Será que somos mesmo tão diferentes assim? escrita por Anaju


Capítulo 3
Casal? Mais é Claro que Não


Notas iniciais do capítulo

Luiza vai conhecer alguém da turma hoje. Quem será?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703057/chapter/3

De manhã, no dia seguinte:

Luiza:

Eleonor me acordou e depois de me arrumar, fui tomar café.

— Cadê a minha mãe? – Eu perguntei a Eleonor, enquanto me sentava à mesa, para degustar o café da manhã.

— Está na agência.

— Ah.... Eu pensei que ela fosse tirar uns dias de férias, pois ontem ela não foi para a agência.

— Ela tirar uns dias de férias. Essa é boa. – Eleonor, falou, rindo.

— Ela nunca fica uns dias em casa nas férias?

— Não. Só bem de vez em quando.

— Que horas ela costuma chegar da agência?

— Ela vai para lá sete da manhã e sai dezenove da noite.

— Obrigado pela informação.

Eu quero conhecer a agência da minha mãe, mas acho que ela nunca me levaria lá.

Quando terminei o café fui para o meu quarto pensando: Em que escola vou estudar esse ano? Apesar de ter ainda vários dias de férias, estou ansiosa para saber qual será a escola onde vou estudar.

De tarde:

Por que você não sai um pouco? Vai ficar aqui neste quarto o dia inteiro. – Eleonor, disse, entrando em meu quarto.

— Não quero sair não, quero terminar de ler este livro. – Eu, falei a Eleonor, mostrando o livro que estava em minhas mãos.

— Sim, mas seria bom você passear um pouco, você pode ir naquele café novo que abriu, a propósito a sua mãe deixou uma quantia para que eu desse a você, caso você quisesse sair um pouco.

— Está bem, vou sair um pouco. Você venceu. – Larguei o livro e me levantei.

— Que bom!! Então vou sair para que você se arrume e quando você descer te entrego o dinheiro e te falo o endereço.

— Ok. Até.

Me arrumei, desci, peguei o dinheiro e o endereço com Eleonor e fui até a cafeteria nova.

Chegando lá sentei à mesa do fundo e pedi o meu café preferido, Latte Macchiato.

Olhei as mesas da cafeteria e vi um casal de namorados de beijando. Como deve ser bom ter um namorado, né? Alguém para estar sempre junto e te apoiar em todos os momentos.

Luiza off

Algum tempo antes:

Margarida:

Eu estava em meu quarto olhando fotos antigas minhas e do Daniel, tinha algumas da turma toda também, nas fotos da turma toda, recortei a cabeça da Maria Joaquina em todas, na época em que eu achei que o Daniel ia ficar com ela.

Quando recebi uma mensagem:

..................................................................................................

Vem me encontrar na cafeteria nova, daqui há uma hora.

..................................................................................................

A mensagem é do Paulo Guerra.

Eu respondi imediatamente:

.................

Estarei lá.  

................

Fui me arrumar, não que eu fosse me arrumar muito, afinal é só o Paulo, o menino que eu fico de vez em quando.

Dez minutos depois da hora marcada:

Cheguei na cafeteria e vi Paulo me esperando em uma mesa central.

— Oi! Paulo. – Eu o cumprimentei.

— Que demora, hein...

— Que isso? Só me atrasei uns dez minutos, você está mesmo muito ansioso para me ver, não?

— Eu estava só brincando, nunca fico ansiosa para ver menina nenhuma.

— Ah, é, você só fica ansioso para ver meninos, né?

— Muito engraçado, estou morrendo de rir. – Paulo, falou, forçando um riso falso.

— Você entendeu o quis dizer, nunca fico ansioso para ver uma menina porque só os idiotas românticos sentem isso. – Ele, completou.

— Sei….

— O que você vai querer? Claro que cada um paga o seu. – Paulo, falou, mudando de assunto.

— Eu vou querer um Cappuccino e eu já imaginava isso, mas me fala logo, por que você me chamou aqui?

— Porque você é a menina mais especial de todas as que eu fiquei e queria passar um tempo com você.

Comecei a rir.

— Fala sério. Eu fui a única que aceitou vir se encontrar com você, não é mesmo?

— Sim.

— Eu não fui a sua última opção, fui?

— Mas é claro que não.

— A sua última opção é a Laura, não é?

— Não, a minha última opção é a Alícia.

— Porque? Se ela é tão apaixonada por você.

— Por isso mesmo.

— Ah.... Está bem, mas eu seria que número nessa sua listinha de opções de meninas para sair?

— Seria número três, a número um é a Maria Joaquina, porque ela é a mais bonita, a número dois é a Valéria, pois ela é a mais divertida.

— Depois disso acho que eu vou embora, magoei. – Eu, falei, já me levantando.

— Mais não vai mesmo. – Paulo, falou, me puxou e depois me beijou.

— Está certo, eu fico.

— Eu sabia que você não ia resistir aos meus encantos.

Eu comecei a rir de novo.

— Vamos logo ao motivo pelo qual você me chamou aqui. – Eu, disse, me aproximei do Paulo e o beijei.

Depois de muitos e muitos beijos nós fizemos o pedido, um Cappuccino para mim e um Expresso para ele.

Margarida Off

Paulo:

A Margarida está me deixando louco, o beijo dela é demais.

— Aqui seus cafés. Querem algo mais? – A garçonete chegou com os cafés e perguntou.

— Não. – Eu e Margarida dissemos ao mesmo tempo.

— Que fofo!! Eu acho lindo quando um casal responde junto. – A garçonete, falou.

— Eu e ela um casal? Nada a ver, mais é claro que não. – Eu, disse.

— Me desculpem pela intromissão. – A garçonete, falou e praticamente correu de onde nós estávamos.

— Paulo, não precisava ter falado assim com a pobre da moça, ela ficou morrendo de vergonha. – Margarida, disse a mim.

Ela acha mesmo que eu me importo com um garçonetezinha, mas não vou demostrar isso, pois meninas são muito sensíveis e eu quero ganhar mais uns beijos.

— Tem razão, estou muito arrependido, mas agora vem cá. – Eu, falei, e a puxei para mais um beijo.

Ficamos na cafeteria mais um tempo e depois levei Margarida em casa, pois eu sabia que ela me daria um beijo de agradecimento por isso, foi exatamente isso que aconteceu.

Paulo off

Luiza:

Eu estava indo para a minha casa quando esbarrei em alguém.

— Me desculpe. – A menina me falou.

— Não tenho que te desculpar, a culpa foi minha.

— Pera aí, você é a nova vizinha da Majo?

— Majo?

— É a Maria Joaquina Medsen, filha do doutor Medsen.

— Desculpe, não conheço.

— Ela mora naquela casa, eu acabei de sair de lá há alguns minutos atrás. – Ela, falou, apontando para à casa que fica na frente da minha.

— Sim, eu moro na casa bem na frente daquela.

— Eu me chamo Marcelina, prazer.

— Meu nome é Luiza, igualmente.

— A Majo vai adorar te conhecer, tenho certeza, depois a gente se vê, eu estou sempre na casa da Majo.

— Ok. Tchau.

— Tchau.

Marcelina seguiu seu caminho e eu segui o meu, logo cheguei em casa.

— Como foi? – Perguntou, Eleonor, assim que me viu.

— Foi legal.

— Espero que você faça amigos logo. 

— Eu também.

Subi para meu quarto, tomei banho e fui terminar de ler meu livro.

Alguns minutos depois meu celular tocou:

Ligação:

Oi! Minha netinha. – Minha avó, falou, assim que eu atendi a ligação.

Olá! Vó, aconteceu alguma coisa?

— Não, só queria saber se você está bem.

— Estou sim, não se preocupe pelo que houve ontem.

— Está bem, vou tentar esquecer, mas eu não entendi direito o que aconteceu com você.

— Eu já disse que não ocorreu nada comigo.

— Você não quer me contar o que houve, né, por acaso você ouviu a conversa da minha filha comigo?

— Não é isso e eu não ouvi nada. – Eu menti em relação à pergunta.

— Tudo bem, não vou ficar insistindo para que você me fale o que aconteceu que te deixou triste, fica bem, tchau.

— Tchau, vó, obrigado pela preocupação.

— De nada. – Ela falou e eu desliguei.

Ligação off

Mentir para minha avó é errado, porém eu não quero que ela e nem a minha mãe saibam que eu ouvi a conversa delas. Eu só quero esquecer o que eu ouvi.

Eu deveria saber mesmo que a minha mãe só deixaria eu voltar para o Brasil se fosse obrigada por alguém.

19:30

— Luiza, vem cá. – Minha mãe gritou.

Ela finalmente chegou da agência. 

Desci correndo e quando a vi ela tinha uma caixa nas mãos.

— Olha o que eu recebi hoje, dois celulares da empresa do seu pai, que nem foram lançados ainda, os fs 5.0, fique com um. – Ela, falou, e me entregou um dos celulares.

— Obrigada.

— Por nada.

A minha mãe fala de um jeito ´´a empresa do seu pai´´, até parece que ele ainda está vivo, se bem que mesmo morto a empresa continua sendo dele, não é?

A empresa agora é dirigida pelo sócio do meu pai, que antes de ele morrer era vice-presidente, pois tem um número de ações menor, mas quando meu pai morreu ele ocupou o lugar dele, por escolha da minha mãe, porque ela virou a maior acionista da empresa.

Os meus avós paternos já morreram há muito tempo, bem antes do meu pai morrer, eu sei que não nada a ver com a empresa do meu pai, mas queria ter eles agora e é claro que também o meu avô materno que eu nem sabia que havia morrido.

— Já pode se retirar Luiza.

— Tudo bem, mãe.

Eu estava indo para o meu quarto, quando resolvi ir na cozinha comer alguma coisa antes do jantar.

Estava na cozinha comendo um bolinho quando ouvi minha mãe gritando.

Fui correndo até a sala e vi que ela estava no celular com alguém.  Eu não sei porque, mas senti que precisava ouvir a conversa da minha mãe ao celular. Me escondi e continuei a ouvir o que ela gritava.

Com quem será que ela está falando?

— Que bom que você vai cumprir o combinado, caso não cumprisse, Luiza voltaria para o exterior. — Minha mãe, gritou, com a pessoa ainda não identificada por mim.

Eu estou fazendo bem de ouvir, afinal a conversa tem a ver comigo.

Passou um tempo e minha mãe gritou:

— Não é chantagem, é somente um acordo, mãe.

Ligação off

Minha mãe desligou a ligação.

Ela estava falando com a minha avó, não aguento mais preciso saber o porquê que ela me odeia tanto.

— Chega, mãe, por que você não gosta de mim? – Eu, entrei na sala, gritando.

Ela ficou meio sem entender minha pergunta.

— Eu ouvi sua conversa com a minha avó na casa dela e hoje de novo.

— Então você sabe sobre o meu acordo com a sua avó?

— Claro que sim.

— Olha, Lu... Filha, tenho um ótimo motivo para não querer que você voltasse para o Brasil.

— Sério? Qual é esse motivo?

— Toda vez que eu olho para você lembro do seu pai, que foi e sempre será o amor da minha vida, agora vem me dar um abraço.

Eu fiquei paralisada, era a Lavínia Laví mesmo que estava na minha frente, como eu não fui abraçá-la ela veio ao meu encontro e me abraçou.

Pera aí ela está chorando? Isso só pode ser um sonho.

Ela saiu do abraço e virou de costas, imagino que para secar as lágrimas, quando se virou eu percebi que não era sonho nada.

— Que fique só entre a gente, não conte para a sua avó, que você sabe sobre o nosso acordo, será melhor para você. - Ela, falou, com seu jeito frio de sempre.

— Tudo bem, já está tudo esquecido.

— Que bom. Agora vai para o seu quarto, porque eu vou para o meu. – Ela, disse, e foi para seu quarto.

Fui para o meu quarto pensando se ela fez aquela ceninha só para que eu não estragasse os planos dela, mas de qualquer forma eu já não pretendia e nem pretendo contar nada à minha avó, essas duas conversas eu não ouvi.

Luiza off

Maria Joaquina:

21:00

Terminei de jantar e fui direto para o meu quarto.

Filha, olha o que eu tenho aqui. – Minha mãe, entrou em meu quarto e falou, me mostrando uma revista que estava em suas mãos.

— Ah... O seu exemplar desse mês da revista: empreendedoras de sucesso. – Eu, disse, meio sem interesse.

— Não é um exemplar qualquer, neste tem uma matéria e uma entrevista especial, adivinha com quem?

— Me dá uma dica.

— Te dou duas, essa mulher é ex- modelo e tem a agência de modelos mais famosa da cidade e há quem diga do Brasil.

— É uma matéria com a Lavínia Laví. – Eu, corri, até a minha mãe e arranquei a revista das mãos dela e dei um ou talvez dois gritos.

— Isso mesmo. – Ela, me, respondeu, quando eu me acalmei, apesar de não ter sido uma pergunta.

— Você é demais, mãe, obrigado mesmo, você sabe como eu amo e sou muito fã da Lavínia Laví, imagina conhecer ela, nem acredito que ela mora na nossa rua, mas eu não consigo descobrir em qual casa, você sabe em qual casa ela mora?

— De nada. Você já me perguntou isso e eu já te respondi várias vezes que eu não sei.

— Bem que você e o papai podiam ser amigos dela, né?

— Sim, Maria Joaquina seria bom, mas não é assim.

— Eu sei. – Eu respondi meio triste.

— Mas pode acreditar em mim, um dia eu vou descobrir onde a Lavínia mora.

— Espero, agora fica aí com a revista, te dou de presente, que eu vou para o meu quarto.

— Tudo bem, obrigada.

Eu sei que um dia eu vou descobrir onde a minha diva mora.

Continua....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que Lavínia a mãe de Luiza foi sincera?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Será que somos mesmo tão diferentes assim?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.