Teoria do caos escrita por Angelina Dourado


Capítulo 15
Antes da Queda - Capítulo Treze


Notas iniciais do capítulo

Atrasei? Atrasei. Desculpa pessoal mas acho que pelo menos nesse mês os capítulos vão sair meio desorganizados, sem data a se definir, final de ano é complicado com todas as festas e provas finais, por isso pode ter alguma semana que não tenha capítulo e outra onde um é postado numa terça de madrugada! Mas é temporário gente, espero que entendam, logo voltaremos com capítulos fixos todos os domingos ^-^
Sobre o capítulo vai ter várias informações nas notas finais, recomendo dar uma olhada ;D
Boa leitura!



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Sans já havia aprendido a diferenciar sonhos normais de suas visões. Afinal, sempre estava muito consciente, quando sabia que estava dormindo ele tinha certeza que estava em mais um de seus ‘’sonhos dimensionais’’.

Desta vez não sabia em que momento do passado estava. Fora levado para um quarto pequeno, sem janelas, apenas com uma pequena porta lembrando muito alguma espécie de armazém. Havia uma extensa bancada que ocupava grande parte do lugar, com diversas gavetas espalhadas, em sua superfície haviam diversas planilhas azuladas iguais as de Gaster, com vários dizeres em wingdings junto a croquis e esboços de uma estranha máquina.

Sans deduzira que a tal máquina era a que estava escondida sob um lençol velho, alguns parafusos e fios estavam espalhados no chão ao redor como se alguém estivesse tentando consertá-la. Por um tempo apenas ficou observando o lugar, imaginando o que lhe seria mostrado. Seria talvez o começo da carreira de Gaster? Sans estava tendo a impressão que algo grande estava por vir, olhando para os lados esperando ansiosamente algo acontecer.

Com um ‘’click’’ ouviu a porta ser destrancada, um breve ranger seguido de passos suaves de pantufas fora o que se seguiu. Sans olhou para o indivíduo a sua frente, com a boca aberta e suas íris tremulando de descrença, sentindo sua alma agitar-se de uma forma que parecia prestes a entrar em combustão.

Pois aquele definitivamente não era o passado.

Seu eu mais velho estava bem a sua frente, obviamente sem saber de sua presença, apenas passava seus orbes de um lado para o outro analisando o pequeno quarto. Ele não era muito mais alto – fazendo com que suas esperanças de um futuro estirão tardio fossem derrubadas – e por conta disso eram suas feições que denotavam mais a diferença de idade, tendo os ossos bem mais robustos e o rosto marcado por grandes sombras abaixo de seus orbes, mostrando certo cansaço. Talvez se não estivesse tremendo tanto de surpresa e ansiedade, teria feito alguma piada mentalmente sobre o senso de moda dele mesmo, afinal sabia muito bem que esqueletos não sentiam frio e não era necessário uma jaqueta daquelas e muito menos luvas de lã.

Fora tirado de seu transe quando seu eu futuro o passou direto, como se fosse alguma espécie de fantasma ou tivesse o corpo feito de fumaça. Não tirava o olhar de sua visão futura, observando cada passo e movimento dado pelo outro Sans que se dirigia até a bancada, pegando em seguida uma pequenina chave do bolso e destrancando uma das gavetas.

De lá ele retirou um pequeno laptop, tirando com as mãos o pó acumulado em sua tela e o conectando a energia antes de ligá-lo. Remexia nos programas com os olhos estreitos, numa concentração tamanha que Sans sabia que só lhe era característica quando algo realmente importante estava para acontecer.

Leitura de fótons em negativo... — Murmurou o seu eu futuro sem piscar os olhos enquanto observava os dados mostrados na tela. Aquela frase fez um arrepio lhe percorrer a espinha, relacionando as pesquisas de Gaster e diversas questões começaram a se formar em sua mente, será que futuramente continuaria a pesquisa? Será que jamais iria se livrar do doutor? Queria chegar para o esqueleto a sua frente e perguntar tantas coisas, queria saber onde não deveria errar e descobrir o que o futuro reservava para ele e o irmão! Mas aquilo era apenas uma ilusão, era um mero espectador.

— Você não pode me ouvir, não é? – Perguntou melancolicamente mesmo já sabendo da resposta, um silêncio aterrador que era quebrado apenas pelo teclar do adulto.

Até que o outro Sans se distanciou da bancada, olhando brevemente para a tela antes de ficar de costas para a mesma, cerrando os punhos e encarando o nada em busca de concentração. Por um momento Sans tirou um pouco de sua atenção do seu eu futuro para olhar o que o computador mostrava, sendo nada mais que uma tela completamente negra, escrito uma única coisa em fontes amareladas bem no centro:

SAVE_9

Aquilo não dizia muito sobre o que estava acontecendo, assim voltou o seu olhar para o outro Sans. Vendo o corpo dele (seu?) completamente estático, com seu único olho bom brilhando em uma combinação frenética de azul e amarelo, iluminando a parede branca a sua frente e refletindo no assoalho, a magia acumulada era tanta que sua alma acabou por ficar visível, o coração invertido brilhando em um branco que chegava a cegar quem olhasse.

Em contrapartida, a tela começava a se encher por todo o espaço negro pela palavra ‘’ERROR’’, ao mesmo tempo em que o Sans adulto começava a estremecer, até cair de joelhos no chão segurando a cabeça, como se algo o estivesse torturando dentro de seu próprio corpo. Até que de repente tudo parou, seus olhos abriram e ele olhou para os lados confuso, se levantando e olhando para a tela sinalizando que seja lá o que estava tentando fazer havia dado muito errado.

— Bem, não custava tentar uma última vez. – Comentou dando de ombros, pondo suas mãos no bolso e soltando um sorriso conformado. – Estando prevenido ou não, está na hora do julgamento, pirralho.

E então Sans acordou.

Provavelmente a única vez que havia acordado por conta própria, fora quando saíra do coma há vários meses atrás. Sans só era despertado por eventos externos, algum despertador, Papyrus a lhe sacudir os ombros, ou até mesmo um Gaster furioso por vê-lo dormir escondido quando deveria estar trabalhando.

Mas aquele dia havia sido diferente.

Acordara suavemente, a consciência se recobrando aos poucos antes de finalmente abrir os olhos, de maneira espontânea e calma. Deixara com que a visão se ajustasse naturalmente, espreguiçando-se enquanto observava a cama do irmão logo acima da sua. Por alguns minutos apenas permanecera assim, deitado e observando o pacato quarto, deixando que toda a preguiça se esvaísse aos poucos até finalmente criar energia para se levantar.

Enquanto colocava o suéter e arrumava a cama – por mais preguiçoso que fosse, era um habito que havia pegado – ficava repassando as imagens do sonho em sua mente. Em um primeiro momento apenas estava impressionado por conseguir ver o futuro, mas o conteúdo era o que realmente o surpreendera, afinal se tratava do seu futuro. Aquele cara realmente era ele em alguns anos? De certa forma não estava impressionado, afinal aquelas pantufas realmente eram incríveis e com certeza ele iria aderir a ideia, mas ficara tão perdido por não saber ao certo o que se passava. O que ele realmente estava tentando fazer? Aquele brilho em seus olhos seria algum outro poder que iria adquirir com o tempo, mas que por algum motivo dera errado? E o mais enigmático era o que realmente estava (ou estaria?) acontecendo! Nenhuma boa hipótese passava por sua mente, não conseguindo encontrar nenhuma espécie de contexto para compreender a situação.

 ‘’Leitura de fótons em negativo’’, aquela frase vinda de sua própria boca o fazia estremecer, afinal por quanto tempo Gaster estaria atrelado a sua vida?

Além do mais, esperava que Papyrus estivesse presente neste futuro misterioso.

‘’Paps!’’ lembrou-se fazendo todos aqueles devaneios irem embora tão rápido quanto chegaram, olhando mais uma vez para a cama vazia do irmão e perguntando-se por que ele não havia o acordado. Olhou para o relógio de pulso que tinha em seu bolso – cortesia da casa de vovô Semi – vendo que era quase o meio da tarde, jamais havia dormido tanto tempo assim.

Ninguém havia o acordado por todo este tempo, algo estava muito errado.

— Papyrus? – Indagava alto enquanto caminhava de maneira apressada pelos corredores vazios do laboratório. Não havia nenhuma resposta, e a cada segundo do mais repleto silêncio apenas fazia com que Sans se alarmasse ainda mais, sentindo sua alma comprimir em seu peito.

Até se dar conta de um detalhe: vivia com um cientista perturbado e ávido pelo conhecimento.

— Papyrus! Onde você está?! – Gritava assustado pelos corredores, indo de sala em sala e se desesperando cada vez mais quando encontrava mais uma delas vazia. Sentia o ambiente ao seu redor se comprimir e sua alma retumbar com uma força que fazia seus ossos formigarem, sentindo-se ser levado cada vez mais rápido até as regiões mais obscuras do laboratório. Talvez aquela sensação viesse de toda a ansiedade que ele exalava, entretanto mesmo o mais avassalador dos sentimentos não poderia fazer relógios pararem.

Mas Sans não notara a alteração que havia feito no tempo, estava focado demais em encontrar o irmão, de preferência são e salvo. Chegara até a sala principal quase que derrapando, paralisando em seu lugar assim que vira o que realmente havia acontecido.

Em um cenário completamente congelado, Sans pode ver Papyrus desacordado em cima de uma mesa cirúrgica, com um soro ligado ao seu braço e diversos fios transpassados por seu corpo que vinham de máquinas com as telas paralisadas com seus sinais vitais. No outro extremo da sala estava Doutor Gaster, com uma seringa na mão sendo preenchida por um composto desconhecido para Sans, olhando concentrado para os mililitros como se aquilo fosse algo de seu dia a dia.

Dominado pela cólera Sans rápido como um animal selvagem não deu quase tempo para analisar a situação ou pensar em outra proposta, fora movido por uma força vinda direto de sua alma, levantando seu braço em direção ao cientista e cerrando os punhos. O tempo voltara ao normal e Gaster teve tempo apenas para olhar confuso para sua alma que tomara uma coloração azul, antes de ser jogado com brutalidade contra a parede que havia se enchido de ataques ósseos pontudos como lanças.

— O que fez com meu irmão?! – Gritara furioso encarando Gaster que apenas o olhava num tom de curiosidade, mesmo com as cicatrizes de seu rosto rachando mais alguns centímetros o doutor parecia mais ocupado em pensar sobre o fascinante brilho que vinha do olho de Sans, provavelmente se pudesse se mover já teria feito alguma espécie de relatório com um gravador.

— [Nada demais. Não há necessidade de se comportar assim Sans.] – Gaster dissera com a voz estática soando mais baixa que o normal. Sans apertava os nós dos dedos, como se tentasse esmagar a alma do doutor, apesar disso ser impossível.

— Não existe ‘’nada demais’’ com você! Deixe-nos em paz de uma vez! – Sans respondera prestes a atacar mais uma vez, entretanto o doutor fora mais rápido e rodeara Sans com ataques de uma cor azul claro que fizera com que o garoto paralisasse instintivamente. Havia treinado a defesa por tanto tempo que só de ver aquele brilho azulado Sans congelava no mesmo momento.

— [Eu disse que não há necessidade disso.] – Gaster dissera firme, a luz do ambiente refletindo na lente de seus óculos fazendo com que sua postura parecesse ainda mais severa. Sans trincava os dentes de raiva, sua mente se tornando num turbilhão de coisas que brigavam para pensar na resposta mais tóxica o possível.

Mas aquele conflito fora impedido por um, ou melhor, dois estrondos que atravessaram horizontalmente a sala, passando de raspão pelos dois que por conta do susto e surpresa suspenderam seus próprios ataques. Os Blaster permaneceram cada um em seu canto por alguns poucos segundos depois do ataque, antes de se dissolverem no ar. Caídos ambos no chão, sabiam que aquele ataque não fora feito por nenhum deles, virando o olhar para a única pessoa que estava presente além deles mesmo.

Papyrus estava de pé, apoiado na mesa com dificuldade, o corpo trêmulo parecia querer desmoronar por completo. Seus olhos estavam lacrimejados, com a mão estendida para frente recuando devagar ao ter desfeito o ataque.

— Eu não quero machucar ninguém... Eu não quero... Por favor, não quero machucar ninguém... – Dizia entre soluços, num tom desesperado. – Não me façam machucar vocês... Eu não quero machucar vocês... Parem, por favor, por favor...

Enquanto repetia as mesmas palavras incessantemente, Papyrus começava a cair gradativamente, ficando cada vez mais sem forças para se manter em pé. Sans mais do que rápido foi em sua direção, conseguindo pegá-lo a tempo, mas tendo um pouco de dificuldade por causa da diferença de altura entre os dois.

— Ei eu te peguei, calma ta tudo bem. – Sans tentava tranquilizar o irmão que decaía cada vez mais, até permanecer inconsciente em seus braços. – Paps...?!

Sentia seus braços fraquejarem com o peso de Papyrus, tentando agarrá-lo o mais forte que podia para permanecê-lo estável. Entretanto sentiu seu irmão ser levado de si, Gaster o havia pegado facilmente e o carregou para fora da sala. Sans abriu a boca para dizer algo, mas desistiu imediatamente, correndo para perto do doutor e o acompanhando até a enfermaria.

Não adiantava protestar agora, pelo bem de seu irmão teria que deixar que Gaster tomasse conta no momento, afinal se ele causava os problemas com certeza saberia como consertá-los. Sans tinha consciência de que por vezes era melhor dar trégua a certas intrigas, deixando o orgulho e o ódio um pouco de lado até que as coisas voltassem para seus eixos novamente.

— Ele vai ficar bem, não vai?— Questionou enquanto Gaster acomodava Papyrus e injetava dois diferentes medicamentos via intravenosa. Aquela pergunta na verdade significava ‘’Ele não vai ficar igual a mim, ou pior?’’, mas não era necessário ser tão direto assim, muito menos com Gaster que já entendia muito bem as indiretas do pupilo.

 -[O método é outro. Além do mais, Papyrus é extremamente forte.] – Respondeu olhando para Sans com o canto dos olhos, enquanto terminava de medir as doses. – [Quando começou a controlar as coisas?]

— Não comece com seus interrogatórios Gaster. – Praticamente cuspiu as palavras, cerrando os pulsos com força numa tentativa de se controlar e não passar dos limites.  Mas falhando mais uma vez>: – Eu já estou farto de seus experimentos! Por que continua fazendo isso? Qual é o sentido disso tudo?

—[Certos sacrifícios são necessários.] – Respondeu sem emoção enquanto fazia uma pequena bandagem em sua própria rachadura.

— Necessários?! Isso é tudo, menos necessário! – Gritou com a máxima cólera lhe dominando a alma, sendo logo puxado por Gaster que agarrara sua camiseta e o empurrava para fora da sala. – Ei me larga!

Gaster o arrastou até uma sala próxima, onde ficavam guardados os arquivos de seus registros. Acendendo a luz que falhara por alguns segundos antes de finalmente iluminar o lugar empoleirado. Sans estava já no seu limite, não aguentando mais tudo aquilo.

Não depois daquele sonho, não depois de Papyrus.

— Mas que droga Gaster! Por que nos criou?! Por que raios você nos criou?! Apenas para isso? Para sermos suas cobaias nesses testes sem sentido?! – Gritava com sua alma retumbando no peito tamanha raiva que tinha acumulada dentro de si. O doutor apenas observava impassível e sem nenhuma expressão. – Pra que tentar descobrir outra forma de ir pra superfície?! É muito mais fácil esperar humanos caírem aqui, só falta uma alma! Uma misera alma! Não tem por que tentar outra coisa, Asgore querendo ou não este é o meio mais fácil e mais cedo ou mais tarde vai acontecer! Não tem sentido algum tudo isso!

—[Calado Sans.] – Gaster disse firme, o pegando pelos ombros com força, como se Sans fosse uma criança pequena que tivesse feito algo muito errado. – [Asgore não nos levará para superfície com almas humanas, ele não planeja isso. Está apenas inventando desculpas. É necessária apenas a alma de um humano e um monstro para atravessar a Barreira, de lá poderiam ser pegas facilmente seis almas humanas e destruí-la. Todos esses humanos foram desnecessários até hoje.]

— Isso só aconteceu uma vez, em uma lenda. Não há como repetir isso, é impossível! Foi um caso a parte... Precisamos das sete, não é...? – Sans tentou retrucar, mas começou a descrer em suas próprias palavras ao ver a expressão do doutor, uma face cansada tentando demonstrar toda a verdade em suas palavras.  Em seguida Gaster se levantou, pegando debaixo de um vaso vazio de flor uma chave escondida e abrindo uma das gavetas trancadas de um armário, tirando de lá uma velha pasta e a entregando a Sans.

—[Está tudo registrado aqui. Não deixo ao alcance fácil esse tipo de registro, mas se desejar pode dar uma olhada.]

— Mas por quê? Por que Asgore não...

—[Você sabe por que, leu em outros registros. Sei que você os espia.]

Evitar outra guerra. Sans lembrou-se dos primeiros registros desse projeto, lidos já há vários anos atrás. Havia tantas perguntas, mas estava chocado demais para dizê-las em voz alta, ficando por alguns minutos apenas encarando os papéis em suas mãos.

—[Quase fiz escolhas terríveis antes de descobrir este fato, por sorte eu desisti na hora certa de realizar os feitos, estes sim seriam sacrifícios desnecessários. Mas infelizmente acabei não cumprindo a promessa que havia feito depois disso, eu não tenho como escolher algo que não cabe somente a mim, trata-se da liberdade de todos. É preciso compreender Sans.]

— O que quer dizer com isso? – Sans indagou erguendo os olhos para o doutor que o olhava de uma forma que nunca havia visto antes, acabando por se tornar a expressão mais enigmática dele.

—[Que eu me importo com vocês dois.] – Disse e Sans se sobressaltou ao ouvir aquilo, afinal não se lembrava se Gaster já havia dito algo parecido alguma vez. – [Mas as esperanças de todos estão em Asgore para iniciar uma guerra iminente, enquanto a verdadeira solução está aqui embaixo em algum lugar. De qualquer jeito, não importa o que acho, apenas o que devo.]

— Mas eu não quero continuar, não quero. – Sans murmurou em um tom de desalento, encarando Gaster que parecia não estar num estado tão diferente do seu. Mas ao contrário de si, o doutor permanecia com a postura firme, aquele era mais do que seu trabalho era seu dever.

— [Sinto muito, mas não há opções.]

Este era um fardo pesado demais para se ganhar no aniversário de quatorze anos. Mas Sans teve de deixar as coisas seguirem, afinal não existia uma escolha.

Papyrus não demorou a se recuperar ao contrário de Sans, no dia seguinte estava quase que em perfeito estado. Os primeiros testes puderam ser feitos muito mais rápidos, e por sorte os resultados chegavam quase que instantaneamente.

Apesar de haver menos stress e tensão do que quando fora sua vez, Sans sentia como Papyrus parecia se esforçar além do que podia. O mais novo como sempre queria provar todo o seu potencial, nem que isso fosse além de sua conta. Papyrus vivia perguntando pra Sans como eram seus antigos resultados, questionava se estava fazendo tudo certo. Isso afligia Sans, muito, ver seu irmãozinho tendo que lidar com responsabilidades tão grandes o fazia se sentir culpado de certo forma, mesmo sem motivo.

E o que piorava a situação, era que todos esses sacrifícios poderiam ter sido inúteis.

O ‘’novo método’’ que Gaster usara em Papyrus não era muito diferente do usado em Sans, apenas a dose era menor. Sem grandes efeitos colaterais, mas era muito notável que o resultado era diferente.  

Papyrus assim como Sans aprendera a usar os blasters – bem rápido por sinal -, e conseguia mover as coisas. Entretanto ele não tinha as visões, nem ganhara a habilidade de teleporte naturalmente. O mais novo podia estar inteiro fisicamente, sem nenhum arranhão, mas os resultados não eram satisfatórios. Assim Sans se perguntava qual seria a próxima tentativa de Gaster, o próximo plano mirabolante para poder controlar o tempo.

Mas nunca que ele poderia imaginar que o cientista real parasse com o projeto. Mesmo depois de tudo.

Sans não sabia dizer se isso era bom ou ruim.


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Notas finais do capítulo

Nos arquivos do jogo, mais especificamente nos arquivos de Save é possível notar a seguinte coisa: além do seu Save, existe um segundo chamado Save 9 que mesmo se você excluir ele, não haverá nenhuma alteração no jogo, mas ele sempre irá retornar na hora do julgamento com o Sans. Por isso muitos ''teoristas'' acham que Sans tem alguma coisa a ver com este arquivo, Flowey é descartado pois no final neutro ele cria um outro Save para si na pasta, significando que o save 9 só pode ser de Sans (ou Gaster?Quem sabe).
Mas mais informações sobre isso vocês terão com capítulos futuros, obviamente quando a história estiver avançado ao ponto dos irmãos já viverem em Snowdin.
Sobre o que Gaster e Sans conversaram: Uma coisa que acho estranho no jogo é os monstros saberem da história de Asriel e Chara mas nunca chegarem pra Asgore e ficarem tipo ''Ei, por que você não pega uma alma humana, atravessa a barreira e coleta o resto pra darmos o fora daqui de uma vez?'' como a Toriel sugeriu na rota Pacifista.
Por isso nessa história ao menos, isso é tratado bem como uma lenda, a história de Chara e Asriel realmente aconteceu mas muitos monstros duvidam que fora realmente daquele jeito que ocorreu, ou pensam que foi realmente um caso a parte.
Asgore não estar nem um pouco a fim de sair do subsolo é algo bem óbvio no jogo, mas fica mais claro se você falar com o Gerson no final da rota pacifista, ele conta isso em maiores detalhes.
Comentários são sempre bem vindos, até o próximo capítulo!



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