– Será que Lúcia não estaria gostando gostando do treinamento? - Pensei.
Subi as escadas e fui direto ao banheiro lavar meu nariz . Quando estava descendo, meus olhos deram com os dela. Passou por mim e disse:
– Itan está a sua espera.- E concluiu sarcasticamente.- É melhor se preparar, o caminho será longo e doloroso.
Terminei de descer as escadas, abri a porta, e correndo, fui até os gêmeos.
– Lucca preste atenção! Eu treinarei ataque e Dilan, defesa. Não aceitamos moleza e é melhor se preparar, o caminho será longo e doloroso.- Disse Itan.
– É, Lúcia me disse isso.- Falei.
– Dizemos para todos , isso é apenas a realidade.- Afirmou Dilan que estava ao nosso lado , mas já saindo.
– Vamos?! Comece a correr.- Disse Itan.
– Para onde vamos?- Perguntei.
– Conhecer o passado.- Disse sem olhar para trás.
– Passado? Confesso que meu passado não tem me agradado muito ultimamente.- Falei meio desanimado.
– Apenas corra . Como primeira lição você tem que entender que tem hora pra tudo, até pra saber sobre seu verdadeiro passado.- Disse Itan com ar de mistério.
– Mas como assim meu verdadeiro passado?- Pensei.
Depois de tanto correr, chegamos. Era uma espécie de templo abandonado. Estava exausto. Mais estranho que o casarão, era aquele lugar. Teias de aranha para todos os lados, e uns monumentos de pedra quebrados. Realmente assustador, mas nem procurei saber o que era aquele lugar. Subimos um pequeno lance de escadas e nos deparamos com uma enorme porta de pedra.
– Lucca se afaste. - Disse Itan.
Me afastei dele e da porta, e vi com meus próprios olhos. Itan levantou as mãos, e ao mesmo tempo, senti uma corrente de ar passar por mim em direção à ele. E dobrando os joelhos, colocou fortemente sua mão no chão. Mais precisamente , se tratava de um circulo marcado no chão com os quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Depois, disse umas palavras bem estranhas com a voz alterada, parecia um tipo de código ou senha:
– Comme la lutte guerrière, l'héritier est formé.
Com isso, a enorme porta de pedra se abriu . E lá estava um enorme salão vazio. A luz vinha de uma sequência de tochas encostadas na parede. Não aguentei de ansiedade e perguntei:
– Que lugar é esse?
– Um templo antigo criado por pessoas muito importantes.- Respondeu Itan.
– E minha escola escolheu esse lugar para treinar alnos?- Perguntei.
– Isso já foi longe demais. Você precisa saber que sua escola não tem nada haver com isso. Você esta aqui treinando porque é seu destino.
– E o que policiais tem haver com meu destino?- Perguntei.
– Eu e Dilan não somos policiais, somos treinadores enviados para treiná-lo e ensiná-lo tudo que você deve saber.
– Enviados? Por acaso foi a rainha que enviou vocês?- Perguntei em um tom irônico.
– Não Lucca. Foi sua mãe que nos enviou.- Disse Itan.
– Diana? Mas onde ela está? - Perguntei querendo rever ela, já que foi embora sem razão nenhuma.
– Entenda que Diana não é sua mãe, foi apenas uma guardiã enviada para cria-lo, protegê-lo e lhe ensinar algumas coisas como não ter preguiça. Até que um dia eu e Dilan pudéssemos concluir sua formação. - Disse Itan.
– Isso explica tudo. Quando Diana era rígida, era apenas porque estava cumprindo obrigações e só queria o meu bem. - Pensei e perguntei com lágrimas nos olhos:
– Então minha mãe é outra?! Quando posso conhecê-la?
– Ela quer muito te ver, mas isso só pode acontecer depois que terminarmos nosso treinamento.
Depois que Itan disse isso, as tochas do salão se apagaram e o escuro tomou conta.
– Mas Itan, o que aconteceu? Por que está tudo escuro? - Perguntei limpando as lágrimas dos olhos.
– Você quer luz? Então faça!