Um pouco mais calma, me sentei no sofá e ele fechou a porta e depois se ajoelhou na minha frente me olhando. Eu abri meus braços pedindo um outro abraço e ele assim fez enquanto alisava meus cabelos.

- Josh me abandonou. – disse contendo as lágrimas.

- ele fez isso?

- fez. O Brian tem outra, ele me largou por que tem outra. Eu sabia.

- isso te magoou?

- também. – e me levantei andando de um lado a outro. – foram anos de casados Gerard. Não tem como não sentir. Ele me traiu. E eu tola esperava acordada todas as noites por ele. – falava nervosa. - Preparava o jantarzinho dele, o cafezinho... – falei com voz de deboche. – cretino! Agora levou meu filho junto.

- nunca pensei que o Josh fosse fazer isso. – disse se levantando.

- ele é todo pelo “pai”. – disse fazendo aspas com as mãos.

- Brian não é o pai dele?

- não.

- eu conversei com ele sobre esse assunto e ele não me pareceu ser contra você. Ele até admitiu que o pai dele às vezes errava com você.

- por que ele se foi com ele, por que? – perguntei pro Gerard como se ele tivesse todas as respostas pras minhas perguntas.

Ele me olhou com um pouco de pena pelo meu estado e se aproximou lentamente e me surpreendeu com um beijo. Deixei aquele beijo me levar. Apertei meus olhos bem forte e algumas lagrimas saíram enquanto o beijava. Logo aquele beijo foi me fazendo esquecer de todos os problemas. O beijo dele tinha a cura pra todos os problemas. Ele desceu as mãos pelo meu corpo e eu me estremeci e deixei um gemido escapar. Chegara a hora, não tinha mais volta. Eu queria me entregar pra ele e não agüentava mais.

Olhei nos olhos dele segurando o rosto dele bem firme e estávamos ambos com a respiração ofegante. Segurei a mão dele e o guiei pela escada acima. Entramos no meu quarto e ele me olhou um pouco assustado. Eu já sabia o por quê. Eu sabia o quanto aquilo era importante. Ele ainda era virgem, pelo menos foi o que ele disse. Eu me despi na frente dele enquanto ele me olhava trêmulo de ansiedade. Fiquei apenas de lingerie. Ele examinou meu corpo de cima abaixo e depois como num estalo começou a se despir. Olhei o membro dele duro e percebi o quanto ele estava excitado naquele momento apesar de todo o nervosismo.

Eu me aproximei dele e o peguei pela mão e puxei até a cama. Tirei meu lingerie e me deitei na cama a espera dele. Foi tudo bem diferente do que eu estava acostumada. Me senti como na minha primeira vez. Ele nervoso deitou-se sobre mim e me beijou, seus lábios tremiam. Eu o ajudei a penetrar e quando senti seu membro invadir meu corpo, foi um prazer total. Fizemos amor. Foi um amor delicado, puro e cheio de carinhos. Ele me beijava carinhosamente e fazia carinho no meu rosto enquanto nos amávamos. Nunca me senti tão amada como naquele momento. Quando terminamos fiquei encantada com aquele menino ali na minha frente. Tinha um rosto de anjo, puro e delicado. Seus cabelos estavam suados caídos sobre seus olhos e a respiração cansada. Deitei a cabeça dele no meu colo e fiquei acariciando o cabelo dele enquanto ele descansava. Foi perfeito e não me arrependi daquela tarde.

Minutos depois...

Tirei a cabeça dele com cuidado do meu colo e coloquei sobre o travesseiro. Me levantei cuidadosamente pra não acordá-lo e fui ao banheiro. Me olhei no espelho e pela primeira vez não me senti velha. Eu estava bem. Minha mão passeou pelo meu corpo lembrando cada momento daquele amor. Apesar de cansada, eu não consegui dormir, ao contrário dele que estava num sono profundo.

Tomei um banho, depois desci e preparei o jantar. Colocava os pratos na mesa quando ele apareceu sonolento e de banho tomado. Sorri sem jeito quando ele apareceu. Ele se aproximou e me agarrou me dando um beijo sufocante. Coloquei o único prato que sobrara na minha mão na mesa de qualquer jeito e envolvi meus braços nele. Ele me suspendeu e colocou-me sentada na mesa e ficou no meio das minhas pernas. Nós não nos amamos novamente, apenas nos beijamos de um jeito bem picante.

- te amo. – disse ele e eu olhei espantada com aquela frase. Não sabia o que responder. – não precisa responder agora. – e me beijou de novo.

- vamos comer agora? – disse afastando ele que me olhou dengoso. – temos a noite toda pela frente. – ele me deu um selinho e pegou na minha mão me ajudando a descer da mesa.

- eu te ajudo à fazer os pratos.

- ótimo. – e fomos pra cozinha abraçados. Gerard me abraçava por trás beijando minha nuca quase não me deixava andar direito até à cozinha. Agíamos como um casal de adolescente, ou melhor, eu me sentia como uma adolescente novamente.

- isso aqui está uma delícia. – disse provando meu rocambole de carne.

- sério?

- tudo que vem de você é ótimo. – respondeu ele e eu sorri contente e ele me jogou um beijo.

Apesar de tudo que aconteceu naquele dia, eu estava me sentindo tão feliz. Parece que tudo que tinha acontecido na parte da manhã, fora apenas um sonho, ou um pesadelo, dependendo do ponto de vista.