Crossed Ways escrita por Nina Arik


Capítulo 2
Ela era a vitima aqui!


Notas iniciais do capítulo

Gente, tô mto feliz com esses personagens! Espero que vocês gostem! Tenho uma música para indicar para esse "Flume - Never be Like you"
Kisses!



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Se concentrou. Não estava longe. O cheiro estava simplesmente lhe dando água na boca. O predador dentro dele ficou sob sua pele. Ele se concentrou em sua presa. No seu cheiro tão tentador e incomum tão irresistível como um vinho raro, aquele tipo de vinho que está em algum lugar elegante, aquele tipo que apenas um cálice não é o suficiente. Talvez apenas uma garrafa não seja o suficiente. Engoliu um pouco da saliva que se acumulou na boca. Maldição! Estava faminto. Suas presas se alongaram e as pupilas dilataram. Deus! Nunca tinha estado tão desesperado por um gosto. Ouviu passos rápidos, mas leves, se escondeu na escuridão.

Tomaria o necessário, como sempre fazia e logo depois libertaria sua vitima sem lembrança do ocorrido. Teve que repetir esse pequeno mantra em sua cabeça, mas a sede tendia a falar mais alto. Não, concentre-se.  Um corpo magro se aproximou. Os cabelos de um dourado profundo lhe chamou a atenção, a menina era magra e ele quase decidiu escolher outra, mas não, preferiu dizer a si mesmo estava com pressa Kiran estava esperando por ele. E não era o cheiro o fazendo quase louco. Deus, mas cheirava tão bem que ele temeu pela menina magricela. Devia ter por volta dos quinze anos, sem forma nenhuma, mas ele queria seu sangue, seu corpo não importava porra nenhuma.  Ouviu o coração acelerado, como se ela pudesse sentir o que estava vindo, as pequenas pernas lutando para manter um ritmo rápido e constante. Isso só fez seu sangue correr mais rápido. O cheiro se dispersar mais e encher o ar. Longas presas encheram sua boca. Aproximou-se lentamente. Quando agarrou sua vitima ela gritou, mas ele não deu tempo para mais protestos, arrastou a para a escuridão e afundou suas presas em sua carne macia, seu sangue era poderoso demais para alguém tão miúdo, ela espesso, e realmente tinha uma nota de algo parecido com baunilha. Por Deus! Um pouco só não seria o bastante, seus instintos rugiam quando o sangue quente descia em sua garganta. Era melhor que o vinho mais caro do mundo. Parecia até o sangue de uma... Ele foi empurrado com força, e um chiado baixo surgiu da pequena criatura. O brilho de suas presas gelou seu coração, ele podia até mesmo estar parado no peito. Viu grandes olhos azuis o olharem, a menina tremia violentamente e segurava sua bolsa com força. Ela não podia ser... Ela era muito pequena. Mas talvez fosse por que ainda era uma adolescente, então ela era uma...

— É uma vampira. – ele falou. Sua voz soando rouca e distinta até para ele. O gosto do sangue ainda em sua língua e ele estava se segurando para não lamber a pequena gota escorrendo no canto de sua boca.

— E-eu não sou tal coisa. – ela disse a voz era aveludada e macia. – Me deixe em paz. – Suas presas já estavam retraídas e ela correu, ou tentou correr, aquilo não poderia ser chamado de corrida, era uma ofensa, ele lhe bloqueou o caminho facilmente.

—Vi suas presas.

— Você está louco! Não pode sair atacando as pessoas assim! – ela grita. Sua voz se elevando e a ferida em seu pescoço, que não deu tempo de ele lamber para chegar escorrendo. – Seu maluco de merda! – fúria desceu sobre ele, descobriu suas próprias presas e grunhiu para ela que tremeu. – Oh meu Deus! Você é... Oh meu Deus! Você tem... Meu Deus! É igual a mim!

 

Atena olhou ao homem que tinha presas como ela, seu coração parou, não sabia se era medo ou alivio, afinal, seria possível que não fosse louca? Que todo o medo que tinha alimentado sobre a sua sanidade não fosse nada? O homem que podia ser muito bem o dobro dela e olhou em descrença. Ele tinha olhos azuis muito claros que contrastava com seus cabelos muito pretos que pareciam asas de corvos cabelos esses que eram selvagens e estavam abaixo de seus ombros, tinha um rosto quadrado e uma boca cheia contornada por barba, um rosto que costuma ocupar capas de revista e um corpo grande e forte visível em roupas negras que o abraçavam meticulosamente. Engoliu seco. O homem podia ser o homem mais bonito que já tinha visto. E seu corpo pareceu notar. Ele pode ter atacado ela, mas seu corpo estava reagindo a ele ficando ligeiramente incomodo em certos lugares.

— O que quer dizer menina? Nunca viu a um vampiro? – ele riu. Menina? Certo! Ele jamais olharia alguém como ela. Homens assim costumavam ostentar mulheres altas e magras, cheia nos lugares certos e que podiam apenas acenar com a cabeça. Ela não era uma dessas. Merda! Nem de perto.

— Vampiro? Oh Deus não! Tinha esperança que fosse outra coisa.

— Outra coisa?

— Sim! Tinha esperança de que eu não fosse um monstro! – Ela não conseguiu frear as palavras em sua boca. Por que se tivesse que sair por ai para atacar o pescoço dos outros preferia mesmo passar esses meses de jejum de sangue.

— Maldita merda... Está dizendo que... Não sabia o que é? – ele pergunta incrédulo. O homem tem a voz rouca mais atraente que já ouviu e um cheiro como o cedro e sândalo, Deus! Ele era de dar água na boca e se não se segurasse ia babar em poucos minutos. A carranca dele se aprofundou.

— Não, eu...

       - Maldição. Por isso está miúda! Jesus! Há quanto tempo não te alimenta?

— Eu... Almocei, mas não me deu tempo de tomar café a tarde. – disse simplesmente. O homem deixava Atena nervosa e as reações de seu corpo estavam confusas. Queria ir até ele e esfregar o nariz em sua pele, sorver seu cheiro e consumi-lo como droga.  Controle-se Atena! Obrigou seu corpo a permanecer no lugar, as vezes se movia muito rápido sem perceber. E também retraiu a mudança em seus olhos que acontecia sempre que estava muito sedenta, ou muito...

— Não estou falando de comida! – ele diz bravo. Estava bravo com ela. Por que diabos? Seu temperamento subiu a superfície, ela era a vitima aqui!


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