Era uma vez escrita por Christopher Aguiar


Capítulo 3
Seleção


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora, eu juro que tive bloqueio. Agora vou agradecer as(os) lindas(os) que comentaram: Darlings, Adhara McKinnon Black, Cloo Muller, Queen Lahey, InEvans, Bela_Cristina, Lily Potter e Tahii.



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[01/09/1971] Londres – Início do ano letivo 11:00 AM


— James meu bebê, lembre de se comportar.


— Isso mesmo filho, sem suas brincadeiras habituais e respeite os professores de Hogwarts, principalmente Dumbledore.


— Eu sei pai, e mãe pare de me chamar de bebê eu já tenho onze anos – James Potter bradou para os pais, estava estressado pois já estavam ali a cerca de trinta minutos e já tinha ouvido todas as reclamações que precisava e já tinham falado tudo sobre como se comportar em. Hogwarts.


James é um garoto justo e muito corajoso, adora pegadinhas e confusões, esse é o motivo de seus pais o alertarem sobre como se comportar em hogwarts dezenas de vezes. Como diria Euphemia Potter “Um deslize James Potter e vai torcer para que Dumbledore apenas o expulse”. O moreno tinha que admitir que por mais que amasse ela, as vezes sua mãe dava medo, mesmo sabendo que era amado James não conseguia reter seu medo de um castigo, um que nunca iria vir. Ele era o príncipe da casa Potter, filho desejado por anos e anos pelo casal.


Após embarcar no expresso para a escola de magia e bruxaria o jovem moreno procura uma cabine para se sentar, por estar distraído não percebe e acaba esbarrando em mais outros jovens, cerca de cinco a seis calouros que assim como ele procuravam uma cabine.


— Olha por onde anda – Uma voz fina foi ouvida, James elevou seu rosto até o dono da voz e encontrou uma cabeleira ruiva brilhante.

— Oh me desculpe – Começa a encarar os outros cinco. Um garoto um pouco maior que ele, cabelos negros e olhos acinzentados. Com certeza um Black. A outra garota do grupo era negra, baixinha e de belos cabelos cacheados.

— Tudo bem, também está sem vagão? – Um garoto de aparência frágil, com algumas cicatrizes pelo rosto e pescoço sorriu para o jovem Potter, seus cabelos eram castanhos e olhos verdes e parecia uma boa pessoa.

— Sim, infelizmente meus pais me seguraram a última meia hora com um sermão – James procurou disfarçar o tédio na voz, provavelmente falhou miseravelmente, pois o garoto que deduzi ser um Black esboçou um sorriso.

— Podemos procurar juntos – Um garoto gordinho, de cabelos cor de palha e olhos azuis que não tinha se pronunciado até aquele momento falou.

A ruiva apenas acenou com a cabeça, enquanto isso os três garotos e a outra garota já estavam andando pelos vagões.

— Anda Lily, vamos procurar um vagão junto deles – Um garoto pálido, com cabelos negros sebosos e um nariz enormemente grande estava conversando com a ruiva de forma animada, como quem se conhece há anos, coisa que irritou o moreno profundamente.

— Já vou Sev, já vou.

Andaram calmamente até encontrar um vagão já ocupado pelos outros quatro que estavam no corredor com eles. Após todos estarem acomodados eles começam a conversar sobre diversos assuntos, o jovem que se revelou Sirius Black e James Potter acabaram se tornando muito amigos em pouco tempo, demonstrando uma afinidade incrível. Conversas indo e vindo até que uma pergunta surge no meio dos estudantes.

— A qual casas gostariam de ir? – Remus Lupin, o garoto de aparência frágil pergunta ao grupo.

— Bem gostaria de seguir o exemplo de meus pais e ir para Grifinória – A garota de cabelos cacheados fala calmamente.

— Grifinória – James e Sirius falam juntos, ao perceberem isso eles viram um para o outro sorrindo e tocam as mãos em um cumprimento.

— Que bobeira, Grifinória? Se preferirem ter músculos a cérebro fiquem a vontade – O jovem chamado Severus Snape disparou em asco.

— E você que não tem nenhum pretende ir para qual casa? – Sirius Black pergunta em um tom inocente, mas repleto de sarcasmo arrancando risadas dos outros garotos no vagão, exceto da ruiva e do próprio Snape.

O moreno saiu irritado do local, desde que tinha posto os olhos no espertinho Black e no maldito Potter não tinha gostado de nenhum deles.

— Vocês são uns idiotas – A ruiva falou para eles – Por que tem que fazer isso?

— Lily fique calma – Mary tentou segurar à amiga, mas ela já estava indo atrás de seu melhor amigo.

— A deixe, não precisamos de chorões e de um seboso nesse vagão – Sirius disse cheio de deboche.

Remus Lupin e Peter Pettigrew apenas se mantiveram calados, não sendo contra ou a favor das piadas feitas por Sirius. James por outro lado apenas ria, mas sentia algo estranho, quase como raiva pelo fato de Lily Evans ter ido atrás do Snape, ou melhor, Snivellus como o Black havia o chamado.

O resto da viagem foi bastante ameno, algumas conversas entre os quatro garotos sobre seus gostos, os quais muitos tinham combinado enquanto outros eram completamente opostos. Em determinado momento Mary McDonald, a garota tinha saído do vagão por não agüentar mais aquele papo de garotos, então os garotos se dividiram dois em cada lado.

Ao chegar a Hogwarts foram logo recolhidos, junto a todos os primeiranistas. Mesmo estando distante pode perceber que a ruiva não olhava na sua direção, muito bem, se ela preferia o Snivellus que seja.

Todos os primeiranistas atravessaram o lado negro em pequenos botes e logo chegaram ao castelo, andaram por alguns corredores aos quais James não conseguiu gravar, estava mais preocupado com a beleza daquela construção, olhou para o lado e pode perceber que seus amigos tinham a mesma expressão maravilhada na face ao qual ele provavelmente também tinha. Uma coisa James sabia nunca se esqueceria, da primeira vez que entrou no castelo.

Guiados pelo guarda-caça pelo salão principal os primeiranistas estavam receosos, muitos tinham tido ou ainda tinham família em Hogwarts e provavelmente queriam entrar na mesma casa que eles. Pararam perto da mesa dos professores onde tinha um banquinho com um chapéu em cima, o famoso chapéu seletor.

— Bem vindos primeiranistas e bem vindos de volta os demais – Dumbledore o maior mago do século estava falando, dando seu discurso de inicio de ano – Não quero enrolar, pois sei que devem estar famintos, então vamos chapéu sem delongas, para que a professora McGonagall possa dar inicio a seleção.

— Obrigado diretor – O chapéu começou a se mover e levantar no banco – Pois bem, não devem me achar lá muito bonito então não julguem minha aparência, eu me engulo inteiro se encontrarem um chapéu mais inteligente que eu – Muitos estudantes e até mesmo alguns professores começaram a rir – Não tem segredo ou ambição que seja escondida para mim, então é só me colocar em suas cabeças que digo sua casa e fim – Dumbledore olhava para o chapéu ansioso, James devia admitir que também queria ver o final – Talvez devo direciona-los a Grifinória, lar dos corajosos de coração indômito, ousadia e nobreza são destacados nos alunos dessa casa – Uma pausa feita pelo chapéu e a ala vermelha e dourada do castelo comemorou – Ou talvez Corvinal seja seu lar? Inteligência e sabedoria são os traços desta casa – Palmas foram ouvidas vindas da mesa azul – Ou seria Lufa-Lufa lar dos companheiros mais justos, leais, pacientes e sinceros que alguém poderia querer? – O chapéu mudou de expressão tendo uma face maliciosa enquanto os alunos da Lufa-Lufa comemoravam – Ou seria Sonserina sua morada? Lar dos astutos, calculistas e incompreendidos. Será que e pra lá que devo te mandar? Para por sua grandeza se destacar.

Uma salva de palmas veio assim que o chapéu seletor terminou fez sua abertura. A professora McGonagall se levantou da mesa, era uma mulher alta e com feições bem serias. Uma coisa o moreno tinha certeza, com todas as suas forças ele evitaria até mesmo respirar errado nas aulas dela.

— Pois bem, eu irei falar os nomes de vocês – Ela iniciou – O aluno cujo nome for dito deve se encaminhar até o banco e se sentar – Ela pegou um pergaminho e o abriu – Amos Diggory.

Um jovem de cabelos castanhos e olhos negros foi indo em direção ao banco, mal tendo sido colocado em sua cabeça o chapéu gritou “Lufa-Lufa”. Logo após ele uma garota que James conhecia foi chamada, ela ia às mesmas festas do ministério que ele. E também em algumas reuniões das famílias antigas de sangue-puro.

— Grifinória – Bem, aqui temos um exemplo de alguém que desapontou os pais indo para uma casa oposta a deles, pobre Alice Fortescue pensou James.

Logo após ela três garotas e um garoto foram escolhidos também para a grifinória, Dorcas Meadowes uma garota magra e pequena de cabelos loiros, Emmeline Vance uma garota um pouco maior e com aparência mais altiva, Guga Jones uma menina de pele morena e Frank Longbottom. E outra garota chamada Hestia Jones havia sido mandada para corvinal e foi recebida com muitos aplausos.

— James Poter – A professora falou o nome do garoto, e este foi andando calmamente, não tinha por que ter medo, ele iria para a Grifinória como seu pai e o pai deste antes dele. Mal James sentou no banco e a confirmação de seus pensamentos foi dada “Grifinória”.

Logo após James, um garoto chamado Kevan Mulciber foi mandado para a sonserina e recebeu muitos aplausos dentre eles do diretor da casa e professor de defesa contra as artes das trevas Tom Riddle, o filho adotivo de Dumbledore.

— Lily Evans – O chapéu falou o nome da ruiva, e da mesa dos leões James torcia internamente para que ela fosse para qualquer casa, menos Sonserina.

Após alguns segundos repousado na cabeleira ruiva ele se move “Grifinória”. E mesmo sem querer, James não conseguia conter um leve sorriso.

Cerca de alguns minutos depois Tiberius McLaggen tinha sido mandado para a mesa da Lufa-Lufa e Marlene McKinnon já estava sentada a mesa da vermelha e dourada ao lado de Lily, Dorcas e Emmeline apenas esperando por Mary.

O chapéu seletor deixou os cabelos cacheados da McDonald após gritar novamente “Grifinória”.

— Peter Pettigrew – O menino gordinho que tinha sentado com James e os outros dois estava indo até o banco, suas pernas tremiam e ele estava nervoso como nunca, pedia para que fosse para a casa do Potter, ao qual ele passou a admirar tanto.

Cerca de cinco minutos haviam se passado e nada do chapéu seletor, e o garoto ainda falava baixinho.

— Grifinória, por favor, Grifinória.

Pois bem então, se quer assim o chapéu se mexeu por sobre o menino “Grifinória” e o sorriso no rosto do garoto deixava sua felicidade muito explicita.

— Remus Lupin – Outro dos garotos que tinha ficado na cabine com James se encaminhava até o banco. Sentou e esperou o chapéu dar seu veredicto.

“Grifinória” foi tudo e logo o jovem já estava indo para a mesa cumprimentar Peter e James.

— Severus Snape – Ou como James e Sirius gostavam de chamar Snivellus.

O chapéu ficou alguns segundos em sua cabeça e gritou “Sonserina”. Um sorriso vitorioso brotou em sua face, mas James só conseguia sentir ainda mais nojo. A casa do outro apenas ajudou a aumentar a implicância que os ciúmes tinha provocado.

— Sirius Black – O ponto alto da noite para vários ali presentes chegou, até mesmo Tom Riddle estava ansioso para receber o mais novo membro de sua casa, e mais um da muy nobre família Black.

“Grifinória” o chapéu foi resoluto, sem espaço para duvidas. Um sorriso apareceu no rosto do Potter, e ele soube que agora tudo tinha se confirmado ainda mais interessante.

Mais um garoto chamado Trevor Avery havia sido chamado e mandado para a sonserina. A casa verde e prata das serpentes ainda estava chocada, um Black na grifinória? Impossível.

— Bom tivemos muitas surpresas essa noite – O diretor encarava a mesa dos leões com um sorriso bondoso no rosto, aqueles que os avôs dão – Então sem mais delongas, inicie-se o banquete.

Todos comiam felizes, alguns mais que outros. Os velhos amigos conversavam e os novos amigos também. Todo estava indo bem, aparentemente nada podia dar errado.


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Notas finais do capítulo

Juro que serei mais pontual, enfim, eu pretendia escrever antes. Também pretendo retornar meus projetos, como por exemplo Laços de sangue e Nova chance. Espero que gostem, comentem, acompanhem e me falem qualquer erro.