Sweet Blood escrita por Kin-chan


Capítulo 2
Capítulo 2 Capital


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curto nem sei pq posto já que ninguem le mesmo.



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Capitulo II – Capital

 

 Chegamos à capital no final da noite, eu e Gilbert estávamos nos dando bem. Ele ia a minha casa quase todos os dias depois que nos conhecemos, era uma boa pessoa, mas ainda me atormentava com a idéia de conhecer o Miguel. Queria mandar um bilhete para que se encontrassem naquela sexta-feira, e achou um cumulo não haver ninguém para entregar o bilhete.

– Mas nem está tão tarde assim...

– Não pra você que ficou trancado naquela cabine dormindo o dia todo. – eu tentava arrastar uma mala pela plataforma praticamente vazia – Desista, não vai achar nenhum menino para entregar o recado. Ajuda-me aqui!

–... – ele pegou a bagagem com a maior facilidade enquanto eu ficava lá me matando – vamos deixar as coisas na tua tia e vamos sair.

– Mas eu estou com sono...

– Devia ter dormido comigo, agora eu quero sair.

– Você não vai me deixar em paz, não é?

Ele meneou a cabeça positivamente quando atingimos a escada, estava frio, e usávamos capas de viagem coisa não muito popular no Brasil. Por sorte a casa de tia Inês era no centro e poderíamos ir caminhando. Caminhamos um bom trecho quando ele abriu a boca.

– Sua tia não vai gostar nem um pouco.

– Não precisamos ir há casa da tia Inês, não foi ela que autorizou nossa vinda, na verdade ela nem sabe que estamos aqui.

– Não?

– Ela não se importava nem um pouco comigo, e eu ficava em uma casa de moças, mas eu sei de um hotel onde agente pode passar a noite. Vem.

– Pensei que você fosse diferente – disse ele enquanto virávamos uma esquina – não parece o tipo de garota que faz isso.

– Não sou tudo o que pareço e não pareço tudo o que sou.

– Para quem mandou a carta?

– Foi para uma amiga que mora na casa ao lado da tia Inês.

– hum...

Caminhamos em silencio até chegarmos a um hotel meia estrela, tudo parecia cair aos pedaços por lá, conhecia um pouco da cidade, os lugares onde costumava passear com Miguel, alguns bairros residências, e o centro. Vi Gilbert fazer uma careta quando avancei para o estabelecimento, não lhe agradava nem um pouco o lugar e a mim também não, era arriscado ficar em um hotel melhor, o barão poderia nos encontrar, mas por que eu não queria que encontrasse?

– Pois não? – disse um homem de trás do balcão que o cobria quase que por inteiro – Em que posso ajudá-los?

– Ah... Nós...

– Nós queremos um quarto. – Gilbert colocou a mão em meu ombro e sorriu de um jeito canalha – Com cama de casal, por favor.

O homem se levantou e começou a vasculhar com o olhar o quadro onde ficavam dispostas as chaves dos quartos. Minha cara queimava. Aquele idiota ia ver só! Empurrei a mão dele de cima de meu ombro que caiu pesadamente ao lado de seu corpo. Poderia jurar que o rosto dele estava corado, mas sua pele era muito pálida. O atendente saiu de trás do balcão e pediu que o seguíssemos, era baixo e gordo usando um terno que lhe apertava a barriga, o defunto deveria ter sido mais magro, tinha um metro e sessenta, do meu tamanho, aproximadamente. Andamos até um quarto no segundo andar, como todo o prédio e tudo o que estava dentro dele era sujo. O homem nos deixou com um sorriso no rosto como se dissesse “vai lá garanhão”.

– Devia... – Gilbert desviou da escova de cabelos que havia lhe arremessado – ter arrumado um lugar melhor.

– Eu devia era te matar isso sim! – estava sentada na cama que pro mais incrível que me parecesse tinha os lençóis limpos – Nunca mais faça isso!

Ele olhava para uma penteadeira com um grande espelho embolorado. O rapaz se virou, atravessou o espaço que nos separava e se curvou sobre mim, segurou minha mão e com a livre ergueu meu queixo em direção ao seu rosto.

– Eu sei que gosta quando te toco.

Sua voz não era mais que um sussurro, nossos rostos se aproximaram mais e eu senti seus lábios forçarem minha boca a abrir. Meu coração disparou. O corpo leve se deixou levar. Senti o lençol áspero sob minhas costas e a mão de Gilbert comprimir meu abdome e ir em direção aos meus seios. Mordi-lhe a língua. Ele cambaleou até a parede oposta com a mão na boca, senti o gosto ocre do sangue, tinha lhe feito um belo estrago.

– Eu te avisei! Se quiser sair, vamos.

– Doeu.

Não me dei ao trabalho de responder lhe. Caminhamos até uma estalagem onde eu costumava ir com Miguel. Apesar de irritada eu não conseguia deixar de rir ao lado de meu noivo. Eu já até pensava nele dessa forma. Encontramos alguns conhecidos, conversamos e bebemos. Eduardo, um dos amigos de Miguel, disse que logo ele chegaria. Veria Miguel hoje ainda. Gilbert não parava em lugar algum, rodeado pelas garotas. O mundo mudava.

– Miguel!

Voltei-me para onde vinha à voz de Eduardo, ele gritava olhando em direção a porta. E lá estava ele, com seu cabelo castanho claro e seus olhos azuis, meu Miguel. Agarrado em uma garota. Quem era aquela vaca? O que ela estava fazendo ali abraçada com ele!? Os dois caminharam ate o grupo de garotos em volta de uma mesa de sinuca. Nem me notaram.

– O que aconteceu? – era Gilbert parado ao meu lado, olhando para o mesmo ponto que eu com um copo de bebida na mão.

­–... Miguel...

– Qual?

–... Com a garota... - Miguel estava colado a ela pelos lábios, senti meu coração se quebrar como uma vidraça.

– Vem! – Gilbert me arrastava pela mão

– Hã? – ele me levava para o grupo – Não! Gil por favor!

– Você é o Miguel? – era tarde demais, ele cutucava o ombro do Miguel – É ou não?

– Sou... Por quê?

– Eu só queria conhecer um homem morto.

– O que disse?

– Que você ta morto.

Um círculo de pessoas se formava ao redor deles, Gilbert tinha as mãos enviadas nos bolsos. Miguel começava a ficar irritado agarrara o taco de sinuca e com o braço empurrou a garota que caiu sobre um rapaz. Eu puxei Gil pelo braço com o rosto em lágrimas, não podia perdê-los, nenhum dos dois! Os olhos de Miguel se esbugalharam a me ver.

– Lize? É você meu amor? – Fiquei paralisada uma tempestade de lágrimas brotaram de meus olhos e eu não consegui dizer nada, senti minhas pernas cederem e meu noivo me segurou mantendo-me de pé. – Quem é esse idiota Lize?

– Quem você pensa que é pra chamá-la de meu amor!? – Gilbert me abraçava como um leão protegendo a cria – Deveria se envergonhar do que faz! Ela é só uma garota!

– Queria que eu fizesse o que? Ela me abandonou! Essa vaca me largou aqui sozinho sem falar nada!

Livrei-me dos braços de meu salvador e cambaleie até Miguel parando na sua frente enquanto secava os olhos com as costas da mão.

– Vaca é a senhora sua mãe. – Apliquei-lhe um tapa com todas as forças que consegui juntar e depois fui ao chão, Gil me amparou novamente – Me tira daqui...

– Tchau presunto – senti Gilbert me pegar no colo e seus passos fazendo seu corpo oscilar – Agente se vê por ai.

- Covarde!

Depois disso não me lembro de mais nada.

V  V  V  V

Quando acordei parecia fazer semanas que estava dormindo, estava no quarto do hotel deitada na cama, mas os lençóis não eram dão ásperos como eu me lembrava, pela janela aberta eu podia ver o céu estrelado, seria esta a mesma noite de quando eu desmaiei?

Gilbert adentrou o cômodo trazendo algo sobre os ombros, não queria que ele me visse então fiquei deitada fingindo dormir, ele arremessou ao chão o que trazia nos ombros, então pude ver com a luz do luar um corpo, era Miguel!!!! Ele estava com as mãos e os pés amarrados e da testa brotava sangue, deveria ter levado uma pancada feia. O agressor caminhou até a cama e eu fechei os olhos para que ele não percebesse, aplicou um beijo nos lábios.

– Este não lhe fará mais mal, minha princesa.

Um arrepio percorreu meu corpo enquanto o homem acariciava meus cabelos, sentado ao meu lado. Não resistiria mais um segundo naquele fingimento. Iria abrir os olhos e perguntar o que ele estava fazendo com Miguel desacordado em nosso quarto. Abri os olhos lentamente e bocejei esfregando os olhos.

– Você acordou! Fiquei preocupado, já faz dois dias.

– Huuaaahh!!!!!! Dois dias?

– Nunca mais te levo a lugar algum quando estiver cansada. Tive de ficar aqui dois dias sem fazer nada.

– Há! Há! É mesmo um bobo.

– Você devia descansar...

– Mas do que eu já dormi?

– Você não estava dormindo, estava era desacordada.

– Ta que seja, mas eu não estou com sono.

Ouvimos um gemido, Miguel acordava com a boca amordaçada. Gilbert se levantou e caminhou para o corpo caído se abaixando junto a ele, pegou-o pelo cabelo erguendo sua cabeça do chão e inferindo um soco. Miguel gemeu mais uma vez.

– Gil... O que...

– Ele vai aprender a não mexer com seus sentimentos.

–... Não precisa... Gil...

Gilbert puxou os cabelos até que o rapaz estivesse de joelhos então desatou a mordaça e puxou Miguel pelos colarinhos até que este ficasse de pé. Eu me encolhi na cama abraçando os joelhos. Acabou de desamarrar o homem e acertou-lhe três socos no estômago, o que fez com que Miguel caísse novamente cuspindo sangue. O agressor bradava um punha na mão direita, de onde ele tinha tirado aquilo?

– Vamos homem! Não é o corajoso? Porque não revida?

De olhos ferinos Miguel levantou-se e avançou com os punhos cerrados, acertou seu oponente na barriga e no rosto. Gilbert recuou um passo perdendo o equilíbrio, mas mesmo assim conseguiu encaixar um golpe no queixo do homem que bateu com as costas na parede.

– Podes até ser valente como um leão, mas és fraco como uma mosca, e eu vou te esmagar presunto, por ter ferido meu coração!

Gilbert avançou em velocidade sobre-humana enfiando o punhal no abdome do rapaz, que gemeu. O agressor retirou a arma do rapaz e imprensou o corpo ao dele mordendo-lhe a jugular. Eu não consegui me mover, era tudo tão aterrorizante, Miguel se debatendo enquanto Gilbert o mordia no pescoço. E então Gil estava lá sorrindo para mim com os olhos vermelhos do mesmo tom que os dois riscos que saiam dos cantos de sua boca.

– Ele não fará mais nada, esse presunto.

– O... O que... ?

 – Eu sou?

Eu meneie a cabeça positivamente.

– Não sou um vampiro, mas seria errado disser que não sou... Também não sou louco, o Vincent é o vampiro da história ele sim te colocaria medo. Só fiz isso por que eu te...

– Quem é Vincent? –perguntei interrompendo-o – Desculpa pode continuar.

– Ele é meu meio irmão, vai acabar conhecendo ele... – ele coçava a cabeça dando um sorriso sem graça – Lize eu... Te amo.


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Notas finais do capítulo

se alguem ler mande uma reveiw



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