As três heroínas quebraram a janela redonda e adentraram o esconderijo de Hawk Moth.

— Ladybug, Peacock e Queen Bee? - o vilão falou, recuando alguns passos. - Confesso que não estou muito surpreso. Acreditava que era apenas uma questão de tempo vocês virem até mim.

— Então já sabe por que viemos.

— Certamente, minha cara joaninha. Mas sinto em dizer que você não poderá me prender, já que agora é uma criminosa e não uma heroína.

— Isso não me impede de te levar a justiça. - o vilão deu um sorriso de canto.

— Veremos. - Hawk Moth moveu seu cetro e fez com que uma nuvem de borboletas brancas acertasse as três heroína em cheio. Elas caíram com as costas no vidro e antes que outra nuvem viesse, Alya rapidamente abriu seus leques e as espantou.

Marinette levantou com dificuldade, se esquivou dos insetos e foi em direção ao malfeitor. A heroína desferiu chutes que ele conseguiu bloquear com a ajuda do cetro. Chloé e Alya se juntaram a briga e logo a nuvem de borboletas apareceu novamente e levantou Ladybug para cima, largando ela em seguida. Peacock conseguiu pegá-la antes que caísse no chão, contudo Queen Bee foi jogada longe, já que estava lutando sozinha com Hawk Moth.

— Seu... - depois de deixar Ladybug no chão, Peacock avançou e pulou, sendo jogada longe também.

Antes que Ladybug pudesse fazer algo, a mesma nuvem de borboletas brancas a jogou contra a parede. Quando ela voltou a si, percebeu que Hawk Moth não estava mais ali.

— Ele fugiu! - Queen Bee disparou, ajudando Peacock a ficar de pé. - O que vamos fazer?

— Vamos atrás dele. - Ladybug disse firme - Só vamos precisar quebrar outra janela.
*

Adrien estava voltando para casa depois da luta contra o akuma, afinal, o cara era poderoso mas nem tanto assim. Entretanto, infelizmente ele destruiu uma pequena parte da escola, e o diretor suspendeu as aulas, já que sem Ladybug, o estrago de um akuma não poderia ser consertado com mágica. E também como ela era a única que podia purificar a borboleta negra, a prefeitura teve que levar o inseto aprisionado em um local apropriado.

O loiro foi caminhando calmamente. Sua casa não era longe mesmo e eles estava precisando pensar um pouco.

Quando chegou na frente do enorme portão, viu uma coisa inusitada. Uma das janelas do andar de baixo estava quebrada. Ele tocou o interfone, porém ninguém respondeu do outro lado da linha, então deduziu que não tivesse ninguém em casa, logo a janela quebrada só podia significar uma coisa, havia alguém tentado assaltar sua casa.

O garoto olhou para os lados e contornou a mansão, escondendo-se atrás de uma árvore.

— Estão mesmo assaltando sua casa? - o kwami perguntou.

— Não sei, mas se estão eu não entendo como isso pode ter acontecido, o sistema de segurança é tão eficiente. Vou verificar mesmo assim. Plagg, mostrar as garras! - depois de transformado em Chat Noir, usou seu bastão para pular o muro e acessar a janela quebrada.

O garoto entrou e ouviu alguns estouros no andar de cima, quando pensou em subir, presenciou uma cena nada convencional, que era seu pai rolando as escadas e caindo em seus pés. Logo Ladybug, Peacock e Queen Bee vieram correndo e pararam assim que o enxergaram.

— Me ajude, por favor. - Gabriel estendeu a mão para o felino que o encarou totalmente chocado. Ladybug não podia ter descoberto sua identidade secreta, podia?

— Como chegou aqui? - Marinette questionou. Certo, ela não sabia a identidade secreta dele, mas porque havia atacado seu pai?

— A-A janela... eu... O que v-vocês fizeram? - estendeu a mão para o pai.

— Não faça isso, Chat! - a joaninha alertou - Ele não...

— Ele não o quê? - perguntou revoltado enquanto Gabriel corria para trás dele. - O que você tem na cabeça em ter invadido a casa de uma pessoa e jogar ela da escada? Já não basta ser considerada uma criminosa, quer agir como uma? - atrás do felino, o homem abria um sorriso satisfeito.

— Não é isso! Ele...

— Eu não sei o que fazer, elas vieram me atacar. Eu estava quieto no meu quarto e...

— Pare de mentir!

— Cale a boca! - Chat Noir gritou para ela.

— Como é? - a azulada questionou indignada.

— Isso mesmo que você ouviu. Já estou cansado de você sempre agir como se todos tivessem que entender seus motivos. Eu vou te prender, Ladybug e dessa vez eu não vou descansar enquanto não o fizer. - girou seu bastão e estendeu ele enquanto batia no chão, impulsionando-se para cima e saltando sobre Ladybug.

Os dois caíram rolando, e a joaninha conseguiu ficar por cima e segurar os pulsos dele contra o chão.

— Vão atrás dele, eu me viro. - Queen Bee e Peacock assentiram.

— Corra Senhor Agreste! Procure a polícia urgentemente! - o gato gritou.

— Me escuta Chat! Eu sei que você pensa que ele é um estilista comum, mas ele... - o loiro conseguiu desprender um dos braços e socar o rosto da garota, fazendo com que ela tombasse no chão.

— Eu não quero ouvir o que você tem a dizer. - tentou acertar a joaninha com o bastão, porém a mesma rolou para o lado.

— Não quero brigar com você. - desviou de mais um golpe.

— Acontece que eu quero. - a azulada rolou para o lado mais uma vez e em seguida correu na direção de Chat Noir, segurando na cintura dele e se atirando contra o vidro da janela, que se quebrou com o impacto.

Os dois estavam caindo, porém Ladybug lançou seu ioiô na estrutura da mansão e conseguiu diminuir a intensidade da queda.

Chat Noir contatou a equipe discretamente com seu bastão, não queria cometer o mesmo erro de enfrentar Ladybug sozinho novamente.

Os dois se levantavam sentindo as costas arderem por conta de terem caído em cima dos cacos de vidro. Ladybug ficou de pé primeiro e saltou para atrás antes que o bastão de Chat Noir a atingisse.

— O que você fez é completamente errado! - a repreendeu, partindo para cima dela e iniciando uma luta corporal - Como teve coragem?

— E quem é você para me julgar? Me atraiu para uma armadilha! - socou a barriga dele com força. - Não pensei que fosse tão baixo.

— Armadilha? - recebeu um soco no olho no pequeno momento de distração. A essa altura, as pessoas na calçada paravam para observar a briga.

— Não se faça de desentendido. - desferiu mais golpes no loiro - Ontem a noite você não queria me prender, queria que eu te batesse pra que aquela maldita foto fosse tirada. Isso é muito pior do que o que eu fiz, porque eu tenho motivos. E você?

— Eu... - tentou chutá-la, porém ela bloqueou o golpe e puxou a perna dele, dando outro soco no rosto do felino.

— Você tem a necessidade querer de ser herói por causa da culpa. - girou o corpo e acertou um forte chute no rosto de Chat Noir, que o fez cair no chão - Heróis não agem dessa maneira. Heróis lutam pelo que acreditam e não porque se sentem culpados. - o felino fechou os olhos esperando outro golpe, mas ele não veio. Quando abriu os olhos, viu que Ladybug estava sendo segurada por Tortue.

— Chat, você está bem? - Volpina se ajoelhou ao lado dele.

— Estou sim. - limpou um pouco do sangue que escorria no canto da boca e ficou de pé.

— Ficou maluca, Ladybug? - moreno perguntou.

— Vocês precisam me escutar, Gabriel Agreste, ele... - o felino deu um soco forte no rosto dela.

— Chat, para com isso. - Tortue alertou - Não vai pegar bem para gente.

— É, não vai pegar bem pro jogo midiático de vocês. - a joaninha riu irônica, com seu lábio escorrendo um pouco de sangue.

— Do que ela está falando? - Volpina arqueou uma sobrancelha. Porém antes que mais alguma coisa fosse dita, Tortue cai de joelhos no chão, soltando Ladybug, que logo partiu para cima de Chat Noir novamente.

Alguém caiu por cima de Volpina e quando a raposa abriu os olhos, viu que era Queen Bee. Atrás de si, Peacock havia pegado o leque que jogou em Tortue de volta e antes que pudesse fazer algo, o garoto ficou de pé e tentou golpeá-la.

— Mas o que... - Ladybug estava por cima de Chat Noir novamente, segurando os pulsos dele.

— Agora parece mais justo, não acha, chaton?