Inoue fitava Joseph, todos estavam prontos para qualquer coisa.

Michael aproximou-se lentamente de Miguel.

—O que faremos se ele houver cedido?

Miguel não sabia o que responder.

—Eu não faço ideia.

Inoue cansou de esperar e deu um passo adiante.

—Espere!

Miguel tentou impedir a jovem, mas ela não se permitiu. Inoue queria ter a certeza de que Joseph ainda estava ali.

—Joseph?

Os dois estavam frente a frente.

—É você?

Ela acariciou o rosto do amado que retribuiu o gesto beijando sua mão.

—Sim... Não sou mais o mesmo, mas ainda sou eu.

Ela o abraçou aos prantos, aliviada por tudo ter terminado bem.

—Sua crise de identidade passou?

Indagou Miguel aliviado.

—sim, agora esta tudo bem.

Joseph soltou-se educadamente do abraço de Inoue e dirigiu-se até um lago.

—O que houve?

—Tem uma coisa que preciso testar...

Os outros olhavam atentamente para Joseph.

Ao aproximar-se da margem ele estendeu sua mão direita e a água começou a agitar-se.

—Será que ele...

Michael estava surpreso.

A energia de Joseph explodiu enquanto um grito furioso rasgava sua garganta enquanto as águas do lago partiram-se ao meio deixando uma passagem em seco ao meio.

—Isso é...

—Incrível.

Miguel finalizou a frase de Inoue maravilhado.

Joseph então abaixou a mão e as aguas tornaram ao seu lugar.

—Enfim obtive o controle da minha energia... Porem sinto que ainda tem muito escondido aqui dentro... Isso me assusta.

—Só o tempo dirá. – Miguel botou as mãos nos ombros de Joseph. – bem vindo de volta garoto.

Um estalo trouxe Joseph de volta.

—Preciso de um mapa da cidade, na verdade precisamos vasculhar tudo essa noite!

Uma euforia tomou conta dele.

—O que deu em você? –Perguntou Inoue. – Esta tudo bem mesmo?

Joseph foi ate o que restou do carro e conseguiu um mapa.

—Devemos aproveitar enquanto Samael não atacou pra encontrar a primeira peça. – Ele então bateu nos bolsos procurando algo e então tirou uma caneta do bolso da calça. E começou a marcar o mapa.  – Aqui, o que esses quadrantes lhe parecem, logico que isso é uma visão aérea.

Miguel e Michael ficaram boquiabertos.

—As áreas que você circulou formam uma cruz.

—Bastante viável, já que precisamos de esperança, na visão que tive do quadro percorri varias ruas e entrei em varias criptas ate que em uma delas vi algo. – ele sorriu. – A primeira peça

Joseph estava com os pensamentos em ordem pela primeira vez depois de um bom tempo.

—Vamos. – Disse ele levantando voo. – Não podemos perder tempo.

Os três estavam abobalhados ao ver o garoto voando.

—Desde quando sabe voar?

Perguntou Inoue.

Joseph então contou que um dia depois da batalha com Samael havia acordado flutuando sobre a cama e que ao despertar levou um belo tombo.

—Esta explicado. – Miguel e Michael falaram juntos enquanto riam ao imaginar a cena.

—Esqueceu-se de uma coisa gênio. – Disse Inoue apontando para o carro destruído. – Nosso veiculo já era e eu não sei voar.

—Oras, fácil de resolver.

Os três rasgavam o céu Londrino, Joseph levava Inoue em seus braços.

—Podemos voar despreocupados, avisei aos soldados pelo radio que éramos nos.

Michael estava gostando de esticar as asas.

Inoue estava vermelha nos braços de Joseph.

—O que você tem, está com medo?

Perguntou ele.

—Não é isso... É que fico sem jeito... – Ela olhou em seus olhos cinzentos enquanto os cabelos brancos balançavam ao vento. – Porque você ficou assim?

Perguntou ela.

—Não sei direito... Acho que devido a união com minha parte obscura tenha passado por essas mudanças físicas.

Joseph estava confiante.

—Inoue, essa noite nos temos a chance de mudar tudo... Essa é a nossa chance de virar o jogo.

Disse ele determinado.