Destino escrita por Cárla


Capítulo 1
Prólogo (Coração Velho)


Notas iniciais do capítulo

Olá! Resolvi criar uma fanfic Frisk x Sans porque eu acho eles um amorzinho, mas é uma fanfic que postarei apenas semanalmente, possivelmente apenas de sábado... Então é isso! Boa leitura :3



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Era verão em Underground. Uma paisagem que apenas podia ser vista em media por duas horas estava descansando no local: pássaros cantando, flores desabrochando e alguns monstrinhos jogando bola. Sans dormia em seu canto como sempre e Papyrus esperava ansiosamente para que algum humano aparecesse, às vezes confundindo algumas pedras com figuras de pele e osso. Alphys inspecionava todo o subsolo por meio de seu aparelho gigantesco que mais parecia uma TV do BBB e Undyne ameaçava vários monstros que tivessem alguma característica humana. Toriel havia acabado de romper seu relacionamento com o rei e decretou que todo o humano que caísse nas ruinas teria vigilância total por parte dela, nada e nem ninguém seria ferido por ignorância.

Há tempos esperaram por algum humano que com sua alma poderia salvá-los, mas ninguém veio. Talvez porque não eram abobados o suficiente para caírem em uma cratera no monte Ebott de duzentos metros de profundidade, cuja foi feita pelo próprio rei com sua magia para que a profecia se cumprisse. Foram aproximadamente trezentos anos de espera, nada aconteceu. Nem mesmo Toriel avistou alguma criança nas ruínas, mesmo que ali hibernasse a grande entrada da cratera.

Depois de muita espera, esta que até Sans se entediou – mesmo dormindo na maior parte do tempo-, um som estrondoso assustou todo o subsolo. Um gigantesco meteorito havia caído em underground, deixando um enorme arrombo no “céu” que era devidamente adornado por nuvens artificiais e cores azuis em aquarela. Todos se envolveram em círculos envoltos naquele meteoro, cochichando palavras de desgosto e surpresa, interrogando um ao outro sobre o que aquilo poderia representar ou ser. Poderia ser algum plano humano? Um alienígena-monstro? Ninguém sabia.

—Calma galera. Parem com esse fogo nos ossos! – Sans soltou uma piada em péssimo momento.

—Vamos abrir essa bodega! – Undyne interferiu. Suas mãos brutas e ásperas se preparavam para quebrar o meteoro com um soco.

—Acalme-se criança! Pode machucar o serumaninho... – Toriel replicou. Preparou-se até para enfrentar a mulher-peixe caso ela ameaçasse machucar seja lá o que estivesse dentro do meteoro.

—Criança é o escambau! Vou partir ela no meio com a minha lança! – Retrucou. Preparou uma lança azul enorme para atacar a antiga rainha. A situação era de desespero total, a primeira alma que caiu devia ser morta nas mãos dela.

—Uma alma finalmente – Alguns monstros aleatórios comemoraram, enquanto apenas assistiam uma provável briga entre Toriel e Undyne.

—UM HUMANO! JÁ POSSO ATÉ SENTIR A HONRA E O PODER SALTANDO DESSA ESFERA! – Papyrus gritou com a voz estridente de sempre. Pulou em cima do meteoro e se preparou para dar algum golpe fraco com ossos.

—Hey mano, aquilo ali não é um humano? – Sans indagou. Apontava sua mão óssea para uma pedra um tanto quanto distante. Queria de alguma forma que seu irmão não se machucasse com o possível ser que jazia naquela esfera poderosa.

—Oh, p-posso injetar determinação nesse a-alienígena-monstro – Alphys dizia enquanto seus olhos brilhavam. Ela fazia jus ao cargo de cientista-maluca-real.

—Penso que deveríamos pegar a alma desse humano primeiro! – Asgore interviu. Admirava sua cientista real, porém temia que ela fizesse alguma besteira e que aquela alma corresse risco de ser perdida.

—E-eu não quero t-tocar nesse alienígena – Napstablook sussurrava para si mesmo.

         Apesar de todos os monstros ameaçarem de alguma forma exterminar a criatura que supostamente estava naquele meteoro, eles apenas discutiam um com o outro até gerar uma confusão tremenda, fazendo com que todos se afastassem do objeto estranho. Assim, aproveitando do momento de distração, Sans caminhou até aquela esfera e aguardou até que todos não notassem sua presença.

         Primeiramente o esqueleto não foi nada delicado e destruiu totalmente aquele meteoro com um Gaster-Blaster, revelando uma pequena criaturinha humana levemente queimada pelo poder bruto de Sans. Ela gemia e implorava para que ele não a machucasse, contorcendo seu pequeno corpinho enquanto sussurrava palavras desconexas de piedade.

         Sans sentiu seu coração inexistente amolecer, o que estava acontecendo? De alguma forma aquele pequeno ser estava despertando algo em sua carapaça óssea, ele teria algum sentimento? Por um momento, o esqueleto ativou a gravidade e ergueu a humana no ar, preparando-se para matá-la pelo bem de todo subsolo. Mas ele falhou, assim que viu os pequenos olhinhos marejados e puxados fitando-o com receio. Seu velho coração fraquejou, em algum lugar oculto em seu peito. Por algum motivo, ele entendeu que seu destino era proteger aquele pequeno ser, e com toda certeza Sans não falharia nesse dever, daria sua vida – mesmo que quase imortal – por aquela menininha frágil.

         Sem nenhum aviso prévio, seu corpo ósseo brilhou em um azul profundo e Sans apertou a garotinha Frisk em seu peito, esse seria o nome da sua pequena.

         Nada e nem ninguém ameaçaria quem fez seu coração bater novamente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Favoritem e comentem, isso me ajuda a continuar, me inspira e eu crio capítulos melhores! Obrigada por ler, até o próximo capítulo!