Marinette teve que piscar algumas vezes para perceber que aquela criatura era real. Ela viu que estava diante de um unicórnio malhado marrom e branco, olhos acinzentados, crina castanho escuro com as pontas alaranjadas e um chifre branco reluzente no topo da testa.
Se encararam por um breve momento, até o belo animal fugir por causa de uma multidão querendo pegá-la.
Marinette olhou para um homem com o arco e flecha e tentou acertá-lo.
— Espere! Vai machucá-la!
Por sorte o animal desviou da flecha no último minuto, pensando que estava livre, comemorou com uma empinada. Mas foi laçada no pescoço.
— Peguei! Um unicórnio de verdade! Deve alcançar um belo preço!
Ao ver aquilo, um nó se formou na garganta da garota, o unicórnio olhou para os lados e viu um machado semi preso à um tronco de árvore, passou a corda pela lâmina e correu para a floresta.
Marinette correu atrás dela e percebeu que estava se afastando muito da aldeia, viu o animal chegar em uma cachoeira completamente linda, dividida e abrindo passagem para um tronco de árvore grosso. O unicórnio estava quase chegando do outro lado, mas escorregou, Marinette subiu no tronco e tentou chegar perto para ajudar o animal com uma corda no pescoço.
— Espere!
Correu até ele, o fazendo olhar para trás e se levantar de imediato, correndo até uma pedra do outro lado da árvore, a garota, de tão curiosa, foi atrás dela e a viu abrir um portal, apenas batendo de leve a ponta do chifre na pedra.
Depois que ele passou pelo portal, ela passou sorrateiramente, fazendo a pedra se fechar em seguida.