Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 52
Eu me quebro completamente


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Definitivamente não, não é mesmo?
Não vou fazer piadas, não vou brincar, sei que vocês estão putos e vocês merecem uma explicação séria. Fazem quase cinco meses que Minha Amada Stalker não tem uma atualização, e eu sei que nesse tempo muitos de vocês podem ter desistido da fanfic, e não vou julgar nenhum de vocês por isso, vocês têm todo o direito de não quererem ler uma maldita fanfic que lança de cinco em cinco meses! Ninguém aqui é obrigado a continuar lendo, mas eu não vou mentir, sou sincera com vocês desde de sempre e não é agora que vou mudar isso! Peço que por favor me deem uma segunda chance! Não mereço, lógico, mas eu sou sincera quando digo que sinto muito falta disso tudo! De escrever, de conversar com vocês, de falar desse maldito desenho (considerado) para crianças que só é levado à sério por gente como eu e você! Eu não fui embora de propósito, aconteceram coisas demais e vocês merecem saber que eu não larguei a fanfic de propósito, mas com a minha mudança de escola, provas, aulas de música, aulas de teclado, aulas de violino, a reforma do meu quarto e a minha vida pessoal (caralho, eu tenho mesmo uma dessas?) eu não consegui conciliar tudo isso com tempo para a fanfic e fui pensando coisas como "Amanhã eu posto" e "Não deu hoje, mas amanhã vai hein" e quando fui perceber eu fiquei muito desleixada com ela e já tinha se passado cinco meses!
Eu sei que nada justifica isso, que eu não mereço a sua consideração, mas espero de coração que me perdoem! Se não conseguem fazer isso, tudo bem, eu aceito o seu ódio, mas vocês não acompanharam essa fanfic por tanto tempo para deixarem ela pra lá assim do nada não é? Espero mesmo que não, que continuem aqui comigo, mas se não continuarem, tudo bem, eu vou postar assim mesmo sempre que puder.
Agora, preciso falar com as pessoas maravilhosas que me pressionaram até que eu conseguisse tempo para postar capítulos novos (aqui, na vida real mesmo, todo santo dia desde tipo semana passada) minhas primas maravilhosas e amiguissimas do coração ( que eu não vou citar nomes mas elas sabem quem é) Um beijo pra vocês, obrigada por me darem um choque de realidade ♥ Amo vocês, vocês sabem disso ♥
Agora para todos os meus súditos que estiverem lendo isso, espero que nos vejamos lá embaixo como sempre!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703272/chapter/52

Duas semanas.

Eu passei duas semanas no Hospital em observação, fazendo muitos exames e recebendo muitas visitas. Com o passar dos dias a minha voz foi voltando e os movimentos das minhas pernas também, eles estavam quase perfeitos, mas eu não conseguia falar muito alto e nem correr. Tudo bem. Eu não pretendia fazer isso mesmo... Não até descobrir aquilo... Mas vamos por partes.

Quando eu cheguei a minha casa eu imaginei que as coisas fossem finalmente irem voltando ao normal. Ledo engano de garota estúpida, a minha vida antiga estava longe de voltar pra mim. Mesmo que eu já me considerasse bem saudável o resto do mundo não parecia ter essa mesma visão, todos me tratavam como uma doente em fase terminal ou sei lá o que. Eu não iria voltar a minha rotina de uma vez, ficaria em casa por mais alguns dias e só depois voltaria à escola e a sair... Esses pequenos dias se prolongaram de forma tediosa e mortal para mim. Eu não podia botar o pé no chão e descer da minha cama que já vinham me perguntar se eu estava bem e se queria alguma coisa, sendo que a única coisa que eu estava indo fazer era andar um pouco para não perder o hábito de mexer as pernas de novo. Eu estava presa em uma redoma de superproteção.

— Mari como você está, minha querida? – Minha mãe questionou assim que cheguei a cozinha. – Está passando mal? O que foi?

— Uh, eu só vim beber água. – Respondi apontando para a geladeira.

— Pode deixar que eu pego. – Ela respondeu gentilmente e pegou um copo o enchendo até o topo de água pra mim. – Aqui.

— Obrigada mamãe. – Eu respondi.

Bebi a água tentando fingir que a minha mãe não estava me encarando enquanto eu fazia isso. Talvez ela estivesse imaginando que eu fosse engasgar ou qualquer coisa assim. Coloquei o copo na pia pronta para lavar ele, mas fui interrompida por mamãe que não deixou eu concretizar essa ação, me dizendo que eu não precisava fazer isso e que ela mesma faria.

— Não quero que você se esforce! – Ela exclamou me empurrando para fora da cozinha.

Eu suspirei e fui para a sala, me sentando no sofá, já estava me acostumando com essas coisas de não me deixarem fazer nada. Antes que eu pudesse pegar o controle da TV que estava ao meu lado meu pai surgiu do além com um enorme sorriso no rosto.

— O que vai fazer, meu bem? – Ele perguntou.

— Eu vou ver televisão... – Falei já prevendo o que viria em seguida.

— Não prefere ver algum filme comigo? Faz tanto tempo que não vemos um filme juntos! – Ele disse já buscando a caixa cheia de DVDs que guardávamos debaixo da estante.

— Claro. – Concordei, resolvendo não comentar que a ultima vez que assistimos um filme juntos foi a dois dias atrás, quando eu ia ligar a televisão e fui interrompida, exatamente como aconteceu agora, como se quisessem que eu não assistisse algo que fosse passar ali.

Não, eu não estou sendo paranoica. Desde que cheguei em casa ficamos, “coincidentemente”, sem internet, meu celular sumiu, não me permitiram assistir televisão nenhum vez e, resumindo, eu fiquei sem qualquer contato com o mundo exterior, a não ser pelas visitas de amigos. Soma-se isso ao fato de que sempre que eu faço perguntas sobre Adrien Agreste para a minha família ou aos meus amigos quando eles vêm me visitar eu sou totalmente ignorada por eles, que mudam de assunto fingindo que eu não falei nada e também ao fato de que Adrien não me visitou um dia sequer depois que eu acordei do coma e pode-se facilmente concluir que estão me escondendo alguma coisa.

Pareço relaxada quanto à isso? É porque eu disfarço muito bem, obrigada. Na verdade eu estou morrendo angustiada. Meu coração falha uma batida sempre que eu abro a porta do meu guarda-roupa e vejo lá dentro as fotos do Adrien que colei na parte interna das portas. Ele está lá, com aquele sorriso radiante imortalizado nas fotografias, e eu estou aqui, sem fazer ideia de onde ele está e de como ele está. Sinto um frio na espinha sempre que penso que talvez algo tão horrível quanto o meu atropelamento possa ter acontecido com ele, afinal qual outro motivo teriam para me esconderem o estado do garoto? Ele deve estar doente, em uma maca de Hospital. Talvez esteja pior. Talvez esteja dentro de um caixão, há sete palmos abaixo da terra.

Eu tremi só de pensar nessas coisas. Não aguentava mais me segurar então pedi licença ao meu pai, com quem eu estava assistindo a um filme qualquer faz uns vinte minutos, mas não estava conseguindo prestar atenção, disse que estava cansada e querendo dormir e fui para o meu quarto. Antes de qualquer coisa eu fui até meu computador e o liguei, buscando na gaveta da minha mesinha o CD que eu havia ganhado da professora Alice, ela tinha trazido presentes para todos os alunos quando voltou da viagem do Brasil e o meu foi esse CD que só tinha músicas brasileiras gravadas que eu não entendia. Ele estava sendo estranhamente companheiro pra mim esses dias. O coloquei no computador deixando as músicas tocarem...

Tantas decepções eu já vivi

Aquela foi de longe a mais cruel

Um silêncio profundo e declarei

Só não desonre o meu nome

 Me joguei na minha cama me cobrindo até a cabeça com um cobertor fofinho e enfiando a cara no travesseiro. Chorei bem baixinho para que ninguém escutasse e ficasse mais preocupado do que já estava comigo.

Eu não aguentava mais esse acobertamento todo. Queria desesperadamente entender o que estava acontecendo nessa minha vidinha sem sentido, mas ninguém parecia disposto a me dizer.

“O que está acontecendo?” eu pensei sentindo lágrimas idiotas caírem dos meus olhos. “Porque eu estou chorando?”

Olhei para o meu lado e vi, dentro do meu guarda-roupa que no momento tinha as portas abertas por algum motivo, as fotos de Adrien.

Será que eu já posso enlouquecer?

Ou devo apenas sorrir?

“Por sua causa. Eu estou chorando por sua causa. Por não saber o que está acontecendo com você. ” Eu concluí encarando aqueles belos olhos verdes “ Se você simplesmente abrisse a maldita porta do meu quarto e aparecesse aqui pra mim mostrando que está tudo bem com você tudo seria bem mais simples...” Eu engoli um soluço, praguejando por fazer barulhos que talvez fizessem meus pais suspeitarem de que eu estava chorando.

— Merda Adrien, o que está acontecendo com você gatinho? – Eu resmunguei ainda com a cabeça contra o travesseiro.

“Gatinho” eu pensei no apelido estúpido que eu o dei. “Sinto falta de você me chamar de Lady” ...

Eu não existo longe de você         

E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas pra poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?

Ok, na verdade eu sinto falta de muitas coisas além disso, como quando ele faz piadas idiotas ou quando ele sorri, porque seu sorriso é sensacional, e da sua voz, e dos seus beijos... Minhas bochechas se avermelharam. “Caralho, definitivamente sinto muita falta dos beijos” eu pensei tocando meus lábios com as pontas dos dedos.

Por algum motivo que nem eu mesma entendi isso só me fez querer chorar mais ainda, meus olhos arderam e cachoeiras desceram por eles, acompanhadas de soluços reprimidos.

 Escutei passos subindo a escada para o meu quarto e abrindo a porta.

“Merda, merda, merda!” eu pensei tentando em vão secar com as minhas mãos as lágrimas que já haviam se apoderado do meu rosto todo e desciam pelo pescoço.

— Marinette, meu bem, a Alya e a Chloé vieram te ver- Oh meu Deus Mari o que aconteceu? – Minha mãe falou desesperada me vendo naquele estado. Alya e Chloé, atrás dela, me encararam alarmadas tão em choque que não conseguiram dizer nada.

— E-eu – Não consegui reprimir o soluço que veio assim que abri a minha boca. – N-não é nada...- Eu passei rapidamente o cobertor no rosto para secar ele.

— É claro que é alguma coisa! Olha só pra você, estava chorando! – Chloé não conseguiu segurar a língua.

— Mari... – Alya me olhou balançando a cabeça, parecia tentar clarear a mente. – O que foi que aconteceu amiga?

— Eu...- Comecei a falar, tentando arranjar um jeito de escapar daquela situação, mas acabei por pensar melhor. Eu sabia que elas não me deixariam em paz até que eu falasse, e a minha paz só chegaria quando eu descobrisse o que estava havendo, e já que naquele momento elas pareciam estar prestando muita atenção em mim, não custava nada tentar. – Quero saber o que está acontecendo com Adrien. – Afirmei, séria. Não gaguejei e nem hesitei mais, falei de uma vez.

 Minha mãe arregalou os olhos, pega de surpresa e logo em seguida me olhou com certa tristeza. Eu me arrependi de perguntar por deixar ela daquele jeito. Ela desviou o olhar para as meninas que me encaravam da mesma maneira. Por fim ela suspirou.

— Marinette. – Minha mãe se sentou ao meu lado na cama e segurou a minha mão. – Eu não queria estar falando disso com você agora, veja bem, você ainda está abalada com o acidente, sua saúde está debilitada e não queríamos prejudicar o seu psicológico também. Seu pai e eu decidimos que era melhor não falar por hora. Pedi que ninguém te contasse para evitar que você sofresse com esse choque, nós evitamos de todas as formas que você descobrisse, mas depois de te ver assim minha filha eu acho que evitar esse assunto só vai piorar a sua situação...  – Ela explicou com muito pesar na voz. Eu prendi a respiração, esperando pelo pior.  – O que está acontecendo, minha filha, é que... Adrien na verdade... Adrien está... – Ela fechou os olhos. Parecia não conseguir falar disso.

— Namorando Lila Rossi. – Chloé completou de uma vez, curta e grossa, fazendo todas nós a encaramos de olhos arregalados. – Alguém tinha que contar!

— Mari... – Alya se virou pra mim com os olhos repletos de preocupação. – Eu sinto tanto minha amiga...

Todos os olhos estavam voltados pra mim, esperando uma reação minha. Eu fiquei chocada por um minuto e logo em seguida a única coisa que eu fui capaz de fazer foi...

Rir.

Eu ri demais cobrindo a boca com as mãos, e elas permaneceram me olhando sem entender. Aquela afirmação era tão ridícula pra mim que até se dissessem que Adrien tinha virado astronauta e ido plantar girassóis na lua eu teria levado mais a sério. “Adrien namorando Lila” eu pensei com mais lágrimas brotando nos meus olhos, mas dessa vez de tanto rir “Que ideia mais maluca é essa?”.

— Meu Deus, vocês quase me convenceram! – Exclamei ainda sem fôlego depois de tanto gargalhar. Eu não consegui decifra muito bem o olhar que elas me lançaram. Talvez pena? Por algum motivo aquilo me pareceu extremamente hilário.  – De onde tiraram uma piada dessas? Estavam planejando isso faz quanto tempo? O que está acontecendo mesmo com Adrien? Ele estava atuando esse tempo todo pra fazerem essa brincadeira? Ah, vocês tem cada uma! – Eu falei voltando a rir.

— Mari... É verdade. – Alya falou olhando pra baixo. – E isso vem acontecendo há  mais tempo do que você possa imaginar...

 - Não. – Eu balancei a cabeça negando, ainda com um sorriso estúpido nos lábios. – Não é verdade. Não brinque com uma coisa dessas, você podia ter me matado do coração, Alya.

— Marinette, isso é verdade! Só aceite de uma vez que Adrien é um traidor e vai ser menos dolorosa pra todas nós! – Chloé resmungou, perecia chateada demais e nem conseguia me olhar nos olhos. Eu ri novamente pensando que aquela era uma atuação digna do Oscar.

— É inacreditável que vocês insistam nessa piada, ok foi engraçado na primeira vez, foi bem chocante até,  mas já deu gente, sério. Podem me dizer a verdade agora?

— É verdade Dupain-Cheng, que droga! – Chloé meteu a mão no bolso, puxando o celular e digitando alguma pesquisa nele. Ela me estendeu o aparelho logo em seguida. – Tá vendo? – O tom de voz dela era bravo, seus olhos queimavam de ódio olhando para aquilo que estava no celular.

“Ok, isso definitivamente já não parece mais uma atuação.” Eu pensei e resolvi virar meu rosto em direção do que Chloé estava me mostrando.

Havia uma foto ali. Uma foto nojenta, repugnante, parecia a imagem do inferno. Uma foto de uma capa de revista maldita onde o meu Adrien Agreste beijava Lila Rossi bem nos lábios, como se fossem os adolescentes mais apaixonados e mais estupidamente felizes do mundo.

“Adrien e Lila: o mais novo casal de modelos de Paris!”. Anunciava orgulhosamente a capa da revista.

— Não... – Eu sussurrei depois de alguns segundos digerindo aquela imagem.             

— Mari? – Minha mãe me olhou, preocupada.

Eu joguei a coberta que ainda cobria as minhas pernas para longe e soltei a mão da minha mãe, descendo da cama com uma velocidade impressionante para quem recentemente saiu de um coma.

“Adrien e Lila”.

Meu estômago se revirou e eu senti um arrepio na espinha.

Saí correndo do meu quarto para o banheiro, elas vinham apressadas atrás de mim, mas de algum jeito milagroso minha penas conseguiram ser mais rápidas que as delas. Cheguei ao banheiro e tranquei a porta atrás de mim, despejando tudo que eu havia comido no dia inteiro dentro do vaso sanitário.

 Aquela imagem rodava na minha cabeça, e era horrível demais. Horrível. Não parecia nem real!          

Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei

Vou ficar?
Quanto tempo
Vou esperar
E eu não sei o que vou fazer não

Tempo atrás
Esse tempo está
Lá trás
E eu não tenho mais o que fazer, não

Eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz

 

Adrien e outra garota... Era impossível, incoerente. Deveria ser uma montagem de mau gosto! Talvez fosse mesmo uma piada. Uma piada cruel, mas ainda assim uma piada. Ou um pesadelo vindo do canto mais escuro da minha mente que ira acabar assim que eu abrisse os olhos e acordasse... Mas eu tentei acordar e continuei ali, naquela cena terrível...

 Aquilo não fazia o menor sentido! Depois de tudo que passamos juntos... Depois de tudo que eu passei pra conseguir ficar com ele algo assim simplesmente não podia acontecer!

Taí, eu fiz tudo p'rá você gostar de mim

 Ah! meu bem, não faz assim comigo não!

Por que ele estaria com outra? Depois de todas aquelas declarações, todos os “Eu te amo”... Ele não podia estar com outra! Não entra na minha cabeça que ele está com outra, assim do nada!

“Não... Alya disse que isso não foi do nada, ela disse que faz tempo...” a voz da minha consciência sussurrou pra mim.

Eu cerrei meus punhos com força e trinquei os dentes.  

Aquele filho da puta desgraçado do caralho não teve a decência de esperar eu acordar de um coma para terminar comigo e ficar com a Lila! Ele simplesmente me traiu na cara dura esse tempo todo! Como ele pôde? Me trocar assim enquanto eu estava morrendo em uma maca de hospital! Eu estou indignada demais! Como alguém com o mínimo caráter pode fazer uma coisa desse nível? Aquele... Aquele...

Eu gritei de tanta frustração e soquei o azulejo gelado do banheiro. Foi um grito alto e terrível, que cortou minha garganta de forma dolorosa, mas não tão dolorosa quanto saber que eu simplesmente perdi o meu amor e não fazia ideia do porque dele ter me abandonado... Me trocado...

Em uma situação dessas algumas garotas estariam com raiva da menina por quem o namorado as trocou. Eu não. Quer dizer, claro, um pouco, eu estava me sentindo indignada por Lila ter concordado com isso, mas a minha raiva não estava focada nela. Não foi Lila Rossi que me traiu, não era ela que namorava comigo e deveria ser leal a mim. Ela não tinha um relacionamento sério comigo. Era Adrien que tinha esse compromisso comigo... Ou pelo menos eu costumava achar que ele tinha.

Encostei minhas costas na parede fria e deixei meu corpo deslizar por ela até que eu me encontrasse sentada no chão.

O que eu fiz de errado? Qual é o meu problema?

Não...

Qual o problema dele? Como é que ele foi fazer uma coisa nojenta dessas? Adrien não era assim! Ele gostava de mim, me amava de verdade! Ele não iria simplesmente jogar no lixo todos os nossos sentimentos! Tem algum problema aqui! Algo muito, muito errado!

“Você quer mesmo se iludir com isso?” a voz da minha consciência no fundo da minha mente falou. “Não tem nada de errado aqui, nenhum problema ou esquema, nenhum jogo de enganações,  Adrien simplesmente enjoou da garota chata e simplória e se deu conta de que merecia algo muito melhor! Ele percebeu finalmente o que estava destinado a perceber: que você não é nada perto dele e que ele deve ficar com alguém digna do sobrenome Agreste”.

—... Talvez seja essa a verdade. – Eu sussurrei, por fim, consciente de que o posto de namorada de modelo famoso é algo demais pra mim.

Essa é a verdade: eu fui só uma pequena aventura na vida de Adrien e a minha fase já passou. Ele superou a paixonite, ele entendeu que não é isso que quer pra sua vida. Eu deveria superar também, deveria estar consciente desde o começo dessa aventura que isso não ia dar certo, que ele era algo além do que eu merecia. Eu deveria entender de um vez, enfiar na minha cabeça dura, que o meu sonho doce e colorido, a minha fantasia com um príncipe encantado maravilhoso, tinha acabado. Adrien acabou finalizando o meu conto de fadas de final infeliz da forma mais dolorosa o possível. Tudo bem. Ele está certo! Quem quer ficar com Marinette Dupain Cheng? Se ele é um príncipe encantado por que é que ele ficaria com uma plebeia qualquer e não com uma princesa perfeita? Adrien não me quer! Nosso namoro acabou!

“Mas...” eu pensei “Porque eu não consigo entender isso? Eu não consigo simplesmente fingir que nada aconteceu, não consigo fingir que não amo ele! Eu amo ele! Eu sou idiota e amo ele demais!”.  

Abracei meus joelhos e chorei. Chorei alto, porque não precisava disfarçar nada dessa vez. Meu coração estava quebrado, minha alma estava quebrada, minha mente estava quebrada.

Eu estava quebrada e nada podia me consertar.    


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero ter esclarecido algumas coisas com esse capitulo... Se bem que imagino que só devo ter causado ainda mais dúvidas! Bom, eu queria poder ficar falando aqui por muito mais tempo, mas imagino que quem se mantém com raiva de mim não aguenta mais ler as minhas palavras (o equivalente para ouvir a minha voz em língua de escritora imbecil e arrependida) e em respeito a isso vou ser breve.
Só quero agradecer mesmo se você leu até aqui e decidiu continuar comigo ♥ Eu amo vocês meus súditos, espero que nunca se esqueçam disso. E para compensar vocês por todo mal que lhes causei... Vou tentar postar todo dia durante essa semana! Não vou garantir nada, mas que vou tentar eu vou! Preciso compensar a paciência de vocês e que forma seria melhor que uma "Bomb" de capítulos? Espero que gostem da ideia! Vamos que vamos, a luta continua! Beijinhos e ~fui~ ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha amada stalker" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.