrid. – Mas como? Porque será que Pettigrew escolheu justamente a casa de do guarda-caça para se esconder? – perguntou Almofadinhas, intrigado com a escolha do ex - amigo.

— Pensando bem, até que faz sentido. – respondeu Lupin. – Ele não sabe que temos o mapa, e acha que você vai continuar procurando por ele em Hogwarts. Então, se ele se esconder na cabana de Hagrid, estará longe de seu alcance mas perto o suficiente para saber o que está acontecendo entende?

— Temos que ir até lá! Vamos pega-lo! – falou Sirius, que via no fato de Rabicho não estar mais escondido no castelo e sim na cabana de Hagrid uma excelente oportunidade para pegar aquele traidor imundo.

— Não sei Sirius. Acho que este talvez não seja o melhor momento, ainda mais hoje. – respondeu Aluado, com os olhos baixos.

— E oque tem o dia de hoje de especial? – perguntou o outro, incrédulo com a possibilidade de eles deixarem passar aquela oportunidade.

— Hoje é a execução de Bicuço, um dos hipogrifos que Hagrid criava. Na primeira aula de Trato das Criaturas Mágicas deste ano, a criatura feriu um aluno, e o pior é que foi o filho daquele insuportável do Lucius, e acabou sendo condenado a morte. Daqui a pouco o ministro, um carrasco e Dumbledore vão descer até a cabana de Hagrid. Não é o melhor momento para aparecermos entende?

— Eu estava nessa aula! Foi uma aula realmente muito boa, Harry até montou um hipogrifo! Mas a verdade é que não a assisti até o final, fui embora logo depois que Harry e o hipogrifo sumiram de vista, então não soube deste acidente. Coitado do Rúbeo! Nós dois sabemos o quanto ele ama todos os animais que cria, vai ser um baque pra ele...e aposto que o maldito moleque provocou uma reação violenta. Mas você tem razão, não é um bom momento, tem gente demais.

— Exato. Temos que deixar as coisas se acalmarem antes de agirmos. Agora, vou voltar para o castelo, tenho que tomar minha poção daqui a meia hora. Por favor, não faça nada imprudente esta bem? Espere pelo menos até amanha.

— Tudo bem Aluado. Não vou fazer nada, prometo. – respondeu Sirius, resignado.

— Ótimo. Mas vou levar o mapa, apenas para garantir que vai cumprir sua palavra. – falou o outro, com um sorriso divertido. – Até mais Almofadinhas. Vê se guarda um pouco de chocolate pra mim. – terminou, levantando-se e se despedindo do amigo.

—--

Depois que Remus foi embora, Sirius passou algumas horas inquietas na casa dos gritos, remoendo a ansiedade e a falta do que fazer. Por fim, decidiu-se por dar uma volta. Talvez fosse a cabana de Hagrid, apenas para prestar solidariedade a distancia para o amigo. Sabia que o guarda-caça estava sofrendo pela morte que teria que presenciar.

O maroto acabou chegando ao local bem na hora. Escondido entre as folhagens que cobriam um dos lados do lugar onde se situava a cabana (bem próxima a Floresta Proibida), o maroto pode ver Dumbledore e os outros chegarem a casa do guarda – caça, enquanto Harry e os amigos saiam pela porta dos fundos.

O coração de Sirius se encheu de contentamento ao avistar o afilhado. Ele parecia ser uma pessoa que realmente se importava com o que os outros sentiam, tanto que se arriscou a ser pego fora do castelo para prestar solidariedade ao amigo pela perda do hipogrifo. Aquela atitude sensibilizou o maroto, fazendo o orgulho que sentia de sua afilhado se inflar ainda mais.

Os três garotos pararam no alto da colina que levava de volta ao castelo, perigosamente próximos ao Salgueiro Lutador. O carrasco saiu da cabana de Hagrid, o enorme machado na mão e um sorriso de escarnio no rosto, como se realmente amasse seu trabalho. Aproximou-se do animal e desferiu um golpe certeiro. Ao ouvir o barulho que o choque do aço produziu, Sirius não pode evitar se encolher ligeiramente. “Que coisa mais triste. O pobre hipogrifo não merecia uma morte dessas. E tudo por culpa daquele Malfoy em miniatura”, pensou o maroto, uma ponta de raiva perpassando seus pensamentos.

Desfocou da horrível cena e se virou para olhar seu afilhado e os amigos. Como será que fora para eles assistir a uma execução sumária como aquela? Devia ter sido tão ruim quanto fora para ele, a julgar pelas caras de tristeza dos garotos e os olhos cheios de lágrimas da garota.

Foi então que ele viu. Na mão do garoto, um rato que se contorcia freneticamente, tentando escapar do aperto do garoto, desesperado para fugir. Pettigrew. Aquele verme estava ali, a seu alcance. Bastava que ele desse alguns passos e poderia pega-lo! finalmente poderia faze-lo pagar.

Antes que decidisse o que fazer, o garoto ruivo soltou um berro de agonia, e o rato conseguiu se desprender de suas mãos. – Perebas!! Perebas, volte aqui!! – exclamou o garoto, saindo em disparada atrás do rato.

Sirius não parou de pensar no que estava fazendo. Não mediu as consequências de seus atos. Não pensou como tudo seria visto por seu afilhado. Seu único pensamento foi que precisava pegar aquele rato.

Lançou-se em direção ao local onde o garoto ruivo corria trás do rato. No momento em que o menino pegou novamente o rato que guinchava histericamente, o enorme cão negro estava em cima deles. Primeiro, ele queria apenas o rato, mas, em um estalo percebeu onde estavam. Se não tirasse o garoto dali, ele seria chicoteado pelo Salgueiro Lutador a qualquer instante.

Pensando apenas em tira-los dali antes que recebessem chicotadas da arvore raivosa, Almofadinhas puxou o garoto pela canela até o buraco que dava acesso a casa dos gritos, caindo os três na escuridão da parte inferior da casa dos gritos. Cão e rato finalmente reunidos no lugar de suas antigas aventuras.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Por favor, não esqueçam de deixar seu comentário e fazer essa humilde autora feliz ok?!
Beijokas e até a proxima!