Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 53
Eu tomo uma decisão


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Está meio tarde, mas como prometido aqui está um novo capitulo! Quero muito conseguir cumprir essa bomb!
Bom, não sei bem o que dizer além disso... Er, nós nos vemos lá embaixo!



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— Ela se trancou no banheiro? – Marinette pôde ouvir sua irmã perguntar do outro lado da porta. Aparentemente ela havia chegado em casa e logo tinha ficado sabendo do ocorrido.

— Sim, e ela não responde de jeito nenhum! Estamos chamando ela faz meia hora e nada! – Agora Marinette escutou a voz da mãe do lado de fora. A garota já tinha perdido a noção do tempo em que estava ali, pra ela poderiam ter se passado segundos ou anos enquanto estava naquele banheiro, mas pelo que ouviu foram trinta minutos, não que ela se importasse. Não conseguia se preocupar com nada, estava totalmente apática em relação ao mundo exterior. -Eu estou desesperada! Não achamos a chave extra do banheiro em lugar nenhum! Eu e seu pai estamos considerando seriamente a opção de arrombar a porta, mas estou com medo de machucar a Marinette fazendo isso.

— Mãe! Calma! Acho que não vai ser preciso isso tudo, me deixe só tentar falar com ela, ok? – Bridgitte falou em um tom de voz controlado, como se estivesse calma. Era óbvio que ela não estava, afinal a irmã tinha descoberto o que tanto evitaram a contar para não fazer a menina sofrer, mas mesmo nessa situação Bridigette tinha que segurar a barra. - Vou tentar falar com ela... Ela vai me escutar! 

— Não vai adiantar! Ela não quer falar nada com ninguém! - Veio de novo a voz de Sabine.

— Eu posso ao menos tentar?- Um breve silencio se instalou. Marinette não viu, mas sua mãe mexeu a cabeça em afirmação. -  Ok, obrigada. – Três batidas na porta foram dadas de forma sutil, poderia até parecer que nada estava acontecendo se não fosse pelo fato de Sabine estar roendo as unhas enquanto a filha mais velha falava. – Marinette, você está me escutando?

Sem resposta.

— Muito bem, eu sei que você não quer falar, mas todos nós aqui estamos muito preocupados. Não vamos te forçar a fazer nada, mas nós precisamos saber de você. Precisamos saber como você está Mari...

Novamente sem nenhuma resposta.

— Tá, vamos fazer assim, se você não quer falar podemos nos comunicar por batidas? Uma batida na porta para sim e duas para não, pode ser?

Lá dentro do banheiro a menina que estava encolhida no chão se mexeu. Marinette não queria fazer nada a não ser se deitar na cerâmica branca gelada e fingir que estava morta, mas as pessoas que a amavam estavam verdadeiramente preocupadas e isso ela não queria. Não dava para ignorar o sofrimento da própria família desse jeito. Resolveu acatar o pedido da irmã mais velha, para tentar do jeito que podia despreocupa-los e também para fazer com que a deixassem em paz por um momento. Queria fica sozinha com os seus pensamentos, mas precisaria disso primeiro.

 Marinette então deu uma batida na porta.

— Ótimo! Muito bom! Obrigada! – Bridgitte falou do lado de fora dando um sorriso empolgado em direção da mãe que soltou a respiração, aliviada. Pelo menos ela ainda estava consciente e não havia desmaiado como Sabine chegara a imaginar. – Você pode sair rapidinho só pra vermos você? - Bridigitte pediu delicadamente.

Duas batidas foram a resposta dessa vez.

— Tudo bem, entendi. Você quer ficar sozinha por enquanto né? – Uma batida na porta. – Isso é compreensível, mas saiba que se você quiser conversar ou desabafar nós estamos aqui pra te ouvir tá bom? – Uma batida de novo. – Tá. Mamãe falou para você aproveitar que está aí e ir tomar um banho. Vamos buscar uma toalha e roupas pra você e pendurar na maçaneta da porta, ok? – Uma batida. – Tudo bem, tchau.

Um minuto depois se ouviu o som do chuveiro sendo ligado. Marinette finalmente se posicionou debaixo dele, deixou a água cair no rosto e deslizar pelo corpo lavando suas lágrimas insistentes. O calor que vinha da água era agradável e reconfortante, a fazia se sentir um pouquinho melhor mesmo com o seu mundo desabando ao seu redor e ela sabia muito bem que sua mãe não havia lhe sugerido esse banho por nada, ela sabia que iria fazer a filha se sentir melhor. “Mamãe me conhece muito bem” a mestiça pensou virando-se para que a água caísse diretamente em suas costas. Virou o rosto novamente para cima e a agua caiu com força nele, fazendo ela se sentir um pouco mais viva enquanto se distraí, tentando manter a imagem terrível de Lila e Adrien juntos fora de sua mente.

Enquanto a irmã mais nova buscava conforto no calor de um bom banho Bridgitte abraçava a mãe.

— Será que eu deveria ter esperado mais pra contar pra ela? – Sabine choramingava, se culpando pela situação toda.

— Não, querida. Você fez bem, Mari precisava saber, ela ia descobrir de um jeito ou de outro e seria pior para ela se não fosse por nós. – Tom se aproximou envolvendo a esposa e a filha com os braços de forma protetora. - Foi necessário, afinal de contas... Por mais infeliz que seja essa situação, ela precisava mesmo saber.

— Nós precisamos dar um tempo pra ela organizar os pensamentos no lugar, foi difícil para nós entendermos e acreditarmos que isso estava acontecendo, para ela deve estar sendo mil vezes pior. – Bridgitte disse suspirando, pensando em quanto tempo demorou para assimilar que o adorável irmão de seu noivo que era tão louco pela sua irmã de repente começou a ficar com outra sem dar explicações. Bridgitte balançou a cabeça, desistindo de tentar entender isso no momento, já que haviam assuntos mais sérios a se tratar ali. – Vamos deixar ela em paz por hora e estaremos disponíveis se ela quiser conversar sobre isso tudo.     

Sabine assentiu sem saber mais o que fazer em relação aquilo.

— Eu acho que vou ir fazer o jantar... – Ela disse meio incerta saindo do abraço.

Ninguém questionou ou falou que era cedo demais para jantar, eles apenas ofereceram ajuda para prepara a refeição e foram todos para a cozinha, sendo esse o único jeito de passar o tempo que encontraram sem ter que pensar na situação que estavam passando, afinal passaram um mês inteiro tentando entender aquilo.

Mais ou menos uma hora depois do chuveiro ser ligado a porta do banheiro foi aberta e eles estariam mentindo se dissessem que não repararam isso no exato momento que aconteceu, por que estavam atentos a qualquer som que viesse daquela direção. Estavam sentados na mesa quando Marinette apareceu, já vestida em roupas limpas e emanando um perfume suave de sabonete de flores.

  - Ah, querida! Estamos te esperando para o jantar! – Sabine falou virando-se na direção dela.

— Eu acho que não vou comer agora mãe. Estou meio sem apetite, vou para o meu quarto, por favor, não me sigam. – Foi tudo que ela disse antes de correr para o cômodo mencionado.

 Ninguém ousou contradize-la.

Marinette mal se jogou na cama e já se arrependeu disso. Quando estava no banheiro ela planejou ignorar a situação, fingir por um momento que estava bem e que Adrien Agreste nunca havia passado pela sua vida, e jantar tranquilamente com a sua família para não preocupar eles mais que o normal, mas não conseguiu. “Como se uma coisa assim fosse dar certo!” ela pensou “Eu não conseguiria fingir que está tudo bem nem se me pagassem. Não conseguiria ignorar ele...”.

Eu sei que vou chorar

A garota sentou-se na cama virando o seu dorso na direção do computador vendo que ele ainda estava ligado e seu CD ainda tocava ali.

A cada ausência tua eu vou chorar

Mas cada volta tua há de apagar

O que essa ausência tua me causou

Ela não entendia nada do que a música que tocava dizia, mas ela conseguia se sentir dez vezes mais melancólica ouvindo aquilo. Percebeu que, infelizmente, o clima era o ideal para a aquela canção.

Eu sei que vou sofrer

A eterna desventura de viver

À espera de viver ao lado teu

Por toda a minha vida

“Céus, eu esperava mais animação vinda de um CD com músicas brasileiras, mais samba, eu sei lá. Isso definitivamente não ajudou Alice!”. Ela pensou se revirando na cama.

Eu sei que vou te amar   

Marinette decidiu finalemnte que não aguentaria mais disso e que deveria tirar o CD dali antes que ela começasse a chorar lágrimas de sangue... Pulou para fora da cama a contra gosto e se arrastou até o computador tirando o CD dali, então acabou percebendo o Wallpaper que se encontrava na tela: uma estúpida foto dela com Adrien fazendo caretas usando as roupas de uniforme do Miraculous Club em uma dia lindo e alegre, que agora lhe parecia tão distante em um dos seus lugares preferidos...

Aquele lugar... Aquele maldito lugar que ela mesma havia nomeado, onde Adrien lhe entregou seu primeiro buquê, onde eles confessaram seus sentimentos, onde ela mesma o pediu em namoro na frente de dezenas de pessoas...

Marinette deu uma risada amarga lembrando do que escutou Adrien dizer para Lila pouco antes de receber seu buquê de rosas vermelhas há tanto tempo atrás...

“Quem sabe um dia a gente volte a ser amigos...”           

— Que bons amigos vocês são agora não é Adrien? – A mestiça cuspiu acidamente as palavras encarando a foto na tela do computador. – Amigos... – Ela sentiu um calor subir para o seu rosto. Olhar para Adrien com o rosto vermelho não era novidade para ela, a novidade era que o sentimento que estava lhe causando o rubor não era a vergonha costumeira e sim raiva. Uma raiva que ela nunca esperou sentir daquele loiro, uma raiva muito forte que lhe apertava o coração e fazia a cabeça doer.  – COMO É QUE VOCÊ PÔDE FAZER ISSO COMIGO? – Ela gritou socando a mesa com tanta força que o teclado pulou.

Era horrível pensar que todo aquele amor que ela sentia já não significava mais nada para ele, e isso já não a deixava só triste: Marinette estava possessa. Ela furiosamente caminhou batendo os pés com força no chão indo até o seu guarda-roupa onde se encontravam as fotos de Adrien que ela tinha desde seu primeiro encontro e arrancou a imagens dali. Encarou as fotos, sua intenção era rasgar elas, fazer picadinho até não sobrar mais nada assim como desejava muito fazer com o Adrien real naquele exato momento, mas ela não conseguiu, assim como sabia que não ia conseguir largar o seu sentimento por Adrien de uma hora para outra. Isso só a deixou mais enraivada. Ela jogou as fotos dentro de uma gaveta na mesa do computador e a trancou, logo em seguida saiu correndo do quarto.

Adrien a trocara e não aguentou nem mesmo esperar ela acordar para fazer isso. Tinha a substituído tão facilmente, colocado outra em uma lugar que ele jurava que só pertencia a Marinette em seu coração. Ele não levou em conta nada que ela sentia... "Esse tempo todo ele esteve simplesmente me usando? me descartar foi tão fácil assim para ele?". Lágrimas de raiva desceram pelo seu rosto quando ela percebeu que aquele relacionamento que representava tudo pra ela não era nada, mas ela rapidamente as secou. "Não!" Pensou. "Não vou me deixar chorar mais nenhuma lágrima por ele, isso já foi suficiente!" ela pensou... Continuou andando em passos confiantes que escondiam muita amargura.

Assim que chegou na sala ela viu toda a sua família sentada ali no sofá a encarando. Antes que eles pudessem fazer qualquer pergunta ela determinadamente declarou:

— Eu quero voltar para a escola.   


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Notas finais do capítulo

Tenso demais hein gente... Sou meio ruim, então gosto de jogar a bomba no ar e sair correndo enquanto todos permanecem curiosos! Espero não ter cometido erros nesse capitulo, mas como eles também são coisa típica minha podem estar aí, estão me avisem se verem algo fora do normal, obrigada de nada.
Bom acho que por hora é isso! Até amanhã (eu espero) Beijinhos e ~fui~ ♥



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