Crossed Ways escrita por Nina Arik


Capítulo 11
Não é nada como ela pensou que a noite terminaria.




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Até o som da música o estava irritando. Talon caminhou para sala de jogos, e a cena o deixou de olhos arregalados. Atena vestia um vestido azul escuro de alças que alcançava o meio de suas coxas cremosas. Mexendo suas curvas, fora do ritmo em cima da mesa de sinuca com sua irmã. Mas, a sua voz não era nada fora do ritmo, aparentemente enquanto seu corpo não podia se mexer com as batidas, ela podia cantar como uma profissional, não, melhor, a música não podia abafar sua voz suave, meio rouca e melodiosa.

A pior parte de tudo isso?

O som viajou pelas suas veias como gasolina inflamada, e o movimento errático de seus quadris, mesmo que ridículos, engrossou sou membro quase que instantaneamente.

Fazia uma semana que Talon não bebia sangue, e sim, ele estava na merda. Como ela conseguiu? Ele se sentia como um velho caquético, tinha dores pelo corpo todo e os ossos eram insuportáveis e rangiam, seu rosto estava pálido e não o dourado habitual da pele. Bolsas estavam debaixo dos seus olhos e ele nem podia lutar com os perdidos mais, sua língua parecia lixa e ele sabia que o nível de desidratação era altíssimo em seu organismo.

Como ele ia sobreviver mais três semanas?

— Me pega! – Atena grita animadamente e em segundos se joga na mesa nos braços de Connor. Connor o grande filho da puta cora quando ela cai perfeitamente na curva de seus braços e sorri para ele. – Você parece um grande urso de pelúcia. – ela sorri outra vez e Talon sente a agitação e o entorpecimento pela ligação unilateral que eles compartilhavam. Mas, mesmo que não fosse nada demais, apenas um grande afeto se espalhando pela linha, ele, apesar de estar fraco, e ter perdido alguns quilos na última semana, rosnou. Atena congelou no lugar arregalando os olhos. Diabos, ela devia mesmo, ia ter uma longa conversa com ela sobre modos. Ela estava pulando nos braços de de outro? Como ela se...

— Preciso falar com você. – ele diz asperamente.

— OH MEU DEUS! – Ela arregala seus grandes olhos azuis e salta com mais agilidade do que chegou aqui. A diferença de altura entre Talon e ela é gritante principalmente quando ela se aproxima. – Você está bem?

— Talon, não devia estar descansando? – Summer pergunta ainda em cima da mesa. A música, as bebidas esquecidas.

— Eu vou malditamente descansar em breve Summer. – ele diz duramente.

— Você está descontrolado irmão. – Dimi desliza ao lado de Atena a segurando pelos ombros. Talon aperta dos dentes e as presas doloridas.

— Você está doente? Vampiros ficam doentes? – ela diz preocupada. Sua preocupação o irrita mais ainda. Sim, doente. Infernalmente com sede e condenadamente com tesão.

— Uh, sim! – Summer diz. Talon aperta os olhos para ela. – Talon tem uma rara condição. Ahn, ele precisa de sangue de vampira.

— Como é? Por que? — Que diabos ela está fazendo?

— Ele, hum... – os olhos de sua irmã buscam ajuda, o que mais ele poderia fazer?

— Eu tenho uma rara condição de anemia.

— Como eu?

— Não! – ele grita.

— Não, não... não é como você. Hum, veja... – Summer engasga. Infernos, ela nunca foi boa mentirosa. – Sua anemia é por sua alimentação pobre de sangue, a dele é que ele precisa de, hum, sangue, mais forte, hum, por causa de uma enzima. O que tínhamos em estoque para ele acabou e ele está adoecendo. – ela termina rapidamente enquanto todo mundo congela na sala.

— E por que não trazem mais?

— Nossos postos estão de folga. Sabe é fim de semana.

— Isso não parece bom. – ela diz. Atena empalidece ligeiramente. – Por que não deixam ele morder vocês? – Ela diz olhando para ele.

— Eu e Dimi não podemos, por que... somos irmãos! E bem, Talon não quer morder um homem!

— Prefere sentir dor? – ela pergunta chocada.

— Não é assim...

— Seria pedir muito que você...

— Summer! – Talon grita percebendo suas intenções.

— O que?!

— Não!

— O que você ia dizer Summer? – Atena pergunta apertando seus olhos, ela quer parecer ameaçadora, mas é simplesmente adorável.

— Que ele poderia ter de você...

— SUMMER!

— Apenas se você concordasse... – por um momento o silencio é ensurdecedor.

— Eu... eu... Ele... vai me morder?

— Não! Não vou por que isso não vai acontecer.

— Talon! – Kiran grita. – Foda-se homem! Você precisa! Olha para você! Está só a carcaça! Vai acabar se matando!

— Vou fazer. – ela sussurra. De repente quando Talon olha para ela percebe seus olhos azuis determinados mais também com medo. Santo inferno! Ela está se oferecendo como um cordeiro para o abate.

 

 

 

— Tudo bem. – Talon diz com a voz grossa. Atena sente o arrepio percorrer sua pele. Medo? Talvez. Antecipação? Mais provável. Sendo sincera consigo mesma. – Venha comigo. – ele diz com a voz rouca.

— Talon, não é melhor... – Summer começa.

— O que? Foi você que teve essa ideia!

— Sim, mas talvez eu devesse ir junto e...

— Me ver alimentar? Não! – ele apenas sai.

Passando pelo corredor Atena segue por uma parte da mansão que ela  não se atreveu a ir. Para o lado leste, onde fica seu quarto e seu escritório. Ele estava sempre tão irritado com ela que ela estava fazendo de tudo para evitar ele, e isso significava não passar perto da ala leste, e sair com Summer o maior numero de vezes possível.

Engoliu seco quando o som dos outros ficava cada vez mais distante e seu coração quase que fazia eco nas paredes. Ele abriu a porta e a puxou para dentro do quarto. Não é nada como ela pensou que a noite terminaria. 

— Acalme – se, não vou machucar você. – ele disse severamente. Mas, ela se lembrava de quando ele a mordeu e não foi nada legal. Realmente doeu. E não ajudava que ela achava ele um idiota. Por que mesmo concordou com isso?

— Tudo bem. Só... vai em frente. – ela disse. Arrependida agora de não ter tomado mais uma ou duas doses daquelas bebidas. Suas mãos tremiam ligeiramente. Talon a olhou longamente antes de pegar sua mão e a puxar para cama onde ela caiu duramente.

Infernos!


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