A primeira parada do grupo foi à ponte de Londres.

—Alguém ai vai cantar aquela musiquinha?

Indagou Joseph esfregando as mãos para se aquecer.

—Qual? – respondeu Miguel olhando em volta.

—Acho que aquela que diz assim... “A ponte de Londres está caindo, está caindo, está caindo...” Acertei?

Respondeu Michael rindo.

—Exatamente. – Joseph estava tateando um dos pilares. – Examinem a ponte, procurem por algo que não deveria estar aqui.

Os outros então começaram a examinar.

Joseph continuava tateando até que encontrou um entalhe na construção.

—Bingo.

Todos se aproximaram para ver Joseph lhes revelar um selo.

—Que símbolo é esse?

Perguntou Inoue.

—Este é o emblema usado por Morpheus para assinar suas obras.

Ela então analisou o emblema mais de perto onde dois M’s estilizados se encontravam envolvidos pelas asas de um anjo.

—Incrível.

Joseph pressionou o símbolo e em seu lugar um portal se abriu.

—O que isso significa?

Indagou.

—Um transportador. – Explicou Inoue. – Vai nos levar a um ponto nessa mesma área, eles não vão mais longe que um quilometro.

Eles se entreolharam por um instante.

—Algo não me cheira bem. – Joseph parecia intrigado. – Está fácil demais, nenhum enviado de Samael.

Miguel então o tranquilizou.

—Não é que esteja fácil Samael é um estrategista e quando você retornou do tártaro o forçou a mudar toda a sua estratégia de combate, não é que esteja fácil somente que para ele é irrelevante a questão da chave no momento.

***

Alec caminhava por Londres, a paranoia e o medo das pessoas o divertiam.

—São uns tolos sem perdão.

Ele adentrou em um restaurante e pediu um café.

A garçonete que o atendera estava tremula e apática.

—A senhorita está bem? – perguntou ele simulando preocupação. – Posso ajudar em algo?

Ao terminar de fazer sua pergunta sentiu uma mão encostar-se a sua nuca, não houve tempo para reação. O empurrão forte o fez bater com o rosto na mesa tão forte que seu nariz se quebrou.

—Maldito...

Um soco forte no estomago o interrompeu, ele tentou usar um selo porem o mesmo se desfez em cinzas enquanto seus agressores arrancaram seu livro de perto dele.

—Queimem o livro e o casaco, existem selos bordados no interior.

O pânico tomou conta de Alec quando se viu capturado e desarmado.

—Não vão conseguir me pegar vivo!

Gritou ele enquanto pegou uma faca sobre a mesa e a levou em direção ao pescoço.

Foi ai que uma voz lhe ordenou o forçando a parar a lamina a centímetros do ponto vital.

—Você não quer fazer isso Alec. – Raviel usava seu controle mental enquanto Alec estremecia. – Agora bote sua mão esquerda sobre a mesa, sei que seu ultimo selo esta tatuado na palma dela. – Alec então posicionou lentamente a mão sobre o móvel. – Muito bem, agora crave essa faca nela e vamos conversar.

Alec obedeceu a o comando e cravou a lamina na mão, mutilando o membro e acabando com o selo, um grito de dor ecoou pelo lugar agora vazio.

—Desgraçado... Vocês não deviam tocar nos humanos!

Raphael o segurou pelo pescoço, a feição serena do arcanjo havia dado lugar a um olhar furioso.

—Você deixou de ser humano quando se aliou a eles!- Raphael aplicou uma bofetada nele. – Você os ajudou a matar centenas de pessoas e se diz humano!

Raviel botou a mão no ombro do amigo.

—Calma Rapha, agora, vamos fazer esse maldito piar direitinho.

***

Do outro lado do portal o grupo de Joseph havia chegado a uma cripta espaçosa, algumas gotas caiam do teto enquanto o grupo aproximou-se de uma porta.

—Vamos ver o que tem aqui.

Michael encostou na porta, porem foi fortemente repelido.

—O que houve?

Perguntou Inoue.

—Uma trava espiritual. - respondeu Miguel. –Como suspeitávamos ela foi moldada para ser aberta por um só tipo de energia.

Todos olharam para Joseph.

—Entendi. – Disse ele caminhando em direção a porta. Ao tocar nela um forte brilho acendeu-se enquanto a energia de Joseph entrou em contato com a porta.

E quando ela finalmente se abriu todos puderam vislumbrar uma pedra vermelha que se assemelhava a um rubi flutuando em uma coluna de energia.

—A primeira peça. – Joseph dirigiu-se ate ela e quando tocou-a uma onda de energia aliviou o ambiente fazendo com que eles flutuassem. – Finalmente.

Todos os presentes ali sentiram um grande alivio, enquanto em seus corações a chama da esperança era acessa.