O Relatório da Minha Vida escrita por LeShary


Capítulo 3
O Dia Do Lixo


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz com os 10 reviews que recebi até agora. Obrigada a todos que mandaram.



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Leona ->

Acordei às sete horas. Tomei uma ducha fria e escolhi a roupa que eu usaria para ir ao trabalho.  Uma

Rapidamente fiz um sanduíche. Vi algumas embalagens de barras de cereais em cima da mesa. Peguei elas e as joguei no lixo. Pensei ter visto um leve brilho prateado dentro dele. Deve ser apenas uma embalagem de chocolate diet, pensei.

Desci pelas escadas de emergência, já que o elevador estava quebrado. Quando cheguei à última parte, tropecei e caí em cima de um saco de lixo. Levantei-me e descobri que meu sapato novo tinha realmente entrado dentro do lixo. Nem me atrevi a tentar recuperá-lo. Não tinha sujado as minhas roupas e eu tinha um par extra de sapatos no meu carro. Pelo menos dessa vez tudo terminou bem.

Novamente, peguei a chave e destravei o carro. Peguei meus sapatos e os vesti. Coloquei a minha bolsa no banco de trás e dei a partida no carro.

Quando estava quase saindo, uma mãe com seu filho apareceram repentinamente vindos da esquerda. Por pouco não os atingi. Agradeci a boa qualidade dos freios do meu carro.

Minha bolsa havia caído e todo o seu conteúdo estava espalhado no interior do carro. Abri a porta e fui para o banco de trás para poder recolher melhor as minhas coisas. Já tinha uns dois carros atrás do meu. Eles começaram a buzinar incessantemente. Homens, é claro. Irritada, eu falei:

- Passa por cima, Rubinho! – ouvi uns xingamentos e conclui que a maneira de os irritar mais do que eles já estavam me irritando era demorar bastante recolhendo as minhas “bugigangas”.

Quando terminei a arrumação, me dei conta de que estava esquecendo uma coisa. Contei mentalmente o que eu havia trazido do trabalho ontem e descobri o que estava faltando.

 O meu pen-drive.

 Não me lembrava de ter o tirado da bolsa. Rapidamente, associei os fatos. O brilho prateado no lixo… Mas que droga! Talvez desse tempo de o recuperar, antes que a faxineira recolhesse o lixo.

 Estacionei meu carro de qualquer jeito e subi as escadas rapidamente, quase arrombei a porta com a minha pressa em entrar. Fui em direção a cozinha. Olhei o lixo e ele já havia sido recolhido. O que eu irei fazer agora?

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Matt ->

Matt caminhava apressadamente em direção ao escritório. Estava atrasado para o trabalho. Se dependesse dele, nem iria trabalha hoje.

Ele havia pegado um resfriado. Mas a agência precisava dele. Era o único fotógrafo que possuía um bom equipamento e alguns anos de experiência.

 Além disso, esse era seu primeiro emprego em New York. Ele não queria estragar tudo. Passou por um outdoor e não acreditou no que viu. Será que essa é mesmo ela? Matt pensou.

Na propaganda, havia uma mulher segurando um caderno de desenhos. Havia uma frase escrita. “A Neo-Chanel”

Leona McNiveen. Fazia anos que Matthew não via essa mulher. Sem conseguir parar de olhar para a foto dela, ele esbarrou em uma mulher que estava carregando vários buquês de flores.

 Após se levantar e desculpar-se a mulher, Matt finalmente chegou à agência onde trabalhava.

Tirando as flores que estavam presas na sua roupa e no seu cabelo, ele entrou. Bateu a cabeça na porta de vidro que estava fechada e caiu novamente no chão.

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Leona ->

Eu estava dirigindo o meu carro na maior velocidade que eu conseguia nas ruas engarrafadas da cidade de New York.

 Estava seguindo o caminhão de lixo. O sinal fechou exatamente após o caminhão passar. Dei um rugido de raiva e soquei o volante.

 Vi o caminhão parar em uma esquina não muito distante de mim. Pensei em como eu podia recuperar o meu pen-drive. Era a minha última chance.

 Estacionei o carro em um local proibido ( quem se importa com a multa quando se tem milhões de dólares na sua conta bancária?) e corri atrás do caminhão.

Consegui alcançá-lo antes que ele começasse a andar novamente. Falei para o homem  que estava recolhendo o lixo:

- Moço, acidentalmente, eu esqueci um objeto importante no lixo.

Ele deu uma risada e respondeu:

- Senhorita, não tem como recuperar seja lá o que você esqueceu. Tudo é triturado.

- Mas é um objeto pequeno.

- Sinto muito, mas eu não posso procurar. Tenho uma rota a cumprir e não posso me atrasar.

- Por favor! – eu disse fazendo uma carinha de anjo para ele

- Robert desliga o triturador que eu vou procurar um objeto.

O motorista do caminhão respondeu:

- Boa sorte, George!

Após alguns minutos de procura, George não achou o pen-drive que eu havia descrito para ele. Acho que o homem nem havia entendido como era o objeto. Só havia mais uma opção.

- Deixa que eu procuro, senhor.

- A senhorita não vai querer sujar essa roupa.

- Não tem problema!

- Tudo bem, se é assim. A roupa é sua mesmo. Use a minha máscara.

Coloquei a máscara que o homem havia me dado, respirei ar puro pela última vez e mergulhei com tudo dentro do lixo. Revirei tudo que eu consegui alcançar com as mãos e que o meu olfato permitiu. Vi um brilho prateado e peguei para saber o que era. Meu pen-drive. Saí do lixo e agradeci a George.

Voltei ao meu carro  e dirigi até a Dior Corporation. Não dava tempo de voltar para casa. Mesmo estando toda suja e fedorenta. Pelo menos eu havia recuperado o meu pen-drive,

Entrei na recepção do meu andar e Karin, a recepcionista disse:

- Leona, onde você estava? Por que suas roupas estão sujas e você está com cheiro de lixo?

- Sem perguntas, por favor!

- Tudo bem então. – ela tampou o nariz com os dedos

Apenas segui na direção da minha sala. Tirei meus sapatos e eles estavam cheios de lixo. Eu os coloquei na lixeira que era o lugar mais adequado para eles. Hoje é o dia do lixo, pensei.

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Lavínia

Lavínia Dior entrou triunfante no andar onde ficava a sua sala. Sentiu um nauseante cheiro de lixo. Perguntou a recepcionista:

- Que cheiro horrível é esse? É o seu novo perfume?

- O caminhão do lixo está estacionado aqui perto.

Não respondeu. Apenas continuou andando para a sua sala. Percebeu que o cheiro de lixo vinha de algum lugar daquele andar. Quando passou por uma sala, ele pareceu se intensificar. O cheiro vinha da sala de Leona McNiveen.

Entrou na sala dela sem bater e gritou:

- O que significa esse cheiro horrendo vindo desta sala, Leona McNiveen?!

 

Desenho que a Leona fez no Primeiro Capítulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para aqueles que pensam: Ah, ela só copiou o desenho da internet, aqui está o link deste desenho na minha página do DeviantArt

 

http://leshary.deviantart.com/

 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Notas do desenho:
Feito com grafite o.5 sobre papel A4
Colorizado no computador com o programa Adobe Photoshop CS4



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