Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 43
Eu passo por altos probleminhas com o banheiro e um tarado!


Notas iniciais do capítulo

E aí meus súditos? Tudo bom? Ô não falem nada que eu tô até que rápida ultimamente! Essa semana das crianças vai ser maravilhosa para eu descansar a cabeça e escrever! Isso é perfeito demais! Já não aguentava mais escola >~< lugarzinho infernal! Bom, eu sei que vocês não tem nada com isso então vamos para o capitulo e nós nos vemos lá embaixo!



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— Mari você quer dizer que a pessoa que te fez isso foi uma mulher?

— É... – Ela sussurrou baixinho, parecia arrependida de ter comentado isso.

Eu parei para pensar... Lila tinha me contado que era uma loira, e agora Mari falou que era uma mulher. Afinal quem é essa garota? Eu não aguentava ficar tentando juntar pistas para desvendar mistério, por acaso isso aqui é Scooby-Doo? Marinette se sentou e me encarou seriamente, agora ela parecia determinada.

— Adrien, você jura pra mim que vai acreditar em tudo que eu vou te contar agora? – Ela perguntou, suplicante. – E que não vai me odiar ou me chamar de mentirosa? E que eu não vou te perder para sempre? – Ela soluçou, parecia prestes a se debulhar em lágrimas.

— Eu juro, my Lady. – Falei segurando as suas duas mãos juntas. – Eu acredito em você plenamente.

— Ce-certo... – Ela engoliu em seco.

Então ela começou a me dizer sobre como Patrícia Agreste a manipulou para que ela conseguisse a levar apara aquela sala usando o meu nome no meio daquele jogo de mentiras. Falou sobre tudo que Patrícia a disse e como ela ficou se sentindo um pedaço de merda naquele lugarzinho escuro e solitário. E por ultimo falou que Patrícia tinha a ameaçado dizendo que algo ruim aconteceria se ela não me largasse. Eu fiquei abismado ao pensar naquilo tudo, e, além disso, eu estava extremamente furioso.

— Marinette eu não acredito...

— O que? – Ela arregalou os olhos desesperada, seu rosto ficou pálido na hora.

Ok, escolha estupidamente errada de palavras Adrien Idiota Agreste.

— Eu não acredito que eu estava debaixo do mesmo teto de uma cobra venenosa como essa garota! – Eu me corrigi rapidamente. – Não acredito que o meu sangue corre nas veias de alguém que pode fazer algo assim alegando ser para o meu bem! Como ela ousa tentar tirar você de mim?! Você não tem noção de como eu quero ir para a minha casa agora e-

— Adrien, controle a sua raiva, por favor! Não vamos nos precipitar aqui! – Ela me pediu. – E-eu estou muito feliz que você acredite mesmo em mim, de verdade... Mas podemos evitar um banho de sangue na sua família? Obrigada.

— Eu não posso te garantir nada... – Resmunguei com sangue nos olhos. – É bom mesmo eu passar a noite aqui, isso evita que eu pegue um travesseiro e sufoque ela enquanto dorme. E isso porque é da família!

— Eu vou fingir que você não disse nada de psicopata. – Ela falou revirando os olhos. Era muito bom ver ela fazendo esse gesto sarcástico, queria dizer que ela estava bem. – Você vai dormir de terno? É chique demais a esse ponto, garoto bonito?

— Ops, eu me esqueci desse detalhe. – Eu percebi. – Será que vocês teriam algumas roupas para em emprestar? – Perguntei envergonhado, eu sei mudança rápida de personalidade. Sou doido mesmo, foda-se.

— Vou ver se algo do meu pai serve em você, com essa sua magreza toda acho meio difícil, mas não custa conferir. – Ela riu.

— É tão bom te escutar rindo ás custas do meu sofrimento Marinette, minha amada. – Eu falei debochadamente.

— Eu sei que sim. – Ela piscou. – Bom, se quiser ir tomar um banho pode ir...

— Ah, sim... É só meio estranho isso tudo. – Eu ri. – Nunca imaginei que fosse dormir algum dia na sua casa.

— Eu também não. – Ela disse ficando de pé e indo abrir uma gaveta na cômoda que estava ali presente. – Aqui, toalha limpa. – Ela me jogou uma toalha branca e macia.

— Obrigado. – Eu sorri e saí do quarto, em busca do banheiro.

P.O.V. Autora (linda de maravilhosa rainha perfeição do caralho)

Adrien seguiu para o banheiro um pouco constrangido, ele realmente estava muito desacostumado àquela situação. Já a mestiça criou coragem para sair do quarto e ir perguntar a sua mãe se havia alguma roupa que pudesse emprestar para o namorado, logo as duas foram juntas buscar por tal item tão raro. Enquanto isso Bridgitte ainda conversava com o namorado pelo celular, tendo um extremo ataque de ódio pela criatura que foi responsável pelo sofrimento de sua irmã, seja lá quem fosse. Félix não sabendo como conter a fera só concordava com tudo que ela dizia para não acabar a deixando mais estressada ainda, geralmente eram coisas como “E você vai me ajudar a estrangular esse ser dos infernos lazarento mentecapto desgraçado!” que recebiam respostas do tipo “Sim, amor, certamente.”. Os preocupados Senhor E Senhora Dupain Cheng estavam na cozinha, fazendo o jantar já que não tiveram a oportunidade de comer muito bem durante a festa. Eles pensavam sobre o que acontecera, mesmo sem comentar nada entre si, nem sabiam muito bem o que dizer naquele momento tão difícil. Estavam definitivamente preocupados com a filha e o que ela teve de passar, mas tinham medo de assusta-la tocando no assunto tão rapidamente de novo e não faziam ideia de como poderiam resolver aquilo tudo.

Por mais estressante que fosse a situação, na verdade ela estava sendo levada do melhor jeito possível pela vítima daquilo tudo (ao contrário de todos os outros envolvidos): Marinette evitava ter que pensar no quão terrível foi ficar trancada no escuro sozinha e ter que saber que ela não passava de um fardo e uma vergonha para a tão admirada família Agreste. Ela preferia só considerar o fato de que teria um tempo a mais com seu maravilhoso namorado, e que isso seria uma afronta a Patrícia que disse que os separaria de qualquer forma, coisa que a mestiça não queria permitir que viesse a acontecer de maneira nenhuma. De qualquer forma ela não teria outro jeito melhor para encarar a situação, já que não desejava bater de frente com a loira tão cedo para resolver a suas pendências com ela. De repente despertou de seus pensamentos sobre como seria engraçado ver Adrien usando as roupas largas de seu pai, com o toque conhecido do celular do loiro. Ela pegou o objeto e sem sequer olhar para a tela foi até a porta do banheiro, dando um toque e chamando pelo dono do aparelho.

— Sim? – Adrien respondeu desligando o chuveiro. – Aconteceu alguma coisa?

— Nada demais, seu telefone está tocando. – O de olhos azuis explicou. – É para eu atender ou...? – Deixou a frase no ar esperando por uma resposta do garoto.

— Espera só um pouquinho! – Ele pediu. Depois de alguns segundos a porta foi aberta revelando um loiro um pouco molhado e parcialmente enrolado na toalha. – My Lady? – Ele a chamou risonho, passou a mão pelos cabelos por mania, reparando na cara engraçada e corada que Marinette fazia enquanto o encarava, ela virou o rosto para o lado rapidamente.

— A-a-aqui! – Praticamente jogou o celular para qualquer canto torcendo para que o objeto não caísse no chão e saiu correndo.

“Ai meu Jesus Cristinho! Eu não acredito no que eu acabei de ver!” Marinette pensava corada, jogada no colchão que estava na sala para Adrien. “Adrien tem um tanquinho muito lindo!” ela concluiu mentalmente “Não é como se eu não o tivesse visto antes, mas já faz tanto tempo, e agora ele parece estar mais maravilhoso ainda! Eu tenho tanta sorte de ter um boy magia modelo gato!”. Céus, aquilo certamente foi uma coisa constrangedora de pensar, como se o momento já não tivesse a envergonhado o suficiente, mas não pudera evitar o fazer. Ela deu um sorriso ainda parecendo um tomate de tão vermelha, sabendo que mesmo sem querer Adrien conseguiu desviar qualquer pensamento ruim de sua mente com aquela... Cena. Ela pensava em como faria para encará-lo sem morrer de vergonha, mas nem teve tempo de tomar alguma conclusão para isso, pois o rapaz logo a chamou de novo depois de um curto período de tempo perguntando se ela conseguiu achar roupas para ele usar.

 - S-sim! – Ela gaguejou levantando e indo novamente até a porta do banheiro de forma totalmente mecânica, agora segurando roupas de seu pai.

— Obrigado. – Ela viu novamente seu Adrien enrolado na toalha, agora o rapaz a encarava com um sorriso malandro de canto. – Mari, Mari, Mari. – Cantarolou. – Por acaso está tendo pensamentos pervertidos?

— Pare de ser idiota e se vista logo! – Ela resmungou entregando as roupas e virando de costas para ele rapidamente, tentando evitar, em vão, que ele visse o quanto ela estava corada. “Tão vermelha quanto uma joaninha!" o Agreste pensou.

— Será que eu devia fazer isso mesmo? Quer dizer, imagino que não vai ser muito de seu agrado. Dá pra ver claramente que você me prefere assim. – Ele falou em um tom de voz provocador.

— Eu só não viro pra meter minha mão na tua cara por que eu tenho vergonha na minha, seu tarado desgracento! – Ela resmungou.

— Se não quer me ver porque ainda está aqui? – Ele riu.

— Eu já estava indo embora!

— Vai não, fica aqui comigo! – O loiro sussurrou repentinamente no ouvido dela, fazendo a garota se arrepiar dos pés a cabeça. – Eu sou tão carente, e eu sei que você quer ficar...

— Já estou me arrependendo de te chamar pra ficar aqui! – Ela novamente só pôde resmungar.

— Ok, você venceu! Eu já fiquei caladinho, quem manda em mim é a minha dona, afinal. Vou ir me vestir. – O rapaz falou rapidamente fechando a porta do banheiro. – Mas não diga que eu não avisei que você ia se arrepender dessa escolha hein!

— Vou fingir que você não disse isso! – A menina falou caminhando até o seu próprio quarto, a fim de pegar uma muda de roupa limpa para si mesma e voltou à porta do banheiro a espera do loiro sair.

Assim que ele saiu, Marinette explodiu em risos. Mesmo aquelas roupas antigas de seu pai, da época em que ele era mais magrinho e jovem, não caiam nada bem em Adrien, estavam muito largas para o garoto.

— Meu Deus do céu você tá parecendo um palito! – Ela riu. – Adrien você é tão franzino.

— Ah, mas pare com isso que você tava sonhando acordada olhando para esse corpinho-maravilha aqui a dois minutinhos atrás! – Ele falou flexionando os braços de forma metida a fazendo revirar os olhos. – Não precisa dizer nada, eu sei que você está surtando internamente e esse seu jeitinho de revirar os olhos é só um disfarce!

— Ok, você venceu senhor leitor de mentes! – Ela sorriu para o rapaz. – Agora só me deixe passar e tomar meu banho.

— Vai precisar de ajuda? – Ele disse levantando as sobrancelhas de um jeitinho bem sugestivo. – Saiba que eu estou sempre disponível para você, quando quiser...

— Não, e acho que você deveria ter um pouco mais de noção do que diz quando os meus pais estão em casa. – A mestiça novamente ri do comentário do de olhos verdes.

— Eu não falaria essas coisas se não tivesse certeza de que ninguém está escutando. – Ele deu uma piscadinha. – Além de você, é claro. – Completou.

— Mas que garoto abusado. – Ela fala puxando ele de lado para passar para dentro do banheiro.

— Só quando é com você, meu amor. – Ele rapidamente estalou um beijo nos lábios macios da jovem e saiu andando para a sala, ela ficou atônita por alguns segundos, mas logo deu um suspiro apaixonado e fechou a porta do cômodo, trancando-a atrás de si.

Depois de entrar debaixo do chuveiro Marinette parou para refletir sobre a vida, não somente o que acontecera no dia de hoje, mas em literalmente tudo desde que certo loiro apareceu na sua vidinha comum e virou seu mundo de ponta-cabeça. Primeiramente ela o viu, se tornou uma stalker loucamente apaixonada, eles se beijaram e então passaram um tempo sem se falar pela vergonha do que aconteceu, finalmente voltaram a se falar, aí firmando uma relação amorosa, e depois de muitos acontecimentos finalmente se tornaram oficialmente um casal de namorados, isso além de muitas outras loucuras que viveram juntos, claro que alguns problemas sempre ousavam invadir os seus momentos de felicidade, mas quem não tinha problemas de vez enquanto né? E, além disso, ela sabia que sempre que Adrien estivesse com ela os dois conseguiriam resolver tudo.

 Saindo do banheiro, acompanhada por vapor depois de tomar um banho quente a joaninha seguiu até a sala onde Adrien estava sentado comportadamente no sofá assistindo a uma série na TV. A garota atravessou o sofá para se sentar ao lado do loiro.

— Eu te incomodaria se sentasse aqui? – Perguntou encostando a cabeça no ombro dele, essa era uma posição confortável da qual ela gostava bastante.

— Na verdade eu acho que fiquei melhor agora. – O Agreste passou o braço pelos ombros dela.

— Isso é bom. – Ela sorriu e quando o abraçou, ao invés de ser retribuída como esperava, ela escutou um baixo e reprimido gemido de dor. – Uh? Você está bem meu gatinho?

— Claro! Porque não estaria? – Ele sorriu amarelo.

— Não me insulte, não sou tão trouxa assim! – Ela resmungou. – Posso saber o que você tem? – Ela o encarou tentando ler a sua mente através de seus olhos.

— Não é nada demais, é só o meu braço... Uma bobagem. – Ele gesticulou com as mãos como se disse que estava tudo bem.

— Ah, é verdade! Como pude me esquecer do seu braço? Eu sou tão idiota! – Ela levantou para avaliá-lo melhor. – Deus, olha só o tanto que você se machucou para me tirar daquele lugarzinho infernal! Sinto muito, Adrien...

— Está brincando? Eu perderia um braço por você! E outra, isso nem está doendo tanto as- AI! Caralho não faz isso! – Ele cortou a própria frase quando a namorada apertou seu braço.

— Ué, mas não é você que disse que não estava doendo? – Ela sorriu maldosamente e depois ficou séria. –Ok, chega de brincar gato, obedeça a sua dona e para de ignorar esse machucado! Cara esse troço está ficando roxo, amarelo, verde... Daqui apouco aparece um arco-íris aí na sua pele! Eu vou pedir pra minha mãe te dar um jeito!

— Tá bem, ok. Você ganhou, mas podemos esperar o jantar? Não quero que eles parem de fazer seja lá o que for por causa disso aqui! O cheiro está ótimo! – Ele falou. Marinete já ia discordar daquela ideia quando foi interrompida.

— Ei gente, como vocês estão? – Bridgitte chegou de repente perguntando. – Crendeuspai guri olha o que aconteceu com teu braço!

— Ah, senhor lá vem outra! Vocês são tão dramáticas, eu estou legal! – Adrien resmungou.

— Ok garoto legal, vamos dar um jeito em você! – Bridg o puxou pelo braço bom até chegarem fora do alcance de vista de Marinette, que foi chamada pelos pais para ajudar a terminar o jantar.

Mais meia hora depois e todos estavam juntos na mesa, conversando sobre como a lasanha á lá Dupain Cheng estava maravilhosa.

— Nossa eu queria morar aqui! Vocês cozinham coisas assim para o jantar todos os dias? – Adrien perguntou encarando o prato com brilho nos olhos, por mais refinadas que fossem as refeições na sua casa elas não se comparavam aquele manjar dos deuses que se encontrava posto a sua frente.

— Nem sempre, geralmente em ocasiões mais especiais, como a sua presença aqui! – Sabine falou sorridente para o genro.

— Então eu quero vir aqui todos os dias! – O rapaz concluiu fazendo todos rirem.

Depois de um bom momento em família, concluiu-se que já era bem tarde e que o melhor a se fazer agora seria dormir. Todos partiram rumo aos seus devidos aposentos a espera do tão merecido descanso depois de todo o agito daquele dia, mas não foi exatamente o que aconteceu para dois deles...

P.O.V. Marinette

 Eu me deitei na minha cama e desliguei a luz, mas eu nem mesmo conseguia pregar os olhos. Eu me virava de um lado para o outro procurando uma boa e confortável posição, porém me sentia desconfortável de todas as maneiras que tentava. Eu concluí que realmente não ia conseguir dormir daquele jeito tão cedo, então resolvi me levantar e ir tomar um copo d’água para acalmar os nervos.

Durante o caminho de volta da cozinha eu tentei passar silenciosamente pela sala para não acordar Adrien, acabei por parar lá. Eu me agachei e fiquei próxima ao seu rosto para observa-lo melhor, a luz da lua iluminava o ambiente e o dava um ar de tranquilidade, vi que Adrien parecia um anjo quando estava dormindo, a face serena e a respiração calma contribuíam muito para isso. Senti vontade de passar a mão no cabelo macio e dourado dele, mas me contive para não acabar acordando ele. Eu estava prestes a sair quando ele abriu os olhos vagarosamente de repente, me fazendo arfar em surpresa. Ele me olhou sonolento e confuso, talvez se perguntando se ainda estava sonhando.

— Você é uma stalker até mesmo nos meus sonhos? – Ele sorriu docemente tocando o meu rosto.

— Você não está sonhando. – Eu sussurrei.

— Então como eu estou vendo um anjo? Eu morri?

— Como consegue soltar cantadas bestas a essa hora da noite? – Questionei me sentando do lado dele, que repetiu meu gesto e esticou a coberta para dividir comigo. Ele se espreguiçou e sorriu para mim.

— Quando eu tenho uma namorada assim tão perfeita eu tenho que me esforçar para agradá-la, eu sei que você ama quando eu digo essas coisas. – Ele deitou a cabeça no meu ombro.

— Certo gatinho carente. – Eu passei minha mão nos cabelos dele, assim cumprindo meu desejo. Eram tão macios... – Eu amo mesmo.

— Eu também amo você. – Ele fechou os olhos apreciando o carinho, eu podia jurar que escutei ele ronronar como um gato de verdade. – O que te trouxe aqui?

— Eu não consigo dormir de jeito nenhum, estou sem sono... – Confessei.

— Então eu te deixo sem sono, my lady? – O loiro provocou.

— Ai, ai, você sabe mesmo como quebrar o clima! – Eu ri baixinho.

— De jeito nenhum! Desde o primeiro momento que te vi eu sabia que já estava rolando um clima entre nós! – Ele prosseguiu com a sua coletânea de piadas ruins que me fazia sorrir mais e mais.

— Eu mereço. – Revirei os olhos, ainda sorridente.

 – E sabe de uma coisa? Acho que eu estou meio cego. – Ele falou.

— Eu sei que vou me arrepender, mas lá vai: Por quê? – Eu disse me preparando para mais uma piadinha besta.

— Porque eu não vejo a hora de te dar uns pegas! – Ele retirou a cabeça do meu ombro só para me encarar com um sorriso desse tamanho. – Bora?

— Ah, e você acha que é fácil assim? – Eu revirei os olhos novamente, mas logo eu mesma fiz questão de segurar o rosto dele entre as minhas mãos. – Bora.

E numa atitude impensada eu puxei com força o rosto do loiro para mais perto do meu, o encarando diretamente por uns segundos para finalmente colar nossos ansiosos lábios. Era tão bom sentir o beijo dele, nós simplesmente nos completávamos. Eu começava uma dança calma e ele conseguia seguir meus passos perfeitamente e vice-versa. Eu senti as mãos do rapaz descerem para a minha cintura vagarosamente, então deixei as minhas se apoiarem em seus ombros largos. Passando se alguns segundos ele se soltou mais, deixando o movimento do beijo ficar mais selvagem e agitado, sua língua entrou na minha boca sem sequer tentar pedir passagem. Nós travamos uma batalha por domínio. Arfávamos entre breves pausas, só para logo voltar um para o outro. Os movimentos dos meus lábios contra os dele eram hipnotizantes, a cada momento só queríamos mais e mais aquilo... Nós simplesmente não desejávamos parar. Quando já não conseguíamos mais respirar nós nos separamos, mas um fio de saliva invisível ainda nos ligava. Adrien sorria de um jeito indescritível assim como eu.

— Meu Deus, quanto mais nós nos beijamos mais eu gosto disso!- Ele disse sem a menor vergonha na cara.

— É... – Eu sorri corando. – Eu também...

 - Você é maravilhosa. – Ele passou a mão nos meus cabelos em uma caricia leve.

— Obrigada, você é maravilhoso também. – Eu deixei minha cabeça pousar no ombro dele e fechei os olhos.

Eu me permiti descansar ali, era tão confortável e quentinho... Senti a mão dele afastar levemente os meus cabelos do meu pescoço, e também senti o movimento dele se inclinado sobre mim e seus lábios tocaram o lugar levemente em um beijo terno, seguido por mais alguns  beijos intermináveis. Então ele voltou a acariciar minha cabeça gentilmente em um confortável cafuné. Eu me sentia tranquila, em um estado de paz e tudo parecia ficar bem. “Está tudo bem” eu mesma acabei por sussurrar. Com o corpo e a mente relaxados eu me acalmei, esqueci de todo tipo de problema que poderia ter. Escutava o som de grilos vindo de algum lugar lá fora na rua, vez ou outra o som de um carro, mas no geral tudo estava quase em silencio.  Nesse clima pacifico eu acabei por deixar o sono tomar conta de mim. Eu só tive vontade de permanecer naquele sonho maravilhoso para sempre para poder esquecer o pesadelo anterior.


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Notas finais do capítulo

Lá lá lá~ As coisas podem ficar tensas o quanto for que eu vou conseguir aliviar com um pouco de amorzinho para o nosso casal! Eles são perfeitos demais para sofrer tanto e não terem nem um pouco de carinho dessa autora aqui né? ^^ Mas não vão se acostumando, é a partir daqui que o bagulho vai esquentar! Muahaahahah!
Agora mudando de assunto o que vocês vão estar fazendo na folga meus queridinhos? Eu provavelmente vou ficar enrolando com os meus afazeres para acabar cumprindo tudo no ultimo momento! Mas deixa pra lá! Eu só quero saber é da opinião de vcs sobre o cap! Me digam! Beijinhos ~fui~