Destino escrita por Cárla


Capítulo 2
Capítulo 1 (Protegida de todos)


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, desculpem pela demora! E obrigada a todos que comentaram , adoro voces!
Boa leitura!



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         Assim que teve a certeza de que ninguém estava olhando, Sans se teletransportou juntamente com a garotinha em seu colo para que assim levasse a pequena Frisk para um lugar seguro. O local escolhido foi nada mais nada menos que a sua própria casa, onde só viviam ele e seu irmão. Sans nunca machucaria a menina. Papyrus era só uma questão de conversa, afinal, ele não feriria uma mosca caso alguém ordenasse, apenas destroçava algumas pedras porque no fundo sabia que nenhuma delas era um humano realmente.

         O pequeno ser ainda dormia em seu colo, tão delicada e graciosa que lhe deu ganas de apertar até que ela gritasse por chega. Porém ele se conteve, afinal, um simples movimento despreparado de sua parte poderia matá-la. Não era atoa que Sans foi considerado o monstro mais forte do subsolo, sendo aquele que julgaria qualquer ação humana nos instantes finais. Mas isso nunca fora necessário, visto que nunca nenhuma espécie de humano fora vista nas profundezas de underground.

         Com receio de deixá-la em seu quarto imundo e desarrumado, optou por deitá-la delicadamente no único sofá que havia em sua sala, este também sendo o lugar mais limpo de sua casa, visto que Papyrus cuidava da limpeza do mesmo para que assim pudesse assistir a Mettaton em mais um de seus programas esquisitos. Sans ficava com receio de que seu irmão gostasse daquele robô, uma relação homossexual não lhe agradava, ainda que fosse torturante imaginar Papyrus com um punhado de metal, seria muito estranho em seu ver. Seu irmão deveria continuar inocente, ninguém iria corrompê-lo, não antes de passar por cima de si para que consiga tal feito.

         A situação em Underground tornou-se caótica com a chegada daquela pequena humana. Sans podia ouvir gritos e sons destrutivos de provavelmente ataques mágicos, tudo porque só naquele momento os monstros haviam percebido o sumiço daquela preciosa humana que poderia libertá-los. Graças a seus poderes, podia sentir a presença de seus amigos logo afora de sua casa, todos caçando a humana como verdadeiros animais sanguinários, prontos para fazer um açougue com a carne da humana frágil. Se não fosse por Sans, Frisk já estaria morta e provavelmente sendo queimada em alguma fogueira, visto que era um ritual de sacrifício na cultura dos monstros.

         O esqueleto se colocou em alerta assim que escutou fracos resmungos vindos do sofá, a pequena humana provavelmente estava acordando. Não imaginava que ela podia ser ainda mais fofa vista daquela maneira. Seus olhinhos puxados pareciam ainda estar fechados enquanto ela bocejava, os cabelos curtos estavam levemente desgrenhados, seu pequeno rosto delicado estava amassado, tudo nela despertava uma moleza apaixonada em Sans, mas ele tentou conter esses sentimentos.

         Ele não era um monstro tímido, mas ao contemplar aqueles olhinhos o encarando, sentiu seu rosto brilhar em azul e pela primeira vez soube o que era ficar envergonhado. Decorou várias piadas com ossos, ensaiou vários discursos engraçados e apresentações, mas quando chegou o momento, nada saía de sua garganta, era como se estivesse hipnotizado. Esperou para que Frisk dissesse algo primeiro, mas a humana aparentava estar tão encabulada quanto ele. Ou seria apenas medo? Talvez fosse isso, visto que Sans era o estranho ali, e em momentos atrás ela estava sendo ameaçada por uma manada de monstros, era normal que sentisse horror quando visse ele. Mas o esqueleto sentia tantas dúvidas, tanta confusão, tanta curiosidade, queria saber da história daquela humana. Se não sentia vontade de caçá-la, ao menos tentaria conhecê-la e saber mais do lugar aonde veio, para que assim pudesse ajudar em seu retorno.

         Uma troca de olhares perdurou por cinco minutos, mas o esqueleto nem ousou protestar, só por contemplá-la já valia a perda de seu tempo valioso. Não sabia o que dizer, então só lhe restava esperar para que algo acontecesse naturalmente.

         Foi então que ele, que nunca havia sentido essa emoção antes, levou um susto. Algo em seu peito disparou e seu olho esquerdo brilhou em azul como sinal de alerta. Letras em verde brilhante estavam saindo da boca da humana ou seria impressão sua? Frisk separava os lábios, nenhum som saia, mas palavras podiam ser formadas e as mesmas repousavam em cima da cabeça da humana, formando uma frase inteira e com sentido completo. Como isso era possível? Lembrou-se então que por ser uma espécie de humana que caiu de um meteoro, tudo era possível.

         “Você diz que está confusa”

         A frase apesar de ter um sentido completo, era escrita apenas em segunda pessoa, o que fez com que Sans sentisse ganas de fazer alguma piadinha em relação a isso, mas mais uma vez se conteve. Assim que se acalmou, preparou-se emocionalmente para dar alguma resposta para a pequena frisk, então disse:

         —E-eu não vou te fazer mal, pode ficar tranquila. Algo dentro de mim me impede de fazer isso. – Sans se repreendeu mentalmente por ter gaguejado, mas disfarçou o máximo possível para que Frisk não tivesse uma primeira impressão ruim do ser que jazia em seus ossos.

         Ela distorceu sua expressão levemente, como quem não havia entendido.

         “Você diz que sabia que o esqueleto não lhe faria algum mal”

         Então, sem algum sinal prévio, a garotinha pulou do sofá e caminhou hesitante até Sans. Com um pouco de receio, ela esticou seus bracinhos e pelo que o esqueleto pôde entender, Frisk queria um abraço. O esqueleto não se fez de rogado, assim que sentiu a pequena apertando seu corpo, não teve intenção alguma de repreender ou de se afastar. Aproveitaria ao máximo aquele contato físico que aquecia sua alma, mesmo sendo apenas um monstro qualquer com uma alma fraca e aparentemente sem sentimentos.

         Desde aquele dia que conheceu a humana, sua alma nunca mais foi a mesma.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo! Não se esqueçam do comentáriozinho, ele que me ajuda a continuar ♥
A demora foi porque tenho mais duas fanfics para atualizar, então espero que compreendam!



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