Destino escrita por Cárla


Capítulo 3
Capítulo 2 (Duas Frisk?)


Notas iniciais do capítulo

Oi turma! Queria agradecer a todos que me apoiam e comentam!
Venho também explicar nesse aviso o porquê da minha demora. Bem, vou ser sincera. Eu tava meio desanimada pra continuar a fanfic, mas também estava muito ocupada com um concurso de redações da Marinha que eu, tenho, que tenho, que necessito, ganhar! :p "sou otimista, tá?"
Enfim, obrigada a todos os leitores, adoro vocês ♥
Boa leitura!



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         Fazia três dias que Sans comemorava a presença da humana em sua vida, porém, algo estava o preocupando. Papyrus não apareceu em sua casa desde o dia em que todos estavam caçando a humana, apesar de saber que ainda estavam procurando Frisk, conhecia seu irmão e em seus pensamentos ele desistiria em poucos dias, visto que nunca machucaria um ser vivo.

         Durante todos esses dias que foi obrigado a ficar enfurnado em casa pela proteção de Frisk, Sans tentou ensinar a ela como se comunicar por libras, visto que a linguagem da humana não era habitual no subsolo, na verdade, nem sequer existia. Caso Frisk demonstrasse inteligência suficiente para dialogar em seu idioma, ele não hesitaria em ensiná-la, faria de tudo para que a humana fosse reconhecida como normal perante os monstros. Linguagens alienígenas e gestos esquisitos apenas atrapalhariam o progresso de reconciliação entre Frisk e seus amigos.

         Sans fazia uma lista mental de quais amigos seus aceitariam a humana sem pestanejar, dentre os monstros estavam: Toriel, Papyrus, Alphys e Napstablook. Mettaton era uma opção vulnerável porque foi feito justamente para destruir humanos, mas provavelmente Alphys arrumaria uma maneira de apaziguar o ânimo genocida. Contava com o apoio de todos e faria de tudo para convencer o restante dos monstros a integrarem Frisk como amiga deles, era um caso especial que valia a pena lutar.

         —Frisk, o que é isso? – Apontou para um relógio que possuía uma forma exótica.

         Então a humana fez um sinal de libras. Dizia: “relógio”.

         A inteligência de Frisk impressionava-o de maneira doce. A palavra que perguntou à humana era algo simples, mas para quem não conhecia o idioma há apenas três dias, era um bom começo. Algo lhe dizia que Frisk já sabia falar como os monstros, mas escondia para que não surpreendesse a Sans, assim ela apenas fingiria que aprende algumas palavras de maneira progressiva.

         O sorriso sapeca no rosto de Frisk revelava isso ao esqueleto.

         Aproveitando que a humana já conhecia algumas palavras – ou que apenas se fazia de sonsa, Sans resolveu apresentar um jogo que usaria muito do que Frisk havia aprendido naquele dia. Sim, ele lhe apresentaria um caça-palavras, seria um Passa-Tempo aceitável para que os dois não continuassem no tédio.

         Assim se sentaram no sofá velho que geralmente era apenas usado por Papyrus, e, por instinto, Sans entrelaçou sua mão óssea nos cabelos lisos de Frisk. Apresentou a ela o caça-palavras e lhe deu algumas instruções.

         Trinta palavras teriam que ser descobertas conforme as dicas que podiam ser lidas no pedaço de papel. Sans contava com a perda de Frisk, visto que o jogo fora feito por ele, com toda sua habilidade traiçoeira e abobalhada. A humana nunca seria capaz de desvendar suas piadas internas, estas estavam todas dispostas no caça-palavras.

Não havia ensinado as estruturas de uma frase para Frisk, assim a humana ficaria perdida nas dicas e nunca passaria o rei das piadas internas.

Sans fingia que não tinha noção alguma do que teria que estar escrito. Foi um grande erro, Frisk mostrara ter conhecimento de pelo menos metade de todas as piadas que deviam ser descobertas por ele. A humana escrevia de forma ágil e sob o olhar surpreso do esqueleto, este que contava com a vitória. Aquele ser só podia ser mesmo de outro mundo.

“Sansacional” “Ossoduro” “Prósseo” “Fogonosossos”

Palavras que nem deviam ser descobertas, dado que muitas estavam juntas e grudadas como o espaguete de Papyrus, a humana descobriu, para a surpresa e humilhação de Sans.

Trinta palavras foram descobertas por Frisk. O esqueleto nem sequer demonstrou reação ao ler todas as palavras que estavam corretas. A humana apenas sustentava o mesmo sorriso sapeca de sempre, demonstrando que o ensino de Sans era inútil, afinal.

—Não sou burra como pensava. – Dialogou, alarmando o esqueleto que ainda lia o pedaço de papel.

Quando escutou a voz da humana, novamente seu coração – ou talvez uma representação dele, palpitou. Lançou o caça-palavras para longe e sentiu algo queimando em seu rosto. Foi então que olhou melhor para os olhos de Frisk, notando que a cor já não era mais castanha, agora obtendo uma coloração avermelhada que estava lhe amedrontando.

Pela primeira vez ele pôde sentir medo de alguém, ou seria apenas um temor? Caso a humana representasse algo ruim, nunca teria coragem de machucá-la realmente, pelo menos não para chegar a matá-la.

Foi então que percebeu que talvez aquela não fosse a verdadeira Frisk. Podia ser loucura de sua parte, mas Sans apenas sentia isso. Durante os três dias contemplava os olhos da humana. Chegava a ver sua alma, mas, naquele momento, não conseguia enxergar nada naquele olhar, talvez, quem sabe, apenas um brilho sinistro.

—As aparências enganam, querida Frisk.

Deixou as palavras no ar. No fundo, sabia que era apenas para intimidar a alma intrusa que estava ao seu lado. Indiretas não era o seu forte, mas faria de tudo para fisgar algo que comprove sua teoria.

Aquela não era mais a Frisk.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ♥



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